Como não há uma sem duas, a BERTRAND lançou em Outubro uma segunda novela gráfica para as livrarias. Não fugindo a uma tendência se verificou este ano na edição de banda desenhada em Portugal, temos aqui (mais) uma nova adaptação literária. Trata-se da obra O INFINITO NUM JUNCO, de Irene Vallejo, que depois de editado pela Bertrand Editora em 2020, ganha agora um nova vida sob a forma de versão gráfica.
Ao longo de mais de 200 páginas desta edição, o leitor é convidado a viajar pela Grécia e Roma Antigas, pelas paredes repletas de papiros da Biblioteca de Alexandria, pelos palácios de Cleópatra, pelas primeiras livrarias conhecidas, pelas celas dos escribas, pelas fogueiras onde arderam os livros proibidos, pelo Gulag, pela Biblioteca de Sarajevo e por um labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000. E tudo isto com referências constantes ao presente, de Borges a Twain, de Cavafis a Bryce Echenique, de Canetti a Faulkner, de Auster e Pérez-Reverte a Vargas Llosa, de Tarantino a Scorsese.
Nas palavras de Irene Vallejo, na nota de agradecimento desta novela gráfica, «eu crescia fascinada pela banda desenhada. Lembro-me das tardes inteiras a ler na biblioteca do parque, a viajar com os olhos pelos balões, vinhetas e onomatopeias, a percorrer calçadas romanas, a acompanhar jornalistas exploradores e capitães grosseiros, a bisbilhotar em edifícios de personagens hilariantes. A ideia extravagante de criar uma banda desenhada baseada nas peripécias deste ensaio pareceu-me um presente surpreendente, o sonho concretizado vindo daqueles vorazes dias da infância».
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