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12 junho, 2012

Leitura: Death Note vol. 2 - Encontro


Depois da bela descoberta que foi a leitura do primeiro volume de Death Note em português, eis-me de regresso a este universo agora com o segundo tomo da coleção. Esgotado que está o efeito surpresa que foi a definição das premissas da história, delicio-me agora com o seu desenvolvimento.

Capa do 2º volume
Neste "Encontro", Tsugumi Ohba explora exemplarmente em termos narrativos a natureza humana. Todo o processo de desconstrução de uma lógica inicial, que nos foi dado nos primeiros sete capítulos e para a qual nós leitores fomos condescendentes, é subvertido agora em nome de um instinto de sobrevivência. Light aka Kira assume o papel de presa. Sentindo-se ameaçado, envereda por uma caminho de eliminação de todos aqueles que identifica como ameaça, não distinguindo criminosos de inocentes. A necessidade em apagar todas e quaisquer ligações que possam conduzir a investigação até si obrigam-no a arriscar mais. Fá-lo de forma inteligente. Mas é sabido que toda a acção provoca uma reacção.

A morte de todos ao agentes do FBI que estavam no Japão a trabalhar no caso é um perfeito exemplo. Por mais calculista que se possa ser há sempre variáveis que não controlamos. E a introdução na história da personagem da noiva de um dos agentes do FBI cumpre exemplarmente este papel. Conforme observamos pelas conclusões que L retira depois de desenvolver um exemplar exercício de lógica. Por outro lado, L assume igualmente um maior protagonismo na história. Na necessidade de dirigir pessoalmente a investigação, sai da cómoda posição de trabalhar no anonimato passando para o palco principal, contribuindo assim para um maior antagonismo com Kira.
E assim de forma inteligente, num crescendo de tensão, vão-se definindo os desenvolvimentos que terão certamente consequências futuras para ambos os protagonistas. E tudo isto torna a leitura de Death Note cada vez mais viciante. Com a edição deste segundo volume, e parece que com o terceiro em preparação, a Devir continua manter altas as espectativas dos leitores portugueses! Assim seja e assim continue!
(a página apresentada à direita para ilustrar o texto não pertence à edição portuguesa da Devir)

Death Note – Encontro
Autores: Tsugumi Ohba (argumento) e Takeshi Obata (desenho)
Volume 2, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Abril de 2012
A minha nota:


08 maio, 2012

Lançamentos: Sin City 7 e Death Note 2



Um fim-de-semana em grande graças ao Anicomics, mas sobre isto falarei aqui em espaço próprio nos próximos dias. Para já fica uma passagem rápida pela Feira do Livro de Lisboa, e pelas bancas de vários alfarrabistas (das primeiras que quem sobe a Feira pelo lado direito) que estão com muita banda desenhada antiga a preços interessantes (recomendo uma passagem), mas a surpresa estava guardada para o stand da Devir. Exibia o sétimo (e último e muito esperado) volume da colecção Sin City, de Frank Miller intitulado Inferno, Ida e Volta, numa bela edição de 320 páginas e já o segundo volume de Death Note, Encontro.
Adicionalmente, a informação que a editora já está a trabalhar no terceiro Death Note. Resumindo, uma colecção integralmente editada em português e um terceiro de doze na forja. Ah…. desenganem-se os poucos crentes!!!

01 abril, 2012

Leitura: Death Note vol. 1 - Aborrecidos


Não sou um leitor de Manga. Ainda assim experimentei as edições portuguesas de Astroboy ou Dragon Ball mas fiquei longe de me entusiasmar, ao contrário do que aconteceu com a série de anime do segundo titulo alguns anos atrás. E depois há o formato de leitura. Não aprecio particularmente ler do fim para o início, da direita para a esquerda. Mantenho o estranho hábito ocidental. Mas embarquei na leitura na recente aposta da Devirporque gosto desta (nova) editora – no universo manga. E que surpresa que tive. Direi mais… que viciante surpresa! Li de forma vertiginosa as 190 páginas do primeiro volume de DEATH NOTE.

Capa do 1º volume
A história escrita por Tsugumi Ohba envolve-nos num magnífico enredo psicológico entre dois antagonistas, que vai evoluindo para um desfecho que estou longe de imaginar. Valores como o bem e o mal confundem-se aqui numa lógica onde os fins justificam os meios. Uma narrativa com um fio condutor que nos prende a cada página que lemos. A arte de Takeshi Obata em muito contribui para uma leitura intensa, com o seu desenho detalhado e realista numa planificação que faz sobressair os momentos mais intensos.

Este primeiro volume “Aborrecidos” começa com um entediado deus da morte (um “shinigami” no folclore japonês) chamado Ryuk que para se divertir deixa cair o seu caderno da morte (“death note”) no mundo dos humanos. O death note é um caderno especial com regras de utilização. Lá inscrevem-se o nome de todos aqueles que vão morrer. A premissa desta história é excelente. O caderno é encontrado por Light Yagami, um jovem estudante de 17 anos, um dos melhores alunos do Japão, que após algum cepticismo inicial apercebendo-se do poder de vida e de morte que a posse do caderno lhe confere, decide criar um mundo novo onde o mal não tem lugar, através da eliminação de todos os criminosos. Está criada a figura de Kira, o salvador para uns e um assassino para outros.

Consequência directa, o elevado número de mortos entre a população criminal, desperta a atenção das polícias de todo o mundo, e em especial de um enigmático detective particular, tido como o melhor, cuja verdadeira identidade ninguém conhece, que se identifica apenas por L. A sua missão passa agora por deter Kira. Começa então um interessante jogo do gato e do rato, sem contudo que nos apercebamos quem é que persegue quem.

Como primeira leitura ultrapassou largamente as minhas espectativas relativamente a uma Manga. E isto não é uma brincadeira de 1 de Abril. Fortemente recomendado a quem gosta de uma boa história em banda desenhada. Serão 12 volumes. Espera-se agora que a Devir acompanhe rapidamente as fortes espectativas que conseguiu gerar com esta edição.

(a página apresentada para ilustrar o texto não pertence à edição portuguesa da Devir)

Death Note – Aborrecidos
Autores: Tsugumi Ohba (argumento) e Takeshi Obata (desenho)
Volume 1, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Janeiro de 2012
A minha nota: