Já devia ter publicado isto há mais tempo, até porque os lançamentos editoriais ocorreram durante o VIII Festival de BD de Beja. São quatro publicações, de autores nacionais, que merecem a devida divulgação aqui nas notas, ou não se tratasse aqui de banda desenhada portuguesa. Assim, seguindo a ordem de apresentação que foi dada no festival temos:
- Hän Solo de Rui Lacas - edição Polvo
Depois do livro A Ermida lançado durante o 22º Amadora BD, Rui Lacas assina agora Hän Solo. Uma narrativa simples que segundo o autor foi construída motivada apenas pelo desejo de desenhar. A ideia inicial era contar uma grande história. Mas o processo implicava um grande argumento quando a intenção do autor era apenas desenhar. Uma conversa com o editor Rui Brito, e todo o trabalho foi recuperado para dar origem a uma historia de 60 páginas, que mostra um Rui Lacas num excelente trabalho gráfico.
- Efeméride n.º 5 de vários autores - edição de autor Geraldes Lino
Geraldes Lino assumido militante da BD e dos fanzines lança agora o quinto e último fanzine Efeméride desta vez dedicado à figura de Corto Maltese. São quarenta e cinco autores convidados que dão forma à ideia de Corto Maltese no Século XXI. As pranchas originais estão em exposição no Festival de Beja. Entre trabalhos muito bons, o meu preferido pela simplicidade da mensagem vai para o da autoria de Marco Mendes. Uma combinação de elementos, incluindo o famoso Nighthawks de Edward Hopper que dá um excelente retrato do século XXI com Corso incluído, naturalmente.
- Sangue Violeta e Outros de Fernando Relvas - edição El Pep
Trata-se de uma edição que nasce da vontade do editor Pepe em recuperar parte da obra de Fernando Relvas há muito dada como perdida. O trabalho de recuperação e restauração completa-se nesta edição. São três historias num registo a preto e branco: Sabina, Tax Diver e Sangue Violeta que tinham sidos publicadas no extinto semanário SE7E, entre os anos de 1982 a 1988. Nas palavras do editor "são as BD's que mais marcaram a memória dos leitores do semanário. Um traço elegante e ágil, contrastado nas manchas negras num preto e branco nervoso e com um registo dinâmico do grafismo punk dos cartazes de concertos de música dos anos 80"
- Manegas, O Indignado de Pedro Manaças - edição de autor
Depois da sua apresentação em Abril passado em Odivelas, assistiu-se agora ao lançamento desta edição, que se apresenta um registo quase biográfico em tons humorísticos e caricaturais do seu autor Pedro Manaças, que se faz representar pelo seu alter-ego Manegas, num período de vida que vai desde dos seus três anos de idade até ao dia em que foi despedido do emprego de fiscal de parquímetros. O livro compila as histórias escritas e desenhadas entre 2008 e 2011 e serve essencialmente de apresentação do trabalho de Pedro Manaças.
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