20 novembro, 2016

Amadora BD 2016: Fotos e algumas considerações

Chega um pouco fora de horas, esta publicação em modo de balanço da 27º edição do Amadora BD, mas serve de pretexto para publicar aqui algumas fotos do festival. Já o tinha afirmado, não foi uma edição que deixa saudades. O modelo do festival assente em três fins-de-semana já se encontra esgotado, pela incapacidade da organização em conseguir garantir justamente um programa vasto e interessante para os 15 dias. A presença de nomes sonantes da BD que já foi um cartão de visita do Amadora BD é agora uma memória. E se atendermos que 2016 foi um ano tão rico em edição de banda desenhada em Portugal, não se consegue explicar o convite a autores, perfeitos desconhecidos do grande público, e muitos deles sem qualquer obra por cá editada. Felizmente que houve excepções, e a presença de António Altarriba (Eu, Assassino, ed. Arte de autor) e Kim (A Asa Quebrada e A Arte de Voar, ed. Levoir), de Alexo Papadatos e Abraham Kawa (Democracia, ed. Bertrand) e de Tony Sandoval (Rendez-vous em Phoenix, ed. Kingpin) ajudaram a animar o primeiro fim-de-semana, o único que se aproveitou. Soube a pouco. Faltou (mais uma vez) um ou mais verdadeiros cabeças-de-cartaz.




Para além dos autores, as exposições sempre foram um dos bons motivos de interesse do Amadora BD. Este ano a maioria delas não passou da classificação de interessante. A exposição central foi dedicada ao inenarrável tema de Espaço e Tempo. Será que não há melhor temática? A atribulada mostra dedicada aos 70 anos de Lucky Luke tinha demasiadas impressões. A curta de Jorge Coelho e a Volta da dupla André Caetano/André Oliveira estavam escondidas e mereciam talvez melhor lugar de exposição. A arte de Marco Mendes na qualidade de vencedor do PNBD'2015 para o Melhor Álbum Português (e tão maltratado que foi com a amputação do seu desenho que serviu de base ao cartaz oficial) estava num lugar de passagem. Assim, entre todas a minha preferência recaiu sobre a dedicada a Pasquale Frisenda. A exposição TEX e a BD deste autor era a mais bem conseguida. Num espaço bem localizado, com uma cenografia a preto-e-branco serviu de enquadramento perfeito para um conjunto de pranchas que mostravam bem o virtuosismo deste autor. E soube a pouco. Valeu a edição de O Segredo do Juiz Bean que foi surpresa da editora Polvo. E  resto foi muitos autores portugueses, e muitas conversas. Para a história fica aqui o registo fotográfico que foi possivel.












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