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20 junho, 2017

Colecção SALVAT Graphic Novels MARVEL: V45 - GUERRA CIVIL

O volume 45 da colecção Salvat Marvel, que já pode ser encontrado nas bancas nacionais, traz-nos uma das sagas mais controversas da Marvel, pelos desfechos a que conduziu. Eu que acompanhei história em comics, confesso que não gostei de ver a participação do Homem-Aranha no lado errado da contenda, com as consequências que daí advieram.

Heróis de dois lados opostos, batendo-se por aquilo que acreditam estar correto. Mesmo antes do primeiro número da história ter chegado às bancas, o nível de antecipação atingiu níveis de excitação tremendos. Todos perceberam que o evento iria alterar a paisagem do Universo Marvel, bem como o estatuto dos seus heróis mais populares. De facto, alguns dos eventos da guerra foram de tal forma chocantes, que acabaram por ser alvo de cobertura por parte da comunicação social, alimentando ainda mais a popularidade do acontecimento. Aliás, a Guerra Civil provou ser, sem qualquer sombra de dúvida, o maior best-seller da Marvel deste século.

GUERRA CIVIL
No rescaldo de um trágico acidente causado por uma equipa de heróis inexperientes, é feita uma proposta de lei para o Registo de Super-Humanos que irá forçar todos os super-heróis a revelar as suas identidades perante o governo dos Estados Unidos. Embora alguns heróis abracem a nova lei, outros consideram-na repulsiva. São então traçadas linhas e antigos aliados defrontam-se à medida que a comunidade superhumana é dividida em dois por uma decisão que irá alterar o Universo Marvel para sempre.

Este volume reúne os números 1-7 da mini-série Civil War.

Ficha técnica:
Colecção Oficial de Graphic Novels Marvel
Volume 45: GUERRA CIVIL
Argumento de MARK MILLAR e arte de STEVE McNIVEN
Capa dura, 208 pags, cores
PVP: €11,99




16 janeiro, 2014

Lançamento Levoir: SHDCII 7 - Herança Vermelha


Nas bancas desde da passada Sexta-feira, Herança Vermelha ou Red Son no seu titulo original é mais uma interessante proposta de leitura apresentada pela colecção Super-Heróis DC Comics II. E se nave que transportou o Super-homem desde do planeta Krypton até  à Terra, em vez de se despenhar numa planice do Kansas (EUA) tivesse caído nas estepes ucranianas e se tornasse assim um símbolo do regime comunista? É a premissa desenvolvida por um dos meus autores preferidos, ou não fosse Mark Millar responsável, entre outros, pelos excelentes Kick-Ass e Hit-Girl. A arte é da responsabilidade de Dave Johnson que se mostra estra à altura da responsabilidade. Herança Vermelha é sem dúvida dos melhores livros desta colecção. 

Texto de Contra-Capa:
O Sonho Americano é substituído pelo Pesadelo Americano nesta história dum mundo alternativo em que o Super-Homem bebé, depois de escapar à destruição do planeta Krypton, aterra na União Soviética. Nesta história alternativa do universo DC o Super-Homem é o campeão do proletariado, e Lex Luthor o agente que procura continuamente defender os EUA do Comunismo, até à surpreendente conclusão desta saga.

14 maio, 2010

Kick-Ass, O novo Super-Heroi

O texto que se segue até pode ser um pretexto só para a publicação da imagem que o ilustra (clicar para aumentar) da autoria da Carla Rodrigues (não sei se já disse mas adoro o traço desta miúda), autora entre outras coisas de GDK, mas também se justifica porque a adaptação cinematográfica de “Kick-Ass” gerou em mim uma grande expectativa. A obra homónima de banda desenhada, da autoria de Mark Millar (o mesmo autor de Wanted) é uma história de heróis, que presta uma cínica, cruel e delirante homenagem ao universo de super-herois, e simultaneamente o desconstrói, é de leitura viciante.

O filme, realizado por Matthew Vaughn, mostra-se bastante fiel, apoiado num hábil argumento, que embora não se encontrando ao nível da banda desenhada onde se inspirou, não desvirtua a matriz original, se excepcionarmos o final e se aceitarmos que a violência gráfica desenhada por John Romita Jr. dificilmente seria transposta para cinema.
Na história, encontramos Dave Lizewski (papel interpretado Aaron Johnson), um jovem estudante igual a tantos outros, ávido consumidor de comics, que inspirado decide um dia tornar-se ele próprio um super-herói. Uma intervenção meia heróica captada em telemóvel e imediatamente publicada na internet, torna-o numa celebridade. Big Daddy (Nicholas Cage) e Hit-Girl (magnificamente desempenhado pela pequena Chloë Grace Moretz) são pai e filha, movidos por um sentimento forte de vingança contra Frank D'Amico (Mark Strong) um perigoso mafioso. Indubitavelmente, os caminhos destas personagens vão-se cruzar.

Numa narrativa, onde saltam as referências da cultura popular, desde dos comics à internet, e onde as doses de violência subvertem desde logo qualquer intenção de filmar um universo pretensamente realista, sobressaem as personagens. E nesta onda, a grande provocação do filme e simultaneamente a sua maior contribuição, é a pequena Hit-Girl. É ela que domina a cena. As suas intervenções são explosões de violência indescritíveis a todos os níveis, estas sim de grande realismo, que indubitavelmente provocam um misto de emoções ao espectador. É que a pequena Hit-Girl tem cara de boneca e a idade de onze anos e num filme provocatório, é ela que representa a subversão máxima de um estereótipo!

Em suma, recomendo a visualização deste excelente exercício de cinema bedéfilo, que ainda roda em algumas salas de cinema e que é para mim um dos filmes do ano. Para quem queira ir mais além, aconselho obviamente a leitura da banda desenhada, que apesar de não se encontrar publicada em Portugal, pode ser encontrada na versão americana em lojas da especialidade.

As minhas estrelas: 5 em 5

13 janeiro, 2010

Kick-Ass

Tenho por regra, só falar aqui no blogue de edições de bd’s publicadas em língua portuguesa, o que não invalida que por vezes sinta necessidade de destacar uma qualquer edição estrangeira. Hoje é uma dessas excepções. A razão é simples: divirto-me a ler o comic e a história foi adaptada ao cinema. O filme é um dos mais esperados por mim para ver este ano. O seu nome, como já puderam observar, é “Kick-Ass”.

Com o selo da ICON da editora MARVEL, surge-nos a história de Dave Lizewski, um normal estudante de liceu igual a tantos outros, fan de super-heróis, que inspirado nos comics que lê, resolve tornar-se ele próprio num super-herói de verdade. “Why do people want to be Paris Hilton and nobody wants to be Spider-man?” interroga-se. Afinal, vestir uma máscara e ajudar as pessoas tão deve ser assim tão difícil. Mas Dave, logo na sua primeira confrontação, é fortemente espancado e esfaqueado por um gang e na atrapalhação da fuga é ainda atropelado por um carro. Após uma longa recuperação, retoma a sua dupla identidade, e após uma, desta vez, bem sucedida intervenção, torna-se objecto de curiosidade por parte da comunicação social e colecciona fans na sua página na internet. É desta vida dupla e do mediatismo que lhe proporciona que Dave se alimenta. Nasce aqui “Kick-Ass”. Um super-herói sem poderes movido por uma vontade férrea de combater o crime. E uma coisa leva a outra e “Kick-Ass” conhece outros “vigilantes” (destaco aqui a pequena Hit-Girl) que se movem por uma vontade mais forte. E o que se segue são explosões de violência que terminam invariavelmente em banhos de sangue. “Kick-Ass” é uma história brutal, ultra-violenta, com sequências de imagens dos confrontos entre o “bem” e o “mal” a atingirem níveis extremos, como nunca vi em banda desenhada. Vale tudo!

Mark Millar (Wanted) explora a ideia da existência de “super-herois” num mundo real, numa narrativa pretensamente realista, mas cujo o resultado conseguido, invariavelmente subverte algumas regras, se falarmos de capacidade humana e dos seus limites, sobretudo em termos de capacidade de fazer e principalmente capacidade de sofrer. Com a violência que o desenho (este sim realista) do excelente John Romita Jr. (Amazing Spider-Man) nos transmite, não é credível que qualquer pessoa humana, depois de fortemente espancada, esfaqueada e brutalmente atropelada, numa forte sequência, ainda sobreviva para contar a história. Mas no mundo da banda desenhada, esta história de extremos, com múltiplas referências ao universo dos super-heróis de papel, é de leitura deliciosa e intensa!

Segue-se a (inevitável) adaptação ao cinema, que não sei se visualmente será tão forte como o comic, mas que espero que seja uma boa e credível adaptação. Para já as garantias são dadas por Matthew Vaughn na realização e por um elenco com os nomes de Nicolas Cage, Chloe Moretz, Aaron Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Mark Strong e Xander Berkeley. A estreia do filme nos Estados Unidos está prevista para Abril deste ano. Em Portugal ainda não está agendada… mas vai estar!

Se despertei a vossa curiosidade, regozijai-vos:




01 julho, 2008

Leitura: WANTED


Num dos lançamentos mais oportunos deste ano, a editora BdMania lançou agora para as bancas a edição portuguesa da “graphic novel” «WANTED» de Mark Millar (argumento) e JG Jones (desenho), apanhando, e muito bem, a boleia da estreia da adaptação cinematográfica entre nós já no próximo dia 10 de Julho.

«Wanted» é talvez das histórias mais alternativas e subversivas que já li, ou não decorresse a acção num mundo desequilibrado, de super-vilões sem super-herois. Como consequência, uma fraternidade de vilões pratica todo o tipo de crimes com uma total impunidade. E é neste cenário que vamos conhecer e acompanhar a vertiginosa “transformação” de um pacato vegetariano chamado Wesley Gibson, cuja existência é marcada pelas traições da namorada com o seu melhor amigo, pelas perseguições dos gangues do seu bairro e pelas humilhações da sua chefe afro-americana.

Mark Millar criou aqui um universo excessivo, com uma história critica, que não obstante a violência explicita, não só em termos de linguagem (onde a tradução portuguesa também não se poupou) mas também visualmente - sendo este último capitulo da exclusiva responsabilidade do excelente desenho de JG Jones - tem algum humor e o seu ritmo narrativo conduz a uma leitura bastante fluida. Apesar de não ter ficado seduzido com o final da história, talvez tivesse preferido que tivesse seguido outro rumo com diferentes desenvolvimentos, acho que o seu desfecho serve os fins a que se destina. No global uma história muito boa. Confio agora que a adaptação cinematográfica tenha talvez outra liberdade, apostando numa narrativa com continuidade.

Esta edição portuguesa, em softcover, vem bem recheada, pois para além da série completa (publicada originalmente em seis comics), inclui também um dossier das personagens principais ilustradas por grandes autores da bd americana, uma galeria das capas dos comics publicados, incluindo edições alternativas, e ainda os esboços e estudos iniciais da concepção de personagens e cenas suprimidas. Tudo isto por um preço a rondar os € 15 numa banda de jornais perto de si.


WANTED
De Mark Millar (argumento) e JG Jones (desenho)
Editora BDMania, 1ª edição, Dezembro de 2007

Nota de Leitura:

BOM (4 em 5)