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21 janeiro, 2016

Colecção Bernard Prince - 11 O Porto dos Loucos


O álbum desta semana da Colecção Bernard Prince traz-nos a última aventura resultante da dupla Greg/Hermann. O desenhador afasta-se da série e só voltaria a pegar de novo na personagem Bernard Prince trinta e dois anos depois com a história Ameaça sobre o Rio (ed. VitaminaBD, 2010). O Porto dos Loucos é o 11º e penúltimo álbum desta excelente colecção.

O PORTO DOS LOUCOS
Depois de acompanharem Djinn até ao comboio que o levará ao colégio onde ele deverá passar todo o Inverno, Bernard Prince e Barney Jordan encontram-se com o novo armador, que lhes propõe uma missão enquanto esperam que o Cormoran II saia do estaleiro: na companhia de um polícia e de um médico, os dois amigos deverão deslocar-se em hidroavião até ao Mary-Novembre, um cargueiro imobilizado numa zona remota do Grande Norte, cuja tripulação deixou de dar sinais de vida. Chegados ao local, Prince e Jordan prestam assistência aos acidentados e tentam levar o navio a bom porto antes que o gelo se forme e obstrua todos os cursos de água durante meses. Mas depressa descobrem que eles não são os únicos interessados no Mary-Novembre...

15 janeiro, 2016

Colecção Bernard Prince - 10 O Sopro de Moloch


Saiu para as bancas esta semana o 10º álbum da colecção Bernard Prince. Trata-se de mais uma reedição, tendo o original em Portugal sido publicado em 1989 pela então Meribérica. Está perto do fim a boa surpresa que foi recuperar as aventuras de Bernard Prince do esquecimento.

O SOPRO DE MOLOCH
O Cormoran repousa no porto de Singapura sob a vigilância displicente de Barney Jordan, que ficou a bordo enquanto Bernard Prince e Djinn se deslocaram a terra. É então que um bandido local, Johnny “Hotshot” Lombardi, sobe a bordo acompanhado pelos seus dois esbirros, “Ho” e “Do”. Estes atiram Jordan pela borda fora, tomam os comandos do Cormoran e levantam âncora em direcção a um outro barco em alto mar. O plano é conseguirem que o seu chefe, um perigoso traficante de droga, escape à cada vez mais apertada perseguição policial. Mas a intervenção de um helicóptero da polícia e a falta de combustível vão obrigá-los a rumarem a Korgka, uma pequena ilha vulcânica. E aí não é o vulcão local, prestes a entrar em erupção, que os piratas do Cormoran mais deverão temer…

09 janeiro, 2016

Colecção Bernard Prince - 09 O Regresso do Fantasma


O álbum O Regresso do Fantasma publicado esta semana, corresponde ao 9º volume da colecção Bernard Prince. É uma das minhas histórias preferidas da série. Uma empolgante aventura recheada de acção, onde os valores como a amizade e coragem dos nosso heróis são testados ao limite. Já li e reli dezenas de vezes o velhinho álbum que possuo na minha bedeteca (ed. Livraria Bertrand, 1974). Em boa hora chega este Bernard Prince e vai ser um prazer dar-lhe horas de leitura.

O REGRESSO DO FANTASMA
Enquanto o Cormoran navega placidamente ao largo de Monteguana, Bernard Prince, Barney Jordan e Djinn assistem à violenta explosão do iate do Presidente daquela república equatorial, Juán Enrique Valadero, o qual escapa miraculosamente com vida a esta catástrofe, juntamente com os seus dois guarda-costas. Recolhido pelos nossos heróis, Valadero ouve pela rádio que o poder acaba de ser tomado pelo General Mendonza e rapidamente se dá conta de que foi alvo de um atentado e de que um golpe de Estado está em curso no seu país. Sem hesitar, o Presidente requisita o Cormoran e a sua tripulação para tentar alcançar a capital, Castillo Blanco, pelo rio que atravessa a inóspita selva de Monteguana. Os perigos são múltiplos e os novos detentores do poder não parecem dispostos a ceder facilmente…

31 dezembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 08 A Chama Verde do Conquistador


Este oitavo volume da colecção Bernard Prince foi o último lançamento de 2015. Um ano verdadeiramente incrível para a edição de banda desenhada em Portugal, como há muito não se via por cá, não só em termos quantitativos mas também pela diversidade: super-heróis, novelas gráficas, bd franco-belga, bd portuguesa, mangá, disney, de tudo houve um pouco. E fechar o ano com um álbum de Bernard Prince é mesmo um belo sinal dos tempos que atravessamos. E 2016 promete ainda mais e  boas leituras!

A CHAMA VERDE DO CONQUISTADOR
Algures nos confins da América do Sul, o Cormoran sobe o rio Marayali até Tierra del Guaquero, uma vasta plantação de café, propriedade da família Morel há três gerações. O clã Morel está contudo em convulsão, com as gerações mais jovens a deixarem-se atrair pela história de uma lendária mina de esmeraldas no coração da montanha, cujo mapa teria sido deixado por um antigo conquistador. Há ainda o terrível Tuxedo, bandido de smoking esburacado pelas traças, disposto a tudo para assegurar a sua parte de lucro na safra do café. Mais uma vez, Prince, Jordan e Djinn se lançam à aventura, tendo de escapar às armadilhas do rio e da montanha para levar os Morel dissidentes de volta ao lar. E até o robusto e inabalável Jordan andará perto da loucura no implacável “disco dos cegos”…

24 dezembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 07 A Fornalha dos Condenados


Quase a coincidir com Natal, da colecção Bernard Prince, recebemos esta semana uma bela prenda que é a a publicação da história A Fornalha dos Condenados inédita em álbum em Portugal. E como já vem sido habitual nesta colecção, a ilustração da capa, uma magnifico desenho de Hermann, apresenta-se quase como um exclusivo para os leitores e coleccionadores portugueses.

A FORNALHA DOS CONDENADOS
Um incêndio florestal de proporções verdadeiramente catastróficas devasta toda uma península canadiana, condenando a uma morte certa as poucas centenas de habitantes locais que conseguiram escapar ao braseiro e se encontram agora encurralados em frente ao mar. Ao comando do Cormoran, Barney Jordan não deixa os seus créditos de marinheiro por mãos alheias e desliza com perícia por entre os temíveis recifes conhecidos como “Dentes de Neptuno” para resgatar os sobreviventes antes de estes serem engolidos pelo fogo. Bernard Prince, por seu turno, decide atravessar a parede de chamas para ir em socorro de outros sobreviventes perdidos no meio do incêndio. O Cormoran não escapa sem alguns arranhões, mas ganha uma nova mascote, de nome “Bola de Pêlo”.

16 dezembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 06 A Lei do Furacão


Hoje nas bancas um novo volume da Colecção Bernard Prince. O 6º álbum da colecção, A Lei do Furacão, trata-se de uma reedição do álbum publicado em 1977 pela então Livraria Bertrand. Nesta edição somos, mais uma vez, brindados com um inédito desenho de capa.

A Lei do Furacão
Numa tarde amena, o Cormoran demanda a encantadora costa de Tago-Tago, ilha paradisíaca dos mares do Sul, conhecida como a ilha dos mil perfumes. Absolutamente por acaso, Barney Jordan encontra num bar o seu amigo “El Lobo”, um colosso zarolho com quem já tinha partilhado uma aventura em Coronado e que lhe explica que acabara de ganhar, ao póquer, uma jazida de pérolas. Bernard Prince, Jordan e Djinn decidem acompanhá-lo até à dita jazida, mas – claro! – nem tudo é tão simples como eles esperavam: há, por um lado, Teddy e Crystal, os dois outros sócios do negócio que naturalmente não se querem deixar enganar; há, por outro lado, o chefe indígena Lallotuo, que tudo faz para manter a sua autoridade; e há, sobretudo, uma gigantesca moreia que insiste em patrulhar o fundo do mar…

Autores: Hermann e Greg
 

10 dezembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 05 Oásis em Chamas


Nas bancas esta semana já se encontra o quinto álbum da colecção Bernard Prince. Não sendo novidade por cá, a sua primeira edição data já do longínquo ano de 1973 pela editora Bertrand, que publicou quatro álbuns da série. Saúdo a óptima decisão do editor em ter decidido usar nesta colecção capas diferentes daquelas que foram utilizadas na colecção original e replicadas nas anteriores edições portuguesas.

Oásis em Chamas
Por ocasião de uma escala na cidade portuária de Ahmaralkech, algures em pleno Magrebe, às portas do deserto, Bernard Prince encontra um novo cliente, de nome Fergus Mac Pherson. Este, em representação de uma ONG de ajuda aos necessitados, pede a Prince que aceite transportar víveres e medicamentos até ao interior do país, destinados a populações há muito isoladas na sequência da revolta extremamente violenta que vem devastando aquela zona remota. Contando apenas com a ajuda de um camelo chamado Dadá e de um velho side-car, Prince, Jordan e Djinn vão ter de resistir às terríveis provações do deserto, enfrentar os cruéis saqueadores do poderoso Rahad Sadji e tentar escapar às armadilhas mortais do temível desfiladeiro das “areias uivantes”.

Autores: Hermann e Greg

25 novembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 03 A Fronteira do Inferno


O terceiro álbum da Colecção Bernard Prince é uma boa razão para se perceber a importância destas colecções. A história A Fronteira do Inferno foi publicada em álbum em Portugal pela primeira e única vez em 1970 pela então editora Editorial Ibís. Aconteceu há 45 anos. Eu, por exemplo ainda não era nascido. A antiguidade da edição leva a que o álbum seja difícil de encontrar. Encontra-se assim justificada a sua reedição. Pessoalmente como nunca li, será para mim um inédito. Saiu hoje.

A Fronteira do Inferno
Recém-desembarcados em Lao-Todang, pequeno porto esquecido do sudeste asiático, Bernard Prince e Barney Jordan são detidos por roubo e tentativa de homicídio. Este mais não é, porém, do que um golpe engendrado pelo seu velho inimigo Wang Ho, conhecido como General Satã, que desta forma pretende vingar-se deles. Enviados para a sinistra cadeia de Suong Bay, perdida entre os pantanais, os dois amigos ficam à mercê do director do estabelecimento, o infame Igor Sarakelian, um verdadeiro sádico a soldo de Wang Ho. Contudo, com a ajuda de Djinn, que conseguiu segui-los furtivamente, Prince e Jordan acabam por se evadir com dois outros prisioneiros. Mas para chegarem à fronteira vão ter de atravessar um infindável pantanal infestado por milhares de mosquitos.

20 novembro, 2015

Colecção Bernard Prince - 02 Tormenta sobre Coronado


Esta semana saiu o segundo volume da colecção Bernard Prince. A primeira nota é que se trata de um álbum inédito em Portugal. A segunda nota é que esta colecção tem umas fantásticas capas. A arte de Hermann em todo seu esplendor.

Tormenta sobre Coronado
Um inesperado problema mecânico obriga o Cormoran e a sua tripulação a fazerem escala num pequeno país da América central, o Coronado. Aí, Bernard Prince, Barney Jordan e Djinn reencontram um velho conhecido, Kurt Bronzen, antigo rei do comércio de Lombashi. Figura indesejável e sem escrúpulos, Bronzen havia-se agora instalado nesta região recôndita doglobo, onde montou uma milícia privada para explorar e aterrorizar as indefesas populações autóctones, comprando-lhes as terras por um naco de pão e revendendo-as depois a preço de ouro… Prince e os seus amigos acabam por se juntar aos rebeldes locais, liderados pelo “Zapata” Emilio Gutierrez e pelo seu braço direito “El Lobo”, e planeiam tomar de assalto o palácio do Governador para pôr fim às maquinações do ignóbil malfeitor.

11 novembro, 2015

Lançamento ASA/Público: Colecção BERNARD PRINCE

Num ano já por si verdadeiramente avassalador pela quantidade e qualidade de publicações de banda desenhada por cá, faltava o anúncio de uma colecção como este para 2015 ser ímpar na história da edição bedéfila em Portugal.

Cinco anos depois da Vitamina BD ter editado Ameaça Sobre o Rio, o 18º e último álbum da série até à data, assistimos hoje ao regresso de BERNARD PRINCE às bancas nacionais, numa nova colecção fruto da parceria ASA/Público que tão boas séries tem resgatado da memória do tempo.

Criação de Greg e Hermann, Bernard Prince é uma das grandes personagens da bd franco-belga. Um herói aventureiro, que a bordo veleiro Cormoran nos transporta para aventuras carreadas de acção em cenários exótico, onde prevalecem sempre valores como a amizade e a coragem. 

Trata-se de uma excelente colecção composta por 12 álbuns, e não obstante a capa mole porque era merecedora de uma melhor edição em capa dura, tem o condão de publicar dois álbuns inéditos e recuperar outros há muito desaparecidos no nosso mercado. Eu lamento a oportunidade perdida pela não edição da totalidade dos álbuns da série. Ficarão por editar em português três álbuns correspondentes aos n.º 15, 16 e 17 da colecção original. O preço de cada álbum é de € 5,40.




Títulos da colecção e respectivas datas de lançamento:
  1. O General Satã - 11 NOV
  2. Tormenta sobre Coronado - 18 NOV
  3. A Fronteira do Inferno - 25 NOV
  4. Aventura em Manhattan - 02 DEZ
  5. Oásis em Chamas - 09 DEZ
  6. A Lei do Furacão - 16 DEZ
  7. A Fornalha dos Condenados - 23 DEZ
  8. A Chama Verde do Conquistador - 30 DEZ
  9. O Regresso do Fantasma - 06 JAN
  10. O Sopro de Moloch - 13 JAN
  11. O Porto dos Loucos - 20 JAN
  12. A Cilada dos 100 000 dardos - 27 JAN

Nas bancas hoje, temos o primeiro volume: Colecção BERNARD PRINCE - 01 O General Satã

Este álbum inaugural das aventuras de Bernard Prince divide-se em 2 histórias. A primeira passa-se na África central, onde Prince, acompanhado por Djinn, aceita ir recuperar a carga de um avião que se despenhou algures na selva. Com a ajuda de Barney Jordan, um marinheiro australiano que conhece localmente, o nosso herói consegue chegar até ao avião. Mas a misteriosa carga revela-se alvo da cobiça de vários interessados… Na segunda história, o trio a partir de agora constituído por Bernard Prince, Barney Jordan e Djinn encontra-se no continente asiático e o Cormoran é requisitado pelas autoridades locais para ir abastecer de armas e víveres o “forte das mil nuvens”. Mas este forte, que é a chave de todo o sistema de segurança costeira, está cercado por um poderoso adversário conhecido como General Satã!



04 junho, 2010

E todos os caminhos foram dar a Beja...

2º Dia. Domingo. Tomo o pequeno-almoço na companhia dos gémeos Fábio e Gabriel e do britânico Rufus. Ok... eles estavam na mesa ao lado!

A dinâmica do FIBDB mede-se também pela programação paralela ao festival. Hoje está prevista uma visita guiada ao centro histórico de Beja. Parece-me bem alinhar. Afinal ir a Beja e não conhecer a cidade é que me parece mal. Um grupo bem composto reúne-se no largo do Museu. Lá dentro, está patente uma exposição do amigo Jorge Miguel e do seu admirável trabalho em “Camões, De vós nem conhecido nem sonhado?”. Cá fora, o prof. Florival Monteiro apresenta-se. Irá ser o nosso guia desta viagem. O que se segue é uma lição de história (de Beja) deliciosa em pormenores. RECOMENDO! É que a paixão do prof. Florival pela cidade só encontra paralelo na nossa paixão pela BD. Uma manhã cinco estrelas!




Ao almoço fogem-nos as migas e a sopa de cação. Fica já combinado para o próximo ano. De regresso à Casa da Cultura, mais Hermann, mais álbuns para assinar. E tudo o que trouxe está assinado! Ainda há tempo para uma fotografia com este gigante da bd franco-belga!



Aproveito a presença de Civitelli para lhe pedir um Kit Carson. Este autor, para além do seu enorme talento, é de uma generosidade imensa. Irá passar a tarde inteira a atender pedidos de autógrafos sempre com um sorriso nos lábios. Adicionalmente ofertou a todos um desenho do Tex a cavalo com a Torre de Menagem do Castelo de Beja por detrás.



Guardo na mochila uma surpresa do amigo Rui – da colecção TEX gigante, a história “O Homem de Atlanta” desenhado pelo magnífico Jordi Bernet (sim senhora, o mesmo de Torpedo!).

Hoje percorro os restantes autores. Os brasileiros Fábio e Gabriel, de que não conhecia e cujas pranchas em exibição mostram bem a qualidade do trabalho desta dupla; Rufus Dayglo e sua “Tank Girl”, repetente nestas andanças por terras lusas e que revelou adorar Portugal, o ambiente calmo dos nossos festivais e a nossa cerveja. Tem bom gosto sim senhor! Aproveito igualmente para comprar as novidades BDJornal e Zona Gráfica (em 2 volumes). Mais tarde dedicarei umas linhas a estas edições aqui no blogue.

No final do dia descanso numa cadeira. Faço um balanço extremamente positivo deste festival. O festival é incrível em todas as suas vertentes: bedéfila, cultural e social. Dou os meus parabéns ao Paulo Monteiro e à Susa Monteiro pela excelente organização. É certo que o FIBDB passará a constar da minha agenda. Parto com a vontade de voltar! O VI FIBDB decorre até ao próximo dia 13 de Junho de 2010. Aproveitem!






28 março, 2010

VI Festival de Banda Desenhada de Beja

VI FIBDB

Com uma antecedência que se saúda, foi agora divulgado o programa do VI Festival de Banda Desenhada de Beja, que irá decorrer naquela cidade entre os dias 29 de Maio e 13 de Junho. Depois de o ter visitado na edição do ano passado, posso dizer que o FIBDB é um festival bem organizado, que tem apostado na abertura a várias tendências, destinado assim a um público bedéfilo diversificado. E bastante demonstrativo do que acabo de escrever é o cartaz deste ano:

EXPOSIÇÕES
  • Individuais: Dame Darcy, Fabio Civitelli, Hippolyte, Igor Hofbauer, JCoelho, João Fazenda, João Vaz de Carvalho (ilustração), Jorge Miguel, Miguel Rocha, Niko Henrichon, Regina Pessoa, e Rufus Dayglo.


Para além das exposições haverá ainda lugar para a apresentação de projectos, conferências, espectáculos, lançamento de livros, sessões de autógrafos, sessões de cinema e workshops.

Atendendo à minha declarada preferência pela bd de origem franco-belga, não posso deixar aqui de destacar a presença já anunciada do belga Hermann, autor de séries como Bernard Prince (na qual voltou a trabalhar após uma ausência de 30 anos), Comanche, Jeremiah ou Bois-Maury (estas últimas publicadas em Portugal pela VitaminaBD).

Nota importante é que todos os autores convidados estarão presentes em Beja nos dias 29 e 30 de Maio!

Mais informação será aqui divulgada no blogue à medida que for sendo conhecida. Fiquem ligados!

05 dezembro, 2009

Lançamentos 2


A editora VitaminaBD aproveitou também o 15º aniversário da “irmã” BDMania para lançar três novos álbuns. Começo por destacar o regresso à edição portuguesa do fantástico universo Incal, criado por Jodorowsky e Moebius. Dois dos novos álbuns centram-se exactamente neste mundo de ficção-cientifica: o one–shot As Armas do Metabarão do trio Jodorowsky, Charest e Janjetov, que conta a história do último descendente das casta dos Metabarões e a forma como reuniu em si as armas mais poderosas do universo; e o primeiro “Incal Final” intitulado Os Quatro John Difool de Jodorowsky e Ladrönn, que promete novas desaventuras do herói mais improvável do Universo John Difool, numa série que se espera a continuação.


O terceiro lançamento da editora é Vassya o mais recente álbum da excelente série A Herança de Bois-Maury, do belga Hermann, que conta as histórias dos vários membros da família Bois-Maury, e cuja acção decorre durante a Idade Média. Recordo aqui, que apesar da série não estar totalmente editada em Portugal, os dois anteriores álbuns (“Rodrigo” e “Dulle Griet”) foram já publicados por esta editora.

Boas Leituras!

15 julho, 2009

O Diabo dos Sete Mares - parte 2

Com a publicação do segundo álbum do díptico "O Diabo dos Setes Mares", conclui-se a inédita incursão do multifacetado autor belga Hermann no género "piratas das caraíbas". Não teve sorte. O argumento escrito pelo seu filho Yves H., padece de pontos altos que toda uma história de piratas podia proporcionar. Faltam por exemplo belas batalhas navais ou grandes combates de que eram férteis estes tempos, para os quais a arte de Hermann estaria certamente à altura do que seria exigível.

Esta segunda e conclusiva parte deste "Diabo" manteve as características da primeira parte. Não se assiste a grandes desenvolvimentos, mas apenas o desenrolar dos vários caminhos tomados pelas numerosas personagens centrais, em direcção ao ambicionado tesouro do pirata Robert Murdoch. Mas nem assim a leitura se tornou menos confusa. A morte de mais de metade dos intervenientes não foi suficiente para se assistir a uma diminuição da “multidão”, uma vez que todos eles logo regressaram à vida, desta vez sob a forma de “mortos-vivos”. Considero mesmo que a introdução de zombies e as referências ao Diabo tornaram esta segunda metade inverosímil. Depois temos um desfecho sem muito sentido, numa ilha com um vulcão à beira da erupção. Bastante inconclusivo. Já não há finais felizes. Resta-nos então o desenho de Hermann, que é mesmo a grande mais-valia do álbum (e desta colecção). Suave na construção dos cenários e na captação da atmosfera, que através de uma escolha fantástica de cores, proporciona ao leitor excelentes imagens.

Temos assim, numa boa edição em capa dura, uma história pouco conseguida (ponto fraco) suportada por um magnifico desenho (ponte forte), pelo que a avaliação individual que faço do álbum é igual à avaliação global que faço da aventura completa, ou seja, fico-me pela nota média.

O Diabo dos Sete Mares - Parte 2
Autores: Hermann (desenho) e Yves H. (argumento)
2º Volume, cores, capa dura
Edição: VitaminaBD, 1ª edição de Março de 2009

A minha nota:

02 julho, 2009

#6 BERNARD PRINCE: A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran

O sexto volume da colecção “Clássicos da Revista Tintin” dedicado a Bernard Prince, distribuído no passado dia 24 de Junho com jornal Público, foi muito bem-vindo. Afinal Hermann é um dos meus autores preferidos.

Com histórias publicadas originalmente entre 1977 e 1978, este álbum recorda-nos uma das mais interessantes séries de aventuras criadas na banda desenhada franco-belga, até os seus autores, primeiro Hermann e depois Greg, também responsáveis pela excelente série “Comanche”, decidirem seguirem outros caminhos.

Terminada a leitura, deixo aqui as minhas impressões sobre estas duas aventuras:

Na primeira história “A Fortaleza das Brumas” (é dela a excelente imagem que ilustra a capa do álbum) tudo se desenrola sob um jogo de enganos. Começa quando um misterioso Sr. Smith “contrata” Bernard Prince para intermediar a libertação da sua filha. O pagamento do resgate de um milhão de dólares em diamantes é o mote para uma aventura passada nas montanhas, onde o aparecimento de uma curiosa personagem de nome Koubhak influenciará decisivamente o desfecho da história. O argumento de Greg revela-se aqui bastante habilidoso, manipulando todas as personagens, que com excepção dos nossos heróis, assumem papeis que não os seus. A arte de Hermann mostra-se bastante apurada, sendo expressiva nas personagens e autêntica no desenho da paisagem seca onde decorre praticamente toda a acção.

A segunda história “Objectivo Cormoran”, passada no sul de França, na costa dos milionários, Bernard Prince e os seus companheiros são envolvidos num estranho plano que tem como objectivo assassinar um rico empresário com ligações á máfia. Numa narrativa com personagens bem estruturados, diálogos bem construídos, e como convêm cheia de acção, sucedem-se os volte-faces no desenrolar da história, cujo desfecho termina com um sacrifico final inesperado. Mais uma vez, Hermann domina, não só em termos gerais, com as suas paisagens em vários planos a revelarem-se grandes imagens, mas também ao nível do detalhe, não se inibindo no desenho de cenas de violência.

Em resumo, excelente leitura de duas grandes histórias de aventuras, ainda que pessoalmente tenha gostado mais da segunda. Aproveito para deixar aqui a sugestão de publicação em álbum do inédito “A Fornalha dos Condenados” correspondente ao n.º 7 da colecção original que cairia muito bem, numa eventual segunda série destes “Clássicos da Revista Tintin”.

Aguardo agora com expectativa Buddy Longway (álbum nº 11 da colecção).

Bernard Prince A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran
Autores: Greg e Hermann
Álbum nº 6 Colecção “Clássicos da Revista Tintin”, Cores, Capa mole
Editora: ASA/Público, 1ª edição de Junho de 2009

A minha nota:

20 novembro, 2008

O Diabo dos Sete Mares - parte 1

Li e reli. O último álbum de Hermann, a primeira parte de “O Diabo dos Sete Mares” publicado recentemente pela VitaminaBD, provocou-me um misto de curiosidade e desilusão.

Primeiro porque Hermann explora aqui um novo mundo. Depois dos ambientes da idade média (universo de “Bois-Maury”), do western americano (“Comanche”, “Mataram Wild Bill”) ou de cenários pós-apocalíptico (série “Jeremiah”), seguem-se as histórias de piratas. Hermann mantêm-se fiel ao seu traço, demonstrando assim uma enorme versatilidade no seu desenho, apesar do argumento, infelizmente, não deixar grande margem de manobra na exploração de paisagens e na captação da atmosfera própria que emana daqueles ambientes. Aliás considero o argumento a parte mais fraca do álbum. Como em qualquer história de piratas que se preze, gira em redor da busca do grande tesouro, neste caso o do pirata Robert Murdoch, cujo cognome dá o título ao álbum. Mas a descentralização de toda a acção, consubstanciada na evolução de várias histórias paralelas, uma de amor protagonizada por um jovem casal em fuga e as restantes de ganância e traições por dois pequenos grupos de piratas, tudo personagens que se encontram ligadas de formas indirectas e diferentes, mas que confluem todas para um único objectivo, aliado á mudança, brusca por vezes, de rumo de cada uma delas, torna o argumento algo confuso nesta primeira parte da história.

E por falar em confusão, chamo a atenção para a troca de nomes entre “Port Royal”, “Spanish Town” e “Kingston”, três cidades diferentes mas que no álbum são referidas como se da mesma se tratasse (ver últimas vinhetas das págs. 41 e 43 e pág. 44). Fica a dúvida se se trata de erro do tradutor ou confusão do argumentista?

Para além de considerar que existe menos acção do que aquela que seria de esperar num álbum de piratas, dou porém o beneficio da dúvida e aguardo pela conclusão da história. Mas como fã de Hermann, não me custa incluir este “Diabo” na prateleira ao lado de outros álbuns tais como “Caatinga”, “Afrika” ou mesmo a série “Jeremiah”.


A minha nota:

Edição: VitaminaBD, 1ª edição de Agosto de 2008

15 maio, 2008

Afrika

Tenho para mim que um dos melhores álbuns lançados no ano passado, em Portugal, foi "Afrika" de Hermann, da editora Vitamina BD.

Com a acção a desenrolar-se tendo por fundo a paisagem africana, este "Afrika" centra-se na figura de Dário Ferrer, um homem fechado e desencantado, ex-militar, agora responsável pela segurança de uma reserva natural da África Equatorial, com a missão de proteger os animais da caça furtiva.

Um dia, é contactado por Charlotte, uma jornalista que lhe solicita ajuda para fazer uma reportagem sobre caçadores furtivos e de forma inesperada, transformam-se ambos em testemunhas acidentais do massacre de uma aldeia organizado pelo exercito local com o apoio de uma empresa multinacional.

A partir daqui assistimos a uma fuga pela selva, numa luta pela sobrevivência, onde o maior predador é o próprio Homem, com um desfecho imprevisível mas obrigatoriamente trágico.

Uma história bem estruturada, auto-conclusiva, donde se destaca o traço extremamente fiel e realista de autor, nomeadamente no que respeita ao magnifico desenho de animais, transformando este álbum num dos melhores que já li de Hermann.

A minha nota:

Edição: Vitamina BD, 1ª edição de Outubro de 2007