06 setembro, 2018

Começa hoje a COMIC CON PORTUGAL 2018


É já daqui a algumas horas que abrem hoje as portas da 5ª edição da COMIC CON PORTUGAL, que pela primeira vez na sua história realiza-se a sul. A transferência fez-se de Matosinhos para Algés. Confesso o meu agrado e vou (voltar a) marcar presença. O Passeio Marítimo de Algés não seria o sitio que apostasse para a realização de um evento desta natureza, que funcionou sempre dentro de quatro paredes. Mas Oeiras ganhou a Lisboa. Há alguma espectativa para a forma de como funcionará e como será recebido pelas diferentes «tribos».

O sitio oficial da Comic Con já apresenta o programa completo para os 4 dias. Na Google Play Store é possível descarregar a app «Comic Con» para telemóveis. Já o fiz e recomendo. Toda a informação ao alcance de um dedo.

A parte do festival que nos interessa, a bedéfila, sabemos já que funcionará no chamado Auditório Utupia e nos vários stands das editoras nacionais.

O painel de autores estrangeiros convidados, diria que é interessante. É certo que a «super-estrela» Maurício de Sousa captará grande parte das atenções. Não posso deixar de destacar a presença nos quatro dias do festival, das autoras, Marjorie Liu e Sana Takeda, que com o seu Monstress arrecadaram cinco prémios Eisner Awards 2018. Miguelanxo Prado, um dos últimos nomes a ser confirmados, é um dos autores que desejo conhecer, até porque nunca tive oportunidade apesar das suas múltiplas visitas a Portugal. Somo David Rúbin, Iouri Jigounov e Tony Sandoval para os autógrafos.

Quanto aos autores portugueses, estarão bem representados no chamado Artists' Alley. Faço aqui uma chamada de atenção para a Joana Afonso, que fará o pré-lançamento do seu novo livro, ZAHAN, numa edição da Polvo. E falando aqui de editoras, a G.FLOY terá o lançamento de duas novidades, SAGA 8 e OUTCAST 4.

No Sábado, dia 8, serão divulgados os vencedores do prémios GALARDÕES DA BD.

Conto nos próximos dias, aqui e na página do grupo BANDA DESENHADA PORTUGAL ir dando nota dos vários motivos de interesse da CCPT.

Até já!

3 comentários:

Antonio disse...

Caríssimo,
sou da opinião que uma verdadeira feira de BD seja espaço, por inerência e, neste caso, por denominação, um verdadeiro espaço de divulgação e promoção de autores, editores e, de uma forma geral, da 9º ARTE. O modelo desta ComicCon relega a BD para uma espaço secundário, perdida no meio de outras formas de "entretenimento", metendo tudo no mesmo saco, portanto um desserviço à mesma. Sendo um franchising, o principal moto deste evento é fazer negócio, o que por si não é condenável, mas compreende-se mal o valor pedido de entrada (€25 online até dia 5 de setembro e €35 agora) - isto tendo em conta as generosa contrapartidas financeiras públicas através da CMO. Espaço para editoras independentes e pequenos editores não existe... De resto deixe-me desejar-lhe boa visita - eu não marcarei presença...(e moro em Oeiras).

Nuno Neves disse...

Olá António! Posso-lhe adiantar que apesar de algum cepticismo inicial (tendas?) gostei bastante deste modelo Comic Con ao ar livre. Só para ter uma ideia, não obstante a vasta oferta de diferentes temáticas, nos dois dias que marquei presença no Passeio Maritimo de Algés, quase não sai do espaço denominado Comics Village. Entre conversas com amigos, autores, livreiros, sessões de autógrafos, não damos pelo tempo passar. A banda desenhada ganhou finalmente um espaço próprio dentro da Comic Con deixando de ser o "patinho feio". E posso dizer que o sentimento é geral pelas conversas que tive com vários intervenientes, nomeadamente autores e vendedores. Pode não marcar presença este ano, mas reserve lugar para o próximo ano. Garanto-lhe que vale a pena! Abraço

Antonio disse...

Caro Nuno, agradeço o seu comentário e registo o agrado da sua experiência. Posso estar a ser injusto mas, insisto, este modelo de ComicCon não dá suficiente ênfase à 9ª Arte - outras feiras similares (salvaguardando as devidas diferenças em termos de dimensão de mercado e realidades económicas) como por exemplo a CCXP de São Paulo e a ComicCon de Nova Iorque reservam bem mais de 40% da sua área só à 9ª Arte, com bastantes autores de 1º plano presentes. Espero sinceramente que, a continuar, a organização crie as condições para que a BD "cresça" em presença e assuma representatividade que merece. Abraço.