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13 outubro, 2019

Lançamento do 30º Amadora BD


Hora de abrir aqui no blogue a janela para começar a falar do festival AMADORA BD que agora sob nova gerência comemora este ano o seu 30º aniversário. Faltam menos de duas semanas para o evento. A linha gráfica da autoria do mui talentoso Jorge Coelho já circula por aí. Gosto particularmente do jogo de palavras que foi feito com o nome o festival. A sua partição silábica deu origem às palavras «ama» e «adora» e a sua disposição no cartaz com o acrescento de «BD» passa a mensagem de «AMA, ADORA BD». Muito criativo. Aplausos!

Já há cartaz, mas falta ainda a divulgação do programa oficial com a lista de autores, os lançamentos, as exposições. Mas antes de entrarmos por aí, uma pequena nota para uma melhoria observável, que é a redução do número de dias do festival. Passa dos cansativos três fins de semana, para apenas dois. Uma alteração que permitirá uma maior dinâmica com a concentração do programa de actividades. Nota positiva.

Quanto ao programa, bem na hora em que escrevo estas palavras, o sitio oficial do festival (disponível em www.amadorabd.com) continua ainda sobre influência gráfica da edição anterior e a apresentar a programação de... 2018!!! Enfim, podia ser diferente...!


Então e novidades? Socorro-me das redes sociais. A organização tem feito um esforço ao nível da comunicação nas plataformas sociais. Têm sido publicados pequenos "destapar o véu" sobre o festival. Assim já se sabe que podemos contar este ano com um bom conjunto de exposições.

A primeira que refiro diz respeito à celebração do «30º aniversário do Amadora BD». E como de aniversários falamos, teremos também a exposição dedicada ao «80º aniversário do Batman», que eu penso que seja a mesma que esteve recentemente em exibição no CC UBBO em Odivelas. Depois entramos em homenagens. A primeira é dedicada a Stan Lee em «O Mito e as Criações». Segue-se Vasco Granja que será lembrado através de desenhos e pranchas originais retirados do seu vasto espólio num amostra intitulada «Vasco Granja e a BD», e teremos ainda dedicada a «Geraldes Lino», um conhecido e incansável militante bedéfilo que nos deixou em Fevereiro deste ano.



Claro está, o autor convidado e em destaque, «Jorge Coelho», terá uma mostra com a sua obra, e outra exposição irá abordar o universo de «Andrómeda» de Zé Burnay. Depois há espaço para mostrar o trabalho de ilustração de Marjolaine Leray na obra «O Capuchinho Vermelho», vencedor do prémio de Melhor Ilustrador Estrangeiro em 2018; uma colectiva de três autores da Chili Com Carne: Xavier de Almeida, Tiago Baptista e Mariana Pita. Resumidamente é isto. Tendo já o programa de exposições alinhavado, não se percebe o porquê da organização não o divulgar num anúncio oficial.

Em termos de presença de autores, também já se consegue descobrir alguns dos nomes convidados. Assim distribuídos pelos dois fins-de-semana, teremos a visita de:

  • Alfonso Font, versátil autor, que também assina histórias do Tex, irá estar presente no fim-de-semana de 2 e 3 de Novembro.
  • Altarriba e Keko, autores convidados para o lançamento do livro «Eu, Louco» da editora Ala dos Livros.
  • Lúcio Oliveira e do seu divertidissimo Edibar da Silva, que terá também o lançamento do «Edibar e Cª» pela editora Polvo.
  • Michele Cropera, autor italiano que estará presente para o lançamento de «Dampyr: O suicídio de Aleister Crowley» da nova editora A Seita.
  • Tommi Musturi e Benjamin Bergman, dois autores finlandeses, publicados e convidados da editora Chili Com Carne.
  • Ruben Pellejero, desenhador do novo Corto Maltese.
  • Marjolaine Leray, ilustradora premiada com exposição dedicada no festival
  • Jorge Coelho, autor nacional em destaque no festival.

Quanto a novidades, já se sabe que o AMADORA BD é um palco privilegiado pelas editoras nacionais para o lançamento das últimas novidades do ano. E a coisa promete, senão vejamos:

  • A editora ARTE DE AUTOR, prepara não uma, não duas mas três novidades franco-belgas. O primeiro volume da série de «Os Filhos de El Topo», de Jodorowsky; o segundo volume de «Bug» de Enki Bilal; e o terceiro volume da colecção Agatha Christie, desta vez dedicado aos «Beresford».
  • A editora ALA DOS LIVROS, conforme já referido irá lançar «Eu, Louco» contando com a presença dos autores Altarriba, já uma visita habitual em Portugal, e de Keko.
  • A editora G.FLOY, como habitualmente, tem preparados alguns lançamentos:  o novo volume da série «Saga»; o segundo volume de «Monshine» e do universo Millarorld, temos «Huck».
  • A LEVOIR vai finalmente completar a saga «Y O Último Homem» com o lançamento dos dois últimos volumes da colecção. 
    • Da nova editora A SEITA teremos «Dampyr: O suicídio de Aleister Crowley», que contará igualmente com a presença do autor Michele Cropera, e «Assembleia das Mulheres» uma divertida adaptação da obra-prima de Aristófanes por Zé Nuno Fraga.
    • A editora POLVO acrescenta mais um autor brasileiro à sua carteira, editando em Portugal, as tiras humorísticas de boemio Edibar da Silva em «Edibar e Cª» e contará com a presença do autor Lúcio Oliveira.
    • A ASA terá no novo Asterix, «A filha de Vercingétorix», a sua principal novidade. E espera-se que seja acompanhado do novo álbum da série Michel Vaillant, «13 Dias».
    • A ESCORPIÃO AZUL tem preparados «O Filho do Führer» e «O Pistoleiro do Futuro» para apresentar no festival.
    • A editora ARCÁDIA celebra os 25 anos da primeira edição de «A Voz dos Deuses, Memórias de um Companheiro de Armas de Viriato» com uma nova edição, pela primeira vez,  totalmente a preto e branco.
    • Da pequena AVE RARA, vi uma publicação que indicia que o segundo livro da série «Gentleman», que conta com a arte de Fábio Veras, poderá andar pelo festival.




    E pronto está aqui feita uma pequena apresentação daquilo que poderá ser a edição do AMADORA BD deste ano. As expectativas são boas. Informo que qualquer semelhança do que foi aqui dito com a realidade poderá ser mera coincidência, pelo que recomendo uma leitura atenta do programa oficial. O 30º AMADORA BD abre as suas portas a 24 de Outubro. 

    17 julho, 2019

    O 30º Amadora BD começa a tomar forma...

    O grande Jorge Coelho foi o artista convidado para criar a imagem da 30ª edição do Amadora BD e os resultados começam a aparecer.
    Este é o desenho que vai servir de base para o cartaz oficial do festival.


    29 janeiro, 2019

    Finalmente, renovou-se o festival da Amadora!


    A notícia começou a circular ontem no final do dia: Nelson Dona demitiu-se da direcção do AmadoraBD. Alegou razões pessoais e necessidade de renovação do festival. No rescaldo da última edição escrevi que o evento parecia estar ligado à máquina sem apresentar sinais de melhoria. Assim sendo parece-me que esta decisão peca apenas por tardia.

    Nos últimos anos o AmadoraBD perdeu o brilho que outrora teve. Os caminhos que o festival optou por enveredar, ao definir uma matriz próxima de um Salão Lisboa, fugindo literalmente ao modelo de festival comercial, com o convite a autores que eram perfeitos desconhecidos em Portugal, na escolha de temas centrais de interesse dúbio, uma má organização com os constantes atrasos na divulgação dos programas, uns PNBD inúteis em termos de promoção e divulgação das obras, as queixas dos editores, tudo contribuiu para a imagem negativa que o festival projectava. Não faltaram os avisos e alertas. Bastava uma passagem por blogues e redes sociais que davam conta do sentimento geral negativo acerca do festival. Mas o rei insistia em passear nu.

    Em 20 anos de festival, obviamente que nem tudo foi mau. O festival apresenta um invejável “livro de visitas”. Dos mais importantes autores da banda desenhada mundial passaram pelo AmadoraBD. Tive o privilégio de poder observar originais verdadeiramente excepcionais. Sou do tempo em que só as exposições justificavam uma visita. Mas tudo isto já tinha acabado algumas edições atrás. Tudo o que a direcção do Nelson Dona tinha para oferecer tinha-se esgotado. Acredito que todo o modelo de organização que lutava com uma falta de autonomia, ao contrário do que acontece com o festival de Beja por exemplo, também não ajudou. Ficam agora os votos de felicidades para o Nelson Dona para a sua nova etapa de vida.

    E no ano em que comemora o seu 30º aniversário, a melhor prenda talvez tenha sido esta renovação. Agora sob nova direcção, a Lígia Macedo, o AmadoraBD segue em frente e esperemos que por novos caminhos. Sopram ventos favoráveis para a Banda Desenhada em Portugal. Há que aproveita-los. E que a nova directora seja bem sucedida em recuperar o brilho do festival. Em Outubro logo veremos!

    12 dezembro, 2018

    Em jeito de balanço... AmadoraBD'2018

    Lembrei-me de dar início a um conjunto de publicações aqui no blogue que servirão de balanço do ano que agora termina. Tenho algumas matérias para falar. Começo por um texto que não cheguei a publicar mas que serve agora como primeira nota sobre 2018. Versa sobre a edição deste ano do AmadoraBD. Fica para memória futura e retrato crítico de um evento que parece estar ligado à máquina, e sem apresentar, de ano para ano, sinais de melhorias. O festival encerrou as portas da sua 29ª edição há pouco mais de um mês.


    Começou mal. Seguindo um hábito, péssimo por sinal, o cartaz, a programação, os autores presentes foram conhecidos praticamente 48 horas(!) antes da abertura de portas. Não fossem as redes sociais e provavelmente quase ninguém saberia que se passava qualquer coisa para os lados da Amadora. Toda esta lógica (ou falta dela) de comunicação contraria aquilo que se tem como boas práticas numa boa organização. Se o evento não se promove, o interesse não surge, os visitantes não aparecem. Basicamente o que nasce torto jamais se endireita!


    E visitantes (ou falta deles) começa a ficar como imagem de marca consolidada do AmadoraBD. Longe das enchentes de outrora, o festival vai sobrevivendo com “os do costume”. Para quem acompanha isto há já alguns anos, uma ida ao Fórum Luís de Camões aos fins-de-semana assemelha-se a um reunião anual daqueles que cresceram a ler o «Tintin» ou o «Mundo de Aventuras». Foi o retrato da edição deste ano. Não me interpretem mal, está-se bem, revêm-se amizades que se foram construindo ao longo do tempo, conversa-se e discute-se muita BD, compram-se as novidades. As filas para os autógrafos são pequenas e o espaço do festival vazio parece enorme. Mas convenhamos não é para este objectivo que anualmente se organiza um festival de banda desenhada com o orçamento que o AmadoraBD dispõe.

    No ano em que o tema oficial foi o «Brasil», o seu representante maior, Maurício de Sousa, foi convidado… da Comic-Con. Ups! Na Amadora tivemos direito a uma exposição dedicada a vários autores do país-irmão, a visita do repetente Marcelo Quintanilha a chefiar uma mão-cheia de quase ilustres desconhecidos convidados que fizeram a festa brasileira. Apesar de apresentados como um conjunto de autores fundamentais no panorama brasileiro contemporâneo, não considerei que esta mostra fosse representativa do melhor que o Brasil produz actualmente. Diria que foi (mais ou menos) interessante mas sem grandes euforias.

    Continuando em "modo exposições", confesso que a dedicada ao Francisco Sousa Lobo se distinguiu pela sobriedade da mesma. Não sendo um autor fácil, ou apelativo, toda a envolvência e ambientes criados cativavam e despertavam curiosidade. Nota positiva para a equipa que montou a exposição.


    O piso inferior do festival, parece o parente pobre do evento, mas serve bem como reflexo do actual estado do AmadoraBD. Um enorme vazio, mal iluminado, salpicado por uma (a do Álvaro) ou outra (a do Artur Correia) exposição bem conseguida. Manifestamente muito pouco, e pouco dignificante, para um festival que já foi o melhor e maior em Portugal. O Fórum Luís de Camões do AmadoraBD lembra-me aqueles centros comercias decadentes, que entre muitas lojas fechadas, lá está uma ainda de portas abertas mas com uma oferta muito reduzida.

    Na ausência de grandes nomes internacionais, é mais uma vez a "prata da casa", leia-se autores nacionais, que salva o serviço. Desta vez calhou a Luís Louro. Está em grande forma no desenho. A originalidade do seu novo “Watchers” (edição ASA) valeu-lhe “trabalho a dobrar”. Reinou nas sessões de autógrafos. O reconhecimento media-se pelas filas. Incansável atendeu a tudo e todos, ainda que a sua presença fosse quase sempre ignorada por quem anunciava os autores. Mas não passou despercebida a quem realmente importa, os leitores.


    E por falar em ausências, o que dizer de uns PNBD sem direito a qualquer promoção, com nomeados conhecidos nas vésperas da cerimonia de entrega dos prémios, onde nesta primavam justamente pela ausência os vencedores nacionais das principais categorias? Está feita a piada!

    Um mês e meio depois do encerramento, e nos sítios oficiais (site e página do facebbok) não encontro o balanço oficial do evento. Não sei foi feito ou se é suposto ser feito. Tinha curiosidade em ver os números oficiais do “sucesso” da edição deste ano, mas com boa-vontade se contarmos os mesmos visitantes várias vezes aponto para os 30.000 da praxe.

    Em resumo, uma edição desenxabida. Ficamos cada vez mais com a sensação que organizar este festival é daquelas coisas chatas que fazemos por obrigação. Não encontramos  lá qualquer declaração de amor à Banda Desenhada. Fica como nota negativa dos eventos de 2018.

    05 novembro, 2017

    Vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada - PNBD 2017


    Francisco Sousa Lobo e a editora Chili com Carne foram os grandes vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada da edição deste ano do festival Amadora BD, ao vencerem nas categorias de Melhor Álbum Português e Melhor Argumento para Álbum Português com o álbum "Deserto/Nuvem" e ainda o de Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira, pelo título “It’s no Longer I That Liveth”.

    Lançado este ano pela editora Chili Com Carne, o díptico Deserto/Nuvem são "obras de longo curso que examinam a forma de vida na Cartuxa de Évora, onde alguns monges resistem aos costumes do mundo, em absoluto silêncio e solidão. Serve este exame de pretexto para focar a própria natureza da fé humana, do apego às coisas do mundo, do que nos faz sentido."

    O júri da edição deste ano do PNBD foi formado por Nelson Dona (diretor do Festival) Sandy Gageiro, Nuno Saraiva, Pedro Moura e Leonel Santos.

    PNBD 2017 - LISTA DOS VENCEDORES (E NOMEADOS):

    PNBD – Melhor Álbum Português
    “Deserto/Nuvem” de Francisco Sousa Lobo, ed. Chili com Carne

    Restantes nomeados:
    “Bruma” de Amanda Baeza, editora Chili com Carne
    “Cemitério dos Sonhos” de Miguel Peres ET. Al., editora Bicho Carpinteiro
    “Lugar Maldito” André Oliveira e João Sequeira, editora Polvo
    “No caderno da tangerina” de Rita Alfaiate, editora Escorpião Azul


    PNBD – Melhor Argumento para álbum português
    Francisco Sousa Lobo “Deserto/Nuvem”, ed. Chili com Carne

    Restantes nomeados:
    Alvaro “Conversas com putos”, editora Polvo
    Amanda Baeza “Bruma” editora Chili com Carne
    André Oliveira “Lugar Maldito” editora Polvo
    Rita Alfaiate “no caderno da tangerina” editora Escorpião Azul


    PNBD – Melhor Desenho para álbum português
    Amanda Baeza “Bruma”, ed. Chili com Carne

    Restantes nomeados:
    Filipe Andrade “Cidades The Lisbon Studio Series – Vol. 1”, ed. ComicHeart/G.Floy
    Francisco Sousa Lobo “Deserto/Nuvem”, editora Chili com Carne
    João Sequeira “Lugar Maldito”, editora Polvo
    Jorge Coelho “Thrills e Spills”, editora Mundo Fantasma
    Marta Teives "Cidades - TLS Séries Vol. 1", ed. ComicHeart/G.Floy


    PNBD – Melhor álbum de autor português em língua estrangeira
    “It’s no longer I that liveth” de Francisco Sousa Lobo, editora Chili com Carne /Mundo Fantasma

    Restantes nomeados:
    “Trump card” de Rudolfo, editora Chile com Carne / Ruru Comix


    PNBD – Melhor Álbum de autor estrangeiro
    “Os Ignorantes” de Étienne Davodeau, editora Levoir

    Restantes nomeados:
    “O Astrágalo" de Anne-Croline /Pandolfo Terkel Risbjerg, editora G.Floy
    “A casa” de Paco Roca, editora Levoir
    “O incrivel mundo de gumball 2” de AA.VV, editora Devir
    “Nimona” de Noelle Stevenlon, editora Saída de Emergência
    “Parker: O Golpe” de Darwyn Cooke, editora Devir
    “Simplesmente Samuel” de Tommi Musturi, editora Mmmnnnrrrg


    PNBD – Melhor Álbum de tiras humorísticas
    “Conversas com os putos” de Álvaro, editora Polvo

    Restantes nomeados:
    “Cyanide and happiness: zoo da porrada” de Kis, Rob, Matte e Dave, editora Devir
    “A Demanda do G“ de Geral e Derradé, editora Polvo
    “O mundo de Garfield (1978-1983)” de Jim Davis, editora Verbo/Babel

    “O Mundo de Garfield (1978-1983)” de Jim Davis – ed. Verbo/Babel, recebeu um Destaque do Festival pela qualidade das colectâneas


    PNBD – Melhor Ilustrador português de livro infantil
    Tiago Albuquerque e Nádia Albuquerque “Sou o lince-ibérico”, ed. Imprensa Nacional Casa da Moeda

    Restantes nomeados:
    Filipe Abranches “Alexandre Serpa Pinto o sonhador da África perdida”, editora Imprensa Nacional Casa da Moeda / Pato Lógico
    Jaime Ferraz “Máquina”, editora Pato Lógico
    Madalena Moniz “Sílvio, guardador de ventos”, editora Caminho Leya
    Yara Kono “Batata chaca chaca”, editora Planeta Tangerina


    PNBD – Melhor Ilustrador estrangeiro de livro infantil
    Jimmy Liao “Noite estrelada”, editora Kalandraka

    Restantes nomeados:
    Cynthia Alonso “Aquário”, editora Orfeu Negro
    Joan Negrescolor “A cidade dos animais”, editora Orfeu Negro
    Manuel Marson “MADRID A minha cidade”, editora Pato Lógico
    Michael Lablonde/ Frederique Bertrand “O museu em pijamarama”, editora Kalandraka


    PNBD – Prémio clássicos da 9ª arte (edição original há mais de 10 anos)
    “Ronin” de Frank Miller, editora Levoir

    Restantes nomeados:
    “Fax de Sarajevo” de Joe kubert, editora Levoir
    “Fogos e murmúrios” de Mattotti e Kramsky, editora Levoir
    “O homem que passeia” de Jiro Taniguchi, editora Devir
    “Miracleman” edição integral de Alan Moore et. al., editora g. floy studio
    “O rei macaco” Milo Manara e Silverio Pisu, editora Arte de Autor
    “Sandman” (coleção) de Neil Gaiman, editora Levoir

    Coleção “Sandman” de Neil Gaiman – ed. Levoir, recebeu um Destaque do Festival pela qualidade das coletâneas


    PNBD – Melhor fanzine
    “Outro Mundo Ultra Tumba” – De Rudolfo Mariano – edição de autor
    (confesso não perceber o que se passou aqui uma vez que a obra "Outro Mundo Ultra Tumba" não constava dos lista dos nomeados disponibilizada pela organização)

    Nomeados:
    “Caçadores” Luis Guerreiro, edição de autor
    “Freak scene 3” André Pereira, editora Clube Inferno
    “h-alt #5” vários autores, editora h-alt
    “Sensui” Dois Vês, Sapata Press
    “Violência electro-doméstica” Xavier Almeida e Pato Bravo, edição de autor

    27 outubro, 2017

    Começa hoje a 28ª edição do AMADORA BD


    É mais logo pelas 21:30 no Fórum Luís de Camões, que se abrem as portas para mais uma edição do festival AMADORA BD. Durante os próximos três fins-de-semana mudamo-nos para a Amadora.

    Num primeiro olhar, é justo reconhecer que a imagem deste ano do Amadora BD está fantástica, a começar pelo cartaz oficial da autoria de Nuno Saraiva, vencedor do Prémio Nacional de BD - Melhor Álbum Português 2016 com o álbum "Tudo Isto é Fado", um dos mais bem conseguidos dos últimos anos.

    Inspirado na História da cidade da Amadora, desde dos tempos remotos até aos tempos actuais, o Nuno traz-nos 45 personalidades que melhor representam a cidade e as sua gentes. É tentar identifica-las no cartaz. Deixo aqui ao lado uma das obrigatórias.

    O tema da exposição central deste ano é "Contar o Mundo. A reportagem em banda desenhada". Confesso que foram raras as vezes que as temáticas me seduziram, e a deste ano, também não me cativa por aí além. As minhas grandes expectativas estão viradas para as exposições "O Espírito de Will Eisner" e "Jack Kirby – 100 Anos de um Visionário". Justa homenagem do festival a dois grandes nomes que revolucionaram por completo a forma de se fazer banda desenhada. E se mais nada houvesse, só isto já justifica uma visita.

    A programação completa do festival pode e deve ser consultada no sitio oficial disponível aqui ou na página do facebook aqui.

    Em termos de autores estrangeiros convidados, a lista é fraca. Alguns dos nomes, para quem aprecia o lado intelectual ou alternativo da bd deverão fazer sentido, para a restante maioria são perfeitos desconhecidos, com a agravante de não terem qualquer obra por cá publicada. Salvam-se da lista nomes como a talentosa Grazia LaPadula, que esteve recentemente no festival de Beja e de quem a editora Kingpin já editou dois livros; John Layman o argumentista da deliciosamente absurda série Tony Chu; e os brasileiros Gustavo Borges, Felipe Nunes e Marcello Quintanilha também por cá editados.

    Em termos de novidades editoriais então chegamos ao campo da loucura. Seria aqui exaustivo estar aqui a citar tudo, e até repetitivo porque tenho vindo a dar nota delas no blogue nas últimas semanas. Mas posso afirmar sem margem de erro que as editoras nacionais prepararam-se muito bem. Haverá muita oferta de autores nacionais e não-nacionais para todos os gostos e géneros, um reflexo quase natural do bom período que a edição de banda desenhada atravessa agora no nosso país.

    Vou dando aqui nota das incidência do festival. Encontramo-nos por lá. Até já!

    30 setembro, 2017

    Já há cartaz para o Amadora BD 2017

    Foi revelado o cartaz da 28ª edição do festival AMADORA BD, que se realiza a partir do próximo dia 27 de Outubro. Da autoria de Nuno Saraiva (vencedor do Prémio Nacional de Melhor Álbum Português na edição do ano passado) e que será o autor em destaque, o desenho presta homenagem a um conjunto personalidades amadorenses, que desde da pré-história até aos nossos dias, se evidenciaram nas mais variadas áreas. Eu já identifiquei o "maestro" Rui Costa e o "mestre" José Ruy.



    06 novembro, 2016

    Último dia do 27º AMADORA BD


    Encerra hoje o 27º AMADORA BD. Confesso que esta edição não me deixa muitas saudades. Cumpriu com a condição de festival que revela não ter grandes ambições futuras. Não trazendo qualquer melhoria relativamente a anos anteriores, ficamos com a impressão que se limita a viver à conta de um passado que já lá vai mas que lhe deu a fama. Percebemos que é curto quando o melhor de 15 dias de festival se reduz a duas ou três exposições bem conseguidas. E depois temos as carências. Falta uma divulgação mais antecipada, faltam grandes nomes da banda desenhada internacional, falta uma programação mais atractiva, falta público. Em suma, falta uma renovação do modelo e objectivos do festival.

    Quero ver se nos próximos dias deixo aqui algumas fotografias, mas para já fica o parco programa das festa de hoje.

    PROGRAMA DE DOMINGO - 06/NOV

    VISITAS GUIADAS:
    16h00 Lucky Luke – 70 Anos, com Pedro Mota (comissário da exposição)


    APRESENTAÇÕES:
    15h30 – Apresentação da revista “BD H-alt nº 4”, com o editor Sérgio Santos e colaboradores
    16h30 – Apresentação do projeto “Infância do Brasil, com José Aguiar


    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    15:00 Nuno Saraiva| Ricardo Lopes
    16:00 Álvaro | André Diniz | José Aguiar | Derradé | Marcello Quintanilha | Nuno Saraiva | Ricardo Cabral | Ricardo Lopes
    17:00 Álvaro | André Diniz | André Mateus | Derradé | José Aguiar | Marcello Quintanilha | Mário Freitas | Nuno Saraiva |Osvaldo Medina | Ricardo Cabral
    18:00 Álvaro | André Diniz | José Aguiar | Marcello Quintanilha | Ricardo Cabral

    29 outubro, 2016

    Chega o 2º fim de semana do AMADORA BD


    A abertura do AMADORA BD no passado fim-de-semana fez-se com pouca pompa. O lado internacional do festival tem vindo a perder o seu brilho, e isso nota-se nos nomes dos autores convidados. Se à uma semana atrás a presença dos espanhóis Altarriba e Kim e o mexicano Sandoval (que não precisavam de apresentações) disfarçava, olho agora para os autores estrangeiros convidados para este segundo fim-de-semana:

    • Anton Kannemeyer (prémio para melhor álbum estrangeiro 2015 com exposição no festival)
    • Amélie Fontaine (convidada no âmbito da exposição central)
    • Hunt Emerson (convidado no âmbito da exposição central)

    e pessoalmente não me suscitam qualquer entusiasmo. Em termos de apresentações/lançamentos, o programa também é curto. Salva-se (mais uma vez) a forte presença de autores nacionais.


    PROGRAMA DE SÁBADO - 29/OUT

    APRESENTAÇÕES:
    15h30 – Apresentação de antologia de BD da “Revista Zona Contacto”, com a presença dos editores Fil, Gabriel Martins e Miguel Santos e a presença de alguns autores.

    16h00 – Apresentação de livros da DEVIR, com Ana Lopes


    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    15:00 Amélie Fontaine| André Caetano | Anton Kaneemeyer | Carlota Borba + Mosi | Diogo Carvalho + Nimesh Morarji | Hunt Emerson | Marco Mendes | Mathieu Sapin | Nuno Penas | Pedro Mendes | Rafael Henriques | Ricardo Lopes | Sharon Mendes

    16:00 Amélie Fontaine | André Caetano | Anton Kaneemeyer | Carlota Borba + Joana Afonso + Mosi | Derradé | Diogo Carvalho + Nimesh Morarji | Hunt Emerson | Jorge Coelho | Marco Mendes | Mathieu Sapin | Miguel Montenegro | Nuno Penas | Penim Loureiro | Rafael Henriques | Ricardo Lopes | Sharon Mendes

    17:00 Álvaro + Carlota Borba + Joana Afonso + Mosi | Amélie Fontaine | André Caetano | Anton Kaneemeyer | Derradé | Diogo Carvalho + Nimesh Morarji | Filipe Melo | Hunt Emerson | Jorge Coelho | Mathieu Sapin| Mário Freitas + Sérgio Marques | Miguel Montenegro | Marco Mendes | Miguel Santos + Fil + Filipe Gonçalves | Osvaldo Medina | Penim Loureiro

    18:00 André Caetano + André Oliveira| Jorge Coelho | Penim Loureiro | Carlota Borba + Joana Afonso + Mosi


    PROGRAMA DE DOMINGO - 30/OUT

    APRESENTAÇÕES:
    16h00 – Apresentação do livro “Free Lance” com o autor Diogo Carvalho

    16h30 – Apresentação dos livros “A Vida Oculta de Fernando Pessoa” de André Morgado e “Cemitério dos Sonhos” de Miguel Peres, da editora Bicho Carpinteiro

    17h00 – Apresentação do livro “O meu Nelson Mandela e outros contos” de Anton Kaneemeyer, com a presença do autor, seguida de visita guiada à exposição Papá em África (visita em inglês)


    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    15:00 Amélie Fontaine| André Caetano | André Morgado | Anton Kaneemeyer| Filipe Duarte | Hunt Emerson | Mathieu Sapin | Miguel Peres | Carlota Borba + Joana Afonso

    16:00 Álvaro + Carlota Borba + Joana Afonso | Amélie Fontaine| André Caetano | Anton Kaneemeyer | Diogo Carvalho| Fil + Miguel Santos | Hunt Emerson | Mathieu Sapin | Sérgio Santos

    17h00 Amélie Fontaine| André Caetano | André Morgado | Diogo Carvalho | Fil + Miguel Santos | Hunt Emerson | Mathieu Sapin | Mário Freitas + Sérgio Marques | Miguel Peres | Álvaro + Carlota Borba + Joana Afonso |Pedro Leitão

    18h00 Álvaro + Carlota Borba + Joana Afonso | André Caetano | André Morgado | Diogo Carvalho | Miguel Peres

    22 outubro, 2016

    Começou o 27º AMADORA BD



    Abriram ontem as portas do 27º AMADORA BD - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Assim até ao próximo dia 6 de Novembro de 2016, no Fórum Luís de Camões na Brandoa, celebra-se a banda desenhada naquele que é o maior festival do género em Portugal.

    O tema da exposição central deste ano é o “O Espaço e o Tempo na Banda Desenhada”. Esta exposição explora a evolução das noções de Espaço e Tempo, enquanto sistema conceptual, na Banda Desenhada, organizando-as em 3 categorias, que correspondem a períodos de uma certa constância nos paradigmas existenciais: Classicismo (Aristóteles e Euclides); Modernismo (Newton e Monge); e Contemporâneo (Einstein e Heisenberg).

    O autor em destaque é Marco Mendes, vencedor do Prémio de Melhor Álbum Português de Banda Desenhada 2015, com o álbum “Zombie” (ed. Mundo Fantasma/Associação Turbina). “Zombie” consiste numa banda desenhada com ilustração e argumento de Marco Mendes, com texto de Samuel Buton e design de Virgínia Valente (Not-Wolf). A obra debruça-se sobre o tema da juventude, emigração, praxes e o significado da “dança macabra”, tendo como pano de fundo o contexto social nacional.

    A par destes destaques, o Festival associa-se às comemorações dos 70 ANOS DE LUCKY LUKE, com uma exposição evocativa. O AmadoraBD, em conjunto com o Clube Português de Banda Desenhada, não podia deixar de se associar à celebração dos 70 anos de Lucky Luke, já que Morris foi o primeiro convidado internacional do Festival Internacional de Banda Desenhada, logo na 1ª edição em 1990 e, consequentemente, teve uma importância decisiva na internacionalização e credibilização do evento. Regressou na edição de 1992, ano em que recebeu o Troféu Honra, a maior distinção da banda desenhada portuguesa.


    Ao longo dos 15 dias que dura o festival, o foco das atenções centra-se nos fins-de-semana, onde estão previstas as apresentações, lançamentos e sessões de autógrafos. Para este primeiro fim-de-semana são estes os principais autores estrangeiros convidados:

    • António Altarriba  e Kim (convidados no âmbito da expo central + Levoir)
    • Eloar Guazzeli (convidado no âmbito da Expo central)
    • Gary Pleece e Warren Pleece (convidados no âmbito da Expo central)
    • Miguel Angel Martin (convidado no âmbito da Expo central)
    • Tony Sandoval (premiado de 2014 com o prémio de melhor álbum estrangeiro, mas que não pode deslocar-se ao festival em 2015)
    • Alecos Papadatos e Abraham Kawa (convidados em conjunto com a Bertrand)


    PROGRAMA DE SÁBADO - 22/OUT

    APRESENTAÇÕES:
    15h30 – Apresentação do livro “Reportagem especial – Adaptação às alterações climáticas em Portugal”, com a presença de Bruno Pinto, Penim Loureiro, Quico Nogueira e Fil.

    16h00 – Apresentação dos livros “Detective Raton” de Rafael Sales; “Júpiter III” de Ricardo Lopes; “Distorção” de Nuno Penas; “Inocência Perversa” de Rafael Henriques – com a presença de Jorge Deodato e autores.

    17h00 – Apresentação do livro “Democracia” de Alecos Papadatos – seguido de passatempo da editora Bertrand.


    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    15:00 Nuno Penas | Rafael Henriques | Ricardo Lopes | Rafael Sales | Sharon Mendes | Alecos Papadatos | Abraham Kawa | Filipe Alves | Luis Cavaco | Joana Afonso 

    16:00 Penim Loureiro | Derradé | Sharon Mendes | Joana Afonso | Filipe Alves | Luis Cavaco | Álvaro Santos | Kim | Warren Pleece| Gary Pleece | Miguel Angel Martin | Tony Sandoval | Alecos Papadatos | Abraham Kawa | Eloar Guazzelli | António Altarriba 

    17:00 Rafael Sales | Penim Loureiro| Ricardo Lopes| Derradé | Nuno Penas | Rafael Henriques | Álvaro Santos | Joana Afonso | Filipe Alves | Luis Cavaco | Kim | Warren Pleece | Gary Pleece | Miguel Angel Martin | Tony Sandoval | Eloar Guazzelli | António Altarriba

    18:00 Penim Loureiro | Álvaro Santos | Joana Afonso | Filipe Alves | Luis Cavaco | Fil | Miguel Santos | Gary Pleece| Warren Pleece| Tony Sandoval | Miguel Angel Martin | António Altarriba| Kim | Eloar Guazzelli


    PROGRAMA DE DOMINGO - 23/OUT

    APRESENTAÇÕES:
    15h00 – Apresentação do livro "Rendez-Vous em Phoenix" de Tony Sandoval, com o editor Mário Freitas (Kingpin Books).

    16h00 – Apresentação dos livros "Altemente - volume 3", "Thrills and Spills" e "Sobressaltos", Com a presença da autora Mosi, Jorge Coelho e de variados autores da antologia. Contará também com a presença do editor Bruno Caetano e Geraldes Lino.

    17h00 – À Conversa com António Altarriba e comissários da exposição central “Espaço, Tempo e Banda Desenhada”.


    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    15:00 André Morgado| Miguel Peres | Mosi | Álvaro Santos | Nuno Rodrigues | Filipe Alves | Joana Afonso | Tony Sandoval | Eloar Guazzelli | Kim | Warren Pleece | Gary Pleece | Miguel Angel Martin

    16:00 Joana Afonso | Ricardo Cabral | André Diniz | Álvaro Santos| Miguel Peres | André Morgado | António Altarriba | Kim | Warren Pleece | Gary Pleece | Miguel Angel Martín | Tony Sandoval | Eloar Guazzelli

    17:00 Ricardo Cabral | André Diniz | Joana Afonso | Álvaro Santos| Mosi | Nuno Rodrigues | Jorge Coelho | Filipe Alves | Luis Cavaco | Miguel Angel Martin | Tony Sandoval | Alecos Papadatos | Abraham Kawa | Eloar Guazzelli | Savage Pencil | Glenn Bray | Warren Pleece | Gary Pleece

    18:00 Ricardo Cabral | André Oliveira | Álvaro Santos | Joana Afonso | Mosi | Luis Cavaco | Nuno Rodrigues | Jorge Coelho | Savage Pencil | Glenn Bray | Alecos Papadatos | Abraham Kawa

    Até já!

    23 setembro, 2016

    As primeiras novidades do AMADORA BD 2016

    A pouco menos do um mês da abertura de portas do 27º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora - AMADORA BD, que terá lugar entre 21 de Outubro e 6 de Novembro, no habitual Fórum Luís de Camões, na Brandoa, foi agora divulgado que o tema do Concurso Nacional de Banda Desenhada e do Concurso Nacional de Cartoon é "Ponte 25 de Abril - 50 Anos a Ligar Destinos", no âmbito das comemorações promovidas pela Infraestruturas de Portugal. 

    Os interessados podem obter os respectivos regulamentos com todas as informações e condições de participação (AQUI)

    Foi igualmente divulgado o regulamento dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD) atribuídos no festival. Disponível aqui.

    Entretanto são conhecidos os nomes dos primeiros convidados do festival. Trata-se dos autores Antonio Altarriba e Joaquim Aubert Puigarnau (Kim) recentemente publicados em Portugal nos livros A Arte de Voar (Levoir, Colecção Novela Gráfica #6, 2015) e A Asa Quebrada (Levoir, Colecção Novela Gráfica II #14, 2016). António Altarriba é também autor do livro Eu, Assassino (Arte de Autor, 2016).

    O 27º Amadora BD já mexe.

    18 novembro, 2015

    Impressões e notas finais sobre o 26º AMADORA BD

    Terminado que está o 26º AMADORA BD e aproveitando algum tempo disponível registo aqui as minhas impressões sobre a edição deste ano. Confesso que não tinha grandes expectativas para o festival. O tema central A Criança na BD era-me pouco apelativo, bastante datado tal como as personagens Quim e Manecas que estiveram na base de toda a linguagem gráfica que o festival apresentou este ano, e cujo reflexo se traduziu por exemplo na produção de um dos piores cartazes que tenho memória, incapaz de transmitir qualquer dinamismo ou emoção. Num país de desenhadores confesso não conseguir perceber a escolha de agências de design para estas tarefas. Mas adiante. Em termos de autores presentes, não se anunciavam nomes internacionais sonantes, com excepção feita a Jacques Tardi. Averso a participar em sessões de autógrafos, deslocou-se a Portugal para apresentar o seu espectáculo Putain de Guerre! evocativo da Primeira Guerra Mundial, e acabou por ser uma das belas surpresas do Amadora BD.


    No piso 0 do Fórum Luís de Camões, a primeira surpresa foi a colocação nesta zona da área comercial. Ocupando parte significativa do espaço, reuniu praticante quase todas as editoras nacionais de banda desenhada, inclusive a jovem Arte de Autor que recentemente abriu o seu catalogo com um Manara. Bem iluminada e arejada tornava-se bastante convidativa. e tal traduziu-se num constante fluxo de visitantes. Uma aposta ganha. Claro que ajudou também à festa o número assinalável de novidades. Confirma-se que não existe melhor palco para o lançamento de uma banda desenhada que um festival de BD. Nota positiva.


    É quase certo as exposições serem um dos pontos altos do AMADORA BD. Este ano uma mão-cheia delas manteve o nível em muito bom. No piso 0, destacava-se uma pequena sala onde se exibiam pequenos tesouros. Entre outros, duas grandes pranchas de Little Nemo In Slumberland de Windsor McCay. Sem palavras. Noutra parede, encontrava-se o desenho de capa original do álbum Garra Negra (série Alix) de Jacques Martin, pranchas de Hergé e Joan de Moor (série Quim e Filipe) e Derib (Buddy Longway). Preciosidades que poucas vezes se tem oportunidade de ver ao vivo. Outra surpresa (bela) foi ver o preto-e-branco ganhar vida nos originais de Horacio Altuna na obra El Último Recreo. Destaco também a mostra dedicada ao álbum A Batalha, de Pedro Massano (ed. Gradiva). Num cenário cénico bem conseguido e com pranchas vibrantes de momentos da batalha, respirava-se por ali Aljubarrota. E uma palavra ainda para uma das minhas séries preferidas: Calvin e Hobbes, cujas pranchas apresentadas eram de um humor delicioso. No piso inferior, O Pugilista, de Reinhard Kleist (ed. Polvo) e André Oliveira cativaram a minha atenção. Exposições muito bem conseguidas, num excelente trabalho de composição de elementos, que permitia ao visitante respirar ambientes. Nota muito positiva.


    A nota mais negativa vai (mais uma vez) para a opção de descentralização das exposições. A mostra dedicada à obra de Jacques Tardi, A Guerra das Trincheiras, foi colocada na Bedeteca da Biblioteca Municipal, que não fica ali exactamente ao lado do Fórum Luís de Camões. Para quem visita o festival ao fim-de-semana para assistir aos lançamentos, apresentações e sessões de autógrafos, não se torna prático aventurar-se pelo meio da cidade da Amadora em busca de exposições perdidas. Ano após ano e não há forma da organização entender isto.



    Em termos de autores, longe vão os tempos do FIBDA em que o cartaz do festival anunciava uma mão-cheia de reconhecidos nomes da BD internacional, muitos deles oriundos da banda desenhada franco-belga. Não obstante o festival ser dotado de um orçamento de meio milhão de euros, a verdade é que estes convites tem vindo a diminuir. Na edição deste ano destacaram-se dois nomes: Jacques Tardi e Horácio Altuna. Não serão dos nomes mais sonantes, mas a recente publicação do magnifico Foi Assim a Guerra das Trincheiras (ed. Levoir) trouxe alguma espectativa à presença de Tardi mesmo sabendo-se que não costuma participar em sessões de autógrafos. A verdade é que o autor acedeu e satisfez pedidos durante cerca de duas horas num momento raro de fazer inveja lá fora. A presença dos brasileiros André Diniz e Marcello Quintanilha começa a ser habitual por cá. E uma boa surpresa foi conhecer o alemão Reinhard Kleist com a sua obra O Pugilista. Mas é muito pouco. Espera-se mais como tanto orçamento.

    Quem tem aproveitado bem estes festivais tem sido a chamada «prata da casa», leia-se autores nacionais. Já no ano anterior assim foi. E tão boa conta tem dado do recado. Com bastantes lançamentos preencheram o programa do festival e encheram as filas para autógrafos. Saúdo aqui o regresso da dupla Louro/Simões com o seu Jim Del Monaco, que prometeram não ficar por aqui. Tudo junto proporcionou um boa colheita de desenhos autografados.

    Em suma, temos na Amadora um festival longe do fulgor de outros tempos, que com algumas boas surpresas vai cumprindo com os «mínimos olímpicos», mas qu está claramente em perda de protagonismo para a Comic Con do Porto ou para o Festival de Beja. Assim, longe de entusiasmar o AMADORA BD é sempre um bom pretexto para um óptimo convívio com amigos que a banda desenhada vai reunindo em redor. Ficam as minhas notas finais e até para o ano!

    Notas positivas:
    + Jacques Tardi na sessão de autógrafos
    + Zona comercial e de autógrafos
    + Exposições
    + Bom número de lançamentos

    Notas negativas:
    - Descentralização das exposições
    - O reduzido número de autores internacionais
    - Cartaz do Festival



    07 novembro, 2015

    26º AMADORA BD: Lançamentos e Autógrafos

    E chegámos aos último fim-de-semana do 26º AMADORA BD. A festa da BD termina no Domingo. O festival têm revelado uma excelente actividade, com lançamentos e novidades a sucederem-se. Pessoalmente estou expectante com o lançamento de O Pugilista e com a presença do autor Reinhard Kleist. A exposição que lhe é dedicada está excelente. O programa para os últimos dois dias que deixo aqui reflecte bem uma nova realidade na banda desenhada portuguesa: a forte presença dos autores nacionais é fruto de uma cada vez maior aposta das editoras nacionais no publicação dos nossos autores.


    SÁBADO, 7 NOVEMBRO

    APRESENTAÇÕES E LANÇAMENTOS:
    15h00 – Os 40 Anos da BD Angolana com a presença de João Mascarenhas, Lindomar Sousa, Olímpio de Sousa e Tché Gourgel.
    16h00 – Apresentação do livro Júnior, Joana e Gão, de Luís Almeida Martins (arg) e Pedro Morais (des), com os autores e o editor, Rui Brito.
    16h30 – Apresentação do Livro O Pugilista, de Reinhard Kleist, com o autor e o editor, Rui Brito.
    17h00 – Lançamento do álbum Solomon – Royal Edition, de Carlos Pedro.

    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    • 15h00 - Derradé, João Amaral, José Ruy, Reinhard Kleist, Sharon Mendes
    • 16h00 - André Oliveira, David Soares, Filipe Alves e Tainara Meneses, Derradé, João Amaral, Lindomar Sousa, Luís Louro e António José Simões, Marcello Quintanilha, Miguel Montenegro, Nelo Tumbula, Olímpio Sousa, Pedro Leitão, Sharon Mendes, Sónia Oliveira, Tché Gourgel
    • 17h00 - André Oliveira, David Soares, Joana Rita, João Amaral , Lindomar Sousa, Luís Almeida Martins, Luís Louro e António José Simões, Marcello Quintanilha, Mário Freitas, Miguel Montenegro, Nelo Tumbula, Olímpio Sousa, Osvaldo Medina, Pedro Leitão, Pedro Morais, Reinhard Kleist, Sónia Oliveira, Tché Gourgel
    • 18h00 - André Oliveira, Carlos Pedro, Filipe Alves e Tainara Meneses, João Amaral, Joana Rita, Lindomar Sousa, Luís Almeida Martins, Marcello Quintanilha, Mário Freitas, Miguel Montenegro, Nelo Tumbula, Olímpio Sousa, Osvaldo Medina, Pedro Morais, Pedro Mota, Tché Gourgel

    DOMINGO, 8 NOVEMBRO

    APRESENTAÇÕES E LANÇAMENTOS:
    15h00 - Lançamento da H-ALT, revista digital de BD, SCI-FI, Fantasia e Realidade Alternativa
    16h00 – Lançamento da Web Mag no 10 com os elementos do Lisbon Studio

    SESSÕES DE AUTÓGRAFOS:
    • 15h00 - Álvaro, Filipe Melo, Joana Afonso, José Ruy, Marcello Quintanilha, Pedro Mota, Ricardo Lopes, Tainara Meneses
    • 16h00 - Álvaro, Filipe Melo, Geral e Derradé, Joana Afonso, Luís Almeida Martins, Luís Louro e António José Simões, Marcello Quintanilha, Reinhard Kleist, Ricardo Lopes, Penim Loureiro, Pedro Morais, Tainara Meneses
    • 17h00 - Carlos Pedro, Filipe Alves, Filipe Melo, Geral e Derradé, Joana Afonso, Luís Almeida Martins, Luís Louro e António José Simões, Mário Freitas, Reinhard Kleist, Osvaldo Medina, Penim Loureiro, Pedro Morais
    • 18h00 - Carlos Pedro, Filipe Alves, Filipe Melo, Geral e Derradé, Joana Afonso, Luís Almeida Martins, Marcello Quintanilha, Mário Freitas, Osvaldo Medina, Pedro Morais, Penim Loureiro, Reinhard Kleist


    01 novembro, 2015

    26º AMADORA BD: Vencedores dos PNBD 2015

    Foram ontem anunciados os vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD) atribuídos pelo festival AMADORA BD. O resultado traduz o que se pode chamar uma «distribuição do mal pelas aldeias» (salvo seja), isto é, o júri repartiu os prémios, não existindo uma editora, obra ou autor que tivesse dominado em diferentes categorias.

    OS VENCEDORES DOS PNBD 2015:

    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Troféu de Honra
    Pedro Massano

    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum Português
    Zombie, de Marco Mendes (Turbina/Mundo Fantasma)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Argumento para Álbum Português
    André Oliveira, Volta - O Segredo do Vale das Sombras (Polvo)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Desenho para Álbum Português
    Nunsky, Erzsébet (Chili com Carne)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira
    Crumbs, de Afonso Ferreira, Ana Matias, André Caetano, André Oliveira, André Pereira, Bernardo Majer, David Soares, Fernando Dordio, Francisco Sousa Lobo, Inês Galo, Joana Afonso, Mário Freitas, Nuno Duarte, Osvaldo Medina, Pedro Cruz, Pedro Serpa, Ricardo Venâncio, Sérgio Marques, Zé Burnay (Kingpin Books)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum Estrangeiro de Autor Português
    Loki - Agent of Asgard, de Jorge Coelho (Marvel)



    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum de Autor Estrangeiro
    Papá em África, de Anton Kannemeyer (MMMNNNRRRG)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada - Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
    Toda a Mafalda, de Quino (Verbo)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Ilustração de Livro Infantil (Autor Português)
    Bernardo P. Carvalho, Daqui Ninguém Passa! (Planeta Tangerina)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Ilustração de Livro Infantil (Autor Estrangeiro)
    O Tempo do Gigante, de Manuel Marsol (Orfeu Negro)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Prémio Clássicos da 9.ª Arte
    O Diário do Meu Pai, de Jiro Taniguchi (Levoir/Público)


    Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Fanzine
    Terrea, de Ricardo Cabral (Edição de Autor)