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04 fevereiro, 2020

Cartazes dos Festivais!


Já se começam a alinhavar os festivais nacionais de Banda Desenhada que se irão realizar em 2020. E os primeiros cartazes já foram divulgados.

O primeiro a acontecer será o COIMBRA BD, na sua 5ª edição, com data marcada para 5 a 8 de Março, na Casa da Cultura de Coimbra. A ilustração do cartaz é da autoria do Ricardo Ferrand com design a cargo de Nuno Lourenço Rodrigues.

Para finais de Maio, temos o FESTIVAL DE BEJA, que celebra este ano a sua 16ª edição. O FIBDB inaugura no dia 29 de maio, sexta-feira, às 21h00, na Casa da Cultura de Beja! E como é tradição, o primeiro fim-de-semana (30 e 31) reunirá todos os autores convidados! O cartaz é da autoria da Susa Monteiro.

Mais novidades vão surgir nos próximos dias. Primeiro porque o Coimbra BD é daqui a um mês; segundo porque o Paulo Monteiro, do FIBDB, é um dos convidados de hoje da Tertúlia BD. Ficamos à espera dos nomes!

04 junho, 2019

Sim, está provado que em Beja está o melhor Festival de BD!

Começo esta crónica com uma declaração de interesses: já gostava do Festival de Beja antes da edição deste ano. Assim, no rescaldo de mais um FIBDB (atenção que o festival continua de portas abertas até 16 de Junho e merece a visita) posso afirmar, sem qualquer dúvida, que esta XV foi “A” edição. O Paulo Monteiro e a sua excelente equipa superaram a melhor expectativa que se poderia ter gerado. Quando se pensava que não era possível melhorar o excelente, Beja reúne sob o sol alentejano, qualidade na forma de nomes como Alberto Varanda, Dany, Van Dongen, Tyler Crook ou David Sala, só para citar aqueles que mais entusiasmo suscitaram, a avaliar pelo tamanho das filas nas sessões de autógrafos, e proporciona a “santíssima trindade” (autor, livro e exposição) aos seus bedéfilos visitantes. Perante esta realidade, pouco mais resta para além de FANTÁSTICO! É assim que se constrói o melhor festival de Banda Desenhada nacional!


E agora que gastei os adjectivos todos para o festival, como vou qualificar a exposição “A Morte Viva” do Alberto Varanda? Não há palavras suficientes, fotos ou vídeos que façam ao jus ao puro delírio visual que as pranchas expostas no festival proporcionam “ao vivo”. O trabalho gráfico nos pormenores de cada vinheta roçam uma perfeição diria quase doentia. Absolutamente extraordinário. Só esta exposição já merece a deslocação a Beja (vale até dia 16). Mais uma vez aviso que as fotos (tiradas por telemóvel) não estão à altura da arte.


Depois como bónus temos os restantes “delírios visuais” que ocupam os demais espaços na Casa da Cultura, em exposições harmoniosas, onde cada sala respira um ambiente próprio. As pinturas do Tyler revelam um trabalho de cores fantástico. O traço de Peter Van Dongen revela-o como o herdeiro da ”linha clara” de Jacobs. Os desenhos da Rita Alfaiate ganharam uma nova perspectiva. Na exposição Vailant muito bem representada pela presença de Beneteau, Lapiere e Marc Bourgne só faltou mesmo o cheiro a borracha queimada!


Com um rol de convidados do calibre que esteve este ano em Beja, as sessões “dois dedos de conversa” só se podem classificar de interessantes para cima. Das que assisti, destaco a de Sanchez Abuli e de Dany. Que excelentes contadores de histórias. Podiam ali a ficar horas a falar que o interesse não diminuía. Abuli revelou que o argumento do segundo volume de Torpedo 1972 já está entregue ao Risso e que já está a trabalhar no terceiro. Vamos esperar que as nossas editoras estejam atentas. E é agora que faço aqui um pedido ao Paulo Monteiro, convidados destes merecem uma hora de conversa no alinhamento do programa. Menos que isso é como deixar uma deliciosa fatia de bolo de chocolate por metade.



E por último as sessões de autógrafos. Tantos autores, tão bons autores e tão pouco tempo para correr todos. Não posso deixar de realçar a disponibilidade dos autores que prolongaram a sessão para além da hora, e ainda assim lamentavelmente não consegui um desenho do Varanda. O homem demorava-se a cada desenho. Perante o mar de gente em Beja, é nestas alturas começo a achar que é melhor guardar segredo sobre o festival, ou então faço aqui um segundo pedido ao Paulo Monteiro, o agendamento de uma segunda sessão de autógrafos para as manhãs de Domingo.


Mas claro que Beja é mais que o somatório dos autores, das exposições, dos autógrafos, dos lançamentos. Move-nos também aquele convívio único em redor de mesas, de restaurantes, de esplanadas, de snooker, que só uma pequena cidade perdida no meio do nosso Alentejo proporciona. Mais que a soma das partes, Beja vale pelo seu todo!

O autor desta crónica viajou à boleia do autocarro que a organização do festival disponibilizou a partir de Lisboa a todos visitantes, e que se revelou ser uma agradável viagem. Só lamenta não falar uma palavra de francês com tanto autor francófono ali à disposição de uma boa conversa. Para o ano repete! 

26 maio, 2019

O cartaz de autores estrangeiros do XV Festival de BD de Beja

É já daqui a uma semana que teremos o excelente Festival de Banda Desenhada de Beja. E a edição deste ano é um desfilar de grandes autores. Confesso que não tenho memória de uma presença tão grande de autores estrangeiros e tão bem representados com obras por cá editadas. Contas por alto, e são autores com mais de 20 livros por cá, ou a arte de organizar um bom festival.
Alberto Varanda e Olivier Vatine viram agora ser publicado A Morte Viva (ed. ALA DOS LIVROS). O brasileiro Alcimar Frazão tem o seu Diabo e Eu editado pela POLVO. Da dupla espanhola Kim e Altarriba, que regressam a Portugal, a LEVOIR publicou, inserido nas suas novelas gráficas, dois livros biográficos, A Arte de Voar e a Asa Quebrada. Altarriba assina ainda Eu, Assassino (ed. ARTE DE AUTOR). O trio de autores Benjamin Beneteau, Denis Lapiere e Marc Bourgne são os representantes da segunda série de «Michel Vailant», cujos álbuns (7) a ASA trouxe até aos leitores portugueses. Dany assina o desenho de A Cilada dos 100.000 dardos da série «Bernard Prince», o 12º álbum que integrou a colecção dedicada pela ASA, e podemos também encontrar a sua arte em Transilvânia (edição antiga da VitaminaBD). David Sala integrou a 4ª série das novelas gráficas da Levoir com o seu O Jogador de Xadrez. Miguel Ángel Martín tem Bug e Neuro Habitat editados pela ESCORPIÃO AZUL. Peter Van Dongen foi uma das "mãos" no mais recente «Blake e Mortimer», O Vale dos Imortais (ed. ASA). Tyler Crook é o assombroso "pintor"de Harrow Couty, a série de terror do catalogo da G.FLOY. Enrique Sanchéz Abulí dispensa apresentações, é apenas o argumentista de Torpedo 1936, cuja colecção da LEVOIR é para mim uma das melhores edições nacionais de 2018.

É possível que faltem aqui referências a outras obras editadas por cá destes autores, mas a ideia não era uma listagem exaustiva, mas indicações sobre material mais recente e muitas vezes ainda disponível nas livrarias. Por outro lado ninguém vai querer carregar os livros todos. São muitos quilos às costas. Escolhas vão ter de ser feitas esta semana.

11 janeiro, 2019

Sim, já há autores para o XV Festival de BD de Beja!

À semelhança das boas práticas nos melhores festivais europeus de banda desenhada, a organização do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja divulgou, com uma antecedência de quase cinco meses, os convidados da XV edição que se irá realizar entre 31 de Maio a 16 de Junho. E ao olharmos para as exposições e lista de convidados confirmamos então a verdadeira dimensão internacional que este excelente festival já alcançou. E uma das grandes mais-valias de Beja é a combinação de exposições com a presença dos artistas, que permite ao visitante a descoberta de tendências divergentes e o contacto com o autor, quase todos já publicados em Portugal. Pessoalmente destaco a presença de uma armada franco-belga que integra nomes como Alberto Varanda, Olivier Vatine, Dany, Benjamin Benéteau, Denis Lapière, Marc Bougne ou Peter Van Dongen. De Espanha chegam Altarriba, Kim e Miguel Ángel Martín. Do mercado americano teremos Tyler Crook. E Beja é também um festival que não se esquece de nossos valores nacionais, e falo aqui das presenças das emergentes talentosas Mosi e Rita Alfaiate. Apontem na Agenda, Beja vale a deslocação!

AUTORES PRESENTES EM BEJA DE 31 DE MAIO A 2 DE JUNHO:
Alberto Varanda e Olivier Vatine / Alcimar Frazão / Altarriba e Kim / Dany / David Sala / Benjamin Benéteau, Denis Lapière e Marc Bourgne / Fabio Zimbres / Luís Cruz Guerreiro / Miguel Ángel Martín / Mosi e Nuno Duarte / Paul Duffield / Pedro Brito / Pedro Serpa / Peter van Dongen / Rita Alfaiate / Tyler Crook / Véte / Autores de coletivo Nódoa Negra

OUTROS CONVIDADOS:
- ENRIQUE SÁNCHEZ ABULÍ – Espanha
- FABIO MORAES (Especialista na obra de Jayme Cortez e de Eduardo Teixeira Coelho) – Brasil
- JOSÉ RUY – Portugal
- NICOLAS GRIVEL (Agente) – França
- OLIVIER SZTEJNFATER (Editor) – França

13 maio, 2018

Em contagem decrescente para a 14ª edição do Festival de Beja


O  cartaz da Susa põem-nos já a caminho daquele que é o melhor festival de Banda Desenhada que se realiza em Portugal (e este "melhor" traduz uma opinião pessoal e não aceito contraditório). O Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja (acrónimo FIBDB), que tem inicio daqui a duas semanas, traz-nos uma excelência da organização que consegue reunir num único fim-de-semana um convívio saudável, uma boa hospitalidade alentejana e uma magnifica oferta bedéfila. Os sítios do festival a visitar, o núcleo central na Casa da Cultura, mais todo o centro histórico da cidade: Centro Unesco, Forno da Ti Bia Gadelha, Galeria da Rua dos Infantes, Museu de Sítio da Rua do Sembrano, Museu Regional de Beja e Pax Julia – Teatro Municipal, são a perfeita simbiose entre cultura e história. A oferta bedéfila caracteriza-se pela sua diversidade, quantidade e qualidade. Na edição deste ano do festival estarão presentes autores de Angola, Brasil, Espanha (País Basco), França, Itália, Suécia e Portugal. Somam-se 20 exposições. E estão agendadas uma boa dúzia de lançamentos. Tudo no fim-de-semana de 26 e 27 de Maio. Vou dando aqui notas das incidências do festival. Para já as novidades:

  • “Afirma Pereira”, de Pierre-Henry Gomont, adaptado do romance homónimo de Antonio Tabucchi, pela G.Floy.
  • “Harrow County, Laços de Família”, de Cullen Bunn e Tyler Crook, pela G.Floy.
  • “TSL Series – Viagens”, com vários autores, pela ComicHeart/G.Floy.
  • “A Vida Oculta de Fernando Pessoa”, de Alexandre Leoni e André Morgado, pela Bicho Carpinteiro (Edição Deluxe).
  • “Malditos amigos”, de André Diniz, pela Polvo.
  • “Cicatriz”, de Sofia Neto, pela Polvo.
  • “O Maestro, o Cuco e a Lenda”, de Wagner Willian, pela Polvo.
  • “Os Regressos”, de Marta Teives e Pedro Moura, pela Polvo.
  • “5000 Quilómetros por Segundo”, de Manuele Fior, pela Devir.
  • “Deiciders” n.º 1, de Pedro Mendes, André Mateus e Patrik Caetano, pela VMComics (reedição a cores).
  • “Venham + 5” n.º 9, com vários autores, pela Bedeteca de Beja.
  • Coleção Toupeira n.º 13, de Luís Guerreiro, pela Bedeteca de Beja.
  • E, claro, o Splaft!! - Catálogo do Festival n.º 14 (Bedeteca de Beja)



11 junho, 2017

Crónica: O XIII Festival de BD de Beja

Esta é a minha crónica sobre a edição 2017 do Festival de Beja. Oficialmente o XIII Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Como sempre é um festival que se vive nas suas primeiras 48 horas, ainda que oficialmente só hoje encerre as suas portas. A primeira nota que deixo aqui é recomenda-se fortemente. A 13ª edição do FIBDB veio confirmar o que há muito já se sabia: trata-se de um festival equilibrado na oferta, bem frequentado nos convidados, e movido por uma enorme dinâmica. O responsável é obviamente o Paulo Monteiro e a sua equipa. E mesmo os encontros extra-festival, concretamente almoços e jantares, são excelentes pretextos para magníficas tertúlias bedefilas. Claro que os bons tintos Explicit e Vidigueira ajudaram.

A nova centralidade do festival, desde do ano passado, o Pax Julia Teatro Municipal, é uma mais-valia. Apresenta um espaço bem distribuído, que proporciona boas áreas de exposição e bem iluminadas. Está bem servido por um auditório e o Largo do Museu Regional em frente funciona muito bem como ponto de encontro e convívio. Ainda que desconheça os motivos da troca do anterior espaço, a Casa da Cultura, pessoalmente aplaudo esta escolha. As exposições deste ano, pautaram-se por uma qualidade superior, outra vez. Pessoalmente destaco aqui duas que consumiram largos minutos da minha atenção. A do Jorge Coelho com pranchas absolutamente fantásticas do seu trabalho para a Marvel, a confirmarem talento em demasia; e a bela surpresa que foi a italiana Grazia La Padula, com umas aguarelas que revelam um magnifico trabalho de cor. A Grazia teve mesmo o lançamento do seu livro “Jardim de Inverno” (com a chancela da KingPin), e revelou uma simpatia e grande disponibilidade na (prolongada) sessão de autógrafos que proporcionou. Inconfidência: a KingPin prepara novo livro da autora, o "Les échos invisibles".

As sessões de autógrafos começam a ser um problema (agradável, acrescento). Oficialmente, é uma sessão de hora e meia, mas a elevada qualidade dos autores presentes obriga a fazer opções (não se faz) nas filas, porque o tempo disponível não permite acorrer a todos, mesmo em tempo extra. As minhas escolhas incidiram sobre a dupla Anne-Caroline Pandolfo/Terkel Risbjerg, a imperdível Grazia La Padula, o “Disney” Paolo Mottura, o brasileiro Flávio Luiz, e ainda sobrou tempo para um desconhecido e austero nacionalista romeno de seu nome Valentin Tanase, mas dono de um traço absolutamente fantástico. Deixo aqui um apelo ao Paulo para alargar a sessão de autógrafos para três horas.

E Beja assume-se cada vez mais como uma das principais montras para as nossas editoras, tal a avalanche de lançamentos e apresentações. Se por um lado revela o bom momento em que se encontra banda desenhada em Portugal, bem, o reverso é que não há carteira que aguente. E assim passou-se o encontro anual de Beja, entre amigos e livros. Haverá melhor combinação? Até para o ano!