16 junho, 2015

Notas finais sobre o XI Festival de BD de Beja


Terminou no passado Domingo mais uma edição do Festival Internacional de BD de Beja, vulgo FIBDB. Celebrou-se a 11ª edição. O festival tem vindo a crescer, e este ano registou mesmo um numero recorde de visitantes. Participei apenas no primeiro fim-de-semana, aquele onde a 'tribo' se instala na Casa da Cultura de Beja, e foi o suficiente para confirmar que o FIBDB já atingiu um nível de maturidade que lhe permite passar por cima de qualquer contrariedade sem que isso o afecte minimamente. A prova disso foi justamente a grande ausência, devido a motivos de força maior, de dois dos autores sobre os quais recaiam as maiores atenções: Ted Benoit e Yslaire. Mas um director incansável, uma programação cheia e dinâmica, um público fiel, excelente exposições, autores nacionais e estrangeiros em bom número e um ambiente único, são as razões mais que suficiente para se fazer a festa da banda desenhada em Beja. Pessoalmente, o convívio que se proporciona e rever amizades que os anos vão consolidando são ganhos adicionais.


Este ano Beja destacou-se igualmente pelo elevado número de lançamentos. Tenho para mim que assistimos a um novo ciclo de crescimento da edição de banda desenhada em Portugal. Já são várias as editoras que de forma consistente editam bd em português, oferecendo uma diversidade de leitura de géneros como há muito já não se observava. E a julgar pelas intenções manifestadas nas várias apresentações, é uma tendência para se manter. Felizmente. Haja leitores para acompanha-la.

Mas o festival de Beja é também uma caixa de surpresas. E a deste ano dá pelo nome de Manuel Morgado. Foi uma feliz coincidência o Paulo Monteiro ter-me solicitado que escrevesse sobre este autor para a Splaft!, o caderno da Bedeteca de Beja, que constitui a revista do festival. Não conhecia pessoalmente o Manuel Morgado, mas já admirava o seu traço, porque o acompanho através das redes sociais. Observar a sua exposição de originais e vê-lo a desenhar ao vivo durante o festival foi qualquer coisa de extraordinário. Fixem o nome dele. Irá certamente ser (mais) um caso sério no panorama bedéfilo nacional. Conhecer este talentoso autor foi a cereja no topo do bolo.


Na impossibilidade de descrever por palavras tudo o que se respira em Beja, direi que é um organismo bedéfilo com vida própria que nos absorve e nos preenche. O Festival de Beja é mesmo isto. E este ano foi outra vez.
Obrigado Paulo Monteiro e até para o ano.




1 comentário:

Optimus Primal disse...

"Este ano Beja destacou-se igualmente pelo elevado número de lançamentos. Tenho para mim que assistimos a um novo ciclo de crescimento da edição de banda desenhada em Portugal."

Tendo em conta que sempre que isso acontece alguma editora fica pelo caminho o ano passado foi a Panini no anterior a FB de Linha Clara,etc