Nesta primeira nota de 2018 trago aqui os números e
análise do ano que agora terminou. Aquela impressão de que 2017 foi um excelente ano no que respeita à edição de banda desenhada no mercado português, encontra-se agora
confirmada pelos números: de lançamentos contabilizados e de editoras nacionais activas.
De acordo com levantamento efectuado foram registados um total de 287 lançamentos correspondente à actividade de 27 editoras/chancelas.
A editora GOODY, mesmo com a suspensão dos seus títulos Disney - que se espera que retomem à publicação este ano - revelou-se como a mais activa em Portugal, foi responsável por um total de 56 edições correspondente a 20% da oferta, assente sobretudo nas colecções Marvel. O sucesso de títulos como Homem-Aranha e Vingadores, abriu espaço para que em 2018 se junte um novo título: os X-Men.
Na segunda posição, encontramos duas editoras em ex-áqueo, a DEVIR e a LEVOIR.
A primeira, a DEVIR, com o seu catálogo de manga em crescimento, foi responsável por um total de 41 lançamentos (14% da oferta). Revela um crescimento de +3 livros quando comparado com o ano transacto. A LEVOIR centra a sua actividade editorial na parceria com jornal Público, com um total de cinco colecções completas e o início da sexta, perfazendo um total de 41 livros (14% da oferta) editados durante ao ano. O universo DC teve um papel de relevo servindo de fonte de histórias. No entanto, comparativamente a 2016, observa-se uma quebra de 4 livros.
O resultado global obtido em 2017, que em termos de n.º de novos lançamentos representa um aumento de 12% relativamente a 2016, foi o culminar de uma tendência de crescimento que já se tinha a vindo a observar-se em Portugal nos últimos anos, com uma aposta forte das editoras nacionais de banda desenhada numa oferta que se pode considerar diversificada, repartida entre publicações oriundas do mercado americano, franco-belga e japonês, com uma vasta gama de géneros, o que cria espaço para que todas as editoras possam ter a sua quota de mercado. Um ANO DE OURO, portanto!
5 comentários:
Pessoalmente, não incluia as revistas disney junto com livros. De resto, lamento a grande quebra de edições FB (excluindo as coleções ASA/Público) e já estou cheio de super heróis em cuecas.
Congratulo a Levoir pela continuidade de edição de obras especiais (Col. Novela Gráfica), fico muito satisfeito pelas edições T.Lisbon Studio, por permitirem o possível aparecimento de novos autores (embora a qualidadedas história internamente tenha muita diferença de qualidade entre si).
E obrigado por esta listagem que me aviva a memória :-)
Pessoalmente, não incluia as revistas disney junto com livros. De resto, lamento a grande quebra de edições FB"
A quebra acontece porque nao vende tirando os Asterix.tintns etc
PCO Tens muitas coleçoes usa sem super via g-floy/devir Paper Girls/Saga.E mesmo super mais adulto Cage,Alias ETC
A Planeta nunca editou tanta Star Wars Marvel e Dark horse.
A devir tirando Walking Dead edita só manga quase series comics saem raramente.
O meu comentário não é contra ninguém. Nem mesmo super heróis em cuecas. Creio quehaverá mercado para todos.
Acompanho a generalidade das edições GFloy.
Fiz a coleção SW da Pl.Agostini e fechei a loja relativamente a esta linha de BD e merchandasing.
Estou a fazer a coleção SH da Salvat e fiz uma série de coleções da Levoir do mesmo tema. E devido a isso (e por não ser mesmo fã de loooongas telenovelas), é que já estou cheio de SHC (super herois em cuecas).
Relativamente ao FB, leio bem em francês e adquiro o que me interessa directamente. O que tenho alguma curiosidade, obtenho digitalizado e leio em Tablet.
Mas lamento a não edição em mercado português.
Não sei se FB não vende ou não vende porque não há... e os pequenos exemplos da Arte de Autor.. não sei se chegam para tirar ideias...
Mas realmente, concorco que foi um excelente ano no que toca à edição de BD em Portugal.
Viva! Compreendo que possa existir alguma resistência à inclusão das revistas Disney na lista, mas não tenho qualquer critério objectivo que me leve a excluir a sua contagem das publicações. Quanto ao franco-belga, não subscrevo que tenha existindo uma grande quebra. Feitas as contas (incluindo as colecções com o Público) tivemos em 2016 cerca de 34 edições (Asa, ASA+Público, Arte de Autor, Teorema); em 2017 contabilizo 40 (Asa, ASA+Público, Arte de Autor, Teorema, Gradiva). E mesmo excluindo as colecções do Público penso que o saldo é positivo. Agora também gostaria que se publicasse mais franco-belga, e acredito que a Arte de Autor caminha para nos dar essas alegrias. Já tem o Hermann :) Relativamente às edições TLS também acho que há muita diferença de qualidade nas histórias e acrescento que nenhum dos dois volumes me convenceu plenamente. Gosto da dinâmica das edições da G.Floy, Planeta e Goody. Abraço
Muita publicação mas infelizmente, para mim, muitos super herois.
Falando do futuro, e o post no FB da GFloy???? A deixar agua na boca e ainda estamos só na 1 semana de janeiro!!
Diogo
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