Ainda no rescaldo do Coimbra BD 2025, o Francisco Lyon que esteve por lá, escreve agora dois lançamentos que marcaram o evento.
O Coimbra BD é um festival de Banda Desenhada (e de cultura Pop em geral) que muito rapidamente encontrou um lugar cimeiro no mundo da Nona Arte, quer em Portugal que no estrangeiro.
Organizado pela Câmara Municipal de Coimbra e pela Guess The Choice, a edição de 2025 decorreu entre 25 e 27 de Abril no magnífico cenário do Convento São Francisco, tal como em 2024.
Parece ser unânime a opinião de que a organização esteve à altura do acontecimento, proporcionando ao público, aos autores e aos editores um ambiente tão acolhedor quanto profissional.
A programação foi muito rica e estendeu-se pelas áreas da Banda Desenhada, do cosplay, do cinema, do gaming, dos jogos de tabuleiro e do merchandising.
Para além das exposições, foram 58 eventos entre lançamentos de livros, sessões de cinema, workshops, painéis de debate e outros. E, claro está, as sempre concorridas sessões de autógrafos e a zona comercial onde estiveram presentes as principais editoras portuguesas de Banda Desenhada.
Pelo seu significado no mundo da BD portuguesa, destaco aqui dois eventos.
O primeiro é o lançamento da novela gráfica, Os Filhos de Baba Yaga, o novo livro de Luís Louro.
Esta obra tem particular relevância por vários factores de que o estimado leitor poderá tomar conhecimento lendo a análise crítica feita aqui no Notas Bedéfilas.
No entanto, há duas circunstâncias que se destacam. A
primeira é o facto de a obra ser publicada no ano e no mês em que o autor
comemora os seus 40 anos de carreira; ser a sua obra de maior fôlego; recorrer
ao passado (Segunda Guerra Mundial) para tratar de assuntos da
contemporaneidade; inserir-se na chancela criada para as obras do autor, Folha de Louro.
A segunda é uma circunstância absolutamente insólita, mas que demonstra bem a expectativa gerada pela publicação de Os Filhos de Baba Yaga. As centenas de exemplares da obra levados para o Coimbra BD esgotaram em pouco mais de 1 hora no dia da inauguração.
Claro que isso se reflectiu na adesão à cerimónia de lançamento que esteve com sala cheia. No palco estiveram os editores Vanda Rodrigues (Arte de Autor), Mário João Marques e Pedro Bouça (ambos de A Seita), o autor Luís Louro e Francisco Lyon de Castro (este vosso correspondente).
A apresentação correu entre a muito boa disposição e a seriedade do assunto abordado na obra.
Dia 25 e dia 26, foram intermináveis as filas para os autógrafos de Luís Louro.
O segundo evento de que vos quero falar é a cerimónia de lançamento do n.º 100 da revista Juvebêdê.
Alexandra Sousa e Carlos Cunha, que acarinham o projecto Juvebêdê há 28 anos, apresentaram este número especial e numerado, falaram do percurso trilhado desde 1997 e revelaram as ilustrações que 44 autores nacionais e internacionais criaram propositadamente para esta centésima edição.
A magnífica capa esteve a cargo de Luís Louro, mostra os protagonistas de Os Filhos de Baba Yaga e ainda apresenta à Juvebêdê os “parabéns” em cirílico.
Na apresentação, para além de Alexandra Sousa e Carlos Cunha esteve também presente Miguel Coelho, responsável original pela criação do projecto, continuando hoje a acompanhá-lo, embora à distância.
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