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21 setembro, 2015

Uma nova editora traz-nos o Caravaggio de Manara

Se o ano bedefilo em Portugal já tem sido bom, prepara-se agora para ficar melhor. Uma nova editora de banda desenhada acaba de nascer, a ARTE DE AUTOR, e promete dedicar-se à edição e comercialização de livros e produtos derivados de BD.

Ora bem, seu primeiro lançamento traz-nos Manara. Milo Manara. O mestre do desenho erótico está de regresso à edição em português, no seu mais recente trabalho, editado em França em Abril deste ano.

CARAVAGGIO retrata a chegada, em 1592, do famoso pintor italiano, que tinha tanto de génio como de desordeiro, a Roma. O Pincel e a Espada é a primeira parte do díptico onde Manara presta homenagem a um dos grandes nomes da pintura mundial, que curiosamente foi um excelente pintor de figuras femininas.

O lançamento deste álbum está previsto para meados de Outubro. Assim que tiver mais informação voltarei a esta novidade.

23 outubro, 2014

Colecção Universo Marvel 16: X-Women, Mulheres da Marvel

Sai hoje o 16º volume da Colecção Universo Marvel e o mais «franco-belga» de todos os livros que compõem esta colecção.

O responsável é o autor italiano Milo Manara

Artista convidado da editora americana, para a qual tem trabalhado na ilustração de capas,  trouxe obviamente a seu traço erótico e sensual para o universo feminino da Marvel.

X-WOMEN - MULHERES DA MARVEL

Aquelas que pareciam ser umas férias de sonho acabam por se transformar numa armadilha mortal, em que as heroínas dos X-Men têm de enfrentar um inimigo misterioso, que as conseguiu raptar e despojar dos seus poderes. Este é o ponto de partida da história que o lendário Chris Claremont escreveu por medida para o talento ímpar de Milo Manara, o mestre europeu do erotismo na BD, que, na sua estreia na Casa das Ideias, consegue transmitir uma sensualidade única às mulheres do universo Marvel.

A completar este volume, feito unicamente de histórias em que as mulheres são as protagonistas, ilustradas, entre outros, pelos portugueses Filipe Andrade e Nuno Plati, temos uma galeria com as capas inesquecíveis que Manara desenhou para a Marvel.



21 janeiro, 2008

Mais... Manara

Em mais uma promoção de BD! Desta vez é a revista masculina GQ (edição portuguesa) que na sua edição de Janeiro/Fevereiro (já nas bancas) traz o álbum a cores, formato franco-belga, de bd erótica “O Clic 1” de Milo Manara com um preço de capa de apenas € 1,45. Com uma tiragem de 25.000 exemplares, o objectivo confesso desta promoção é “duplicar as vendas da GQ”. A edição de Março/Abril da GQ irá distribuir o álbum “O Clic 2”.

Clic conta a história da bela Cláudia Cristiani, uma mulher da alta sociedade, recatada mas insegura face ao seu magnifico (e bem desenhado corpo), mas que devido ao roubo da invenção do Prof. Kranz, um comando à distancia que controla os impulsos sexuais, consegue soltar os seus desejos mais profundos e dar largas aos seus instintos sexuais mais libidinosos e as situações que daqui resultam, tanto ao nível do desenho como da linguagem, obviamente não são aconselháveis a menores de 18!

Para quem não conhece, pelo preço parece-me ser uma excelente oportunidade para entrar no mundo de Milo Manara!

16 novembro, 2007

FIBDA’2007 (10) - Terminado o FIBDA...

...fica aqui o meu balanço sobre os 17 dias de BD na Amadora deste ano, passados entre exposições, autógrafos e novidades editoriais.

Para começar, a avaliação global que faço é que o festival correu bem, dentro das limitações a que já nos habituou. Penso ter existido uma maior afluência de público, que é bastante positivo, e confirmou, se dúvidas houvessem, que o Fórum da Brandoa é a "casa ideal" para o FIBDA, não deixando ficar saudades dos espaços que o antecederam.
















No entanto, em ano de maioridade, as exposições do 18º FIBDA revelaram-se pouco ambiciosas, quiçá condicionadas pelo orçamento, o que se traduziu em mostras fracas, entre as quais destaco pela negativa as relativas às "10 BD’s do Sec. XX", que ocupava um lugar de destaque no piso 0 e a dedicada à BD italiana para adultos intitulada "O Caso Italiano" destinada a maiores de 18 anos, localizada no piso -1. Enquanto a primeira limitava-se simplesmente a exibir, em pequenos espaços, uma dúzia de capas de álbuns/revistas alusivas ao personagem em questão, sem qualquer historial, a segunda confinava-se um espaço com ar de bordel, onde se encontravam expostas pouco mais de meia dúzia de pinturas erótico-sugestivas, deixando de fora praticamente as pranchas, por exemplo de um dos mestres do desenho porno-erótico, que por acaso era só um dos autores convidados pela organização. É caso para dizer, muita parra, pouca uva! Muito negativo também foi a quase total ausência de referência a Hergé, um autor bem conhecido do público português, no ano do centenário do seu nascimento. Pela positiva, pessoalmente gostei da exposição "Salazar, Agora na hora da sua morte" (piso 0), não só pela arrumação do espaço mas também por ser possível visualizar a evolução dos desenhos das várias páginas da obra.

No piso -1, funcionou a zona nevrálgica do festival, ou seja a zona comercial e de autógrafos. Foi, porventura, uma das mais bem conseguidas que tenho memória em FIBDA’s. Um espaço amplo e aberto, onde as bancas comerciais ladeavam uma zona de estar central que se fazia a ligação à zona de autógrafos através de um corredor largo e arejado, que tão bem funcionou para as filas que se formaram, nomeadamente no caso de Manara. Qualquer comparação com o afunilamento que se verificava em anteriores edições realizadas, por exemplo na estação de metro ou na escola inter-cultural é mera ficção!





Relativamente aos autores presentes, como vem sendo hábito, a organização convida poucos autores conhecidos e muitos ilustres desconhecidos. Assim, o italiano Milo Manara foi o nome grande presente, que provocou a formação de longas filas, que chegaram inclusive a encerrar horas antes do final da sessão, para a obtenção do desejado autografo. Talvez não seja alheia a esta popularidade o facto de grande parte da obra deste autor estar publicada em Portugal. Destaque também para José Carlos Fernandes, não só pelas nomeações obtidas e pelos prémios arrecadados, que consolidam o seu estatuto de principal e mais profícuo autor de bd (sob transe) em Portugal, reconhecimento esse também feito pelo publico, a avaliar pelas filas nas sessões de autógrafos. Acresce o facto de ter sido publicado (o que em Portugal não é fácil para um autor de bd) mais um álbum seu, o sexto volume da famosa série “A Pior Banda do Mundo” intitulado “Os Arquivos do Prodigioso e do Paranormal”. Sublinha-se o regresso de Luís Louro, agora numa inverosímil dupla com Nuno Markl, com o terceiro álbum das aventuras do “Corvo”. Em termos de novos talentos, confesso-me um apreciador da arte de Filipe Teixeira (responsável pelo "C.A.O.S." da editora Kingpin Comics, salvo seja!).

Em termos das (poucas) novidades editoriais, sublinho a quantidade de autores portugueses de que viram os seus trabalhos publicados. Para além do já citado “Os Arquivos do Prodigioso e do Paranormal” (de JC Fernandes) pela DEVIR, que segundo consta foi o “canto de cisne” da editora em termos de publicações de bd em Portugal; tivemos “Corvo 3 - Laços de Família” (de Luís Louro/Nuno Markl), “Obrigado, patrão” (de Rui Lacas) e a republicação de “Everest” (de Ricardo Cabral), todos pela ASA; “C.A.O.S. Livro 3” (de Filipe Teixeira/Fernando Dordio Campos) e “Super Pig 3” (de Mário Freitas/Gevan) pela editora KingPin Comics e “Sexo, Mentiras e Fotocópias” (de Álvaro) e “Bang Bang” (de Hugo Teixeira) pela Pedranocharco. Convenhamos que não é habitual um tão elevado número de publicações de autores portugueses e peço desculpa se me esqueci de alguém!

No que respeita à bd estrangeira, como apaixonado pelos clássicos que sou, e pelas memórias que me traz, destaco aqui a publicação do álbum de “Tarzan – Volume 1” com as pranchas dominicais de Russ Manning do período de 1968-1970, com a qualidade que a editora Bonecos Rebeldes já nos habituou, ou não fosse ela a responsável pela publicação actual das aventuras do “Príncipe Valente”.

No que concerne à área comercial, continuo a achar que o festival tinha potencialidade para promover uma feira de venda de bd em 2ª mão, convidando alfarrabistas, até porque a banda desenhada não é só as novas edições!

Em resumo, mais um ano mais um festival, que mais não seja serve para rever “velhas” caras, obter um desenho de vez em quando de um super-autor e conhecer melhor a “nossa” banda desenhada e os “nossos” talentos. Para o ano, na sua 19ª edição o FIBDA terá como tema subjacente a ficção científica!

As minhas notas sobre o 18º FIBDA:

Notas positivas:
+ José Carlos Fernandes
+ Milo Manara
+ Espaço da área comercial e de autógrafos do festival
+ Lançamento de vários álbuns de autores portugueses

Notas negativas:
- Exposição “As 10 BD’s do Séc. XX”
- Falta na evocação do centenário de Hergé
- O preço dos álbuns na área comercial
- Convite a autores (quase) desconhecidos do grande público


legendas das fotografias por ordem de aparição, da esquerda para a direita:

foto 1 – exposição "O Caso Tiotónio" piso -1
foto 2 – exposição "Salazar, Agora na hora da sua morte" piso 0

foto 3 – detalhe da zona de autógrafos

foto 4 – Milo Manara
foto 5 – Cameron Stewart
foto 6 – Rui Lacas
foto 7 – Filipe Tixeira

foto 8 – detalhe da banca de venda da KingPin Comics