Aqui está um lançamento que receei que nunca viesse a acontecer e que deixasse "pendurados" os leitores portugueses, que desde de 2015 acompanham a novela gráfica autobiográfica de Riad Sattouf na saga O ÁRABE DO FUTURO. Como se costuma dizer, tardou mas não falhou e já está disponível nas livrarias portuguesas o sexto e último volume da colecção, numa edição da TEOREMA.
É uma obra que nos traz um muito interessante olhar de Sattouf, que teve uma infância repartida entre França, Líbia e Síria, sobre as realidades no mundo árabe, sobretudo na Líbia de Kaddafi e depois na Síria de Hafez al-Assad, países que estavam a passar por grandes transformações sociais, políticas e culturais na época. Isto proporcionou um vislumbre profundo e comovente das experiências do autor que ficam marcadas por momentos de humor, nostalgia, conflito e descoberta, enquanto crescia em diferentes culturas e contextos. Tudo num traço simples, Riad Sattouf oferece uma visão íntima de sua jornada pessoal. Este sexto volume cobre os anos de 1994 a 2011.
6 comentários:
E, esperemos, alguém que não a ASA/Teorema/Gradiva pegue na obra deste autor e saiba dar-lhe o devido destaque e acompanhamento. Obras como "Les Cahiers d'Esther" (retalhado e martelado por cá pela Gradiva num só volume...), "Le jeune acteur", "La vie secrète des jeunes", "Pascal Brutal", "Les pauvres aventures de Jérémie" mereceriam ser editadas por cá.
Não quero ser pessimista, mas tenho algumas dúvidas que possamos voltar a ter uma obra de Riad Sattouf editada em Portugal. O tempo que o Árabe demorou por cá a ser concluído, não obstante a sua enorme qualidade, dá a entender que não foi um sucesso editorial. E facto de O Diário de Esther ter ficado pelo primeiro volume depois daquela pobre edição, são fortes evidências. Mas nunca se sabe.... mas duvido!
Viva Nuno. Não consigo avaliar qual terá sido a recepção junto do público desta obra. Sei, no entanto, que o trabalho desenvolvido pela ASA/Teorema foi no máximo, confrangedor - pouca ou nenhuma promoção, lançamento através de um selo sem conhecimento de mercado, intervalos exageradamente alargados e irregulares entre lançamentos, descuido na produção, legendagem, etc etc... Como já afirmei anteriormente estes senhores nunca souberam o que lhes caiu nas mãos e como tal, nunca souberam o que fazer com a série. Seria desejável, agora que a série está encerrada, que a saibam vender em conjunto e aproveitem para, por exemplo, trazer o autor a Portugal. Quero acreditar que aqui não há obras más nem público pouco criterioso, apenas editores que não o sabem ser. Abraço.
Olá António! Eu também não tenho números que permitam fundamentar o eventual sucesso (ou não) desta série, mas 9 anos para editar seis volumes parece-me um arrasto. Eu próprio pensava que a colecção ia ficar pelo caminho. Agora pelo caminho na edição de BD ficará certamente esta chancela. Existindo dentro do Grupo Leya. um selo próprio e com um vasto catálogo - a ASA - não se justifica esta dispersão. A vinda do autor era um brinde. Uma acção de promoção da colecção com o autor na Feira do Livro seria uma coisa muito bem feita. Já tinha que ter sido pensada antecipadamente. Penso que não vai acontecer! Abraço
Nuno, cá no Brasil, a Intrínseca parou no quarto volume. Trabalho vexatório. Felizmente, pude ler a conclusão. Graças à edição portuguesa.
Caro anónimo, vantagens de partilharmos uma língua comum. Eu por cá vou aproveitando as edições brasileiras do Chabouté da Pipoca & Nanquim. Boas leituras!
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