Harley Quinn e Poison Ivy |
Faz hoje uma semana que aconteceu mais uma edição do AniComics. Com três edições é já um festival de paragem obrigatória. Tem uma dinâmica única que não encontra paralelo em qualquer outro festival de BD que se realize em Portugal, que eu conheça, e por essa ordem de razão não é um exercício válido fazer comparações com outros.
A quase esmagadora dos seus visitantes encarna com paixão personagens de anime e manga e é praticamente por causa deles que o evento existe, que a casa enche e que a festa se realiza. É uma onda muito forte, e o Mário Freitas, mentor do AniComics, conhece muito bem este seu público. Mas o Mário faz mais. Abre espaços para outros públicos. Um público bedéfilo que aprecia igualmente a festa mas que gosta sobretudo de banda desenhada e do convívio e das conversas em volta desta. Comparativamente são poucos mas há lugar para eles. E marcam presença, eu incluído.
Como norma o festival convida autores que trabalhem para o mercado norte-americano de comics. Este ano recebemos a visita de Davide Gianfelice e Marco Checchetto. E depois uma bela novidade. A presença de Tony Sandoval que publica no mercado francês. E que bela surpresa foram. São sempre. E é aqui que o Mário ganha a aposta. Não desilude ninguém. As exposições de originais e as sessões de autógrafos estiveram lá para o provar. As cores das aguarelas no desenho do Sandoval conquistaram-me.
Daredevil de Gianfelice |
Homem-Aranha de Checchetto |
Mas o Mario faz mais. Promove igualmente autores portugueses de BD. E este ano foram Rui Lacas e a Joana Afonso num auditório completamente cheio de fans de anime e manga. E a presença de Bruno Ma, Filipe Duarte e a estreante Cari nas sessões de autógrafos. E depois os públicos misturam-se. Num workshop Como contar uma história em imagens, orientado pelo Osvaldo Medina, autor de banda desenhada publicado pela Kingpin de Mário Freitas, participaram leitores de bd franco-belga, comics americanos, manga japonesa e simples interessados.
É assim o AniComics, o lugar onde se estabelecem pontes entre públicos de gostos diferentes que encontram um denominador comum na banda desenhada. Tudo aconteceu no último fim-de-de-semana, num excelente ambiente, numa casa tão cheia que o sucesso do AniComics começa a ser grande demais para o espaço que é oferecido pela totalidade da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro. E visitantes satisfeitos, como eu, manifestam desde já intenção de marcar presença na edição do próximo ano. Que como já seria de esperar já está a ser pensada. É que pontes destas não se constroem de um dia para o outro!
Ficam aqui mais algumas fotografias, com a indicação que estas e outras podem ser vistas no álbum "AniComics 2012" aqui.
4 comentários:
Grande realização esta do Mário. Agora acho que ele está condenado a ter de abandonar aquele local: o êxito da iniciativa está a trazer público em progressão geométrica, o que vai "obrigar" o Mário a ter de arranjar um espaço maior com toda a certeza. Agora um espaço como este e com aquele auditório e o Metro ali mesmo à mão...é de difícil substituição.
Uma vez mais os meus parabéns ao Mário Freitas.
Concordo com tudo o que dizes, Nuno. Excelente análise ao evento.
Como já comentei noutro sítio e volto a afirmar aqui, o Mário é que devia organizar o Amadora BD!! A sua capacidade de organização e, especialmente, de mobilização, faria toda a diferença. AniComics rules!!
Um abraço.
@Mascarenhas, concordo contigo. Afigura-se difícil trocar um espaço com aquela centralidade e condições. Abraço
@João, obrigado! ;)
@Lucaimura, tenho algumas reservas. A organização do Amadora BD obedece a alguns condicionalismos. Abraço
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