31 dezembro, 2005

Desta vez, a todos os que por aqui passam...

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É só para assinalar a visita 3000 deste blogue!

The Other: as capas que faltavam

Já foram divulgadas as duas últimas capas alternativas que faltavam (ver abaixo) do arco Spider-Man: The Other. Os desenhos escolhidos foram “Peter Parker” para a revista Marvel Knights Spider Man # 22 variant e “Spider-Ham” para a revista Amazing Spider-Man # 528 variant. Pessoalmente acho a versão "Spider-Ham" completamente despropositada e fora do contexto. Absolutamente absurda!

Mas como não há duas sem três, a Marvel resolveu adicionalmente imprimir uma segunda capa do "Spider-Ham", desta vez em versão sketch (desenho a lápis) para distribuição gratuita pelos retalhistas, com base num rácio de 1 para 36, ou seja, por cada 36 revistas da edição normal de Amazing encomendadas recebem uma versão sketch.

Se pensarmos que cada edição da revista Amazing Spider-Man vende cerca de 115.000 cópias, aplicando o rácio 1/36 obtemos de forma arredondado o número de 3200 cópias da “Spider-Ham“ disponíveis para coleccionadores! Está-se mesmo a adivinhar o rico preço a que cada uma desta revistas vai aparecer à venda no eBay! Digam lá se a América não é a terra das oportunidades???

Resta só dizer que a revista “Peter Parker” estará à venda no dia 18 de Janeiro e a revista “Spider-Ham” no dia 25 de Janeiro.

As restantes capas alternativas da colecção podem ser vistas aqui.

28 dezembro, 2005

As minhas BD preferidas #3: Torpedo 1936

Na vizinha Espanha, foi publicada pela primeira vez, em 1982, na revista “Creepy”, uma das melhores séries negras da banda desenhada europeia, escrita por Enrique Sánchez Abulí (francês radicado em Espanha) e desenhada, numa primeira fase, por Alex Toth e posteriormente por Jordi Bernet (espanhol). Luca Torelli, um emigrante italiano, aliás, Torpedo 1936, “um pistoleiro profissional da pior espécie, frio, lúgubre, sem piedade, corpo esguio, rosto macilento, gestos indolentes e seguros que não gosta de grandes discursos, que acredita que tudo tem um preço, tanto o amor como a morte” (texto da contra-capa de um dos álbuns do Torpedo).

O universo de Torpedo centra-se no submundo da cidade de Nova Iorque dos anos 30, o cenário perfeito para as histórias de violência, sexo, vingança e crime que preenchem a vida de Luca Torelli. Por vezes, somos "transportados" para a Sicilia dos anos 20, onde acompanhamos a infância de Torpedo e a sua "educação" num meio dominado pela Máfia.


A série Torpedo encontra-se inteiramente desenhada num magnifico registo a preto e branco (apesar das capas coloridas), onde se faz um uso sistemático do contraste entre luzes e sombras que associado à utilização de grandes planos, acaba por se traduzir em imagens com um forte impacto visual, em perfeita harmonia com a violência das histórias e o carácter da personagem. Aqui fica a minha admiração pelo excelente traço de Jordi Bernet. Aliás a troca de Toth por Bernet, na minha opinião, só beneficiou a personagem. Aliado ao desenho, encontramos um argumento imaginativo, que se traduzem em histórias curtas mas dotadas de excelentes diálogos, com grande sentido de humor (negro, obviamente) e ironia q.b.

Apesar de pouco conhecida, talvez pelo facto das aventuras de Luca Torelli e do seu sócio Rascall terem terminado, por decisão por decisão do seu autor (Sánchez Abulí) na sequência de um desentendimento com Bernet, Torpedo surge como umas das minhas bandas desenhadas preferidas .

"Torpedo 1936" em Portugal:

A série Torpedo, encontra-se, infelizmente, parcialmente editada em Portugal, através de 6 álbuns da Editorial Futura.

No formato revista, foram publicadas histórias avulsas, nomeadamente na revista “O Mosquito” - 5ª Série (1984-1986), no Almanaque “O Mosquito” (1984-1987) e nas Selecções BD - 2ª Série (1998-2001).

24 dezembro, 2005

A todos os que por aqui passam......

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Página Oficial de “300”

Foi hoje divulgado na internet o site 300themovie.warnerbros.com que é a página oficial da adaptação ao cinema da magnífica obra de banda desenhada «300» de Frank Miller (argumento e desenhos) e Lynn Varley (cores). O filme é realizado por Zack Snyder e conta a história do Rei Leónidas que comandando um grupo de 300 espartanos combateu o Xerxes e o seu exercito persa, na batalha de Termópilas.
 
Face à enorme desproporcionalidade no número de homens, a bravura e o sacrifício dos soldados espartanos, fieis à Lei de Esparta “sem retirada, sem rendição”, inspirou a Grécia a unir-se para lutar contra o invasor persa. Um fórum de discussão sobre “300” pode ser encontrado aqui.
 
Do site, destaca-se o “video journal” com detalhes das filmagens e a galeria de “concept art” onde se pode comparar todo o processo de criação, que parte do desenho de BD até à imagem final (ver abaixo). Toda a produção do filme segue os métodos aplicados, com sucesso, em "Sin City", ou seja, trabalha-se numa adaptação fiel à banda desenhada, prancha a prancha.
 
Se Zack Snyder conseguir manter a qualidade narrativa da BD, só podemos esperar por mais um grande filme.
 
Falta só acrescentar que o álbum «300» encontra-se publicado em Portugal, numa edição da Norma Editorial, com a curiosidade dos primeiros 300 exemplares terem sido numerados e certificados.

23 dezembro, 2005

Milagre da multiplicação!

A editora Marvel não “brinca em serviço” e continua a tirar o maior proveito do sucesso de vendas que é a nova saga do Homem-Aranha: “The Other”. Tudo começou por uma reedição do primeiro episódio da saga, publicado originalmente no comic Friendly Neighborhood Spider-Man #1 que esgotou rapidamente. A reedição apresentava uma capa alternativa onde o Homem-Aranha surgia no seu uniforme normal. Seguiu-se a publicação do episódio dois, no comic Marvel Knights Spider-Man #19 que também esgotou. Nova reedição com uma nova capa alternativa, desta vez o Homem-Aranha surgia com o uniforme todo negro, a lembrar as origens de Venom. Seguiu-se o episódio três e a consequente variante no uniforme, desta vez a lembrar o clone Ben Reilly. E assim por diante. Lançada a colecção, torna-se dificil ao leitor/coleccionador desistir. Como o total a saga está previsto para doze episódios, é fácil perceber que existirão outras tantas capas alternativas. Uma história de 12 partes transforma-se numa colecção de 24 comics. E assim se faz o milagre "americano" da multiplicação!

Aqui ficam as capas da colecção “alternativa”, já divulgadas, ficando a faltar apenas duas:







19 dezembro, 2005

As minhas BD preferidas #2: Homem-Aranha

Se me perguntarem qual é o meu super-heroi preferido, respondo de imediato que é o Homem-Aranha!

Criado por Stan Lee (argumento) e Steve Ditko (desenho) fez a sua primeira aparição nas páginas da revista Amazing Fantasy #15, publicada em Agosto de 1962. Curiosamente a revista foi cancelada neste número. No entanto, face à pressão dos leitores que haviam gostado da aparição desta nova personagem, a Marvel resolveu relançar as aventuras do ‘Aranha’, a partir de Março de 1963, com a publicação regular de uma nova revista intitulada The Amazing Spider-Man.

O Homem-Aranha tem a sua origem quando o jovem estudante Peter Benjamin Parker, órfão, criado pelos seus tios Ben e May, é mordido por uma aranha radioactiva. A partir daqui, Peter Parker, que adquire super-poderes, ficando dotado de uma força colossal, uma enorme agilidade e um ‘sentido de aranha’ (alerta para perigos), desenvolve então a personagem do Homem-Aranha com o objectivo inicial de ganhar facilmente dinheiro em combates de luta-livre. No entanto, deslumbrado com a sua nova condição, certo dia, Peter Parker não faz qualquer esforço para impedir a fuga de um assaltante. Este acto viria a trazer graves consequências na sua vida, na medida que este assaltante acabaria por matar o seu tio Ben. Marcado pela tragédia, aprende desta forma o significado das palavras que o tio lhe havia dito anteriormente: "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades". E este passa a ser o lema da vida do nosso herói.

O meu fascínio pelo Homem-Aranha provém bastante, não da sua condição de herói, mas sim do seu lado humano. Não encontro outro super-heroi que passe pelos problemas pessoais que Peter Parker passa, quando assume a sua faceta de cidadão comum. É humilde e voluntarioso, ganha a vida como professor, pass por vezes por dificuldades financeiras, tem de gerir crises familiares, derivadas da sua relação com a sua mulher May Jane ou com a sua Tia May, luta ‘interiormente’ contra sentimentos de culpa, derivados da morte do seu tio Ben e da sua antiga namorada Gwen Stacy. Todo este mundo imperfeito de Peter Parker, aliado ao seu estatuto de super-heroi, tornam o Homem-Aranha um personagem único no mundo da banda desenhada.

Do seu universo, também sobressai uma vasta e rica galeria de inimigos/vilões, entre os quais se podem destacar, entre muitos outros, personagens como o Duente Verde, pai do melhor amigo de Peter e um dos piores inimigos do Homem-Aranha, responsável pela morte de Gwen Stacy, cuja primeira aparição foi em Amazing Spider-Man #14; o Dr. Octopus (Dr. Otto Octavius) um reconhecido cientista na área da física nuclear, cujo um acidente em laboratório fez com que uns tentáculos hidráulicos, por ele criados, se fundissem com o seu corpo, cuja primeira aparição foi em Amazing Spider-Man #3; o Kraven, um dos melhores caçadores do Mundo, que desenvolveu uma obsessão pelo Homem-Aranha e suicidou-se depois de o vencer. Primeira aparição em Amazing Spider-Man #15; o Venom, um simbionte que resultou do estranho cruzamento entre um ex-jornalista com um simbionte alienígena, que partilhavam em comum um ódio pelo Homem-Aranha. Primeira aparição em Amazing Spider-Man #299 ou ainda mais recentemente Morlun, um estranho personagem com uma força sobre-humana e sobre o qual ainda não se conhecem muitos pormenores e cuja sua primeira aparição aconteceu em Amazing Spider-Man #471.

Ao longo de mais de quarenta anos de existência, felizmente que foram muitos e bons os autores que contribuíram para o desenvolvimento e enriquecimento deste super-heroi. Entre os argumentistas destacam-se, entre outros, Stan Lee, Gerry Conway, Roger Stern, Tom DeFalco, David Michelinie ou o actual J. Michael Straczynski. Entre os desenhadores encontramos nomes como Steve Ditko, John Romita, Gil Kane, Todd McFarlane, Erik Larsen, Luke Ross (ver desenho), John Romita Jr. (a provar que ‘filho de peixe…’) ou o actual Mike Deodato Jr.

O grande sucesso das aventuras do Homem-Aranha motivou mesmo uma elevada produção de histórias que teve como consequência, nos anos 90, no aparecimento de dezenas de títulos. O excesso de títulos, a publicação de histórias confusas ou mal contadas, que teve o expoente máximo no arco “A Saga do Clone”, o aproveitamento por parte da Marvel em publicar histórias interligadas nas várias revistas, levou à saturação e consequente perda de leitores, provocando desta forma o cancelamento de muitas revistas. Actualmente, parece-me observar o renascer deste fenómeno, conforme se pode verificar no arco “The Other” já falado aqui. Espero que com outras consequências!

Já em 2000, numa tentativa de cativar novas gerações de leitores, a Marvel desenvolveu então uma nova linha de acção, que designou de “Ultimate”, onde todo o universo Homem-Aranha foi actualizado, ou seja, a história do Homem-Aranha é recontada e transposta para os nossos dias, o que implicou obviamente algumas alterações relativamente à matriz original, o que se traduziu num enorme sucesso em termos de vendas.
As recentes adaptações cinematográficas, “Spider-Man” e “Spider-Man II” (está prevista a estreia de “Spider-Man III” em 2007), para além de se revelarem como das mais lucrativas de sempre da história da banda desenhada, tambem ajudaram à recuperação da popularidade do Homem-Aranha.

Da minha parte, começei a acompanhar as aventuras do Homem-Aranha através da colecção publicada pela Agência Portuguesa de Revistas. Depois, perante o vazio que se instalou no mercado português, comecei a coleccionar os comics americanos, primeiro “Amazing Spider-Man” e mais tarde “Ultimate Spider-Man”. Actualmente, para além dos títulos americanos, colecciono também as edições portuguesas publicadas pela Devir.

"Homem-Aranha" em Portugal:

Em Portugal, o Homem-Aranha chegou a partir do final da década de 60, através das revistas brasileiras de editoras como a EBAL, a Bloch, a Panini e a Abril.

- a primeira edição em português do Homem-Aranha, dá-se em Abril de 1971, no n.º 1 da revista Acção & Mistério (Série Fantástica), das edições Palirex. Foram ainda publicadas mais aventuras do Homem-Aranha nos n.ºs 2, 17, 18, 20 e 21 desta colecção.

- entre 1978 e 1981, a Agência Portuguesa de Revistas, publicou As Aventuras do Homem-Aranha, uma colecção que teve um total de 44 números.

- em 1983, a Distri Editora lançou O Fabuloso Homem-Aranha, com 10 números publicados.

- depois chegaram as revistas da Morumbi (depois Abril Morumbi), com a colecção Homem-Aranha, em duas séries distintas, em 1988 e em 1995. A Abril Controljornal também lhe dedicou atenção, até que em 1999 a Devir lançou Peter Parker: Homem-Aranha, em formato comic book americano, publicando até 2002, uma colecção que terminou no número #27, com a história da homenagem às vitimas dos atentados terroristas de 11/09/2001, publicada originalmente em Amazing Spider-Man #36 (#477 na numeração original).

- seguiu-se uma publicação conjunta Jornal de Noticias/Devir, intitulada O Sensacional Homem-Aranha, num total de 20 números.

- e desde 2003, que a Devir tem vindo a publicar de forma regular e periodicidade mensal a revista Homem-Aranha.

- encontramos também as aventuras avulso do Homem-Aranha, em várias edições, das histórias mais recentes do Homem-Aranha, nomeadamente na colecção Universo Marvel Deluxe (números 6, 7 e 13) da Devir e nas colecções Clássicos da BD (número 5) e Série Ouro (número 9) do Correio da Manha.

- a linha Ultimate, também foi objecto de publicação em Portugal, numa primeira fase, de novo através da iniciativa conjunta Jornal de Noticias/Devir que durante o ano de 2004, publicaram a revista Ultimate Homem-Aranha num total de 20 números; e mais tarde, em 2005, a Devir retomou esta publicação numa base mensal, reiniciando a numeração a partir do número 1.

Em formato de álbum, podemos encontrar O Fabuloso Homem-Aranha e As Maiores Aventuras do Homem-Aranha, ambos publicações da Agência Portuguesa de Revistas e a colecção Spider-Man da editora Futura.

Sites de consulta:

- Site não-oficial de Stan Lee [link]
- Site não-oficial do Spider-Man [link]
- Site oficial da Marvel [link]
- Site oficial da Devir – Revista Homem-Aranha [link]
- Site oficial do filme “Spider-Man III” [link]

16 dezembro, 2005

Leilão de arte original

Depois dos duelos artísticos, dos quais se fez referência no post anterior, ao confronto que opôs Jim Lee a Michael Turner, os desenhos dos vários duelos entre os estúdios Wildstorm e Aspen, foram agora colocados em leilão no eBay. As verbas obtidas com as vendas destinam-se ao Comic Book Legal Defense Fund (CBLDF), uma entidade que protege os direitos legais dos autores sobre as personagens que criam. Para os interessados aqui fica o link do leilão. Boas licitações!

11 dezembro, 2005

Duelo Artístico


O Sun of Gelatometti está a patrocinar um combate entre super...desenhadores. Michael Turner (Aspen) versus Jim Lee (Wildstorm). O duelo desenrola-se da seguinte forma: a cada um foi pedido que fizesse um sketch com duas personagens, o Nocturno dos X-Men e a Arlequina, a namorada do Joker. Desenhos feitos e publicados e é pedido aos visitantes que escolham qual o melhor.

Para participar na eleição basta deixar um voto na caixa de comentários do desenho preferido! Passem por lá. Eu já exerci o meu direito cívico!

09 dezembro, 2005

Saldos de BD

Acabei de chegar da livraria Assírio & Alvim situada no Cinema King em Lisboa. Encontra-se lá a decorrer saldos de álbuns de bd. A venda decorre entre 8 e 11 de Dezembro e os preços variam entre 1 e 5 euros. Esta óptima iniciativa é da Sodilivros e os álbuns pertenciam ao fundo editorial da falida Meribérica. Entre os vários títulos que se encontravam para venda pude encontrar Lucky Luke, Asterix, Spirou & Fantasio, Michel Vaillant, Blueberry, XIII, Valerian, O Mercenário, entre muitos outros e diversos álbuns de autores como Moebius, Bilal, Boucq ou Giroud. Para além do preço convidativo, o melhor é o óptimo estado de conservação do álbuns. E pelo que percebi, a divulgação não tem sido muita, porque as caixas ainda estavam cheias de bd.

Eu aproveitei para completar as minhas colecções do Valerian e d’O Mercenário preços que variaram entre 4 e 5 euros. Pelo meio também comprei uns Boucq’s. Resumindo, vim de lá de saco cheio. Afinal é Natal!

08 dezembro, 2005

Pequenos contos

Ou pequenas obras da banda desenhada portuguesa, são as histórias de duas páginas, com os textos irónicos de José Carlos Fernandes e as excelentes ilustrações de Miguel Rocha (provavelmente os melhores autores de bd em Portugal) que vêem sendo publicadas na secção bd da revista C, editada trimestralmente pelo Centro Colombo (esse mesmo, o centro comercial de Lisboa).

Para acompanhar, até porque é possível receber a revista gratuitamente em casa, através de um simples registo aqui!

Os mais ricos....

 
A revista americana Forbes (quem mais?) resolveu actualizar a sua lista, a última já tinha três anos, com o ranking dos quinze personagens mais ricas, financeiramente falando, do mundo da ficção.

De destacar o facto que no meio de tantos personagens pertencentes ao nosso imaginário, ao cinema, à literatura, à animação, encontramos no ‘top ten’ quatro personagens vindas do mundo da banda desenhada. Aqui fica a lista dos dez mais:

1. Pai Natal (há dúvidas?)
2. Oliver "Daddy" Warbucks (o pai adoptivo de Annie)
3. Riquinho (continua o 'puto' mais rico do mundo)
4. Lex Luthor (o vilão mais rico do mundo)
5. Mr. Burns (o patrão de Hommer Simpson)
6. Tio Patinhas (mantêm o título do pato mais rico do mundo)
7. Jed Clampett (???)
8. Bruce Wayne (a.k.a. Batman)
9. Thurston Howell III (???)
10. Willy Wonka (o dono da mais famosa fábrica de chocolates do mundo)

Para quem tiver curiosidade em consultar a lista completa, com o valor estimado da fortuna de cada um e uma pequena nota biográfica, pode clicar aqui!

26 novembro, 2005

As minhas BD preferidas #1: Tenente Blueberry

Muito naturalmente. Desde miúdo que as historias do Oeste Americano sempre me fascinaram. E o formato em banda desenhada ocupou sempre um lugar de destaque. Mas a leitura da aventura de “Forte Navajo” (publicada pela primeira vez na revista Pilote n.º 210, em 31 de Outubro de 1963) e dos álbuns seguintes marcaram desde logo a série Blueberry como a minha banda desenhada preferida. Considero não existir melhor. Prova disso são os trinta e sete mais um (tenho o “Chihuahua Pearl” na versão francesa, apenas porque o desenho da capa nesta edição, diferente na versão portuguesa, é simplesmente espantoso!) álbuns da minha colecção, publicados pela Meribérica-Liber, orgulhosamente arrumados na prateleira.

Os excelentes textos e desenhos de Jean-Michel Charlier e Jean Giraud, respectivamente, transportam-nos para um Oeste selvagem, que se estende desde das pradarias dos Estados Unidos até ao Novo México, admiravelmente recriado em todo seu ambiente e paisagens, com todas as sua referências, algumas históricas, tais como a Guerra da Secessão ou a construção do Caminho de Ferro Transcontinental, onde se cruzam personagens cheias de vida (Jimmy Mcclure ou Chihuahua Pearl, entre outras) com personagens reais (Cochise ou Wyatt Earp, entre outros) onde Mike S. Donovan a.k.a. Mike Steve Blueberry a.k.a. Mike Blueberry, acusado de um crime que não cometeu, se torna tenente das fileiras do exército americano, e assume o papeis de anti-herói, defensor de causas, renegado, jogador e pistoleiro. O protagonista principal dá mesmo o seu nome ao título principal da série, a qual se designa de forma genérica como “Uma Aventura do Tenente Blueberry”.

O sucesso e a evolução da própria narrativa justificou que surgissem novos títulos complementares, onde se desenvolveram novas linhas de acção. Assim surgiu a segunda série “Tenente Blueberry” ainda da dupla Charlier/Giraud que permitiu o início de um novo ciclo com o título “Nariz Partido” mas cujo falecimento de Charlier em 1989 veio interromper; a série “Mister Blueberry” escrita e desenhada apenas por Giraud, que nos álbuns já publicados nos mostra um Blueberry mais velho e cansado, a viver tranquilamente a vida como jogador profissional, cuja acção decorre em Tombstone, local onde ocorreu um dos episódios mais míticos do velho oeste: o duelo em O.K. Corral; a série “A Juventude de Blueberry” de Charlier/Giraud e continuada por Cortegianni/Wilson, que desenvolve o passado de Blueberry e finalmente a série “Marshal Blueberry” de Giraud, onde encontramos Blueberry a assumir as suas funções de Marshal interino numa pequena cidade fronteiriça chamada Heaven.

"Blueberry" em Portugal

Em Portugal, podemos encontrar as aventuras de Blueberry, em formato de revista, nas seguintes publicações: Tintin, Flecha 2000, Flecha 2000 (Diário Popular), Jornal da BD, Selecções BD, Selecções BD (2ª série) e Clássicos da Banda Desenhada (Correio da Manhã).

Em formato de álbum, a Editorial Íbis (inactiva) começou por publicar em 1969, os dois primeiros álbuns da colecção: «Forte Navajo» e «Tempestade no Oeste». Infelizmente ficou-se por aqui.

Mais tarde, a desaparecida editora Meribérica-Liber pegou no título e publicou 37 álbuns no periodo compreendido entre 1983 e 2003 (o último álbum publicado foi "O.K. Corral"). No entanto, a série «A Juventude de Blueberry» encontra-se incompleta, uma vez que a editora não respeitou a cronologia da história. Os álbuns publicados foram os seguintes:

"Blueberry" (Primeira Série)
- Forte Navajo (1983)
- Tempestade no Oeste (1983)
- A Águia Solitária (1983)
- O Cavaleiro Perdido (1984)
- A Pista dos Navajos (1984)
- O Homem da Estrela de Prata (1984)
- O Cavalo de Ferro (1985)
- O Homem do Punho de Aço (1985)
- A Pista dos Sioux (1986)
- O General Cabeça Amarela (1986)
- A Mina do Alemão Perdido (1988)
- O Espectro das Balas de Ouro
- Chihuahua Pearl
- O Homem que Valia $500.000
- Balada Para um Caixão
- O Fora-da-Lei
- Angel Face
- Mister Blueberry
- Sombras sobre Tombstone
- Gerónimo, o Apache
- OK Corral
- Dust

"Blueberry" (Segunda Série)
- Nariz Partido
- A Longa Marcha
- A Tribo Fantasma
- A Última Cartada
- O Fim da Pista
- Arizona Love

Série "Marshal Blueberry"
- À Ordem de Washington
- Missão Sherman
- Fronteira Sangrenta

Série "A Juventude de Blueberry"
- A Juventude de Blueberry
- Um Ianque Chamado Blueberry
- Os Demónios do Missouri
- Terror no Kansas
- O Raid Infernal
- Perseguição Implacável
- Três Homens para Atlanta


Actualmente, com a falência da Meribérica (anterior detentora dos direitos de publicação) existe um vazio relativamente a este título, desconhecendo-se mesmo a quem pertencem actualmente os direitos ou se os mesmos se encontram negociados para Portugal. Com esta indefinição, resta reler as aventuras de Blueberry já publicadas e aguardar com esperança que alguma editora portuguesa, continue a publicar esta excelente colecção.

(actualização em 26/08/2006)
A editora ASA editou em Julho deste ano, o 28º album da série "Blueberry". O novo album "DUST" vem encerrar o ciclo "Mister Blueberry". Esta é um excelente noticia, dado que ficam assegurados os direitos de publicação para Portugal daquela que é provavelmente a melhor banda desenhada da escola franco-belga.

18 novembro, 2005

Homem-Aranha: The Other

O post que se segue é publicado já com o 'comboio em andamento. Mas que ainda é possivel apanhar. A conhecida “Casa das Ideias”, a editora MARVEL iniciou no mês passado, a publicação da história que promete uma revolução (e uma evolução) da personagem do Homem-Aranha. Acompanho com espectativa todo este desenvolvimento, dado que o Aranha é um dos meus heróis preferidos.

“The Other” (o que se pode traduzir literalmente por “O Outro”) é o título deste novo arco que se encontra dividido em 12 números, distribuídos pelos principais títulos do Homem-Aranha publicado pela MARVEL. A saber “Amazing Spider-Man”, “Marvel Knights Spider-Man” e o recente “Friendly Neighborhood Spider-Man”.
O anúncio deste evento foi acompanhado por um curioso poster da autoria de Joe Quesada [ver aqui ao lado], onde a imagem do Homem-Aranha aparece na posição do Homem de Vitrúvio, no famoso desenho de Leonardo Da Vinci. “The Other” retoma a ideia, já anteriormente desenvolvida por J. Michael Straczynski na história “O Livro de Ezekiel” (já publicado em Portugal pela DEVIR), em que o mundo do Homem-Aranha encontra-se cheio de personagens com poderes originários do mundo animal e que ele não é o único com poderes aracnídeos. Para já, o início desta história mostra-nos o Peter Parker/Homem-Aranha afectado por uma doença desconhecida que lhe diminui as capacidades e o regresso de Morlun, um dos piores inimigos que já defrontou este herói, cuja primeira aparição se deu na revista AMAZING SPIDER-MAN # 471.

Curiosa foi a distribuição dos vários autores (argumentistas) do Homem-Aranha ao longo da história. Assim temos que:


Em Outubro, Peter David escreveu o Acto Um já publicado em FRIENDLY NEIGHBORHOOD SPIDER-MAN #1, MARVEL KNIGHTS SPIDER-MAN #19 e AMAZING SPIDER-MAN #525.

Em Novembro, Reginald Hudlin escreve o Acto Dois para publicação em FRIENDLY NEIGHBORHOOD SPIDER-MAN #2, MARVEL KNIGHTS SPIDER-MAN #20 e AMAZING SPIDER-MAN #526.

Em Dezembro, J. Michael Straczynski escreve o Acto Três a publicar em FRIENDLY NEIGHBORHOOD SPIDER-MAN #3, MARVEL KNIGHTS SPIDER-MAN #21 e AMAZING SPIDER-MAN #527.

Finalmente em Janeiro, cada um dos argumentistas regressa às suas revistas de origem, para o Acto final da história a ser publicado em FRIENDLY NEIGHBORHOOD SPIDER-MAN #4, MARVEL KNIGHTS SPIDER-MAN #22 e AMAZING SPIDER-MAN #528.

No desenho, os autores de serviço serão Mike Deodato Jr. para “Amazing Spider-Man”, Pat Lee em “Marvel Knights Spider-Man” e Mike Wieringo em “Friendly Neighborhood Spider-Man”.


Pela leitura das três primeiras revistas, a história promete. Apesar de se especular quem será o Outro, uma vista atenta sobre os fantásticos desenhos das capas dos comics a publicar, disponível aqui, permite verificar que, independentemente da evolução da história, no final teremos, sem dúvida, um novo Homem-Aranha.

13 novembro, 2005

Novas entradas

Tal como este blogue, também a coluna aqui do lado direito (lista telefónica como lhe chamo) encontra-se em permanente actualização. Assim, destaco as novas aquisições que a partir de hoje vão enriquecer a ‘lista':

- Kuentro [link] - o blogue de J. Machado Dias, director do BD Jornal.

- Luis Louro [link] - a página de um dos melhores autores portugueses, que inaugura um espaço dedicado a autores de banda desenhada.

- Daniel Maia [link] - a página de um excelente desenhador, cuja arte tive eu o primeiro contacto no FIBDA.

- SIBDP [link] – o site do Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto, já referido aqui.

- Bedetheque [link] - um site francês que constitui uma excelente base de dados de banda desenhada.

(actualizado em 16/11/2005)

DVD "Sin City"

Reparei que já saiu para o mercado português o DVD da melhor adaptação de sempre de uma BD ao cinema. Obviamente, “SIN CITY” realizado pelo trio Robert Rodriguez, Frank Miller e Quentin Tarantino. O filme é baseado nas histórias “The Customer is Always Right” (sequência inicial), “The Big Fat Kill” “The Hard Goodbye” e “That Yellow Bastard”, tudo escrito e desenhado pelo Frank Miller.

Depois de ter ficado completamente rendido ao filme no cinema, sei bem o que é a tentação para comprar de imediato esta edição de um disco (despojada de quaisquer extras de interesse). Sei eu e sabem as editoras de vídeo, mas aqui fica o sábio conselho para todos aqueles bedéfilos/cinéfilos (como eu) que ainda não compraram: não comprem.....para já!

Porquê? Porque fica bem melhor na vossa videoteca juntamente com o “Homem-Aranha 1 e 2”, “X-Men”, “Hulk” ou “Batman Begins”, a edição especial SIN CITY (Recut & Extended Edition) com dois discos, que incluirá, para além da versão longa do filme, com 147 minutos (contra os 124 minutos da primeira versão), com a opção de se poder ver as várias histórias separadamente, os comentários dos três realizadores, um “long take” com a cena de 17 minutos filmada por Quentin Tarantino, o documentário que conta como Robert Rodriguez convenceu Frank Miller a realizar o filme e os mais variados documentários relacionados com o filme: os carros, o guarda-roupa, os efeitos especiais utilizados, a escolha dos actores, os teaser & theatrical trailers e uma cópia da novela gráfica “The Hard Goodbye”, entre outros. Ou seja, uma edição para os "puristas".

Resta dizer que esta “maravilha” está com data prevista de lançamento para a região 1 no dia 13 de Dezembro, o que significa que provavelmente em inícios de 2006 estará disponível para região 2. Afinal já não falta assim tanto tempo!

09 novembro, 2005

Salão Virtual

O Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto regressou para comemorar os vinte anos da sua primeira edição. A grande novidade é que este ano não é necessário ir ao Porto, mais concretamente ao Merado Ferreira Borges, para o visitar. Aproveitando o potencial da internet, a organização resolveu fazer um Salão virtual [clique aqui para entrar]. Assim, entre 5 e 26 de Novembro, num site bem construído e de consulta fácil, podemos encontrar as biografias e exposições on-line de alguns dos mais significativos autores internacionais que passaram pelo Salão do Porto. Encontramos tambem uma mostra de cartazes para a 12ª edição assinada por alguns dos melhores autores nacionais: Arlindo Fagundes, Fernando Relvas, João Fazenda, José Carlos Fernandes, José Manuel Saraiva, Manuel Cruz, Miguel Rocha (ver cartaz acima), Pedro Brito, Pedro Burgos, Pedro Morais, Pedro Nora, Pedro Sousa Dias, Rui Duarte e Rui Ricardo. E ainda podemos ver a História e as imagens das onze anteriores edições realizadas ao longo de 20 anos. Passem por lá, vale a pena a visita!

08 novembro, 2005

O Bom, o Mau e o Vilão

Acabou-se o 16º FIBDA. Tempo de balanço. Na minha opinião, houve coisas que correram bem e coisas que correram mal. Como em tudo na vida. Aqui ficam as impressões sobre o evento:

O BOM do festival foi sem margem de dúvida, as sessões de autógrafos. Apesar da confusão gerada no último fim-de-semana nas filas para os autores da escola franco-belga ("listas de chegada", "listas desaparecidas" "listas fechadass"), a ‘colheita’ de desenhos/autógrafos foi bastante positiva. Gostava de destacar os autores da escola americana (acessíveis e conversadores), entre os quais Cameron Stewart (Catwoman) e Liam Sharp (Spawn), os autores da escola franco-belga, Gibrat e Boucq (Bouncer) e entre os autores da escola portuguesa, o grande José Carlos Fernandes (nunca me canso de o elogiar), o Daniel Maia e o desconhecido mas com um excelente 'traço' o Jorge Coelho. Algumas das exposições também foram uma mais-valia. Destaco a exibição das pranchas originais de Little Nemo de Windsor McKay, os “30 anos de carreira de José Abrantes” e “O Sonho na BD portuguesa”. O lançamento de uma nova revista de bd portuguesa, a SKETCHBOOK (já referida aqui) é uma das notas positivas.

O MAU do festival é sem dúvida a organização. Uma fraca aposta na divulgação do evento trouxe muito pouco público. Alguns dos autores presentes estavam completamente fora da nossa realidade bedefila. Uns apenas tinham um álbum editado em português, outros nem isso. Talvez por causa disso, não estranhou o facto dos autores mais concorridos serem os convidados de editoras/lojas de comics. O sítio central do festival é claustrofóbico (volta Fábrica da Cultura, estás perdoada!). Nos dois primeiros fins-de-semana esteve um calor insuportável. Várias exposições estavam dispersas por salas escondidas em corredores labirínticos. Depois temos a velha questão do não cumprimento de horários nas sessões de autógrafos. Atrasos e mais atrasos e o Sean Phillips teve disponível apenas 40 minutos no Domingo.

Ao nível dos lançamentos por parte das editoras, mais uma vez não houve grandes novidades. Relativamente à bd fraco-belga (a minha preferida), a editora ASA limitou-se a editar três ou quatro álbuns, mas só porque estavam presentes alguns dos autores (Jo-El Azara, Vittorio Giardino e François Boucq). Salva-se apenas o quarto volume da série Bouncer. A DEVIR deu início ao evento 'Evolução' com a publicação do livro "Homem-Aranha: Metamorfose" e cumpriu com o seu programa de lançamentos, tudo baseado em comics americanos, ou seja, nada de extraordinário e de resto pouco mais se viu. Como sempre uma fraca aposta dos nossos editores em feiras e festivais. É o reflexo perfeito do nosso panorama bedefilo.

Depois temos a questão dos preços dos albuns e revistas. Três editoras, uma livraria e três ou quatro lojas especializadas em comics/manga e neste festival, não se praticam preços de festival. São preços de livraria e está tudo dito! Falta se calhar uma feira de bd em 2ª mão ou a presença de alfarrabistas!


O VILÃO do festival foi sem dúvida a tradutora Maria José Pereira das edições ASA. É impressionante a simpatia (falta de), a educação (falta de) e a arrogância (bastante) desta senhora. Inicialmente, pensava que o ‘problema’ era meu, mas depois de algumas conversas de circunstância com outros visitantes, apercebi-me que o sentimento é generalizado (confesso que fiquei mais aliviado!). Esta senhora põe e dispõe dos autores, onde é que assina, como é que assina. Acresce o incumprimento de horários (a critica mais uma vez) por parte dos autores desta editora que leva a que os compradores dos álbuns passem horas em filas por causa de um desenho e depois vem a desconsideração total da D. Maria (com pressa para apanhar o comboio, provavelmente) ao sugerir aos autores que assinem os álbuns em vez de os desenharem!!! Será que não a podemos meter num comboio a caminho do Uzbequistão?

Bem, apesar de tudo, fiquei com a sensação que a edição deste ano foi bastante melhor do que a do ano passado, o que significa um esforço para melhorar, mas ainda estamos longe do óptimo. Ficam as fotos e é tudo. Para o ano esperemos que haja mais e melhor!!!

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05 novembro, 2005

Last Days!

Pois é, começa hoje o último fim-de-semana do 16º FIBDA e eu aproveito para marcar presença nos dois dias. Não só para acabar de ver todas as exposições mas também porque o ‘cartaz’ dos autores presentes nas sessões de autógrafos parece-me ser o mais interessante de todo o festival. Senão vejamos, podemos contar (salvo qualquer imprevisto), com a presença, entre outros, de:

- Ed Brubaker, americano, um dos melhores argumentistas da actualidade responsável por “O Homem que ri” (publicado em Batman 2º volume da Série Ouro dos Clássicos da Banda Desenhada), Capitão América (Marvel), Catwoman (DC), entre outros.

- Leandro Fernandes, argentino, desenhador responsável por alguns números de The Incredible Hulk (Marvel), de Wolverine (Marvel) e pela série "Massacre no Texas" publicada actualmente pela Devir na revista “Espantosos X-Men”.

- Sean Phillips, inglês, desenhador responsável pela mini-série “Batman Jekyll & Hyde” (DC) e pela futura mini-série de cinco números de "Marvel Zombies" (Marvel) com data de lançamento prevista para Dezembro próximo.

- François Boucq, francês, desenhador responsável, entre outros títulos, pelas aventuras de "Boucer" (os primeiros quatros álbuns encontram-se editados em Portugal pela ASA).

- Gibrat, francês, desenhador responsável pelos álbuns “Destino Adiado” e “Voo do Corvo”, também editados em Portugal pela ASA.

- e ainda os ‘nossos’ José Carlos Fernandes (que dispensa apresentações) e Ricardo Ferrand (autor em destaque no festival).

A lista completa dos autores e os horários das sessões pode ser consultada aqui.

Não faltam boas razões para aproveitar estes últimos dias do festival, até porque depois de amanha já não há e mais só mesmo para o ano!

02 novembro, 2005

Um restaurante bem desenhado

Um dos mais famosos restaurantes de Nova Iorque, chamado The Palm resolveu celebrar os seus 80 anos de existência, com um convite ao Editor-chefe da Marvel, Joe Quesada para pintar alguns dos mais famosos personagens da Marvel numa das paredes do restaurante.

Joe Quesada, que já desenhou personagens como o Homem-Aranha, Daredevil, Wolverine ou X-Men, aceitou o desafio e o resultado é este:

Parece que esta tradição de ‘pintar paredes’ começou quando o restaurante abriu e os seus proprietários confrontados com a falta de dinheiro para a sua decoração, propuseram a vários artistas do King Features Syndicate que desenhassem cartoons nas paredes em troca de refeições. A ideia pegou e hoje as paredes desenhadas do The Palm são um autêntico museu da caricatura e do cartoon, segurada cada uma em cerca de meio milhão de dólares.

Para quem tiver a oportunidade de dar um ‘pulo’ a Nova Iorque, aqui fica a sugestão de um restaurante com bom ambiente:

The Palm Restaurant
837 Second Avenue, in-between 44th and 45th Street
New York, NY

01 novembro, 2005

FIBDA (2)

Passou-se mais um fim-de-semana [29 e 30/Outubro] de FIBDA. Mantêm-se a tendência. Ar muito abafado compensado pela falta de público. Se a primeira situação é já uma imagem de marca do FIBDA na sua versão 'estação de Metro'; a segunda situação é mais preocupante. Não conheço os números oficiais de visitantes, mas pela observação ‘in loco’ verifico que há quase tanto público como ‘pessoal com cartão’ (organização/comunicação social/editores/autores/distribuidores de BD – riscar o que não interessa). Talvez as causas passem pela falta de uma aposta forte em publicidade ou pela ausência de autores conhecidos do grande público e/ou publicados em língua portuguesa. Talvez! As sessões de autógrafos continuam em grande! Destaco pela positiva o Cameron Stewart e os seus n desenhos de Catwoman (ver foto) e o espanhol Max com o seu Peter Punk; pela negativa, o destaque vai para a pouca disponibilidade de JP Bramanti (da série Mccay ainda não editada em Portugal) e para Jo-El Azara e o seu Taka ‘Banzai’ Takata pelo facto de apenas assinar nos seus álbuns. E aqui vai a minha critica para as Edições ASA. A sua política de proibir os autores seus convidados de desenhar/assinar em folhas em branco é completamente estúpida. Será que é para vender “à força” mais meia-duzia de álbuns? Ainda por cima, o autor Jo-El Azara apenas tem um álbum publicado em língua portuguesa. Com politicas destas e a banda desenhada em Portugal dificilmente chegará a um universo muito grande de pessoas! Bastava olharem para o lado e verem a enorme fila para os autógrafos de José Carlos Fernandes (editado pela DEVIR) para perceberem que o caminho que seguem não é o correcto. Nota negativa para a ASA! No Domingo, houve o lançamento de uma nova revista de bd. A revista SKETCHBOOK é um projecto que visa apoiar/divulgar/dar a conhecer jovens autores, “promessas” da bd portuguesa. Excelente inciativa. Em cada número sairá duas histórias feitas por diferentes autores. No primeiro, encontramos as histórias: “A parede, apenas um problema” da autoria da jovem dupla composta por João Martins (vencedor dos concursos Jovens Talentos 2005 e do FIBDA 2005) e Nikolai Nekh (ilustrador freelancer) e “Hunter” com a assinatura de Daniel Maia. Oficialmente, a revista apenas sairá em Dezembro, em lojas/livrarias especializadas a anunciar, terá uma periodicidade trimestral e custará cerca de 2,50€. A presença de todos estes autores no dia de lançamento da revista, levou à 'caça ao autógrafo' dos jovens autores, ao esgotamento do stock de revistas disponível nesse dia e eu ganhei um magnifíco desenho do caçador “Hunter” do Daniel Maia (ver foto). O Daniel Maia aproveitou mesmo para anunciar o seu proximo livro [pode-se ler aqui] e divulgar o seu site [link]. Votos de sucesso! Para mim a mais-valia deste festival tem sido mesmo o contacto com os autores portugueses. Já nem falo de JCF, cujo quinto volume da “Pior Banda do Mundo” já saiu, porque este já é sobejamente conhecido, mas sim de autores como Jorge Coelho (excelente traço), Ricardo Ferrand, Miguel Rocha ou Daniel Maia. Confesso que alguns não os conhecia (mea culpa), mas também para isso é que existem os festivais, certo? Quanto às exposições, confesso que ainda não as vi todas. Das que vi gostei dos desenhos humorísticos de José Abrantes. Mas após hora, hora e meia a suar nas filas para autógrafos, confesso que a única coisa que desejo depois é ar fresco. Mas vou ter arranjar disposição, até porque as pranchas originais de Little Nemo, de Windsor McKay são obrigatórias!

27 outubro, 2005

José Carlos Fernandes

Finalmente um autor português! O 18º volume da colecção da Série Ouro d’Os Clássicos da Banda Desenhada, editada pelo Correio da Manha aos Domingos (saiu no dia 24/10), é merecidamente dedicado à arte de José Carlos Fernandes.

A antologia, assim chamada, é composta por histórias a preto e branco já publicadas em fanzines e jornais, por histórias a cores publicadas nas extintas "Selecções BD” e inevitavelmente por excertos de “A Pior Banda do Mundo” (provavelmente a mais premiada série da história da BD portuguesa), tudo referente ao período de 1992 a 2005.

O timing da publicação é excelente, dado que coincide com a realização do FIBDA, onde José Carlos Fernandes garante presença todos os fins-de-semana, com a sua habitual simpatia e disponibilidade, tanto para conversar como para desenhar. Uma oportunidade para falar com o autor, conhecer a sua obra e valorizar o livro, dado que José Carlos Fernandes nos seus autógrafos brinda-nos com excelentes desenhos feitos a aguarela, o que já se tornou a sua imagem de marca. Eu confesso que aproveito todas as oportunidades para conseguir mais um "autógrafo"!!

Actualmente figura incontornável da BD portuguesa, reza a sua biografia oficial que o autor nascido em Loulé em 1964, se estreou relativamente tarde no mundo da BD, com a idade de 25 anos. Apesar disso, ao longo de mais de 15 anos de carreira, já produziu perto de duas mil páginas de banda desenhada, grande parte já publicada em fanzines e livros, o que o torna um dos mais prolíficos autores de BD da actualidade. Entre as suas obras publicadas, contam-se títulos como "Coração de Arame" (Devir), "As Aventuras do Barão Wrangel" (Devir), "Pessoas que usam Bonés-com-Hélices" (Asa), "A Pior Banda do Mundo" - Volumes 1, 2, 3 e 4 (Devir) e "A Última Obra-prima de Aaron Slobdj" (Devir).

Os seus próximos trabalhos envolvem a publicação do 5º volume da "Pior Banda do Mundo" (talvez ainda durante o FIBDA), a publicação do 1º volume da “Agência de Viagens Lemming” (até ao final do ano, garantia do autor!) e o projecto “Black Box Stories”, onde dá o seu melhor como argumentista que permite a colaboração com outros desenhadores.

Resta-nos aguardar genial criatividade de José Carlos Fernandes!

(Alguns dados referidos foram retirados do 18º volume da referida colecção Série Ouro)

23 outubro, 2005

FIBDA (1)

Dia 1 [Sábado] no FIBDA. Só de passagem para ver o local. Na entrada entregam-me um inquérito sobre o festival. Guardo no saco. Dou uma vista de olhos pela área comercial para conhecer os novos lançamentos. A ASA lançou o quarto álbum da série Bouncer, intitulado “A Vingança do Carrasco” e tem disponíveis todos os álbuns da colecção “O Decálogo”. Amanha é dia de compras. Parto para a zona de autógrafos. Já lá estão, entre outros, Cameron Stewart, o habitual José Carlos Fernandes e Vittorio Giardino. Dez minutos depois, apesar de haver pouca gente no festival, já transpiro por todo lado! O espaço este ano até está mais agradável, mas condições continuam a não ser as melhores. Para já: muito calor, falhas constantes de energia e o multibanco “fora de serviço”. As fotografias e as exposições ficam para amanha, porque hoje já chega de sauna. O preenchimento do inquérito promovido pela Universidade do Porto e pelo CNBDI ganhou uma importância inesperada.

22 outubro, 2005

Já começou!


























O 16º FIBDA já abriu as suas portas. O cartaz deste ano é da autoria de Ricardo Ferrand, autor português cujos trabalhos tem vindo a ser publicados pela Witloof. Como site oficial [link] ainda continua em construção (infelizmente a internet ainda não é considerada um meio de comunicação eficaz!!!) socorro-me de um dossier enviado pelo CNBDI/FIBDA (o meu agradecimento!) para informações úteis.

Assim, para os menos habituados a circularem por estes lados, informo que o núcleo central do FIBDA encontra-se localizado na estação de metro Amadora Este (ultima estação da linha azul). O metro é talvez o transporte mais eficaz para chegar ao festival. Ninguem se perde!

Utilizando o carro, a entrada para a Amadora faz-se pelas Portas de Benfica, pela Pontinha/Alfornelos, pela EN 17 (Cabos d’Ávila), por Queluz, pelo IC 19 ou pelo IC 17 (CRIL); após entrada na Amadora seguir as placas que indicam Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora e Estação de Metro. Estacionamento fácil!

Para quem preferir o comboio, informa-se que aos fins-de-semana o Festival oferece a viagem em vai e vem gratuito entre a estação CP da Reboleira e a estação de Metro Amadora Este.

O melhor da festa, ou seja, as sessões de autógrafos, o horário é regra geral a partir das 15.00, e aqui ficam os autores (desenhadores/argumentistas) estrangeiros com presença confirmada (pela organização) no FIBDA 2005:

No primeiro fim de semana (22 e 23 de Outubro):
» Vittorio Giardino (Itália),
» Rick Veitch (EUA)
» Alexander Zograf (Sérvia-Montenegro)
» Claude Moliterni(França)
» Al Davison (Reino Unido)
» Cameron Stewart (Canadá)

No segundo fim de semana (29 e 30 de Outubro):
» Thierry Smolderen (Bélgica)
» Jean-Philippe Bramanti (França)
» MAX (Espanha)
» Jim Woodring (EUA)
» Joel Azara (Bélgica)
» Mikail Zlatkovsky (Rússia)
» Ed Brubaker (EUA)

No terceiro e último fim de semana (5 e 6 de Novembro):
» Bruno Marchand (Bélgica)
» François Boucq (França)
» Bryan Talbot (Reino Unido)
» Sean Phillips (Reino Unido)
» Liam Sharp (Reino Unido)
» Gary Spencer Millidge (Reino Unido)
» Leandro Fernandez (Argentina)
» Stassen (Bélgica)
» Gibrat (França)
» Esad Ribic (Croácia)

Quanto aos autores portugueses, tambem os há, mas informação oficial é que não (é pena!). Assim aqui fica o que o Blog da Utopia [link] conseguiu apurar:

» José Carlos Fernandes - dias 22,23, 29 e 30 de Outubro; 5 e 6 de Novembro
» Manuel Morgado - dias 29 e 30 de Outubro
» Filipe Faria - dias 29 e 30 de Outubro

e o dia 1 de Novembro como o dia da festa do autor nacional.

Prometo ir aqui escrevendo as minhas impressões sobre a edição deste ano. Até lá...

UM BOM FESTIVAL!

17 outubro, 2005

FIBDA 2005: (actualização)

Já está em contagem decrescente a abertura do FIBDA deste ano. Li recentemente que o espaço na estação de metro da Falagueira encontra-se a ser devidamente preparado para o festival, com especial atenção para as questões que foram objecto de critica no ano passado, nomeadamente o problema do calor e a disposição do espaço da exposição. Também ainda “em construção” está o site oficial do festival [link], por isso mesmo as novidades escasseiam. Assim, certo certo é mesmo a abertura ofical do FIBDA no próximo dia 21 (Sexta-feira), pelas 21.30.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
- De 22 de Outubro a 6 de Novembro, todos os dias das 10.00 às 22.00 horas

BILHETEIRA
- Público em geral (maior de 12 anos): bilhete no valor de 3 euros
- Público menor de 12 anos (acompanhado por adulto): acesso gratuito
- Bilhete permanente: bilhete no valor de 10 euros
- Estudantes/cartão-jovem/pensionistas: bilhete no valor de 2 euros

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES (Estação de metro da Falagueira - Núcleo Central)

»» Ricardo Ferrand: Autor português em destaque. É, igualmente, o autor da imagem do FIBDA 2005
»» O Sonho na Banda Desenhada: Little Nemo e Winsor McCay
»» O Sonho na BD Portuguesa: Esta exposição reúne alguns dos exemplos mais significativos da presença do sonho na banda desenhada portuguesa dos últimos 15 anos, integrando trabalhos de Antônio Jorge Gonçalves, David Soares, Diniz Conefrey, Filipe Abranches, João Fazenda, José Carlos Fernandes, José Ruy, Luís Louro, Miguel Rocha, Rui Lacas e Rui Pimentel.
»» O Sonho na BD: Exposição que dará especial atenção às seguintes séries e autores: Sandman (de Neil Gaiman e diversos autores, editado em Portugal pelas edições Devir), Olivier Rameau (de Dany e Greg, editado em Portugal na revista Tintin), O Sonho Prolongado do Sr. T (de Max, autor espanhol autor de Peter Pank, personagem que esteve em evidência no FIBDA 1995), Alice in Sunderiand (de Bryan Talbot, autor que esteve presente no FIBDA 2004), As Cidades Obscuras (de Schuiten & Peeters, editado em Portugal pela Meribérica-Liber e Witloof Edições), Promethea (de Alan Moore e J.H.Williams, série que esteve em destaque na exposição Argumentos, apresentada pelo CNBDI em 2002).
»» Homenagens e Paródias a Little Nemo: Exposição que dará especial atenção às seguintes séries e autores: Agar, de Molitemi (o argumentista de Harry Chase, Scarlett Dream e Taar, todos editados em Portugal pela Meribérica-Liber) e Gigi, Little Ego, de Giardino, editado em Portugal pela Meribérica-Liber, Little Nemo, de Moebius e Marchand, editada em Portugal pela Meribérica- Liber, McCay, de Smolderen (o argumentista de Gipsy e Olivier Varése, ambas com Marini e editadas em Portugal pelas Edições Asa) e Braman
»» Dream Comics: Uma exposição colectiva de autores de todo o mundo que registam os seus sonhos em forma de banda desenhada: David B. (França), Steve Bissette (EUA), Al Davison (Ing), Rick Grimes (EUA), Horus (Ale), Jesse Reklaw (EUA), Rick Veitch (EUA), Jim Woodring (EUA), Aleksandar Zograf (Jug), Michael Zulli (EUA), etc.

16 outubro, 2005

Leituras: Astérix vol. 33 - O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça

Indo directo ao assunto, digo que o novo álbum, o 33º das aventuras de de Astérix, «O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça» é a história mais absurda, desinteressante, desinspirada e superficial que li nos últimos tempos. Acresce que o trabalho de tradução para a edição portuguesa também falhou redondamente (veja-se os nomes dos personagens). Salva-se apenas o desenho!

A narrativa é penosa ao longo das 47 páginas, onde falta o humor (subtil), existe a critica (assumida). Enquadro este álbum como uma declaração de guerra do autor (Uderzo) perante as novas tendências da BD internacional e as preferências bedefilas das novas gerações pelos super-herois americanos e a manga japonesa em detrimento da bd franco-belga. Neste sentido, o ponto alto da história será mesmo o ridículo combate nos céus da Gália entre os guerreiros robôs de Nagma (anagrama de Manga) e os superclones de Wendalsity (cópias de um Super-Homem bizarro). Penso que não havia necessidade de envolver o Asterix nestas "guerras", mas o autor assim não o entendeu. Infelizmente!

Acredito que este 33º álbum é o fim de um ciclo. Não só pela evidente falta de ideias novas, como pelo longo tempo de produção de um novo álbum (este dista 4 anos do seu antecessor) e também pelo facto de já ser público o desejo que a personagem não sobreviva ao autor. Se juntarmos estes factores à idade avançada de Albert Uderzo (78 anos) percebe-se que já não há mais margem de manobra. Antes assim, porque para mais disto é mesmo melhor ficar por aqui. Fica a despedida e o agradecimento a Walt Disney, que nas palavras do autor “permitiu, a mim e a alguns companheiros, cair no caldeirão de uma poção da qual só ele detinha o grande segredo".

Em resumo, recomendo este álbum apenas aqueles que fazem mesmo muita, mas muita questão… em ficar com a colecção completa, porque de outra forma é uma compra perfeitamente dispensável!



Asterix - O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça
De Albert Uderzo
Edição ASA, 1º edição de Outubro de 2005