13 maio, 2007

Capas de BD: Mundo de Aventuras


Capa do primeiro número da revista "Mundo de Aventuras", colecção publicada em Portugal entre 1949 e 1987.

Logo na primeira página uma aventura de Luis Ciclón, um nome importado de Espanha para a personagem Steve Canyon, de Milton Caniff.

Colecção Mundo de Aventuras

Data de publicação: 18 de Agosto de 1949

Semanal

Cores

Formato 280x400

Distribuição: Agência Portuguesa de Revistas

Capas de BD: Mundo de Aventuras


Capa do primeiro número da revista "Mundo de Aventuras", colecção publicada em Portugal entre 1949 e 1987.

Logo na primeira página uma aventura de Luis Ciclón, um nome importado de Espanha para a personagem Steve Canyon, de Milton Caniff.

Colecção Mundo de Aventuras

Data de publicação: 18 de Agosto de 1949

Semanal

Cores

Formato 280x400

Distribuição: Agência Portuguesa de Revistas

11 maio, 2007

Já saiu o BDjornal #18

Com um mês de atraso, já se encontra nos habituais postos de venda, o BDjornal #18 (Abril/Maio), cuja capa dá principal destaque ao III Festival Internacional de BD de Beja, que por estes dias decorre na aquela cidade alentejana. Mais informações sobre esta edição podem ser obtidas aqui.

Com este número chega ao fim mais um ciclo, com o director a fazer um balanço de um ano de publicação e a antever as reformulações várias que se avizinham para o novo ciclo de publicação, sobre a forma de um elucidativo texto, que de seguida se transcreve:

Mais um ano de BDjornal chega ao fim, antevendo-se já o início de um novo ciclo. 

Esta coisa de teimar em editar um jornal-revista de banda desenhada em Portugal hoje, tem qualquer coisa de suicidário. E tudo porque as despesas de produção são avultadas e os resultados das vendas perfeitamente ridículos - ao contrário do que se esperava. E assim, como neste segundo ano não foi possível, mantendo um preço de capa aceitável, fazer com que os resultados das vendas cobrissem minimamente as despesas de produção (muito, mas muito longe disso), só nos restam duas alternativas: ou acabar, pura e simplesmente, com o BDjornal, ou transformá-lo numa edição economicamente suportável, digamos assim.

Optámos pela segunda alternativa, sobretudo porque a maioria dos nossos assinantes (alguns estiveram-se nas tintas para renovar as assinaturas) tem sido de uma fidelidade absoluta, bem como muitos leitores regulares de que vamos tendo eco. Além disso, algumas lojas especializadas conseguem vender muitíssimo acima da mediania. Temos por isso compromissos a que não vamos voltar as costas.

Assim, o número de Junho/Julho, o 19, vai encolher ainda mais no formato, passando a pouco menos que um A4, com lombada e mais algumas páginas. Eventualmente vamos mesmo ter de subir o preço, para um patamar aritmeticamente compatível com os custos de produção, porque não é definitivamente possível uma publicação, com a qualidade que pensamos ter, não se pagar a ela própria. Deixaremos de praticar um preço “de jornal” e evoluiremos para um preço “de revista”. Não há outra volta a dar.

Sobre o “BDjornal” já em Dezembro passado tinha aqui exprimido a minha opinião, sobre eventuais pontos fracos do projecto, os quais infelizmente teimam em persistir. Não há volta a dar!

08 maio, 2007

Cinema: "Homem-Aranha 3"

E ao terceiro acto cai o herói. Saio do cinema desiludido com a sensação de ter assistido a um enorme DESPERDÍCIO. Noto talvez algum cansaço em termos de argumento, que se traduz agora num filme vazio, cheio de personagens secundários trazidos do “universo aranha”.

Assim, sem o efeito "novidade", este “Homem-Aranha 3“ resume-se a um filme de vilões "a mais" e história "a menos", ou seja, totalmente desprovido de uma narrativa sequencial, apesar de bem suportado por efeitos especiais. Mas, actualmente, falar de bons efeitos especiais começa a ser um ‘lugar comum’ em cinema, pelo que à partida a única mais valia potencial do filme seria a passagem do Homem-Aranha para o ‘lado negro’. Aqui o desaproveitamento foi completo, desde da origem, literalmente caída do céu, passando pelas cenas de pura vaidade pateta consubstanciadas na personagem do Peter Parker, para uma conclusão, onde a libertação do simbionte encontra-se mal explicada. Os muitos vilões, com Venom à cabeça, só complicam o filme e o excesso de confrontos torna-se tão inconsequente que só um final tão dolorosamente interminável como o que assisti é que poderia desenvencilhar. Quem diria que era o mordomo que fazia a diferença e salvava o dia?

Salve-se a interpretação dos óbvios Tobey Maguire, Kirsten Dunst e JK Simmons bem acompanhados desta vez por Bryce Dallas Howard e também por… Bruce Campbell no pequeno e mais brilhante registo de humor do filme.

Apesar de tudo, não deixa de ser irónico que o pior dos três filmes, vir mostrar que a fórmula não precisa de ser perfeita para resultar, para sob o ponto de vista financeiro, tornar-se o melhor da trilogia. Afinal aplica-se a máxima “in gold we trust”.

Um filme mediano claramente dirigido para os apreciadores do "Aranha" mas manifestamente insuficiente para quem procura mais conteúdo. "Nuff said"!

As minhas estrelas: 3 em 5

03 maio, 2007

É hoje...































Aceitam-se críticas, opiniões ou desabafos via caixa de comentários ou caixa de sondagem!

01 maio, 2007

Agenda Bedéfila para Maio

Este mês de Maio apresenta-se rico em iniciativas bedéfilas abertas ao público, com destaque para a realização de dois festivais de Banda Desenhada na planície alentejana. Confiram e registem então nas vossas agendas:



  • Dia 1 – A editora KingPin Comics faz o lançamento oficial, com a presença dos autores, das duas novas edições de “Super Pig #2” e “C.A.O.S. Livro 2” no GUM ART CAFÉ, no Parque das Nações em Lisboa.


  • Dia 3 – Estreia mundial no cinema, Portugal incluído, do filme “Homem-Aranha 3” mais uma vez com Sam Raimi nos comandos da realização. Com base no argumento, nas expectativas e numa gigantesca campanha de marketing, garantem os especialistas que este filme tem tudo para se tornar na mais bem sucedida adaptação de sempre de uma personagem de banda desenhada ao cinema.

  • Dia 5 – Na cidade de Beja, começa hoje e prolonga-se até dia 20, o primeiro dos dois festivais a realizar na planície alentejana. O III Festival Internacional de BD de Beja apresenta 15 exposições ao público e mais de 450 originais em exposição.


  • Dias 11, 12 e 13 – Integrado na iniciativa “Lisboa Cidade do Livro”, realiza-se nestes dias, das 10.00h às 19.00h, no Jardim da Estrela, uma mega-feira de saldos de Banda Desenhada, designada “Estrela da Banda Desenhada”.




  • Dia 26 – Começa na cidade alentejana de Moura, o XVI Salão de Moura - MouraBD 2007, cujo tema central aborda a temática "O Gato na Banda Desenhada". O destaque vai para a personagem Tex Willer, não só pelas exposições associadas ao Ranger, mas também pela presença do conceituado desenhador italiano Fabio Civitelli.


Após sucessivos atrasos e ainda sem data definida, espera-se que, finalmente, ainda durante este mês, cheguem às bancas portuguesas as revistas brasileiras da PANINI. Com algum atraso, a edição n.º 18 (Abril/Maio) do BDjornal também deverá disponível nas locais de venda habituais.

26 abril, 2007

Os Melhores dos V Troféus Central Comics

Realizou-se no passado Sábado, 21 de Abril, a cerimónia de entrega dos prémios referentes à V Edição dos Troféus Central Comics (TCC).

As escolhas do público, relativas a 2006, brindaram a edição deste ano com resultados surpreendentes ao nível dos vencedores em algumas das categorias a concurso.

Um destaque talvez para a ausência de José Carlos Fernandes na lista de vencedores. Mas goste-se ou não, são estes os nomes que ficam para história :


MELHOR EDITORA: Kingpin Comics

MELHOR ÁLBUM NACIONAL: Salazar – Agora, na hora da sua Morte (Parceria A. M. Pereira)

MELHOR ARGUMENTO NACIONAL: Fernando Dordio Campos (C.A.O.S. Livro 1)

MELHOR DESENHO NACIONAL: Miguel Rocha ( Salazar – Agora, na hora da sua Morte)

MELHOR ÁLBUM ESTRANGEIRO: Cidade de Vidro (Asa Edições)

MELHOR ARGUMENTO ESTRANGEIRO: Neil Gaiman (Orquidea Negra)

MELHOR DESENHO ESTRANGEIRO: Dave McKean (Orquídea Negra)

MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICA/CARTOON/CARICATURA ESTRANGEIRA: Peanuts - Obra Completa Vol. 1 ( Charles Shultz, Afrontamento)

MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICA/CARTOON/CARICATURA NACIONAL: Os Compadres (Sergei, Polvo)

MELHOR BD CURTA/CARTOON/TIRA CÓMICA NACIONAL NÃO PUBLICADA EM ÁLBUM: Kull: O Fim (Hugo Jesus e Nuno Sarabando, Tertúlia BDZine #109)

MELHOR EDIÇÃO DE BANCAS: BDJornal (Pedranocharco)

MELHOR FANZINE: Sketchbook 3 (Direcção: Ricardo Cardoso)

MELHOR EDIÇÃO INVESTIGAÇÃO/ESPECIALIZADA: Catalogo FIBDA 2006 (CNBDI)


Em jeito de comentário não posso deixar de referir a surpresa que foi (para mim), sobretudo o vencedor na categoria de “Melhor Editora”. Para a Kingpin Comics que editou durante o ano de 2006, apenas duas revistas, cada uma delas como uma tiragem de 200(!) exemplares, convenhamos que é um prémio “muita-areia-para-a-minha-camioneta”. Não quero com isto retirar o mérito (que é devido) ao editor pela iniciativa de publicar, mas num mercado onde, felizmente, temos editoras a publicar dezenas de álbuns de BD por ano, ganhar uma que editou um total de 50(!) páginas de banda desenhada, esta vitória se não é lapso, é pelo menos ilusória, temos de reconhecer!!!

Quanto aos restantes vencedores, a minha surpresa não deriva dos resultados finais mas sim dos resultados da primeira fase dos TCC, porque foram estes que condicionaram os outros. Pessoalmente não me revejo em nenhum dos principais vencedores, mas também gostos não se discutem.

Parabéns à organização e aos vencedores, e os votos que para o próximo ano os troféus assegurem uma maior pluralidade das escolhas, evitando assim que os TCC se transformem numa escolha “do melhor” num nicho especifico de mercado.

23 abril, 2007

III Festival Internacional de BD de Beja

Exposições de autores portugueses: Alice Geirinhas; André Lemos; Artur Correia/António Gomes de Almeida; Augusto Trigo; Gisela Martins e Sara Ferreira - mangakas portuguesas; José Manuel Saraiva; Maria João Worm; Pedro Rocha Nogueira; colectiva “Toupeira”, com Carlos Apolo, Carlos Páscoa, Inês Freitas, João Lam, Lobato, Luís Guerreiro, Maria João Careto, Paulo Monteiro, Pedro Ganchinho, Susa Monteiro, Véte, Vitor Cabral, Zé Francisco e Zé Pedro); e a retrospectiva "Dois anos de Bedeteca”.
 
Exposições de autores estrangeiros: David B. (França); Max (Espanha); Miguelanxo Prado (Espanha); Ulf K. (Alemanha); e a colectiva “Desde Galiza” (Galiza/Espanha), com David Rubín, Diego Blanco, Emma Ríos, Kike Benlloch, Kiko da Silva, Miguel Robledo e Victor Rivas.
 
Site oficial do festival: Festival de BD de Beja

21 abril, 2007

O Corvo 3

Em Janeiro deste ano, escrevi aqui sobre o regresso d’O Corvo, o "alter-ego" de Vicente, um tímido carteiro lisboeta, num novo projecto que juntava Luís Louro (desenho) e Nuno Markl (argumento). Pois bem, o argumentista revelou agora no seu blogue, que “o desgraçado do Louro ia tendo um esgotamento à conta do [seu] método de trabalho, as chamadas mijinhas” mas que finalmente O Corvo 3 está completo e vai seguir para a editora (ASA) para os arranjos finais.


Parece que para além do próprio Markl a interpretar uma das personagens, a saga tem, nas palavras do seu autor, “um vasto sortido de super-heróis e vilões tipicamente portugueses, um reality-show e uma rechonchuda história de amor”.

O seu lançamento espera-se por altura do FIBDA, pelo que Luís Louro e Nuno Markl são assim os primeiros autores confirmados do festival.

PS: as fotos foram "sacadas" do blogue do Markl

18 abril, 2007

Capas de BD: Spirou

Capa do primeiro álbum em português de "Spirou e Fantásio", reproduzindo um desenho original de Franquin e a curiosidade do Spirou na altura dar pelo nome de Clarim.

Aventuras de Clarim e Fantásio - “O Feiticeiro de Vila Nova de Milfungos

Data de Publicação: 1967

Número único

Cores

Edição: Edições Camarada

17 abril, 2007

Colecção SPIROU - Vol. 2: O Chifre do Rinoceronte

O segundo álbum da colecção continua com Franquin. “O Chifre do Rinoceronte” publicado originalmente entre 1952 e 1953, tem a sua importância na série pelo facto de introduzir uma nova personagem no universo Spirou: a jornalista Seccotine, que constitui a primeira personagem feminina importante da série. Depois temos também a apresentação do famoso automóvel de Spirou e Fantasio, o famoso Turbo Rino 1 de cor azul, que tem como curiosidade o facto de ter sido inspirado no protótipo Socéma-Grégoire, apresentado no Salão de Paris em Outubro de 1952.

A aventura começa com a louca ideia de Fantasio em simular um assalto a um centro comercial para servir de matéria para uma reportagem jornalística para o “Mosquito”, tem uma breve e divertida passagem passa pelo Norte de Africa e termina em plena savana africana numa extenuante caçada ao rinoceronte, por causa dos planos de um protótipo ultra-secreto revolucionário para a industria automóvel.

A história sóbria, muito bem conseguida, bastante polvilhada com momentos humorísticos excelentes que nos arrancam facilmente um sorriso, sendo alguns deles protagonizados mesmo pela estreante Seccotine, que se integra muito bem na acção. Cumpre com o que se propõe!

A minha nota:


Edição: Público/ASA, Março de 2007

Colecção SPIROU - Vol. 1: A Máscara Misteriosa

«A Máscara Misteriosa», escrita e desenhada por Franquin, publicada originalmente em 1954, é o primeiro volume da colecção de banda desenhada das aventuras de Spirou, editada em parceria entre o jornal PÚBLICO e as Edições ASA.

Tudo começa quando encontramos o Fantasio, colérico, a virar a casa do "avesso" à procura de umas fotos que tirou para renovar o passaporte. É o início de uma rocambolesca história que transforma Fantasio num fugitivo procurado por roubo e onde Spirou se vê obrigado a percorrer meia França com o objectivo de provar inocência do seu amigo.

Uma história bastante movimentada, que inclui mesmo uma participação involuntária de Fantasio numa etapa da Volta à França em bicicleta, de agradável leitura, que vale pelo desenrolar dos acontecimentos, apesar do final algo simplista que encerra.

A minha nota:


Edição: Público/ASA, Março de 2007


Nota adicional:
Relativamente à colecção em geral, a sua mais-valia pela publicação de histórias inéditas em Portugal, é fortemente ofuscada pelo pouca competência que existiu na sua preparação, nomeadamente o facto de desrespeitar totalmente a cronologia da série.

Ao consultarmos a lista dos vinte álbuns que compõem a colecção, facilmente se percebe que toda a confusão que eventualmente possa surgir, neste ou em outros álbuns, devido a referências, tanto ao nível de personagens como de objectos, que remetem para histórias cronologicamente anteriores, poderia ter sido facilmente evitável.

Exemplo flagrante, é a escolha da presente história abrir a colecção, quando existiam quatro cronologicamente mais legitimas para o fazer, principalmente "Spirou e os herdeiros" (com data de publicação prevista para 30/05).

De referir que esta injustificável política editorial foi mesmo objecto de análise por parte do Provedor do jornal PÚBLICO, e mereceu uma resposta, que só posso classificar de ignorante e desrespeitosa para com os leitores, por parte do administrador da área de Marketing e Comercial do PÚBLICO.

15 abril, 2007

Capas de BD: Spider-Man

Capa da primeira revista editada em Portugal com as aventuras do Homem-Aranha

#1 - Spider-Man: "Kingpin Contra-Ataca"

Data Publicação: Abril de 1971

Quinzenal, P/B

Edição: Palirex

Capas de BD: Spider-Man

Capa da primeira revista editada em Portugal com as aventuras do Homem-Aranha

#1 - Spider-Man: "Kingpin Contra-Ataca"

Data Publicação: Abril de 1971

Quinzenal, P/B

Edição: Palirex

11 abril, 2007

Cinema: "300"

Sendo certamente um dos filmes mais aguardados do ano, por parte da comunidade bedéfila, devo começar dizer que “300” de Zack Snyder superou largamente as expectativas que eu depositava.

O filme não sendo complexo, dá-nos uma visão crua de um importante acontecimento da História Universal, onde a defesa do “berço” da democracia passou por um choque de culturas, consubstanciado na violenta Batalha (no desfiladeiro) das Termópilas, ocorrida em 480 a.C., onde a coragem e o espírito de sacrifício de um grupo de trezentos soldados espartanos liderados pelo Rei Leonidas (interpretado magnificamente por Gerard Butler) conseguiu infringir um elevado número de baixas no poderoso e numeroso exército do Imperador Xerxes, atrasando de forma irremediável a entrada deste na Grécia e impedindo desta forma a expansão persa na Europa.

Apesar da ficção subjacente aos acontecimentos históricos narrados, visualmente o filme é de uma beleza irrepreensível, muito por força da técnica CGI desenvolvida por Robert Rodriguez, que tão bom resultado deu em “Sin City” (do mesmo autor), e da vontade do realizador em honrar o desenho e as cores originais, o argumento consegue, sem desvirtuar, enquadrar na história os valores e o funcionamento da sociedade espartana, tornando deste modo a obra de Frank Miller bastante mais perceptível e completa.

Como complemento recomendo a leitura da ‘graphic novel’ (já editada em Portugal) que deu origem ao filme.

Ocupando grande parte do filme, as sequências de combate, impecavelmente coreografadas, filmadas com recurso ao “slow-motion” criam um excelente efeito de prolongamento da imagem, que transforma cada cena de acção como se uma sequência de desenhos se tratasse. O filme vale pela imagem, mas tratando-se de uma adaptação de BD, o resultado é perfeito.

Perante isto, só me resta acrescentar que vi uma obra-prima no que a adaptações de BD ao cinema diz respeito, pelo que só posso atribuir a nota máxima a “300”!

07 abril, 2007

Os 80 anos de Uderzo

Para celebrar os 80 anos de Albert Uderzo, o desenhador do pequeno gaulês Astérix, 34 artistas internacionais criaram várias histórias para o álbum «Astérix et ses amis» a editar este mês em vários países, incluindo Portugal.

A ideia de homenagear o ilustrador francês partiu da editora francesa Editions Albert René, que convidou 34 artistas para integrarem um álbum que assinalasse, a 25 de Abril, os 80 anos de Uderzo. O álbum sairá este mês em França, Bélgica, Suíça, Grécia e Portugal, onde será lançado pelas Edições Asa.

Maria José Pereira, do departamento de banda desenhada da Asa, explicou à agência Lusa que o livro incluirá 60 pranchas de BD de 34 autores de vários países, entre os quais Manara, Boucq, Zep, Graton, Juanjo Guarnido e Hervé Baruléa (Baru). A edição portuguesa, que está ainda a ser finalizada, será de três mil exemplares e deverá intitular-se «Astérix e os seus amigos». «Cada um dos autores faz uma história que homenageia Uderzo, pegando em personagens ou em toda a obra», referiu Maria José Pereira.

O livro terá um primeiro lançamento a 19 de Abril em Espanha, no âmbito do 25.º Salão Internacional de Banda Desenhada de Barcelona, onde serão expostos os originais de algumas das histórias e lançadas as versões em castelhano e catalão.

René Goscinny e Albert Uderzo revelaram pela primeira vez o universo de Astérix em 1959, há 48 anos, na história «Astérix, o Gaulês», e a parceria durou até 1977, ano da morte do argumentista.

Ao longo de quase 50 anos, foram editadas dezenas de obras centradas no pequeno gaulês, das quais se venderam no total mais de 300 milhões de exemplares em todo o mundo. As histórias estão traduzidas em mais de cem línguas e dialectos, entre os quais o mirandês.

As Edições Asa prevêem terminar em Junho a edição completa de 24 dos 33 volumes de BD de Astérix com as novas traduções, que uniformizam os textos, já que as primeiras traduções datavam de finais da década de 1950.

Segundo Maria José Pereira, a Asa prepara para o final deste ano a edição de algumas das obras de Uderzo e Goscinny em grande formato, tal como está a acontecer em França.

Este formato, maior do que o habitual nas edições de Astérix, permite, segundo a responsável, atentar na «grande qualidade dos pormenores dos desenhos». O primeiro volume, «Astérix, o Gaulês», irá sair no final do ano.

fonte: Diario Digital/Lusa

05 abril, 2007

Prepare For Glory!

Adaptado a partir da novela gráfica de Frank Miller, estreia hoje o esperado «300» que relata a história da Batalha de Termopilas que, no ano 480 A.C., opôs o Rei Leónidas e cerca de trezentos soldados espartanos ao Imperador Xerxes e o seu enorme exército persa. Face a um inimigo invencível e em grande desvantagem numérica, os soldados espartanos lutaram até à morte e o seu heroísmo e sacrifício inspirou toda a Grécia a unir-se contra o inimigo Persa e lançar as primeiras pedras da democracia.

Ficha Técnica
Título Original: «300»
Realização: Zack Snyder
Elenco: Gerard Butler, Lena Headey, Dominic West, Rodrigo Santoro
Género: Acção/Guerra/História
País: EUA
Ano: 2006
Duração: 117 min.
Site oficial: 300

Classificação IMDB: 8.0/10

03 abril, 2007

O filme que está a despertar maior expectativa é...



Fechada a sondagem que esteve à disposição dos visitantes deste blogue, informo o vencedor, com o expressivo resultado de 52% dos votos, foi… «300» de Zack Snyder. Felizmente que a espera vai ser curta, porque é já na próxima Quinta-Feira, 5 de Abril que o filme faz a estreia nas nossas salas de cinemas.

ARE YOU PREPARE FOR GLORY?

01 abril, 2007

Frank Miller em Portugal

Está confirmado! Uma fonte próxima da organização do 18º FIBDA garantiu-me que o autor americano Frank Miller é uma das “cabeças-de-cartaz” do próximo festival, a realizar-se em Outubro.

No ano da maioridade, o FIBDA procura assim recuperar uma visibilidade e um estatuto que se perderam nos últimos anos. A aposta passa agora por grandes nomes da BD americana e europeia e o consagrado autor de obras como “Batman – The Dark Knight Returns”, “Sin City” ou “300” (cuja adaptação cinematográfica estreia em Portugal na próxima semana) entre outros reuniu consensos e os contactos estabelecidos foram concluídos com êxito, segundo foi adiantado.

Caros leitores, o autor deste blogue já entrou em contagem decrescente para o 18º FIBDA.





actualização:
Frank Miller afinal não vem a Portugal. Para os mais distraídos, tratou-se de uma pequena brincadeira associada ao tradicional “1 de Abril”. A verdade é que pouco ou nada se sabe sobre o próximo FIBDA, mas a avaliar pelos últimos anos, também não se espera que resulte um grande festival.

29 março, 2007

O Mundo da Banda Desenhada

"Aqui há selo"... é o nome de uma curiosa e inovadora iniciativa promovida pelos CTT que passa pela obtenção de sugestões de temas para incluir na emissão filatélica do ano de 2008. Assim, qualquer pessoa, através do site www.aquihaselo.com, pode sugerir um novo tema e/ou votar em qualquer outro já a concurso. Os 20 temas mais votados passam à fase final, que passa pela elaboração do desenho do próprio selo.

Ora bem, no sentido de enriquecer ainda mais a filatelia portuguesa e simultaneamente ajudar na promoção e a divulgação da Banda Desenhada, apresentei uma proposta de tema nesse sentido, intitulada de “O Mundo da Banda Desenhada” como o seguinte argumento:

"A feliz associação entre selos e bd traduz-se num excelente convite a descobrir não só a riqueza da filatelia portuguesa bem como o maravilhoso mundo da chamada 9ª arte"

Convido o caro leitor a votar no sentido de contribuir para a Banda Desenhada fazer-se representar (mais uma vez) na filatelia portuguesa.