27 outubro, 2005

José Carlos Fernandes

Finalmente um autor português! O 18º volume da colecção da Série Ouro d’Os Clássicos da Banda Desenhada, editada pelo Correio da Manha aos Domingos (saiu no dia 24/10), é merecidamente dedicado à arte de José Carlos Fernandes.

A antologia, assim chamada, é composta por histórias a preto e branco já publicadas em fanzines e jornais, por histórias a cores publicadas nas extintas "Selecções BD” e inevitavelmente por excertos de “A Pior Banda do Mundo” (provavelmente a mais premiada série da história da BD portuguesa), tudo referente ao período de 1992 a 2005.

O timing da publicação é excelente, dado que coincide com a realização do FIBDA, onde José Carlos Fernandes garante presença todos os fins-de-semana, com a sua habitual simpatia e disponibilidade, tanto para conversar como para desenhar. Uma oportunidade para falar com o autor, conhecer a sua obra e valorizar o livro, dado que José Carlos Fernandes nos seus autógrafos brinda-nos com excelentes desenhos feitos a aguarela, o que já se tornou a sua imagem de marca. Eu confesso que aproveito todas as oportunidades para conseguir mais um "autógrafo"!!

Actualmente figura incontornável da BD portuguesa, reza a sua biografia oficial que o autor nascido em Loulé em 1964, se estreou relativamente tarde no mundo da BD, com a idade de 25 anos. Apesar disso, ao longo de mais de 15 anos de carreira, já produziu perto de duas mil páginas de banda desenhada, grande parte já publicada em fanzines e livros, o que o torna um dos mais prolíficos autores de BD da actualidade. Entre as suas obras publicadas, contam-se títulos como "Coração de Arame" (Devir), "As Aventuras do Barão Wrangel" (Devir), "Pessoas que usam Bonés-com-Hélices" (Asa), "A Pior Banda do Mundo" - Volumes 1, 2, 3 e 4 (Devir) e "A Última Obra-prima de Aaron Slobdj" (Devir).

Os seus próximos trabalhos envolvem a publicação do 5º volume da "Pior Banda do Mundo" (talvez ainda durante o FIBDA), a publicação do 1º volume da “Agência de Viagens Lemming” (até ao final do ano, garantia do autor!) e o projecto “Black Box Stories”, onde dá o seu melhor como argumentista que permite a colaboração com outros desenhadores.

Resta-nos aguardar genial criatividade de José Carlos Fernandes!

(Alguns dados referidos foram retirados do 18º volume da referida colecção Série Ouro)

23 outubro, 2005

FIBDA (1)

Dia 1 [Sábado] no FIBDA. Só de passagem para ver o local. Na entrada entregam-me um inquérito sobre o festival. Guardo no saco. Dou uma vista de olhos pela área comercial para conhecer os novos lançamentos. A ASA lançou o quarto álbum da série Bouncer, intitulado “A Vingança do Carrasco” e tem disponíveis todos os álbuns da colecção “O Decálogo”. Amanha é dia de compras. Parto para a zona de autógrafos. Já lá estão, entre outros, Cameron Stewart, o habitual José Carlos Fernandes e Vittorio Giardino. Dez minutos depois, apesar de haver pouca gente no festival, já transpiro por todo lado! O espaço este ano até está mais agradável, mas condições continuam a não ser as melhores. Para já: muito calor, falhas constantes de energia e o multibanco “fora de serviço”. As fotografias e as exposições ficam para amanha, porque hoje já chega de sauna. O preenchimento do inquérito promovido pela Universidade do Porto e pelo CNBDI ganhou uma importância inesperada.

22 outubro, 2005

Já começou!


























O 16º FIBDA já abriu as suas portas. O cartaz deste ano é da autoria de Ricardo Ferrand, autor português cujos trabalhos tem vindo a ser publicados pela Witloof. Como site oficial [link] ainda continua em construção (infelizmente a internet ainda não é considerada um meio de comunicação eficaz!!!) socorro-me de um dossier enviado pelo CNBDI/FIBDA (o meu agradecimento!) para informações úteis.

Assim, para os menos habituados a circularem por estes lados, informo que o núcleo central do FIBDA encontra-se localizado na estação de metro Amadora Este (ultima estação da linha azul). O metro é talvez o transporte mais eficaz para chegar ao festival. Ninguem se perde!

Utilizando o carro, a entrada para a Amadora faz-se pelas Portas de Benfica, pela Pontinha/Alfornelos, pela EN 17 (Cabos d’Ávila), por Queluz, pelo IC 19 ou pelo IC 17 (CRIL); após entrada na Amadora seguir as placas que indicam Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora e Estação de Metro. Estacionamento fácil!

Para quem preferir o comboio, informa-se que aos fins-de-semana o Festival oferece a viagem em vai e vem gratuito entre a estação CP da Reboleira e a estação de Metro Amadora Este.

O melhor da festa, ou seja, as sessões de autógrafos, o horário é regra geral a partir das 15.00, e aqui ficam os autores (desenhadores/argumentistas) estrangeiros com presença confirmada (pela organização) no FIBDA 2005:

No primeiro fim de semana (22 e 23 de Outubro):
» Vittorio Giardino (Itália),
» Rick Veitch (EUA)
» Alexander Zograf (Sérvia-Montenegro)
» Claude Moliterni(França)
» Al Davison (Reino Unido)
» Cameron Stewart (Canadá)

No segundo fim de semana (29 e 30 de Outubro):
» Thierry Smolderen (Bélgica)
» Jean-Philippe Bramanti (França)
» MAX (Espanha)
» Jim Woodring (EUA)
» Joel Azara (Bélgica)
» Mikail Zlatkovsky (Rússia)
» Ed Brubaker (EUA)

No terceiro e último fim de semana (5 e 6 de Novembro):
» Bruno Marchand (Bélgica)
» François Boucq (França)
» Bryan Talbot (Reino Unido)
» Sean Phillips (Reino Unido)
» Liam Sharp (Reino Unido)
» Gary Spencer Millidge (Reino Unido)
» Leandro Fernandez (Argentina)
» Stassen (Bélgica)
» Gibrat (França)
» Esad Ribic (Croácia)

Quanto aos autores portugueses, tambem os há, mas informação oficial é que não (é pena!). Assim aqui fica o que o Blog da Utopia [link] conseguiu apurar:

» José Carlos Fernandes - dias 22,23, 29 e 30 de Outubro; 5 e 6 de Novembro
» Manuel Morgado - dias 29 e 30 de Outubro
» Filipe Faria - dias 29 e 30 de Outubro

e o dia 1 de Novembro como o dia da festa do autor nacional.

Prometo ir aqui escrevendo as minhas impressões sobre a edição deste ano. Até lá...

UM BOM FESTIVAL!

17 outubro, 2005

FIBDA 2005: (actualização)

Já está em contagem decrescente a abertura do FIBDA deste ano. Li recentemente que o espaço na estação de metro da Falagueira encontra-se a ser devidamente preparado para o festival, com especial atenção para as questões que foram objecto de critica no ano passado, nomeadamente o problema do calor e a disposição do espaço da exposição. Também ainda “em construção” está o site oficial do festival [link], por isso mesmo as novidades escasseiam. Assim, certo certo é mesmo a abertura ofical do FIBDA no próximo dia 21 (Sexta-feira), pelas 21.30.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
- De 22 de Outubro a 6 de Novembro, todos os dias das 10.00 às 22.00 horas

BILHETEIRA
- Público em geral (maior de 12 anos): bilhete no valor de 3 euros
- Público menor de 12 anos (acompanhado por adulto): acesso gratuito
- Bilhete permanente: bilhete no valor de 10 euros
- Estudantes/cartão-jovem/pensionistas: bilhete no valor de 2 euros

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES (Estação de metro da Falagueira - Núcleo Central)

»» Ricardo Ferrand: Autor português em destaque. É, igualmente, o autor da imagem do FIBDA 2005
»» O Sonho na Banda Desenhada: Little Nemo e Winsor McCay
»» O Sonho na BD Portuguesa: Esta exposição reúne alguns dos exemplos mais significativos da presença do sonho na banda desenhada portuguesa dos últimos 15 anos, integrando trabalhos de Antônio Jorge Gonçalves, David Soares, Diniz Conefrey, Filipe Abranches, João Fazenda, José Carlos Fernandes, José Ruy, Luís Louro, Miguel Rocha, Rui Lacas e Rui Pimentel.
»» O Sonho na BD: Exposição que dará especial atenção às seguintes séries e autores: Sandman (de Neil Gaiman e diversos autores, editado em Portugal pelas edições Devir), Olivier Rameau (de Dany e Greg, editado em Portugal na revista Tintin), O Sonho Prolongado do Sr. T (de Max, autor espanhol autor de Peter Pank, personagem que esteve em evidência no FIBDA 1995), Alice in Sunderiand (de Bryan Talbot, autor que esteve presente no FIBDA 2004), As Cidades Obscuras (de Schuiten & Peeters, editado em Portugal pela Meribérica-Liber e Witloof Edições), Promethea (de Alan Moore e J.H.Williams, série que esteve em destaque na exposição Argumentos, apresentada pelo CNBDI em 2002).
»» Homenagens e Paródias a Little Nemo: Exposição que dará especial atenção às seguintes séries e autores: Agar, de Molitemi (o argumentista de Harry Chase, Scarlett Dream e Taar, todos editados em Portugal pela Meribérica-Liber) e Gigi, Little Ego, de Giardino, editado em Portugal pela Meribérica-Liber, Little Nemo, de Moebius e Marchand, editada em Portugal pela Meribérica- Liber, McCay, de Smolderen (o argumentista de Gipsy e Olivier Varése, ambas com Marini e editadas em Portugal pelas Edições Asa) e Braman
»» Dream Comics: Uma exposição colectiva de autores de todo o mundo que registam os seus sonhos em forma de banda desenhada: David B. (França), Steve Bissette (EUA), Al Davison (Ing), Rick Grimes (EUA), Horus (Ale), Jesse Reklaw (EUA), Rick Veitch (EUA), Jim Woodring (EUA), Aleksandar Zograf (Jug), Michael Zulli (EUA), etc.

16 outubro, 2005

Leituras: Astérix vol. 33 - O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça

Indo directo ao assunto, digo que o novo álbum, o 33º das aventuras de de Astérix, «O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça» é a história mais absurda, desinteressante, desinspirada e superficial que li nos últimos tempos. Acresce que o trabalho de tradução para a edição portuguesa também falhou redondamente (veja-se os nomes dos personagens). Salva-se apenas o desenho!

A narrativa é penosa ao longo das 47 páginas, onde falta o humor (subtil), existe a critica (assumida). Enquadro este álbum como uma declaração de guerra do autor (Uderzo) perante as novas tendências da BD internacional e as preferências bedefilas das novas gerações pelos super-herois americanos e a manga japonesa em detrimento da bd franco-belga. Neste sentido, o ponto alto da história será mesmo o ridículo combate nos céus da Gália entre os guerreiros robôs de Nagma (anagrama de Manga) e os superclones de Wendalsity (cópias de um Super-Homem bizarro). Penso que não havia necessidade de envolver o Asterix nestas "guerras", mas o autor assim não o entendeu. Infelizmente!

Acredito que este 33º álbum é o fim de um ciclo. Não só pela evidente falta de ideias novas, como pelo longo tempo de produção de um novo álbum (este dista 4 anos do seu antecessor) e também pelo facto de já ser público o desejo que a personagem não sobreviva ao autor. Se juntarmos estes factores à idade avançada de Albert Uderzo (78 anos) percebe-se que já não há mais margem de manobra. Antes assim, porque para mais disto é mesmo melhor ficar por aqui. Fica a despedida e o agradecimento a Walt Disney, que nas palavras do autor “permitiu, a mim e a alguns companheiros, cair no caldeirão de uma poção da qual só ele detinha o grande segredo".

Em resumo, recomendo este álbum apenas aqueles que fazem mesmo muita, mas muita questão… em ficar com a colecção completa, porque de outra forma é uma compra perfeitamente dispensável!



Asterix - O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça
De Albert Uderzo
Edição ASA, 1º edição de Outubro de 2005





14 outubro, 2005

Paineis (1)

Azulejos! Fazem parte das paredes das nossas cidades. Fazem tambem parte da nossa cultura. Em Lisboa já identifiquei dois painéis alusivos à temática da bd. Vou ver se consigo ir publicando aqui fotografias.
Esta primeira, retrata um pirata e faz parte do painel de azulejos da autoria de Errô (Islândia) existente no metro, na estação terminal do Oriente (Parque das Nações) – Lisboa.
Clique na imagem para ampliar.

07 outubro, 2005

"Roteiro Breve da BD em Portugal"

Depois de no ano passado, os Correios portugueses terem lançado uma emissão filatélica alusiva aos Heróis Portugueses de Banda Desenhada, este ano fazem uma nova incursão no mundo da bd portuguesa, com a edição do livro “Roteiro Breve da Banda Desenhada em Portugal” do jornalista e redactor do jornal “Público” e especialista em BD Carlos Pessoa.

O livro de excelente qualidade, com uma tiragem limitada a 7.000 exemplares, que apresenta na sua capa o desenho da personagem Manecas da dupla “
Quim e Manecas” criada por Stuart Carvalhais, guia-nos numa viagem pelos primórdios da banda desenhada em Portugal até aos nossos dias. De Raphael Bordallo Pinheiro até José Carlos Fernandes, do ABC-Zinho até às Selecções BD, passando pela “travessia no deserto” que foram os anos 80, fanzines e festivais de banda desenhada. Os textos são de fácil leitura e encontram-se acompanhados de inúmeras e variadas reproduções das publicações citadas.

Parafraseando o autor “(…)
ficam imediatamente à vista os limites deste livro, que não aspira a mais do que ser uma modesta obra de divulgação de alguns dos marcos deste meio de expressão que dá pelo nome de histórias aos quadradinhos (…)”.

Resumindo, uma obra simples, sem grande ambições, mas que de uma forma clara nos leva à descoberta e ao entendimento da evolução da banda desenhada em Portugal.

A minha nota:


Edição: CTT Correios de Portugal, Junho de 2005.

05 outubro, 2005

Obras-Primas da BD Disney

Acabo de encontrar agora nas bancas o volume n.º 7 da colecção Obras-Primas da BD Disney, que a Edimpresa tem vindo a publicar (e bem) regularmente. Neste número encontramos um total de 23 histórias, escritas e desenhadas por Carl Banks, que foram publicadas originalmente na revista Walt Disney’s Comics and Stories, no período compreendido entre Janeiro de 1958 e Novembro de 1959.

Terminada a leitura, devo dizer que achei todas as histórias excelentes. O facto de serem centradas no Pato Donald ajudou. A qualidade das histórias destas "Obras-Primas" merecem que esta colecção continue a ser a única que faço actualmente da Disney. Parece-me obrigatório!

29 setembro, 2005

Os vilões que se seguem

















Parece que um dos segredos do novo “Homem-Aranha 3” - o nome dos próximos vilões que entram filme - foi revelado. Numa entrevista recente, Mary “Kirsten Dunst” Jane confirmou os nomes de Venom e Sandman.

- O Venom fez a sua primeira aparição em Amazing Spider-Man #299.

- O Homem-Areia (Sandman) apareceu pela primeira vez em Amazing Spider-Man #4.

Agora numa nova entrevista, desta vez à MTV.com, a actriz ainda acrescentou: "I think we have ... I'm going to say two and a half bad guys. Because I think one of them is resurrected. But yeah, two and a half bad guys, I think, about in this movie."
Dois e meio? Vilão ressuscitado? Será que vamos assistir ao regresso do Duende Verde, agora protagonizado por Harry Osborn (filho de Norman Osborn, o Duende original)?
Apesar de ainda não haver confirmação por parte dos responsáveis da Marvel (editora) ou da Sony/Columbia Pictures (produtora do filme), a discussão está lançada.
Mas alguem tem dúvidas que, apesar de estarmos ainda a mais de um ano e meio da estreia oficial (em Maio de 2007), a promoção do filme já começou?

23 setembro, 2005

O FIBDA 2005 já mexe!

Já circulam pela 'net' as primeiras informações, fornecidas pela organização, sobre a 16ª edição do Festival Internacional de BD da Amadora. Assim este ano, o FIBDA realiza-se entre 21 de Outubro e 6 de Novembro e terá mais uma vez como núcleo central a nave comercial da Estação do Metropolitano da Falagueira (Amadora/Este). Um espaço já conhecido (e pouco apreciado, devo acrescentar) por todos aqueles que visitaram a edição do ano passado. Entre as várias exposições colectivas e individuais apresentadas, entre as quais a de Ricardo Ferrand, o autor português em destaque, que assina o cartaz do FIBDA 2005, a mostra principal será dedicada ao 'Sonho', o tema central da edição deste ano. No mês da inauguração do FIBDA, celebram-se os cem anos sobre o início da publicação original nas páginas do ’New York Herald’ da série Little Nemo in Slumberland, de Winsor McCay (ver site), pelo que esta não deixará de ser uma das referências obrigatórias do festival.

Para já, salvo alteração de última hora, estão confirmadas as presenças dos seguintes autores: Max (Espanha), Moliterni (França), Vittorio Giardino (Itália), Bruno Marchand (Bélgica), SmoJderen (Bélgica), Al Davison (Inglaterra), Rick Veith (EUA), Jim Woodring (EUA), Aleksandar Zograf (Sérvia), Jo-EI Azara (Bélgica), Sean PhiJJips (Inglaterra), Ed Brubaker (EUA), Cameron Stewart (EUA), Liam Sharp (Inglaterra) e JP Bramanti (França).

21 setembro, 2005

Jonah Hex está de volta!

Ora aqui está uma boa noticia. A editora americana DC anunciou (e disponibiliza algumas imagens) que vai voltar a publicar Jonah Hex, com os argumentos escritos por Jimmy Palmiotti e Justin Grey e desenhos do brasileiro Luke Ross.
A acção passa-se no Oeste americano e Jonah Hex é um antigo tenente do exército sulista, que acabada a guerra, vive como pistoleiro e caçador de recompensas no velho Oeste. identifica-se pelo seu rosto bastante desfigurado e pelo seu peculiar sentido de justiça. Nesta primeira aventura, Hex é contratado por um milionário para resgatar o filho que foi raptado.
Jonah Hex #1 tem uma capa de Frank Quitely e sai em Novembro.
Fico satisfeito com esta notícia. Lembro-me de ler as aventuras deste anti-heroi quando era mais novo, apesar de já não conseguir identificar em que publicação. Salvo erro, era uma edição portuguesa. Mas adiante. Agora aguardo pelas novas aventuras, em edição americana.

MEA CULPA!

Retracto-me por ter escrito aqui e repetido aqui que o álbum de Asterix na sua versão mirandesa já sairia para as bancas apenas no mês de Outubro. Estava completamente enganado. Não há nada como ver pelos nossos próprios olhos. O álbum "Asterix, L Goulés" afinal já saiu, conforme pude comprovar numa passagem pela secção de banda desenhada da FNAC Chiado. São três mil exemplares devidamente certificados e numerados. A mim calhou-me o “eisemplar n.º DCCLIII”. “Por Tutatis!”.

19 setembro, 2005

Eles (e eu) estão de volta!

Volto a este espaço para anunciar que o próximo dia 14 de Outubro (Sexta-feira, apontem!) promete ser um dia em grande no maravilhoso mundo da BD. Motivo? O lançamento na Europa (com Portugal incluído) do novo álbum (o trigésimo terceiro) das aventuras de Asterix & Obelix. O "Asterix 33", ainda assim designado dado que o título original mantêm-se no ’segredo dos deuses’, foi mais uma vez escrito e desenhado por Albert Uderzo.
A marcar o tempo que falta para o grande dia, encontra-se em contagem decrescente um relógio no site oficial. Para os bedéfilos portugueses, a expectativa é dupla, pois nesse mesmo dia, está agendado a saída para as livrarias nacionais da edição em mirandês do álbum "Asterix, O Gaulês" (ver post anterior).

28 agosto, 2005

"Asterix, L Goulés"

As aventuras de Asterix & Obelix na sua tradução para mirandês, vão ser apresentadas publicamente no próximo dia 15 de Setembro nos armazéns do El Corte Inglês, estando à disposição dos leitores cerca de um mês depois nos locais habituais. Esta iniciativa encontra-se integrada num projecto de divulgação de línguas minoritárias, sendo o mirandês uma das contempladas. Apesar de constituir a segunda língua oficial de Portugal, depois do reconhecimento pela Assembleia da República em 1998, apenas é falada por um universo de pouco mais de 12 mil pessoas.
Assim, “Asterix, L Goulés” (título traduzido) com uma edição de três mil exemplares assegurada pela editora ASA, a representante em Portugal das aventuras do Astérix, constitui “um passo importantíssimo na divulgação da língua mirandesa”, na opinião de Amadeu Ferreira, natural de Miranda do Douro, estudioso do mirandês e um dos autores da tradução.
De referir, a título de curiosidade que só os nomes de Astérix e Obélix se manterão na sua forma original. Todas as restantes personagens terão nomes diferentes, adaptando o nome originário latino, e seu significado, ao mirandês.
Confesso a minha grande curiosidade por este álbum, por estar traduzido numa “lhengua” portuguesa com a qual nunca tive qualquer contacto. Vale também pelo seu papel na preservação da nossa cultura. Constitui definitivamente uma valiosa mais-valia com lugar reservado na estante de qualquer coleccionador português. Pelo menos na minha têm!

13 agosto, 2005

Quarteto Fantástico

Fui ver a mais recente adaptação de BD ao cinema. Desta vez, a famosa família de super-herois criada em 1961 por Stan Lee e Jack Kirby. Confesso que nunca pertenceram aos meus herois preferidos. O Quarteto Fantástico é a terceira adaptação que estreia este ano no cinema e em terceiro lugar fica. Bastante atrás de Sin City e Batman Begins. O filme não me entusiasmou. Um argumento desinteressante dá origem a história superficial. Cumpre com a sua função de “blockbuster” de Verão, mais pela novidade do que pela realização. Confesso que também não me desiludiu. Há piores. Tem o mérito de não se afastar muito da matriz original do comic.
Eu é continuo sem perceber porque razão a Marvel escolhe realizadores com fracos currículos para realizarem (super)produções. E se calhar um dos grandes problemas (qualitativos) das adaptações de BD ao cinema passa mesmo por aqui.
Quanto aos personagens, destaco o Tocha Humana (o mais fiel ao original) e a caracterização do Coisa, mas desculpem-me os fãs de Jessica Alba, a sua interpretação como Sue Storm (Mulher Invisível, onde é que foram buscar Rapariga Invisível?) não me convenceu. Se calhar por passar parte do filme sem a ver!!!!! Quanto ao Mr. Fantástico ou o Dr. Destino, são medianos. O filme perde muito da sua ‘força’ pela falta de profundidade dos seus personagens.
Resumindo, o Quarteto Fantástico não é nada de especial. Entretêm. Direi que se apresenta como um bom programa para uma tarde de Verão. Classifico com 7/10.

06 agosto, 2005

Os piores

Dirá um bedéfilo e simultaneamente cinéfilo que a associação entre a indústria do cinema com a indústria da banda desenhada é o melhor de dois mundos. Mas será? Quem me dera!

Eu já tinha lido criticas, ouvido comentários, mas quis ver pelos meus próprios olhos. Conclusão deitei dinheiro à rua quando aluguei Catwoman, de Pitof (2004). Acreditem quando vos digo que é provavelmente a pior adaptação de sempre de uma personagem de banda desenhada ao cinema. É tudo tão mau, desde do argumento, passando pelas alterações introduzidas e terminando nas personagens, que nem as curvas de Halle Berry salvam do desastre. Pior ainda, este filme tem o (des)mérito de bater aos pontos filmes como Daredevil, de Mark Steven Johnson (2003) ou Batman & Robin, de Joel Schumacher (1997). Pois é Selina Kyle foi brutalmente maltratada! Custa-me não poder apresentar queixa!

Este Catwoman é infelizmente mais um título para juntar à lista. Para atenuar o problema só elaborei uma “short-lists”. Aqui fica o meu “top-ten” (infelizmente em constante actualização), dos piores de todos os tempos, cujas cópias, se dependesse de mim, eram todas recolhidas e destruídas, os respectivos produtores pendurados, os realizadores apedrejados e finalmente os actores chicoteados. (estou a brincar :))

- Catwoman (Catwoman), de Pitof (2004);
- Daredevil (Demolidor, O Homem sem Medo), de Mark Steven Johnson (2003);
- Batman & Robin (Batman & Robin), de Joel Schumacher (1997);
- The Punisher (O Vingador), de Jonathan Hensleigh (2004);
- The League of Extraordinary Gentlemen (A Liga de Cavalheiros Extraordinários), de Stephen Norrington (2003);
- Blueberry (Blueberry), de Jan Kounen (2004);
- Superman III (Super-Homem), de Richard Lester (1983);
- Superman IV (Super-Homem), de Sidney Furie (1987);
- Barb Wire (Barb Wire), de David Hogan (1996);
- Asterix & Obelix contra César (Asterix e Obelix), de Claude Zidi (1999);

04 agosto, 2005

Tugópolis!

Como quase sempre acontece nestas coisas da net, acidentalmente descobri Tugópolis. Um site português que coloca ao dispor do visitante uma excelente base de imagens das capas das revistas do universo Disney editadas em Portugal, devidamente organizado por títulos, com a indicação da data de edição e respectiva editora. Os autores agradecem a colaboração de quem quiser contribuir para enriquecer o já vasto arquivo. Isto lembra-me que tenho de procurar onde estão guardados os meus velhos ‘Patinhas’. Tugópolis vale a visita nem que seja só para relembrar-mos das capas daquelas revistas que fizeram as delícias da nossa infância. Passem por lá!

02 agosto, 2005

All Star Batman and Robin

Já me chegou ás mãos o primeiro número de All Star Batman and Robin, the Boy Wonder. Aliás chegaram-me duas edições. A diferença está no desenho da capa. Numa está a figura de Batman e na noutra a de Robin. Parece-me ainda que existe uma terceira edição, designada de sketch cover (não confirmada!). É o sentido de negócio das editoras americanas a funcionar.
Este novo título da DC Comics é uma parceria entre dois dos melhores do mundo: no argumento, Frank Miller e no desenho, Jim Lee e (re)conta a história da adopção de Dick Grayson (o primeiro Robin, Detective Comics#38) por Bruce Wayne a.k.a. Batman, depois da morte dos seus pais.
Por agora apenas assistimos ao assassinato dos pais de Dick no circo e o ao seu primeiro contacto com Batman. Aguardemos com curiosidade os próximos números, quanto mais não fosse pela excelente arte de Jim Lee, mas como correm rumores que Dick Grayson a.k.a. Nightwing irá assumir a identidade de Batman num futuro próximo, a titulo...definitivo!!! Aguardemos então!