18 junho, 2024

Novo regresso de Adèle Blanc-Sec, agora pela Levoir!

 
Aqui está um lançamento que provavelmente poucos esperavam, o regresso da Adèle Blanc-Sec de Tardi, numa nova colecção, desta vez com a chancela da LEVOIR. A verdade é que esta é uma série que já passou por tantas mãos, leia-se editoras portuguesas (Bertrand, Witloof, ASA), e mesmo assim praticamente metade das aventuras desta heroína continuam ainda inéditas por cá. Lá fora, leia-se em França, contam-se 10 os volumes publicados. Mas vamos lá a ver se agora é que é, uma vez que editora promete editar a colecção integral deste clássico de Tardi.
 
Os primeiros lançamentos, a partir de hoje disponíveis nas livrarias, são duas reedições: Adèle e o Monstro (vol. 1) e O Segredo da Salamandra (vol. 5).
 
Adèle Blanc-Sec, uma notável criação do autor francês Jacques Tardi, que esteve recente no festival de Beja, é uma jovem escritora, de inícios do século XX, com uma personalidade aventureira e dotada de doses generosas de ironia e cepticismo, que a levam a participar em extraordinárias aventuras, que misturam elementos de mistério, fantasia, e ficção científica. Ambientada principalmente na Paris do início do século XX, estamos numa época de grandes feitos tecnológicos e avanços científicos, onde tudo é possível. O resultado é cruzar-se com personagens e criaturas mais esquisitas que se possa imaginar.
 
ADÈLE E O MONSTRO
Neste primeiro volume, assistimos à eclosão de um ovo de pterodáctilo que levará à revelação de seitas diabólicas que ameaçam Paris… Com a sua personalidade extraordinária, Adèle conduz-nos a um mundo misterioso (no qual Paris desempenha um papel fundamental), povoado por monstros e criaturas estranhas.
 
Ficha técnica:
As Extraordinárias Aventuras de Adèle Blanc-Sec vol. 1 - Adèle e o Monstro
De Tardi
Capa dura, dimensões 224x297, cores, 48 páginas.
ISBN: 9789896829452
PVP: € 16,95
Edição LEVOIR
 
O SEGREDO DA SALAMANDRA
Inconsciente do conflito mundial que se desenrola há quatro anos, Adèle Blanc-Sec está a dormir. Mais exactamente, está em hibernação na antiga casa de Félicien Mouginot, à espera de ser ressuscitada através da última fase do método que ele desenvolveu. Enquanto um industrial, um mafioso nova-iorquino, um punhado de polícias e um grupo de ex-cientistas se envolvem no séquito da jovem, o antigo soldado de segunda classe Lucien Brindavoine, um militar voluntário e reformado de guerra, arrasta a sua amargura de bar em bar. O que ele não sabe é que o seu caminho se cruzará com o da grande salamandra japonesa exposta no Jardin des Plantes, e depois com o de Adèle.
 
Ficha técnica:
As Extraordinárias Aventuras de Adèle Blanc-Sec vol. 5 - O Segredo da Salamandra
De Tardi
Capa dura, dimensões 224x297, cores, 48 páginas.
ISBN: 9789896829490
PVP: € 16,95
Edição LEVOIR
 

7 comentários:

Anónimo disse...

Felicito a Levoir por fazer a coleção completa. No entanto, parece-me uma oportunidade perdida de ser em album-duplo, já que esta, é fora de coleção como a NG. Chamo também atenção que, sendo o Tardi um nome conhecido à muito, porque não editar outras obras inéditas por cá? Por exemplo as obras sobre a Iª e a IIª Guerra, que são bastante interessantes.

Antonio disse...

Mais uma vez a Levoir a repartir e retalhar em albunzinhos de 48 páginas aquilo que poderia muito bem ser lançado em álbuns duplos ou triplos. Que sentido faz isto?…

Eskorpiao77 disse...

Se há profissão ingrata em Portugal ela será a de editor de banda desenhada. Se editas álbuns individuais (como na versão original, aliás) recebes críticas. Se editas um integral (vento nos salgueiros, por exemplo), críticas recebes. Se editas uma coleção de livros com um jornal, és criticado pelo papel, pela impressão, pela lombada, pelo tamanho... Se editas manga reclamam porque é só manga, se editas super heróis, é sempre a mesma coisa e estás-te a aproveitar da moda. Já li críticas neste e noutros blogs por o livro lançado ser um Western, ou por ser em preto e branco, ou por ser uma série antiga, ou por ser de um autor espanhol... Enfim... É só rir

Nuno disse...

Pessoalmente, ainda que gostasse mais de ver uma colecção mais compacta, talvez em álbuns duplos, considero esta opção por álbuns individuais a mais “amiga” do leitor. Isto porque, considerando que muita boa gente já possui os álbuns da Witloof ou mesmo da Bertrand em capa dura, ficam com a opção de de adquirirem apenas os inéditos. Eu por mim falo, e assim irei fazer, porque já não tenho espaço para histórias repetidas, com a vantagem de poupar a carteira. Destes dois, só me interessa o do Segredo da Salamandra.

Nuno disse...

Eskorpiao77 será sempre impossível agradar a todos. E concordo que não é fácil ser-se editor, mas a crítica não tem de ser sempre vista como algo negativo. Mas temos de concordar que por vezes as editoras nem sempre fazem o melhor que podem. Da parte da Levoir, recordo-me que o Moby Dick de Chabouté foi publicado em dois volumes quando ficava uma edição fantástica num volume integral; e o próximo Chabouté, Yellow Cab vem com o título traduzido para “Táxi amarelo” sem necessidade. Já a Gradiva teve a oportunidade de fazer uma excelente edição com A Bomba, e no final retalhou a obra em dois volumes de capa mole. A ASA insiste em editar óptimos álbuns em capa mole, e segundo ouvi dizer o “Jours de Sable” é o próximo que se segue. Já a Iguana, lançou um livro onde… falta uma página!!! Enfim… É só chorar!

Antonio disse...

Viva Nuno. Parece-me sintomático o post escondido atrás de pseudónimo de alguém claramente ligado á Levoir. independentemente da área de actividade saber acomodar críticas construtivas e demonstrar mais alguma humildade deveria ser prática comum. Mas não. Quanto a mim irei ignorar a edição da Levoir pelas razōes já indicadas. Entre editar e ser editor há um espaço muito grande e poucos sabem prenchê-lo, infelizmente.

Nuno disse...

Se há coisa que prezo bastante é a liberdade de expressão que assiste a cada um e a caixa de comentários deste blogue é um reflexo disso mesmo. Não censuro ninguém, e cada um é responsável pelas suas palavras. O Eskorpiao77 ri-se das críticas, é um direito dele, eu subscrevo por inteiro as suas palavras António, “entre editar e ser editor há um espaço muito grande e poucos sabem preenchê-lo”. Nem mais. No caso da Levoir já tinha transmitido pessoalmente à Sílvia, a responsável pela editora, o meu descontentamento por opções editoriais desta em algumas das suas edições. Mas vale o que vale a minha opinião. Vale mais a minha carteira como consumidor. É por aí que passo das palavras aos actos. E é válido para todas as editoras.