Para os leitores deste blogue este anúncio já não constitui qualquer surpresa, mas para os restantes mais distraídos informo que é já oficial o regresso das Novelas Gráficas da LEVOIR em parceria com o jornal PÚBLICO, com a apresentação e lançamento do sétima série (VII), numa colecção composta por nove obras inéditas em português, servidas em dez volumes de capa dura, publicados semanalmente, e que incluem, entre outros, autores como Chabouté, e as duplas Benoît Peeters/François Schuiten e Hernán Migoya/Bartolomé Seguí, já conhecidos do público português.
O início da colecção está agendado para o final deste mês, a 31 de Agosto, e nas bancas todas as Quinta-feiras, com um preço de capa de € 13,90 teremos um novo volume, de acordo com o seguinte calendário:
- BD Novela Gráfica VII 01 – Moby Dick 1 (Christophe Chabouté) 31-ago
- BD Novela Gráfica VII 02 – Moby Dick 2 (Christophe Chabouté) 7-set
- BD Novela Gráfica VII 03 – Os Mares do Sul (Hernán Migoya e Bartolomé Seguí) 14-set
- BD Novela Gráfica VII 04 – Assombrada (Shaghyegh Moazzami) 21-set
- BD Novela Gráfica VII 05 – Uma Metamorfose Iraniana (Mana Neyestani) 28-set
- BD Novela Gráfica VII 06 – Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador (Gwangjo e Corbeyran) 5-out
- BD Novela Gráfica VII 07 – Estampas 1936 (Felipe Hernández Cava e Miguel Navia) 12-out
- BD Novela Gráfica VII 08 – Primo Levi (Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci) 19-out
- BD Novela Gráfica VII 09 – Alexandra Kim (Keum Suk Gentry-Kim) 26-out
- BD Novela Gráfica VII 10 – O Regresso do Capitão Nemo (Benoît Peeters e François Schuiten) 2-nov
8 comentários:
Não deixa de ser boa notícia mas, uma vez mais, receio pela qualidade de papel usado e, por conseguinte, pela qualidade da edições (e já não falo nos erros de revisão e produção que afetaram coleções anteriores). Oxalá me engane, mas duvido...
Viva António! Confesso que depois do último "Paco Roca" a questão da qualidade (leia-se gramagem) do papel também me preocupa. Noto aí uma tentativa de poupança que colide com a qualidade de edição. Esta é talvez a minha maior preocupação. Relativamente à revisão penso que a tendência será fazer melhor que nas anteriores. E lamento tanto o Moby Dick em dois volumes! Enfim não há mundos perfeitos!
Mais um esticão à minha carteira!
Olá Ricardo, felizmente para a minha carteira salto alguns volumes cujas temáticas e autores não me despertam interesse. Outros tenho como obrigatórios.
Viva Nuno. A questão do papel nesta coleção já se arrasta desde há anos. É óbvio que para uma coleção destas características (modelo de distribuição em banca e com valor fixo e limitado pela parceria) seja difícil para o editor colocar um livro com papel superior. No entanto, não seria impossível conseguir um compromisso entre preço/qualidade investindo um pouco mais na pesquisa ao mercado, mesmo nestes tempos de escassez de matéria-prima e preços inflacionados. É por esta razão que defendo a existência de uma coleção/edição extra Novela Gráfica onde fosse possível oferecer um produto diferenciado e com melhor qualidade de produção, mesmo que a um preço superior. O problema do papel extra fino e demasiadamente absorvente (o que tem sido usado na maioria das edições da Levoir) é de desvirtuar a reprodução das obras e ser mais susceptível de degradação a médio/longo prazo - amarelecimento do papel, manchas, descoloração, humidade, etc, o que já começo a notar em alguns dos volumes das coleções mais antigas. Fazer um bom trabalho de edição passa também (e muito) pela curadoria do objecto editado afinal todos somos colecionadores - e oferecer um produto de qualidade inferior é cada vez menos justificável. Abraço.
Nuno, em relação a esta 7ª série das Novelas gráficas, alguns dados interessantes:
1 - Ds 10 obras anunciadas 9 (sim, nove…) são a 1 só cor, logo mais baratas em termos de produção, e apenas 1 a 4 cores (“Os Mares do Sul” ). Ainda não sabemos se ““Primo Levi” é a versão original p/b ou versão colorida, assim como não sabemos se “O Regresso do Capitão Nemo” incluirá pranchas coloridas.
2 - 2 obras de autores iranianos (Shaghyegh Moazzami e Mana Neyestani).
3 - 2 obras oriundas do mercado franco-belga (3, se considerarmos a obra conjunta de Corbeyran e Gwangjo): “Moby Dick” de Chabouté (em 2 volumes) e “O Regresso do Capitão Nemo” (ambos de autores já publicados na coleção NG).
4 - 2 obras de autores espanhóis - “Os Mares do Sul” e “Estampas 1936” (ambos de autores já publicados na coleção NG). O “Os Mares do Sul” é o 3º volume das aventuras de Pepe Carvalho publicados por cá…
5 - 2 obras com autores coreanos: Alexandra Kim (Keum Suk Gentry-Kim) e “Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador” (Gwangjo. Argumento do francês Éric Corbeyran)
6 - Duas obras de autoras mulheres - Shaghyegh Moazzami e Keum Suk Gentry-Kim
7 - 1 obra é uma récita gráfica (“O Regresso do Capitão Nemo”) mais próximo de um livro ilustrado do que uma BD
8 - 1 obra de autores italianos “Primo Levi” e, mais uma vez, sobre um escritor.
Pergunto aqui para quando uma edição local de excelentes autores como Igort (com 2 belíssimas obras sobre a Ucrânia - alô editoras…) Gipi, Roberto Poncionne, Liberatore, Massimo Mattioli, Cammamoro, Leila Marzocchi, Elisa Menini, Manuele Fior, só para citar alguns nomes importantes…?
Pergunto igualmente para quando autores com mérito do médio oriente com Ruto Modan (israelita) ou Ersin Karabulut (turco) por cá?
Olá, os preços de BD em PT aumentaram brutalmente. Se quiseremos ainda o melhor papel, os melhores acabamentos, capas do bla bla, tornar-se-ão livros a um preço exorbitante que não será comprado, por estar fora de preço. Esta coleção de novelas gráficas, para mim, está demasiado cara para ir na onda de experimentar ler coisas diferentes. Abc
Olá Diogo! É certo que os preços aumentaram nos últimos anos, mas tivemos uma pandemia, um aumento do custo das matérias-primas e da energia, temos uma guerra na Europa e a taxa de inflação ronda os 5%.... encontramos aqui justificativos. Agora relativamente a esta colecção não será necessário comprar todos os volumes, eu posso ser suspeito porque adoro o desenho e a estrutura narrativa de Chabouté, mas mesmo que não compre mais nenhum, os dois primeiros volumes - Moby Dick - são altamente recomendáveis!
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