Na nota de hoje saúdo a chegada de uma nova chancela na edição de banda desenhada em Portugal. A EDITORA SELF é assim o mais recente membro do "clube", e para a sua primeira proposta de leitura traz-nos A HISTÓRIA DE BUDA em versão gráfica mangá.
Acompanhamos o príncipe Sidarta na sua busca pela verdade. A História de Buda reconstitui a peregrinação do jovem príncipe que abandona a sua vida palaciana para encontrar na espiritualidade o verdadeiro sentido da vida.
“O que é a felicidade? Porque devo viver repetindo as mesmas coisas dia após dia?”
Há dois mil e seiscentos anos, quando Buda Sakyamuni ainda era jovem, ele atormentava-se com estas mesmas questões que enfrentamos até hoje. Ele nunca desanimou nem desistiu de procurar a resposta. Procurou seriamente o significado da vida. Essa busca é o ponto de partida do budismo. Buda procurou desesperadamente e, por isso, conseguiu alcançar a maior felicidade que até então alguém jamais havia alcançado. No nosso desejo de viver com força e alegria, certamente a vida de Buda servirá como uma grande diretriz.
Obra já disponível nas livrarias.
Ficha técnica:
A História de Buda
De Hisashi Ohta
Capa mole, dimensões 13,5×20 cm, p/b, 238 págs.
ISBN 9789899032781
PVP: € 16,96
Edição EDITORA SELF
5 comentários:
Terá lógica publicar este livro quando se poderia publicar a obra prima do Tezuka?
Realmente não entendo a política de publicação de Manga em Portugal. Excluindo o Sunny não existe uma única obra para adultos de um autor de topo de Seinen. Parece-me que se está a construir a casa pelo telhado.. Urasawa, Oshimi, Tezuka, Asano, Yamamoto, só para referir alguns, enfim tanto por onde pegar..
Não sou especialista de mangá (longe disso) e desconheço os meandros da compra de direitos mas quer-me parecer que a negociação de obras de autores mais reconhecidos e com um estatuto superior seja bastante difícil e ao alcance de poucas editoras nacionais, o que leva a que todas as restantes, com pequenos catálogos, mas que queiram apanhar o comboio do mangá em terras lusas optem por autores, diria, secundários, sem querer desvalorizar qualquer um deles.
Se assim é parece-me uma pescadinha de rabo na boca. Sem os grandes autores não se forma público, sem público não há vendas e depois não há dinheiro para grandes autores! Pode ser que a edição do Monster altere o paradigma e crie público suficiente para valer a pena arriscar.
Quase que diria que no actual cenário a DEVIR talvez seja a única editora nacional com capacidade de negociar os direitos de grandes obras, quer pelo seu catalogo de mangá que construiu, quer pela relação de confiança que estabeleceu com as editoras japonesas. Eu aguardo o Monster com grande expectativa. Durante o último Amadora BD tive oportunidade de falar com os editores da DEVIR e eles confirmaram que com os japoneses não é fácil negociar, pois colocam muitas exigências sobre o produto final... dai o atraso do Monster!
Não faço a mesma leitura.
Tanto quanto vi, a SELF é uma editora com um catálogo vocacionado para o desenvolvimento pessoal e penso que este livro se enquadra, pela temática, no seu catálogo (independentemente de ser BD, Mangá, etc.).
Provavelmente foi escolhido por isso e não porque haja intenção de desenvolver um catálogo de mangá.
Veremos.
Maria José Magalhães Pereira
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