20 março, 2023

O 40º álbum do Asterix já tem título

 
«Para iluminar a floresta, basta a floração de um só íris», pode ler-se na apresentação do 40.ª álbum de Astérix e Obélix. E o novo argumentista da série, Fabrice Caro, levantou a ponta do véu relativamente à nova aventura, O  ÍRIS BRANCO, que tem lançamento mundial agendado para Outubro.  Em Portugal,  a edição é garantida pela ASA.
 
Fale-nos da génese deste 40.º álbum das aventuras de Astérix.
FC: Eu queria um álbum muito centrado na aldeia e nas suas imediações. Gosto particularmente dos álbuns de Astérix em que um elemento externo se introduz na aldeia e vem perturbar o seu equilíbrio, e adoro observar a reação dos habitantes, com a sua lendária capacidade de dissimulação. E, depois, era a oportunidade de abordar implicitamente um fenómeno social contemporâneo…  
 
O porquê deste título?
FC: O Íris Branco é o nome de uma nova escola de pensamento positivo, vinda de Roma, que começa a propagar-se pelas grandes cidades, de Roma a Lutécia. César decide que este novo método pode ter efeitos benéficos sobre os campos romanos em redor da famosa aldeia gaulesa. Mas os preceitos desta escola influenciam igualmente os habitantes da aldeia que com eles se cruzam… Aliás, a prancha-anúncio divulgada em dezembro já levantou um pouco o véu sobre o resultado dessa influência! Eu queria encontrar um título que se enquadrasse no espírito de Goscinny e Uderzo, em que o tema é muitas vezes encarnado num objeto físico ou numa pessoa (O Caldeirão, O Adivinho, O Grande Fosso, O Escudo de Arverne, A Foice de Ouro…). Aqui, o íris é um símbolo de bondade e de plenitude, ou pelo menos assim se espera…
 
Matasétix, o famoso chefe gaulês, não parece muito feliz nesta imagem… O que é que se passa na aldeia?
FC: Sim, é verdade. É preciso reconhecer que já o vimos em melhor forma. Este método positivo tem impacto sobre os nossos amigos gauleses e nem todos ficam satisfeitos. É o que acontece ao nosso chefe, que vai atravessar uma crise…
 
 

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