28 setembro, 2021

Lançamento GRADIVA: O Império, De Jesus a uma Igreja Imperial - Livro 1: A Génese

Lançado durante o mês passado para os escaparates das livrarias, o primeiro volume de «O Império», coma chancela da editora Gradiva, a primeira história política em banda desenhada da mais antiga instituição do mundo: a Igreja. 
 
Durante estes dois mil anos de história política, a Igreja e os papas transformaram e moldaram a nossa sociedade e cultura política. Algumas decisões de soberanos pontífices tomadas da Idade Média ou certas abordagens filosóficas e espirituais nascidas há mais de 1500 anos continuam em vigor e estruturam as nossas instituições políticas sem que o saibamos!

O autor, o sociólogo Olivier Bobineau, assume nesta história o papel de narrador principal, para ir contextualizando e explicando os vários significados das diferentes passagens do Evangelho e como a mensagem original de amor e tolerância do Jesus do Evangelho pôde inspirar simultaneamente as guerras religiosas e os mosteiros admiráveis que acolhiam os peregrinos, os pobres e os doentes; as Cruzadas sanguinárias e Francisco de Assis, que falava com os pássaros; o horror da Inquisição e o nascimento da universidade; a decadência dos papas Bórgias e os frescos de Miguel Ângelo.
 
Ficha técnica:
O Império, De Jesus a uma Igreja Imperial - Livro 1: A Génese
De Olivier Bobineau e Pascal Magnat
Capa cartonada, dimensões 28,8x21cm, 176 págs.
ISBN 978-989-785-006-6
PVP: € 15,00
Edição GRADIVA

6 comentários:

Antonio disse...

A Gradiva continua à deriva nas suas edições, com lançamentos vindos do nada, aleatórios e, aparentemente, sem sentido. Este “pára-quedas” surge de onde e qual o critério? A falta de curadoria e direção editorial é, lamento dizê-lo, confrangedora, assim como o é o infeliz “selo” da chancela BD. Haverá esperança?…

Ricardo Amaro disse...

Eu estou bem satisfeito com os lançamentos deles... Colecção dos mitos, dos exploradores, tango, alix, brazil, o guardião...

Nuno Neves disse...

Olá António, também partilho de sentimento que a editora anda a atirar em várias direcções, e nesse sentido alguns dos lançamentos parecem-me igualmente sem sentido, em destaque para estes que tendem a ser educativos. Confesso que desconheço se existem muitos leitores para este género de BD. Preferia que optassem por um catalogo mais sóbrio, até porque dispenso bem alguns títulos que a editora já trouxe. Até agora estou bastante agradado com as séries o Guardião, Tango, as colecções «Descobridores» e »Mitos» e ainda estou a dar o beneficio da dúvida ao Alix (ainda não me conquistou).

Quanto ao famigerado selo "Gradiva BD" penso que ele já foi suprimido. Esta edição do «Império» é de Agosto e no primeiro volume do Tango (de Setembro) já só surge ao nome da editora.

Antonio disse...

Boas Nuno, será difícil achar no meio desta aleatoridade de títulos um traço comum e objectivo perceptível. Da imensa miríade de títulos existentes em todo o mundo existiriam, concerteza, obras de qualidade ao alcançe da Gradiva, desde que devidamente pesquisadas, estudadas e fundamentadas, tendo mesmo uma perspectiva de bom desempenho comercial (se devidamente promovidas e divulgadas..) Por estas razões e outras, custa-me testemunhar este claro desempenho de falta de profissionalismo. Editar por editar parecem um exercício fútil e sem sentido, um mero desperdício de recursos humanos e financeiros dos quais, julgo, a Gradiva não terá em abundância. Esta observação é igualmente válida para outras editoras de Literatura (que não de BD...) que ultimamente têm "largado" no mercado títulos aleatórios, geralmente por via das correspondentes versões em prosa ("1984" é um exemplo...). O mercado da BD em Portugal, pela suas especificidades, necessita muitas e boas obras editadas com qualidade e coleções construídas com critério, princípio, meio e fim, bons planos editorais e de promoção. Julgo que não assim que vamos lá...****

Miguel Monteiro disse...

Boas! Também concordo com a deriva da Gradiva,... em vez de lançarem coisas aleatórias, bem que podiam dar continuação aos Mitos e os Exploradores, só pra citar alguns, pois já não editam nada destas coleções há bastante tempo.

Nuno disse...

António, concordo em absoluto com a sua análise sobre a Gradiva em particular e o mercado em geral. Como em qualquer negócio, e a edição da BD é também um negócio, o mesmo precisa de orientação, planeamento, de conhecimento do mercado, de ir ao encontro das expectativas dos consumidores (leia-se leitores). E aqui penso que a Gradiva anda à procura do seu público. Deitou mão a uma série de títulos, que ainda estavam disponíveis para o nosso mercado, e agora tenta identificar o leitor. O meu receio é que as más escolhas comprometam em definitivo as boas colecções que tem no seu catalogo. Já vi disto no passado.