07 setembro, 2023

Colecção BD Novela Gráfica VII - Vol. 2: Moby Dick - Parte Dois

Hoje nas bancas no segundo volume da colecção Novela Gráfica da LEVOIR, temos a segunda e conclusiva parte da adaptação para banda desenhada do conto de Herman Melville, MOBY DICK, assinada por Chabouté.

Não quero correr o risco de me repetir o que já escrevi anteriormente sobre a arte de Chabouté, talvez dos melhores autores actualmente na narrativa gráfica a preto e branco, um "Frank Miller francófono". Para quem não conhece recomendo fortemente, e este Moby Dick em dois volumes é uma excelente entrada para o universo visual deste autor.
 
MOBY DICK - Parte Dois
Prisioneiro da obsessão do seu comandante, o navio baleeiro Pequod continua a sua lenta e inexorável missão: localizar e matar Moby Dick, a terrível baleia branca. Moby Dick… um nome que soa como uma lenda perigosa. É um nome que enche de terror toda a tripulação e todos os baleeiros que se cruzaram com a enorme baleia. Consumido pela sua sede de vingança, o ódio de Ahab aproxima-o da loucura. De tal maneira que a tripulação do Pequod se interroga se o verdadeiro estará no mar ou a bordo do navio? 
 
Ficha técnica:
Moby Dick - Parte Dois
Colecção Novela Gráfica VII - Volume 2 (de 10)
Adaptação e desenho de Christophe Chabouté
Capa dura, Formato 190 x 280 mm, p/b, 144 páginas
PVP: € 13,90
Edição LEVOIR
 

3 comentários:

Antonio disse...

Boas Nuno, deixo como nota, a quem interessar, que o papel usado nestas edições, embora tenha ligeiramente maior gramagem (20 a 30 gr) em relação a outras edições recentes da Levoir, continua a ser de fraca qualidade. O belíssimo trabalho a negro de Chabouté merecia não só papel de melhor qualidade (um semi-brilhante) com pouca ou nenhuma transparência (150 gr ou superior), de forma a reproduzir arte a negro com a profundidade adequada. Fica assim uma obra retalhada em 2 volumes com um preço conjunto de quase €28, que poderia ser disponibilizada com este ou melhor valor por outra editora nacional, sem prejuízo do produto final. É tempo de repensar esta coleção....

Nuno disse...

Viva António, obrigado pelo feedback. Revejo-me nas suas opiniões no que toca ao cuidado e qualidade de edição de uma obra de BD. Por outro lado, penso que somos uma minoria. Gostaria que fosse imensa, mas tenho dúvidas. Aos restantes pouco importa se um Chabouté é impresso ou não num papel em que evidencie o contraste dramático entre o preto e o branco do seu traço; se as dimensões de um álbum são as adequadas para que o leitor possa desfrutar dos detalhes do desenho; se uma obra como “A Bomba” mereceu ter sido retalhada em dois volumes de capa mole, etc, etc…

Depois leio por aí que que tudo isto se aceita porque…. é o possível, que o papel não é assim tão importante, que o reduzido formato até se lê bem, que lá fora editou-se assim, que em capa mole é mais barato, etc, etc…

Continua por aí à venda uma obra em que falta uma página na história. Repito falta. A editora permanece calada. E praticamente toda a gente acha normal… porque o editor colocou um marcador a desafiar o leitor identificar o erro, porque as restantes páginas valem pela que falta, porque é o Markl que assina o argumento, etc. etc… (da minha parte continua à espera que a editora assuma a responsabilidade e retome a edição que comprei).

Portanto, perante leitores destes, meia-bola em Portugal é mais que suficiente!

Antonio disse...

Viva Nuno poderemos ser uma minoria mas julgo que será nosso dever denunciar e alertar para estes aspectos que ao leitor comum passam um pouco ao lado e é aí que blogs como o seu têm, ou deveriam ter, um papel essencial. Não me revejo na falta de escrúpulos e pouco profissionalismo que alguns editores demonstram - a BD deveria ser uma paixão mais que um negócio e oferecer um produto inferior é prestar um mau serviço ao cliente e á 9a Arte. Não basta propalar aos 4 ventos o suposto bom momento que a Bd atravessa quando alguns editores remam num sentido e outros noutro. Temos que ser exigentes. Há que evangelizar é educar. Abraço,