13 janeiro, 2010

Kick-Ass

Tenho por regra, só falar aqui no blogue de edições de bd’s publicadas em língua portuguesa, o que não invalida que por vezes sinta necessidade de destacar uma qualquer edição estrangeira. Hoje é uma dessas excepções. A razão é simples: divirto-me a ler o comic e a história foi adaptada ao cinema. O filme é um dos mais esperados por mim para ver este ano. O seu nome, como já puderam observar, é “Kick-Ass”.

Com o selo da ICON da editora MARVEL, surge-nos a história de Dave Lizewski, um normal estudante de liceu igual a tantos outros, fan de super-heróis, que inspirado nos comics que lê, resolve tornar-se ele próprio num super-herói de verdade. “Why do people want to be Paris Hilton and nobody wants to be Spider-man?” interroga-se. Afinal, vestir uma máscara e ajudar as pessoas tão deve ser assim tão difícil. Mas Dave, logo na sua primeira confrontação, é fortemente espancado e esfaqueado por um gang e na atrapalhação da fuga é ainda atropelado por um carro. Após uma longa recuperação, retoma a sua dupla identidade, e após uma, desta vez, bem sucedida intervenção, torna-se objecto de curiosidade por parte da comunicação social e colecciona fans na sua página na internet. É desta vida dupla e do mediatismo que lhe proporciona que Dave se alimenta. Nasce aqui “Kick-Ass”. Um super-herói sem poderes movido por uma vontade férrea de combater o crime. E uma coisa leva a outra e “Kick-Ass” conhece outros “vigilantes” (destaco aqui a pequena Hit-Girl) que se movem por uma vontade mais forte. E o que se segue são explosões de violência que terminam invariavelmente em banhos de sangue. “Kick-Ass” é uma história brutal, ultra-violenta, com sequências de imagens dos confrontos entre o “bem” e o “mal” a atingirem níveis extremos, como nunca vi em banda desenhada. Vale tudo!

Mark Millar (Wanted) explora a ideia da existência de “super-herois” num mundo real, numa narrativa pretensamente realista, mas cujo o resultado conseguido, invariavelmente subverte algumas regras, se falarmos de capacidade humana e dos seus limites, sobretudo em termos de capacidade de fazer e principalmente capacidade de sofrer. Com a violência que o desenho (este sim realista) do excelente John Romita Jr. (Amazing Spider-Man) nos transmite, não é credível que qualquer pessoa humana, depois de fortemente espancada, esfaqueada e brutalmente atropelada, numa forte sequência, ainda sobreviva para contar a história. Mas no mundo da banda desenhada, esta história de extremos, com múltiplas referências ao universo dos super-heróis de papel, é de leitura deliciosa e intensa!

Segue-se a (inevitável) adaptação ao cinema, que não sei se visualmente será tão forte como o comic, mas que espero que seja uma boa e credível adaptação. Para já as garantias são dadas por Matthew Vaughn na realização e por um elenco com os nomes de Nicolas Cage, Chloe Moretz, Aaron Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Mark Strong e Xander Berkeley. A estreia do filme nos Estados Unidos está prevista para Abril deste ano. Em Portugal ainda não está agendada… mas vai estar!

Se despertei a vossa curiosidade, regozijai-vos:




6 comentários:

Nuno Amado disse...

Cool!
Gostei, já tinha ouvido falar dessa série super violenta, mas ainda não tinha lido um post sobre a dita obra!
Conseguiste pôr-me a rir com algumas cenas do filme...
Cheira-me que este filme vai ficar muito "brando" em relação à BD, assim como aconteceu com Wanted.

Abraço

refemdabd disse...

Parece muito bom! hehehe!

Optimus Primal disse...

Esta na minha Wishlist,o tpb,parece ser muito divertido,e sou um fan do desenho do JRjr,e dos de alguns argumentos do Millar conhecido em Portugal pelos 3 arcos editados em Ultimate Marvel e Ultimate Homem-Aranha,e mais recentemente nas mensais da Panini pelo FF.

Anónimo disse...

IS VERY GOOD .
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Reignfire disse...

Ando a ler a bd e é espectacular. Só falta sair mesmo o #8 já há 4 meses praí. :/

Nuno Neves disse...

O #8 está previsto a sua saída para as loja americanas no dia 17 de Fevereiro! E vai ser um banho de sangue...! :)