28 setembro, 2006

A Jóia da Coroa

Entre todas as peças que compõem uma colecção, hás sempre uma quer seja pelo seu valor monetário ou sentimental, o coleccionador considera como sendo a sua Jóia da Coroa. Pode-se definir como aquela que em caso de incêndio é a primeira a ser salva. A minha chegou esta semana pelo correio.

Chama-se “Aventuras do Homem-Aranha” e é uma colecção de 44 revistas, no formato 165x235, publicadas entre 1978 e 1981 pela saudosa Agência Portuguesa de Revistas. As histórias são do período “bronze age of comic books”, quando as aventuras do Homem-Aranha tinham conteúdo e estavam a anos-luz das porcarias que actualmente se publicam, como por exemplo, “The Other” ou “Civil War”.

Lembro-me de ter lido relido centenas de vezes estas revistas quando tinha 7, 8 anos de idade. Posso dizer que o meu fascínio pela banda desenhada começou aqui e pelo Homem-Aranha também. Agora, passados 28 anos, e após muita procura, recupero esta colecção, que se já se encontra orgulhosamente arrumada na prateleira central da minha estante. E o preço que paguei? Bem, o problema do dinheiro não é quando se gasta em gajas, copos ou bd; é quando se gasta de forma estúpida!

E com esta colecção fecho a loja. Possuo todas as colecções do Homem-Aranha publicadas em Portugal até à data, com excepção das publicadas pela Abril/Controljornal.

E você caro leitor qual é a sua Jóia da Coroa?

A Jóia da Coroa

Entre todas as peças que compõem uma colecção, hás sempre uma quer seja pelo seu valor monetário ou sentimental, o coleccionador considera como sendo a sua Jóia da Coroa. Pode-se definir como aquela que em caso de incêndio é a primeira a ser salva. A minha chegou esta semana pelo correio.

Chama-se “Aventuras do Homem-Aranha” e é uma colecção de 44 revistas, no formato 165x235, publicadas entre 1978 e 1981 pela saudosa Agência Portuguesa de Revistas. As histórias são do período “bronze age of comic books”, quando as aventuras do Homem-Aranha tinham conteúdo e estavam a anos-luz das porcarias que actualmente se publicam, como por exemplo, “The Other” ou “Civil War”.

Lembro-me de ter lido relido centenas de vezes estas revistas quando tinha 7, 8 anos de idade. Posso dizer que o meu fascínio pela banda desenhada começou aqui e pelo Homem-Aranha também. Agora, passados 28 anos, e após muita procura, recupero esta colecção, que se já se encontra orgulhosamente arrumada na prateleira central da minha estante. E o preço que paguei? Bem, o problema do dinheiro não é quando se gasta em gajas, copos ou bd; é quando se gasta de forma estúpida!

E com esta colecção fecho a loja. Possuo todas as colecções do Homem-Aranha publicadas em Portugal até à data, com excepção das publicadas pela Abril/Controljornal.

E você caro leitor qual é a sua Jóia da Coroa?

24 setembro, 2006

O regresso de Michel Vaillant

Durante todas as Segundas-Feiras do próximo mês de Outubro, o semanário AutoSport vai publicar cinco novos álbuns das aventuras de Michel Vaillant, famoso herói da banda desenhada franco-belga, criado em 1957, por Jean Graton. Assim, de 2 a 30 de Outubro, com o jornal, cada álbum custará a módica quantia de € 4,90.

O AutoSport repete-se mais uma vez esta excelente iniciativa, cuja mais-valia para os leitores portugueses, para além do preço é o facto de serem publicações inéditas em Portugal.


Os títulos, com as respectivas datas de publicação, são os seguintes:

- 2 Outubro - A PISTA DE JADE
- 9 Outubro - PADDOCK
- 16 Outubro - O SPONSOR
- 23 Outubro - 1000.000.000$ PARA STEVE WARSON
- 30 Outubro - POR DAVID

19 setembro, 2006

Álbum do Fantasma

Alguns dias depois de aqui ter escrito sobre o Fantasma, tive a sorte de comprar num leilão on-line, um álbum (ver imagem) que relata a infância do herói (argumento de Lee Falk e desenhos de Wilson McCoy). A história que nos mostra a educação do Fantasma e o seu primeiro encontro com Diana Palmer, embora cronologicamente seja a primeira aventura do Fantasma, é narrada no presente, em jeito de flash-back.

O álbum, cartonado com a capa plastificada, é uma edição brasileira datada de 1979, da editora Brasil-América (EBAL), sendo o primeiro de uma colecção de cinco números,.

Os restantes quatro reproduzem a primeira história publicada originalmente em 1936, intitulada “Os Piratas Singh” (“The Singh Brotherhood” no original).

Uma excelente colecção, até porque cá em Portugal não se edita nada disto. Altamente recomendável !

Posteriormente, uma volta por alguns alfarrabistas de Lisboa e ainda consegui arranjar os n.ºs 2 e 3, ficando-me a faltar os n.ºs 4 e 5 para completar a colecção. Se porventura algum leitor estiver interessado em vender, deste lado há alguem interessado em comprar. O contacto pode ser feito para a caixa de notas, no topo da coluna aqui ao lado.

Álbum do Fantasma

Alguns dias depois de aqui ter escrito sobre o Fantasma, tive a sorte de comprar num leilão on-line, um álbum (ver imagem) que relata a infância do herói (argumento de Lee Falk e desenhos de Wilson McCoy). A história que nos mostra a educação do Fantasma e o seu primeiro encontro com Diana Palmer, embora cronologicamente seja a primeira aventura do Fantasma, é narrada no presente, em jeito de flash-back.

O álbum, cartonado com a capa plastificada, é uma edição brasileira datada de 1979, da editora Brasil-América (EBAL), sendo o primeiro de uma colecção de cinco números,.

Os restantes quatro reproduzem a primeira história publicada originalmente em 1936, intitulada “Os Piratas Singh” (“The Singh Brotherhood” no original).

Uma excelente colecção, até porque cá em Portugal não se edita nada disto. Altamente recomendável !

Posteriormente, uma volta por alguns alfarrabistas de Lisboa e ainda consegui arranjar os n.ºs 2 e 3, ficando-me a faltar os n.ºs 4 e 5 para completar a colecção. Se porventura algum leitor estiver interessado em vender, deste lado há alguem interessado em comprar. O contacto pode ser feito para a caixa de notas, no topo da coluna aqui ao lado.

DVD "V de Vingança"

Já se encontra disponível em dvd, o filme “V de Vingança”, a adaptação da graphic novel “V for Vendetta” de Alan Moore (argumento) e David Lloyd (desenho), realizado por James Mcteigue, com Natalie Portman/”Evey” e Hugo Weaving/”V” nos principais papéis.
Como todas as adaptações de bd para o cinema, também esta sofre da dificuldade em se manter fiel à matriz original. No entanto, o argumento, apesar de condensar a história, consegue manter toda carga subversiva que transpira do livro, conservando assim a identidade da obra original, o que cria um filme que vale por si só.

A história de um misterioso mascarado que tenta tentar abolir um regime totalitário é visualmente espectacular, ou não fossem os argumentistas, os irmãos Wachowski (da trilogia Matrix). Com uma boa realização e excelentes interpretações, o filme funciona como um despertar para a obra de Alan Moore.

No mercado nacional, foram lançadas três edições, a normal, uma especial e uma de coleccionador, com preços que variam entre € 19,95 e € 26,95 (na FNAC, passe a publicidade). A edição de coleccionador (deluxe) vem com dois discos numa caixa metálica, sendo um deles só de extras, acompanhada de um pequeno comic book com os primeiros nove capítulos da história.

Não obstante o preço (sempre elevado), é daquelas adaptações de bd que não envergonham, o que o torna um filme obrigatório na videoteca de qualquer bedéfilo que se preze.

12 setembro, 2006

O Estado da BD

Chegado ao centésimo post do blogue, resolvo fazer uma breve análise sobre o estado da BD em Portugal. Na minha condição de bedéfilo comprador, leitor e coleccionador, defino numa única palavra: DESOLADOR!

Em termos gerais, não há grandes novidades nas bancas (para mim a grande excepção foi a excelente surpresa com o regresso de Blueberry), há poucas séries novas, abundam as reedições e as séries descontinuadas. Com lançamentos regulares, apenas existe UMA editora em Portugal, a ASA, o que apesar de insuficiente é meritório, até porque este género de publicação nem é o seu principal negócio. Em termos de números de lançamentos, fala-se num decréscimo de 65% quando comparado com o ano de 2005. Depois soma-se meia-dúzia de revistas marginais, que já se sabe de vida curta, até porque também não há apoios oficiais e o temos o BDjornal, agora em versão renovada e com a aposta na divulgação de autores portugueses mas sempre dependente dos números das vendas. E é tudo. E assim vai o mercado português.

A verdade é que a BD vive também debaixo do estigma de ser uma forma de expressão marginal. A sua falta de classificação como “cultura”, impede-a se calhar de estar na linha da frente, ao lado de outras formas de expressão cultural, na altura de receber apoios do Estado. Aqui estamos com um problema de mentalidades!

Um leitor deste blogue comentou um dia que "nunca tinha visto nenhum editor de BD preocupado em saber o perfil do leitor de BD português”. O problema e se calhar a solução também passam por aqui. As consequências são óbvias, por se editar pouco em Portugal, edita-se mal e o resultado traduz-se na dificuldade em conquistar e (re)conquistar leitores. E não há festivais de BD que valham! E aqui continuamos com um problema de mentalidades!

A quase um mês de distância do FIBDA’2006, surgem rumores que este festival possa marcar um ponto de viragem neste marasmo bedéfilo em que vivemos. Vamos esperar para ver as surpresas, que começam logo pela nova localização. Mas verdade seja dita, pior que a escola Intercultural ou a estação de metro da Falagueira, deve ser difícil. Depois, ao nível das editoras, parece que a PANINI (agora com Maurício de Sousa) vai-se mostrar e a DEVIR vai aproveitar para um segundo fôlego. Esperemos que seja um longo fôlego e de preferência sem os erros do passado. Fala-se na edição da “A Agência de Viagens Lemming” ou o 6º volume de “A Pior Banda do Mundo”, ambos de José Carlos Fernandes, o que me parece bem até porque o JCF é uma aposta ganha (opinião pessoal).

Em termos de organização de festival, apesar do debate, aqui não deve haver surpresas, até porque os editores há muito que andam arredados destas organizações. Apesar de tudo e como sempre (tonto!) mantenho as minhas expectativas altas, mas não elevadas (até porque já se sabe quanto mais alto se sobe….).

Só me resta desejar que estes últimos quatro meses de 2006 sejam bastante mais produtivo em termos qualitativos e quantitativos e que tudo aconteça durante o FIBDA. E já agora tambem desejo uma mudança de mentalidades em Portugal.

Saudações bedéfilas


PS: entretanto por estes dias, este blogue recebeu a sua visita 10.000. Um redondo número que fica associado a um leitor oriundo de Cabo Verde. A partir de agora o contador das visitas passa a marcar cinco dígitos.

26 agosto, 2006

FIBDA'2006 (4)

O FIBDA já abriu as inscrições para os concursos de banda desenhada e de cartoon da edição deste ano. O tema definido para os concursos é: "Um Olhar sobre o Resto do Mundo", tendo em conta que o tema deste ano do FIBDA "17 Graus Periféricos e o Resto do Mundo" quer dar a conhecer autores inéditos ou pouco conhecidos na Europa.
Quer para o concurso de banda desenhada quer para o de cartoon, o prazo limite de entrega dos trabalhos é o dia 25 de Setembro. No final desse mês, o júri reúne para efectuar a pré-selecção, decidir e ordenar os trabalhos premiados.

Para o concurso de BD, as normas de participação definem dois escalões etários: dos 17 aos 30 anos, escalão A e dos 12 aos 16 anos, escalão B. Para o concurso de Cartoon, apenas está definido um escalão, entre os 16 e os 30 anos.

Para que possa ler e imprimir as normas de participação, clique aqui.

20 agosto, 2006

As minhas BD preferidas #7: Fantasma

De volta aos clássicos, desta vez para falar de uma das mais extraordinárias bandas desenhadas que conheço. O Fantasma, criação imortal do autor americano Lee Falk (1911-1999), foi uma personagem inovadora, por ter sido o primeiro herói a apresentar-se com uma identidade secreta, inaugurando assim a longa tradição na bd americana dos heróis mascarados. A história do Fantasma é, na realidade, a saga de uma família, que de geração em geração, através de um juramento (da caveira), renova a promessa de dedicar a sua vida a combater o mal.

Esta estrutura delineada pelo autor, conseguia dar profundidade à personagem, permitindo explorar várias facetas do Fantasma, ao variar a acção e a época das histórias, sendo o leitor, por vezes, “transportado” alguns séculos atrás para acompanhar as aventuras de um outro Fantasma de uma outra geração. A renovação da personagem, através da sua sucessão, para além de humaniza-la permite evitar aqueles desfasamentos temporais tão característicos dos heróis modernos. O Fantasma vive e morre no seu tempo mas ao mesmo tempo é imortal, porque alguém tomará sempre o seu lugar. Nas histórias, a ideia da imortalidade está vincada sob a forma de lendas de “O Espírito-Que-Anda” ou o "Homem-que-nunca-morre" que é sussurrada e provoca terror nos adversários.

O ambiente natural do Fantasma é a região selvagem onde vive. Aqui desenrola-se a maior parte das suas aventuras. No coração da selva, vive numa gruta em forma de caveira. Numa das salas guarda os registos escritos em forma de crónicas das várias gerações e noutra, a sala do Tesouro, encontra-se cheia objectos históricos recolhidos ao longo dos tempos por vários Fantasmas. Depois, existem ainda lugares exóticos como a espantosa praia dourada de Keela Wee com as suas areias de ouro ou a extraordinária Ilha de Éden, onde animais selvagens convivem amistosamente com monstros pré-históricos.
O Fantasma é também o Comandante da Patrulha da Selva, um corpo policial criado por um dos primeiros Fantasma, que tem como missão assegurar a Lei e Ordem na selva, sendo normal a intervenção destes nas histórias. Curiosamente o elemento “civilização” encontra-se muitas vezes ausente, ficando mesmo inexpressivo na narrativa, mesmo quando a acção se desloca para a cidade. Geralmente quando viaja, o Fantasma age de forma anónima, usando sempre uma gabardina, óculos escuros e chapéu.

Rezam as crónicas que o primeiro Fantasma foi Sir Christopher Standish, filho de um antigo marinheiro da frota de Cristóvão Colombo. No século XVI, numa das viagens, o navio que o seu pai era comandante, foi atacado por piratas Singh ao largo da costa de Bengala, país imaginário situado algures no continente africano, sendo o jovem Kit (diminutivo de Christopher) o único sobrevivente. Socorrido pelos pigmeus Bandar da selva africana, faz pela primeira vez o juramento, sobre a caveira do assassino de seu pai, dando assim origem à linhagem do Fantasma. Desde então, os habitantes da selva (excepto os pigmeus Bandar) acreditam que ele seja eterno, quando na verdade o actual Fantasma pertence à 21º geração.

Além da máscara, que nunca tira, e do trajo (curiosamente, o seu autor tinha previsto um trajo cinzento, mas quando a primeira edição a cores foi impressa, em 1939, por problemas na gráfica, a cor que saiu foi roxa, e assim foi mantida), Lee Falk dotou este herói de outros símbolos. O símbolo do Fantasma é uma caveira. Para além da já referida gruta da caveira, usa na sua mão direita o anel da caveira ou a marca do mal, utilizado frequentemente para marcar a face dos seus inimigos, quando utiliza os punhos; na mão esquerda, usa outro anel, cujo símbolo significa a marca do bem, que garante a quem usar que estará sempre sob sua protecção.

Propriedade da King Features Syndicate, o Fantasma fez a sua estreia a 17 de Fevereiro de 1936, com a história The Singh Brotherhood, nas páginas do “New York American Journal”, sendo o seu primeiro desenhador Ray Moore (1905-1984). Mais tarde, este foi substituído por Wilson McCoy (1902-1961) e, a partir de 1963, foi Sy Barry quem se encarregou dos desenhos durante cerca de três décadas. Mais recentemente, foi um seu assistente, George Olesen, que tomou conta dos desenhos, bem como Graham Nolan. De referir, que foi o próprio Lee Falk que ao longo de sessenta anos ininterruptos se encarregou de escrever os argumentos das histórias, ostentando por isso o título de autor de banda desenhada com maior longevidade.

Actualmente, através da King Features, continuam a ser publicadas tiras diárias em jornais de todo o mundo, as aventuras do 21º Fantasma, que é casado com Diana Palmer, funcionária da ONU, e pai de um casal de gémeos, Kit e Eloise. Em formato comic, a editora americana Moonstone publica um título regular desta personagem, “The Phantom”, que não tem qualquer ligação com as tiras publicadas nos jornais.

O FANTASMA EM PORTUGAL

Ao longo dos anos, o Fantasma surgiu em inúmeras publicações e reedições nos Estados Unidos e noutros países, incluindo o Brasil, onde foi publicado em revista própria durante longos anos. No nosso país, foi principalmente no saudoso Mundo de Aventuras que o divulgou e popularizou, havendo no entanto outras publicações (ex: Selecções do Mundo de Aventuras) que também publicaram histórias soltas deste herói. Infelizmente, não há registo de qualquer título de carácter regular inteiramente dedicado ao Fantasma.

No ano em se comemora os 70 anos da sua primeira publicação, a editora brasileira Opera Graphica aproveitou para lançar uma edição comemorativa, "O Fantasma - Sempre aos Domingos", que reúne todas as histórias do Fantasma escritas por Lee Falk e desenhadas por Ray Moore, que foram publicadas originalmente entre Maio de 1939 e Outubro de 1942, cuja capa reproduzo aqui ao lado. Um autêntico tesouro!

Pena é que as editoras portuguesas andem distraídas!



Sites relacionados:
- Fantasma News (Brasil)
- Os Amigos do Fantasma (EUA)

Consultas efectuadas:
- post “The Phantom, O Fantasma” no blogue MANIA DOS QUADRADINHOS
- “Mandrake & Fantasma” na colecção OS CLASSICOS DA BANDA DESENHADA
- “Fantasma (banda desenhada)" na Wikipédia.org

14 agosto, 2006

Site (oficial) "The Dark Knight"

Photobucket - Video and Image Hosting

O regresso de Batman ao cinema, depois de “Batman Begins”, começa a tomar forma. O novo filme “The Dark Knight”, realizado por Christopher Nolan, marca o regresso de uma das mais espantosas personagens do universo Batman e um dos seus piores inimigos, o Joker, interpretado pelo actor Heath Ledger. Agora foi disponibilizado aquele que aparenta ser o site oficial do filme. Por agora apenas podemos visualizar o emblema do morcego sobre um fundo negro. O filme tem estreia agendada para 2008.

11 agosto, 2006

FIBDA’2006 (3)

Maurício de Sousa, o mais conhecido autor de banda desenhada brasileiro, que recentemente se mudou de “armas e bagagens” para a PANINI, editora que ganhou assim a exclusividade para Portugal e Brasil (a partir de 1 de Janeiro de 2007) das revistas da TURMA da MÓNICA, é um dos autores cuja presença já está confirmada para a edição deste ano do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Depois da sua passagem pelo Festival em 2003, Maurício de Sousa certamente não deixará de aproveitar esta ocasião para nos apresentar a sua nova personagem, o Ronaldinho, inspirada no famoso jogador do Barcelona, com o mesmo nome.


Ler também:
- FIBDA’2006 (2)
- FIBDA’2006 (1)

Cinema: "Super-Homem: O Regresso"

Em “Superman Returns” o sabor da frustração começa logo com as cores do novo uniforme do Super-Homem. O vermelho dá lugar a um bordeuax, que visualmente desbota. Há cores que não se mudam. Depois temos um argumento fraco, básico, sem desenvolvimento e por vezes sem nexo, cheio de personagens secundárias inúteis (Martha Kent, Jimmy Olsen ou Richard White) e nem os salpicos de uns bons efeitos especiais se mostram suficientes para justificar a expectativa que este “regresso” criou. Três ou quatro bons momentos no filme não são suficientes. Aliás nem se percebe porque que o filme tem a duração de duas horas e meia, quando não afinal não há muita história para contar. Está bem que houve a necessidade de recuperar o herói e criar condições para as sequelas, mas também é verdade que Bryan Singer já nos habituou a muito melhor e tinha a “obrigação” de cumprir. Afinal tem o talento, havia os meios e o Super-Homem tinha o potencial. Infelizmente falhou. Ao nível dos actores principais cumpririam com o exigido, tendo pessoalmente gostado da interpretação de Kevin Spacey como Lex Luthor. Mas isto sou eu que sempre gostei dos vilões.

Recomendo apenas a fans do Super-Herói (o que manifestamente não é o meu caso).

As minhas estrelas: 2 em 5

Posters de 300

Aqui estão os primeiros posters promocionais do filme «300», uma adaptação da magnífica obra de banda desenhada da autoria de Frank Miller, que se encontra publicada em Portugal, numa edição da Norma Editorial e que foi vencedora do prémio para o «Melhor Desenho Estrangeiro» na última edição dos Troféus Central Comics.
 
Site oficial do filme [link] 
 

09 agosto, 2006

O Regresso do Super-Homem

Chegado o mês de Agosto, torna-se normal a ausência de novidades em matéria de banda desenhada, pelo que a principal noticia nos tempos que correm, é mesmo o regresso do Super-Homem .....mas no cinema.

Apesar de, pessoalmente, não ser grande entusiasta deste super-herói, estou bastante curioso em relação ao novo filme, intitulado “Superman Returns” (no seu titulo original), não só por se tratar da adptação de uma banda desenhada mas também devido à sua longa ausência dos cinemas e por ser realizado pelo excelente Bryan Singer (o realizador de “X-Men” e “X2”).

Em termos cronológicos, esta nova aventura, encaixa-se depois do “Superman 2 – A Aventura Continua”, uma vez que o realizador optou, e na minha opinião muito bem, por recuperar o espírito dos dois primeiros filmes da saga, “Superman” (1978) e o referido “Superman 2” (1980), ambos realizados por Richard Donner e ignorar positivamente os restantes (3 e 4), de cujos títulos já nem me recordo.

De forma resumida, a história do filme conta o regresso do Super-Homem (Brandon Routh) à Terra, depois de uma ausência de vários anos. Lois Lane (Kate Bosworth) entretanto casou e Lex Luthor (Kevin Spacey) saído da prisão, aproveita para preparar (mais um plano) para destruir o seu arqui-inimigo. O habitual nos (re)lançamentos. Não alterar muito a fórmula original. Para os interessados aqui fica o link do site oficial do filme.

Para além de todo o marketing associado ao filme, a DC Comics aproveitou a ocasião para fazer o lançamento de quatro edições especiais "Superman Returns" (uma por personagem), escritas por Bryan Singer, que servem de lançamento do filme, e basicamente fazem a ligação entre o final de “Super-Homem 2” e o este novo filme, contando ao que se passou durante a ausência do Super-Homem. “Krypton to Earth”, “Ma Kent”, “Lex Luthor” e “Lois Lane” são os títulos desta colecção, existindo ainda uma "quinta edição", totalmente digital, que pode ser lida aqui.

O filme tem feito uma boa bilheteira no box-offce americano, com ganhos no valor de 190 milhões de dólares, em seis semanas de exibição, sendo o filme do Super-Homem com maior sucesso, ocupando actualmente a 8ª posição no top das adaptações de banda desenhada mais rentáveis de sempre (fonte box-office Mojo). Já se fala numa sequela para 2009.

Estreia em Portugal na próxima Quinta-Feira, 10 de Agosto.

31 julho, 2006

1º Aniversário

Faz hoje um ano que iniciei este blogue. Move-me o gosto pela Banda Desenhada. É este um dos propósitos deste blogue, contribuir para a sua divulgação, dar a conhecer novos mundos ao Mundo.

Um ano depois, o saldo é bastante positivo. Não só pelo número de visitas mas tambem pelos "feedbacks". Apesar de não ter quaisquer objectivos estabelecidos ou metas a alcançar, “alimentar” este blogue não deixou de ser uma experiência bastante gratificante, pelo que estes últimos 365 dias, apesar de trabalhosos, foram bastante frutuosos, que serviram para dar e também para receber. Assim, a todos os leitores que por aqui vão passando, OBRIGADO pelo vosso tempo.

Da minha parte, prometo continuar a "trabalhar"!

Que a Banda Desenhada em Portugal nunca se perca!

Saudações bedéfilas

O Mundo Lusitano das HQ's

Do outro lado do Oceano, Sónia Luyten, investigadora e autora brasileira que resolveu fazer o caminho inverso de Cabral e descobrir o que está por detrás do mundo lusitano das HQs. Publicou um interessante artigo sobre a "nossa" banda desenhada, que eu tomo a liberdade de o republicar aqui.
 

Portugal: das histórias aos quadradinhos às bandas desenhadas 

Por Sonia M. Bibe Luyten

No Brasil, falamos o idioma português. Também herdamos boa parte da cultura que Portugal trouxe após o descobrimento. Mas, em matéria de histórias em quadrinhos… mal nos conhecemos. Os fãs de HQ sabem mais sobre o Yellow Kid do que a respeito das Aventuras Sentimentais e Dramáticas do Senhor Simplício Baptista, publicado em 1850, muito antes do seu par norte-americano, em 1896.

As histórias aos quadradinhos ou bandas desenhadas portuguesas possuem uma riqueza e abundância de histórias e autores e uma bibliografia especializada no assunto tão grande, que é de fazer inveja para qualquer um que se dedique ao assunto. Por isso, em dois (ou mais) capítulos vamos fazer o caminho inverso de Cabral e descobrir o que está por detrás do mundo lusitano das HQs.

Dos pioneiros de 1850 aos artistas maduros da década de 1940

A produção das histórias aos quadradinhos, como eram denominadas em Portugal em seu primeiro século de existência, começa em 1850, com a publicação da primeira história de Aventuras Sentimentaes e Dramáticas do Senhor Simplício Baptista, assinada por Flora, provavelmente o pseudônimo de Antônio Nogueira da Silva, um dos mais importantes caricaturistas desta época.

Esta história em seqüência de quatro vinhetas, ou em tiras de duas vinhetas, apareceu no número 18 da Revista Popular, no dia 3 de agosto de 1850, atingindo todos os requisitos para se considerar uma HQ. 

No entanto, o maior artista gráfico português do século XIX e início do XX foi Raphael Bordallo Pinheiro (1846 – 1905). Ele pintou e bordou como ninguém em sua época. Chegou até a passar uma temporada no Brasil e, em 1875, tornou-se grande amigo de Angelo Agostini, o nosso grande pioneiro das HQs, com as Aventuras de Nhô Quim, em 1869. 

Raphael Bordallo, além de ilustrações, caricaturas, desenhos e quadrinhos, tinha também uma fábrica de cerâmica e seus artefatos neste campo ficaram tão famosos quanto suas obras gráficas. Entre 1870 e 71, ele iniciou sua revolução na ilustração gráfica portuguesa nas revistas A Berlinda e O Binóculo.

Já em 1872, ele transpôs as fronteiras com seu álbum Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem do Imperador Rasilb pela Europa. “Rasilb” é um anagrama de “Brasil” e o personagem principal era o próprio Imperador Dom Pedro II, que passou parte considerável de seu longo reinado viajando pelo mundo, o que o tornou um alvo de chacota do artista português, liberal e anti-monarquista.

Ao lado de Eça de Queirós, Raphael Bordallo Pinheiro foi uma das grandes figuras da famosa “Geração de Setenta” (anos 70 do século XIX), que é considerada a grande criadora de caricaturas nacionais. Da criatividade de Eça surgiu o famoso Conselheiro Acácio; e de Raphael, o Zé Povinho, criado nas páginas da revista Lanterna Mágica, em 1874, e que tornou-se o maior acontecimento de toda a produção satírica portuguesa.

O Zé Povinho, até hoje, é um personagem emblemático, uma representação simbólica – ainda que caricatural – da personalidade lusa, desde o século XIX até os dias atuais. Só a respeito de Raphael Bordallo, foram publicados inúmeros livros e artigos; e sua contribuição para as artes gráficas encanta até hoje. Os quadrinhos portugueses foram muito precoces também no segmento infantil, com publicações como O Amigo da Infância, editada pela Igreja Evangélica Portuguesa, de 1874 a 1840; e Recreio Infantil, de 1874 a 1876.

Outras revistas para crianças foram: Jornal da Infância (1883), O Gafanhoto (1903). Aliás, neste último caso, o personagem homônimo, que deu nome à revista, tornou-se o primeiro grande herói dos quadrinhos infantis portugueses.

Por outro lado, no mesmo período, também já apareciam quadrinhos eróticos como A Chacota (1882) e O Pimpão (1879). O período que vai de 1910 a 1940 é considerado a era artística do quadrinho português. Isso quer dizer que as produções do gênero eram fruto de um trabalho individual aprimorado. Como grande exemplo destes tempos, citamos Stuart Carvalhais (1887 – 1961). Ele é considerado o verdadeiro criador dos quadrinhos portugueses quando publica, em 1915, a história de Quim e Manecas, na revista Século Comico.

Tratam-se das peripécias de dois malandros, tipicamente anarquistas juvenis; e seu aparecimento coincide com a mudança política do autor, quando abandona seus ideais monarquistas e passa a apoiar a república. Stuart Carvalhais era polivalente. Trabalhou em todos os setores de artes gráficas e, na área de quadrinhos, em praticamente todas as revistas e jornais de sua época.

Na década de 1920, aparece uma revista decisiva no cenário português, o ABC-zinho. Lançada por Stuart Carvalhais, contou com a preciosa colaboração de Cotinelli Telmo (1897 – 1948) e virou uma referência obrigatória para todos os que se interessam pelo quadrinho lusitano. Ainda mais influente do que o ABC-zinho foi O Mosquito, criado em 1936, e que durou até 1977. Nesta revista colaborou uma plêiade de grandes artistas, como Eduardo Teixeira Coelho (E.T.Coelho), José Garcez e Jayme Cortez.

A vez do público juvenil

O sucesso da revista infantil ABC-zinho fez ver aos editores a viabilidade de uma imprensa periódica juvenil. E, entre as décadas de 1920 e 1930, inúmeros títulos, uns duradouros, outros não, chegavam às mãos da moçada lusitana. Revistas como O Carlitos, O Senhor Doutor, e suplementos encartados nos jornais como Có-Có-Ró-Có (do Diário de Notícias) e Tic-Tac, eram publicadas em diversas cidades de Portugal, trazendo os maiores desenhistas deste período.

Além disso, nos anos compreendidos entre as duas Grandes Guerras, os próprios portugueses diziam que houve tanta proliferação de revistas humorísticas, quanto o número de tendências e partidos políticos. Na década de 1930, aparece a revista O Papagaio, da imprensa católica infantil, por onde passaram outros bons nomes do desenho, como Tom (um carioca que imigrou para Portugal aos 20 anos), José de Lemos, Júlio Resende, Arcindo Madeira e muitos outros.

Houve ainda dois acontecimentos que fizeram com que a produção de quadrinhos portugueses tomasse um rumo ainda mais firme. O primeiro foi durante a Segunda Guerra Mundial, na qual Portugal manteve neutralidade absoluta, mas proibiu a publicação de quadrinhos estrangeiros. Desta maneira, o país se manteve livre da avassaladora influência norte-americana, o que motivou o aparecimento de novos artistas e séries e difundiram hábitos de leitura.

Logo depois da vitória dos aliados, com o fortalecimento da ditadura salazarista, aprovou-se uma lei exigindo que 75% das histórias em quadrinhos publicadas fossem de origem portuguesa. Dessa maneira, não é preciso perguntar por que as histórias aos quadradinhos tiveram tanta força em Portugal, apesar da censura. Aliás, sabemos nós, aqui no Brasil, que a censura política aguça ainda mais o espírito criador dos artistas.

Mas nem todos os desenhistas sentiam-se muito felizes com o regime ditatorial, e um dos mais importantes deles, Jayme Cortez, resolveu imigrar para o Brasil, em 1947. Aqui, ele se tornou um grande mestre para muitos artistas brasileiros e trabalhou em diversos órgãos, além de dar assistência para jovens da época como Mauricio de Sousa. Juntamente com Jayme Cortez veremos um grupo de desenhistas como Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento, António Barata, José Rodrigues Neves, José Ruy, José Garcês e Vítor Péon, que consolidaram os quadrinhos em Portugal. O peso deles é tão forte, que a “Escola Portuguesa” das HQs começa aí.

 

27 julho, 2006

Licenciatura em BD

A Escola Superior de Artes do Porto - ESAP Guimarães resolveu criar uma inédita Licenciatura em Artes BD/Ilustração. Segundo os objectivo do curso, “os diplomados com esta Licenciatura estarão habilitados para a criação, quer por iniciativa própria quer por solicitação profissional de trabalhos na área da Banda Desenhada e da Ilustração nas suas várias vertentes (comercial, publicidade, científica, artística, centrada em públicos amplos ou específicos, criando conteúdos originais ou adaptando material prévio), e ainda a serem capazes de relacionar a sua produção efectiva com o mercado existente”. Para os interessados, mais informações podem ser obtidas através do site da escola em www.esap-gmr.com

24 julho, 2006

Leitura: Mister Blueberry - Dust

Três anos após o último álbum publicado em Portugal pela extinta Meribérica, Blueberry está de regresso ao mercado nacional. O novo álbum, “Dust”, agora sob a chancela da editora ASA, constitui o 28º título (devidamente assinalado na lombada) da série.

Escrito e desenhado por Jean Giraud, este álbum vem encerrar o ciclo “Mister Blueberry” (ver “Mister Blueberry”, “Sombras sobre Tombstone”, “Gerónimo, O Apache” e “OK Corral”). A acção desenrola-se em Outubro de 1881, na cidade de Tombstone, onde encontramos Blueberry a recuperar dos graves ferimentos que sofreu após ter sido alvejado pelas costas (ver álbum "Mister Blueberry"). O relato final das suas histórias ao escritor Campbell, incluindo o episódio que dá o nome ao álbum, bem como as situações que se desenrolam nos intervalos desta narrativa, confirmam a singular natureza deste herói. Entretanto, toda a sucessão de acontecimentos e histórias desencontradas ocorridas anteriormente têm agora aqui o seu desenlace final. O autor, com mestria, aproveitou e soube enquadrar na trama, o histórico duelo em "OK Corral", que opôs os irmãos Earp/Doc Holliday aos irmãos Clanton/McLaury, melhorando um argumento que por si só já é rico por natureza, tal as histórias e a singularidade das suas personagens. No final, assistimos ao renascimento de Blueberry, “teso mas vivo”, nas suas palavras, e preparado para novas aventuras.

Toda a narrativa de “Dust” encontra-se bem estruturada, que conjugada com a perfeição do desenho consegue transmitir uma sensação de movimento ao leitor, que facilmente o cativa, no entanto, não posso deixar de recomendar uma leitura prévia dos álbuns que o antecedem para um refrescar de memória e/ou melhor entendimento da história. Aconselho os saldos da FNAC, onde se podem comprar os álbuns anteriores com preço a partir de €2,90.

Dust” marca o regresso de uma excelente BD ao mercado nacional, e quando se trata provavelmente do melhor "western" em banda desenhada do mundo (desculpem a minha parcialidade), a recomendação que deixo é que é de LEITURA OBRIGATÓRIA. Por todos os motivos, considero-a a edição do ano!

A minha nota:

Edição: ASA, 1º edição de Maio de 2006.

22 julho, 2006

FIBDA’2006 (2)

Depois de escolhido o tema para a edição deste ano, chegou agora a vez das instalações. Assim, após dois anos na estação de Metro da Falagueira, local que não deixa saudades, a 17ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, a decorrer entre os dias 20 de Outubro e 5 de Novembro, vai mudar mais uma vez de casa, transferindo-se para o novo Fórum Luís de Camões, localizado na freguesia da Brandoa.
Depois da Fábrica da Cultura, da Escola Intercultural e da estação do Metro da Falagueira, esperemos que seja desta que o FIBDA encontre umas instalações que dignifiquem o evento. Para confirmar em Outubro.

Ler também FIBDA’2006 (1).