Quinze dias depois, temos hoje nas bancas novo volume, o segundo, da colecção novela gráfica da LEVOIR, que traz um dos títulos que maior curiosidade me desperta nesta oitava série. Toda a temática me cativa e o desenho que nos é dado a observar pelas páginas disponibilizadas não me desagrada.
O JOGO DA MORTE, de Pepe Gálvez e Guillem Escriche, recorda-nos uma história real e dramática da Segunda Guerra Mundial. Fora da frente de batalha, mas dentro de um campo de futebol, temos um dos mais dramáticos actos de heroísmo, cujo simbolismo transcendeu as quatro linhas do jogo. Não foi apenas um jogo de 11 contra 11, mas uma faísca de esperança contra a brutalidade da guerra.
O FC Start, uma equipa de futebol ucraniana numa Ucrânia ocupada pelos nazis, diria que ousou jogar e vencer, várias equipas formadas por soldados alemães. Estes triunfos foram vistos pela população local como pequenas vitórias morais contra um exército invasor, algo que era desconfortável para o aparelho de propaganda nazi. O último jogo realizado teve lugar a 9 de Agosto de 1942, em Kiev, no qual O FC Start defrontou a bem equipada equipa da Luftwaffe alemã. Os jogadores da equipa ucraniana foram avisados sobre as consequências que uma eventual vitória lhes causaria.
O encontro entrou para a história com o nome de O Jogo da Morte, não pelo resultado em si, mas pelo que representou. A luta pela manutenção da dignidade é a única coisa que resta aos derrotados, algo que muitas vezes acaba transformando pessoas comuns em heróis extraordinários apesar de saberem que estão condenados a um destino terrível por defenderem os seus princípios.
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