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17 maio, 2020

Leitura: O Corvo - Inconsciência Tranquila

A vantagem do confinamento é o tempo para leituras. E dia de hoje foi do CORVO. Mais de uma década depois do último álbum, «Laços de Família», o regresso do nosso herói fez-se com «Inconsciência Tranquila», conscientemente o mesmo título já referido num desenho publicado como extra no 3º álbum.

E o que dizer desta nova leitura? Começo pelo fim para dizer que esta nova aventura está SUPER! Nos telhados de Lisboa, temos agora um mascarado mais maduro, na arte e no humor, que estão absolutamente fantásticos. É um Corvo em grande forma, que veste aqui definitivamente a pele de super-herói(?) (seja lá o que isso significa) e com tudo que este novo estatuto confere: poses cinematográficas, piadas, e até uma néme..quê???. É necessário para equilibrar a contenda. É sabido que não há herói sem vilão (e o contrário também é verdade), e assim temos o Combustão, também num explosivo regresso. E quase que arrisco dizer que os momentos de combustão instantânea quase que “roubam a cena” ao nosso protagonista. São humor puro. E claro que uma boa história só o é com uma pitada de sexo e se meter religião pelo meio melhor ainda. A sequência e os pormenores (e as personagens) no Convento são sexualm… religiosamente deliciosos.

O Luís Louro pode ficar de consciência tranquila, porque brinda-nos com uma heroica narrativa, de dinâmica quase cinematográfica, que não esquece os elementos das anteriores aventuras, nem as habituais múltiplas referências escondidas, que já se tornaram quase uma assinatura de autor. Tudo isto é servido numa generosa e cuidada edição da Ala dos Livros. Uma excelente leitura numa excelente edição. Não se pode pedir mais. Temos aqui um super-candidato ao prémio de Melhor Álbum do ano.


O CORVO - INCONSCIÊNCIA TRANQUILA
Argumento e desenho de Luís Louro
Editora ALA DOS LIVROS





27 julho, 2015

Leituras: O Árabe do Futuro 1 - Ser Jovem no Médio Oriente (1978-1984)

Vencedor do prémio «Fauve d’or» para melhor álbum na edição deste ano do Festival de Angouleme, a recente edição em português de O ÁRABE DO FUTURO da editora TEOREMA, foi uma completa surpresa. Quando demos por ela, já se encontrava nos escaparates das livrarias. Confesso que quando recebi o livro, passei uma vista de olhos pelas primeiras páginas e não me senti cativado. Culpei um desenho demasiado simples, algo caricaturesco. Quando voltei a pegar, pude confirmar que um livro de BD não vive só do desenho. E a força de O Árabe do Futuro está, sem dúvida, no seu argumento. É uma obra subtil, mas sobretudo corajosa.

Trata-se de uma novela gráfica, género que já ganhou o seu espaço entre os leitores portugueses. De cariz autobiográfico, o autor, Riad Sattouf, um “árabe de cabelos louros”, filho de pai sírio e mãe francesa, relata um período da sua infância, no início da década de 80, quando o seu pai recebe um convite para leccionar numa universidade em Tripoli. É a partir deste momento, que nós, os leitores, embarcamos numa viagem pelas vivências e realidades de um mundo árabe, primeiro na Líbia de Kaddafi e depois na Síria de Hafez al-Assad, onde os níveis de civilização se afastam (e muito) do padrão europeu.

Neste volume, revela-se a integração. Vindos de França, o dia-a-dia de Sattouf e da família nestes países, onde imperavam regimes militares autoritários, é uma realidade desconcertante, difícil de perceber, mas que contado a partir da perspectiva do olhar inocente de criança, reveste-se de uma lógica simples deliciosamente humorística mas que simultâneamente esconde uma critica corrosiva, ou não se socorresse o autor, muitas vezes de pensamentos e pequenas legendas, ou mesmo a figura do seu pai, homem de fé, sonhador e crente no pan-arabismo e no desígnio da nação árabe, mas que guarda um forte desejo capitalista, para ilustrar o absurdo. Percebemos a forte ironia do título da obra, quando observamos que é neste estranho mundo, desprovido de valores básicos e assente num estado de completa falência social, que o jovem Sattouf se prepara para entrar na escola e assim cumprir com o desejo do seu pai de se tornar o árabe do futuro.

Anunciada como uma trilogia, este primeiro volume O Árabe do Futuro – Ser Jovem no Médio Oriente (1978-1984) é uma banda desenhada surpreendente e que se lê num fôlego. Num ano já marcado por boas edições, esta bela surpresa vem confirmar a tendência e elevar a fasquia. Recomendo. Sabendo que segundo volume foi já editado em França, aguarda-se agora pela continuação... em português.

O Árabe do Futuro - Ser Jovem no Médio Oriente (1978-1984)
Argumento e desenho de Riad Sattouf

Edição Teorema, 1ª edição de Julho de 2015



07 janeiro, 2014

Leituras: As Águias de Roma - Livro IV, de Marini

A minha segunda escolha como leitura do ano de 2013, recai sobre o Livro IVA da colecção AS ÁGUIAS DE ROMA. Uma escolha quase natural, direi eu, uma vez que os primeiros três álbuns desta colecção figuraram com as minhas «leituras de 2011». Entre toda a banda desenhada de matriz fraco-belga publicada actualmente e com regularidade em Portugal, considero esta série aquela que mais se destaca. E são várias as razões.

A principal, para mim, é que se trata do melhor trabalho do seu autor Enrico Marini. Conhecemos a sua arte em Gypsy (ed. Meribérica), Rapaces (Meribérica e ASA), Estrela do Deserto (ASA), O Escorpião (ASA), mas é aqui em Águias de Roma, onde assegura tudo, desde do argumento até as cores, passando pelo desenho, que Marini se revela um autor total.

AS ÁGUIAS DE ROMA é uma série pensada para cinco volumes. Bem estruturada e com um argumento desenvolvido de forma irrepreensível, onde se misturam personagens figuras e factos reais com ficção, versa sobre a expansão do Império Romano para um vasto território, povoado por tribos bárbaras, localizado nas margens do rio Reno, conhecido como Germânia, A acção começa no ano 1 a.C. com Augusto soberano. Roma ocupa partes da Germânia, e vai estabelecendo alianças com as tribos derrotadas. É neste contexto que o príncipe bárbaro querusco Sigmar entrega o seu filho Ermanamer como refém como garantia da aliança com Roma. Entregue aos cuidados de Tito Valério Falco, ao jovem é-lhe atribuída a cidadania romana e o nome de Caio Júlio Arminio, sendo criado e educado nas artes militares conjuntamente com Marco, o filho de Tito.

Fazendo uma síntese dos álbuns anteriores, assistimos ao crescimento e desenvolvimento destes dois personagens e ao evoluir da sua relação de amizade até ao ponto dos caminhos dos dois divergirem. 
 
Arminio é enviado para a Germânia no comando de uma unidade militar afim de terminar com focos de rebelião e restabelecer a ordem com as tribos; Marco apaixona-se por Priscilla, uma mulher comprometida, e na impossiblidade de ficar com ela, dedica-se de corpo e alma à sua condição de oficial militar, sendo o seu esforço e bravura em batalha reconhecido pelo Imperador. É-lhe então atribuída a missão secreta de apurar se a condição de Armínio é de fidelidade a Roma, ou mata-lo caso verifique que é um traidor.

Entretanto em terras germanicas, Arminio começa um perigoso jogo duplo. Age implacavelmente para conter pequenas revoltas, não hesitando em sacrificar os seus, com o intuito de ganhar cada vez mais a confiança do Governador e Comandante das legiões do Reno, Públio Quintílio Varo; em segredo reune-se com os chefes das tribos bárbaras no sentido de se tornar seu lider, dando corpo a uma antiga profecia que falava na chegada de um lider que iria unir todas as tribos da Germânia. Por seu lado, Marco chegado à Germânia, reencontra Priscilla, que acompanha o seu marido Quinto Lépido, comandante da máxima confiança do Governador Varo. O clima é pouco hospitaleiro para Marco, num jogo onde os interesses e os ciúmes imperam, sendo enviado para comandar um posto avançado situado em território hostil. É aqui que se começa a aperceber das movimentações de Armínio e confronto entre «irmãos» torna-se inevitável.



E chegamos ao quarto álbum. A magnifica capa deste já deixa adivinhar que o centro da atenção vira-se agora para Armínio. Este, à vista de Varo, não hesita em castigar implacavelmente todos aqueles que violam as leis romanas, mas na sombra assume-se finalmente como aquele que vai liderar as tribos contra o invasor romano.


Marini gere com mestria toda a sucessão de acontecimentos que irão conduzir as legiões de Varo para o massacre na batalha da Floresta de Teutoburgo (facto verídico). Armínio reúne a confiança máxima do governador. Marco é desacreditado nas denúncias que faz e é acusado de ter morto o lacaio de Varo. Lépido é assassinado durante o sono. E todas as testemunhas incómodas para Armínio são silenciadas. Fica montando o cenário para o quinto e último volume desta colecção.

E é a abordagem de todos estes desenvolvimentos, nas sequências, nos detalhes, complementados com um desenho, e que desenho, forte e expressivo, que não poupa nos pormenores, sobretudo nas cenas de combate, que conduzem o leitor para um ritmo de leitura que não admite paragens. Do melhor da banda desenhada franco-belga.

As Águias de Roma IV
De Marini
Editora ASA, 1º edição de Dezembro de 2013



27 dezembro, 2013

Leitura: Rugas, de Paco Roca

Nota introdutória:
Todos os anos, no inicio de cada, e relativamente ao anterior, em jeito de balanço escrevo a rubrica «revista do ano». Aqui tenho por hábito elaborar uma selectiva lista (5) daquelas bandas desenhadas, cuja leitura, quer seja pela história, quer seja pelo desenho, quer seja por ambos, me deu grande satisfação, motivo pelas quais as elejo como «leituras do ano».

No entanto, nem sempre escrevo aqui no blogue sobre essas leituras, pelo que fica se calhar a faltar qualquer coisa. Assim este ano vou fazer as coisas de forma diferente. A ideia é publicar aqui os cinco textos correspondente às minhas cinco leituras do ano de 2013. Basicamente a razão das minhas escolhas. Sem qualquer ordem especifica, segue-se a primeira: RUGAS



RUGAS do autor espanhol Paco Roca (edição Bertrand) foi uma das minhas primeiras leituras e desde logo uma das melhores. É uma história com uma dimensão humana como poucas histórias em banda desenhada alcançarão. Acompanhamos Emílio. Bancário reformado é portador da doença de doença de Alzheimer. É através dele que entramos numa triste realidade chamada lar de terceira idade. Logo nas primeiras páginas, o autor castiga o leitor com a imagem de alguém que é largado pelo filho naquela que é a sua última paragem antes do fim. Ainda que o tema principal da história seja a doença de Alzheimer, Paco Roca consegue uma articulação entre a doença, a velhice e a amizade, numa abordagem realista com uma linguagem simples mas profunda.


Um destes dias, uma amiga minha contava-me que uma tia dela, com o início da doença, brincava com a situação dizendo que umas das vantagens de se ter Alzheimer, era conhecer novas pessoas todos os dias. É quase no mesmo tom divertido que Paco Rosa aborda aqui a doença. Começa logo pela excelência do desenho da capa desdobrável. A composição gráfica que mostra as memórias de uma vida (representadas pelas fotografias), ao longo de uma viagem de comboio (não poderia haver maior simbolismo) vão saindo desaparecendo da cabeça de Emílio, que mostrando um ar sereno se mostra incapaz de reagir, é de uma singularidade extraordinária.

RUGAS funciona como uma espécie de diário da vivência (e decadência até à chegada do "longo adeus") de Emílio no lar. Numa instituição onde no dia-a-dia todos os dias são iguais, somos apresentados a um universo de personagens (seniores) peculiar e representativas (inspiradas em casos reais) que compõem todo um quadro, e com as quais o autor consegue pautar um arco narrativo de situações que inevitavelmente causam algum desconforto, com bons momento de humor.

Mas RUGAS não conta só uma boa história, serve igualmente de critica social. E é na personagem Miguel, o companheiro de quarto de Emílio, e com quem Emílio divide o protagonismo na história, que o autor faz o "abanar" de consciências, ao dotar-lhe de um cinismo desconcertante, que lhe permite por exemplo definir os velhos como "fardos inúteis da sociedade" (pag. 35) e simultaneamente de uma generosidade e amizade que no final surpreende o leitor.


RUGAS é assim uma obra que olha com respeito para o principio do fim, traduzindo-se num bonito e critico ensaio sobre a velhice, o qual dá gosto ler, o qual dá gosto emocionar. Não há como não gostar.


Rugas
De Paco Roca
Bertrand Editora, 1ª edição de Março de 2013




18 novembro, 2013

Leitura: Asterix entre os Pictos


Retomo aqui a rúbrica das leituras com o mais recente álbum de Asterix. O 35º álbum de aventuras foi talvez um dos álbuns de banda desenhada mais esperados do ano. Diz o incrível número de cinco milhões de exemplares de tiragem global. A mudança de autores verificada numa das séries mais populares no universo da banda desenhada fez crescer grandes espectativas. E não era uma herança fácil a responsabilidade assumida por Jean-Yves Ferri, no argumento e Didier Conrad, no desenho, em substituir Goscinny e Uderzo.

A verdade é que a leitura deste Asterix entre os Pictos não desilude mas também não entusiasma. Fico-me pelo meio termo. A premissa de uma viagem à terra dos pictos, leia-se Escócia, prometia uma boa aventura, a julgar pela história e cultura deste país. Um «picto» congelado dá à costa na Gália e os nosso heróis ficam encarregados de o levar de regresso ao seu país, acabando por interferir na eleição do novo rei dos Pictos. O argumento sem grandes rasgos de inspiração mostra-se competente q.b. Começa por revisitar os lugares-comuns na aldeia gaulesa. Não falta um piscar de olho à actualidade politica francesa com a questão do «direito de asilo» nas palavras do chefe Abraracourcix Matasétix com a resposta de imediato da esposa Bonemine Boapinta. Chegada a hora da verdadeira aventura começar, numa viagem de barco até à Caledónia, não falta o habitual encontro com os piratas, com o desfecho sobejamente conhecido.


E aqui chegados, enquanto leitores facilmente identificamos algumas das referências que a Escócia pode oferecer. Os clãs, a "lontra" de Loch Ness, a água de malte (leia-se whisky). Os trocadilhos com a linguagem pictograma mostram-se bem conseguidos. Mas os pictos revelam-se umas personagens mal caracterizadas, desenxabidas, o que não ajuda na história. Falta talvez uma alusão a Mel Gibson com o «seu» Braveheart, e faria depois todo o sentido que em vez de uma sugestão de aliança dos Pictos com os romanos para uma invasão da Gália(!), tivesse existido uma ameaça de invasão à Bretanha conhecendo-se a animosidade histórica entre escoceses e ingleses. As referência às musicas dos Beatles feita pela personagem principal do pictos, o Mac Brasa, também me parecem desenquadradas. No final, desmascarado o vilão, Mac Abro, salva-se as lutas contra os romanos e fecha-se com tradicional banquete.


No desenho, Conrad cumpre com o exigido. Mantem um registo gráfico fiel e nisso substitui Uderzo sem grandes problemas. Boa dinâmica do desenho e isso traduz-se num resultado final globalmente muito bom.

Asterix entre os Pictos mostra-se assim um álbum sem grandes ambições, onde claramente os autores podiam ter sido mais audazes. Jogaram pelo seguro e garantem uma leitura divertida. Com isto tem o mérito de fazer esquecer os álbuns anteriores, pelo menos os dois últimos, e trazer os irredutíveis gauleses de volta aos leitores. E isso faz deste álbum uma boa excelente noticia.

Asterix entre os Pictos
Autores: Jean-Yves Ferri e Didier Conrad
Volume 35, cores, capa dura
Editora ASA, 1ª edição de Outubro de 2013



08 outubro, 2013

Leitura: Death Note vol. 6 - Toma Lá, Dá Cá


Facto. Com este sexto volume, ano e meio depois do inicio da publicação, a Devir tem cumprido e metade desta coleção já está editada em português. E pode-se dizer que as expectativas tem sido correspondidas. Death Note é uma mangá de leitura obrigatória a um ritmo que quase não admite paragens.


Há histórias que mesmo perdendo algum fôlego, até porque se desviam do seu curso principal,mantêm uma qualidade narrativa irrepreensível. Esta é uma delas. O ponto de partida deste volume, com o curioso título de Toma Lá, Dá Cá são os acontecimentos desencadeados pelo aparecimento de um terceiro Kira (ver livro anterior). Uma opção que não me entusiasmou muito, mas que se aceita em prol da história.

Assistimos agora ao evoluir da investigação por parte de L e Light. que se centra sobre um grupo de sete suspeitos. A história vai em crescendo ao longo dos vários capítulos.

Misa assume um papel importante ao identificar o novo Kira e a partir daqui torna-se interessante observar o desencadear de acontecimentos evoluírem literalmente à velocidade alucinante de uma perseguição automóvel. Graficamente tudo isto é qualquer coisa de extraordinário.

Death Note – Toma Lá, Dá Cá
Autores: Tsugumi Ohba (argumento) e Takeshi Obata (desenho)
Volume 6, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Março de 2013














A minha nota:


Já publicados na colecção:
- Death Note vol. 1 - Aborrecidos
- Death Note vol. 2 - Encontro
- Death Note vol. 3 - Corrida Louca
- Death Note vol. 4 - Amor
- Death Note vol. 5 - Recomeço

09 setembro, 2013

Leitura: Death Note vol. 5 - Recomeço

Continuo absorvido pela leitura de Death Note. E retomo aqui a rúbrica «leituras» no quinto livro da série. Curiosamente Recomeço é o título deste volume. A sua leitura surpreende. Assiste-se à inversão do caminho que já nos tinhamos habituado nesta série. Sob forte pressão de L, Light aceita ser detido para afastar as suspeitas de ser Kira. Em consequência abdica do seu Death Note e das suas memórias como Kira. Daí o título da história.

Toda esta situação, que já se tinha envolvido inclusivamente Misa, igualmente detida e que anteriormente já tinha renunciado ao seu Death Note, pareceu-me algo forçada. Então o capitulo Pai e Filho, com o chefe Yagami a confrontar Light, mostra-se exagerado e como tal perfeitamente dispensável. Confesso que não apreciei esta opção na história. A falta de Light como Kira e a ausência de Ryuk tira algum encanto à narrativa.

Na sequência de todos estes desenvolvimentos, surge agora um terceiro Kira, identificado pela coincidência de uma série de mortes ocorridas no mundo empresarial.

Apesar de ficar com a ideia, que toda esta situação representa apenas um desvio no desenvolvimento da história principal, a verdade é que a sua leitura revela-se interessante, pelo não só pelo surgimento de novos personagens, Wedy, uma ladra e Aiber, um vigarista principal, que curiosamente trabalham com L, como pelo facto do novo Kira encontrar-se num grupo de oito suspeitos, os administradores do grupo Yotsuba.

A acção centra-se então neste grupo, pelo que a expectativa será observar no próximo volume os desenvolvimentos que conduzirão à identificação do 3º Kira. Recomeço mostra-se assim de leitura interessante, mas alguns furos abaixo da intensidade dos volumes anteriores.


Death Note – Recomeço
Autores: Tsugumi Ohba (argumento) e Takeshi Obata (desenho)
Volume 5, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Março de 2013




Outros volume já publicados na colecção:
- Death Note vol. 1 - Aborrecidos
Death Note vol. 2 - Encontro
- Death Note vol. 3 - Corrida Louca
- Death Note vol. 4 - Amor

15 fevereiro, 2013

Leitura: The Walking Dead vol. 4 - O Desejo do Coração

Com o regresso da série à televisão portuguesa, que sinceramente começa a ficar bastante aquém da qualidade da história em banda desenhada, parece-me oportuno falar aqui justamente do novo livro da colecção The Walking Dead, lançado entre nós, em Dezembro último, pela Devir.
O quarto volume, intitulado O Desejo do Coração, que reúne as histórias publicadas originalmente em comic (IMAGE #19 a #24), mostra-nos uma narrativa, que decorre praticamente no ambiente tenso e fechado da prisão, onde o grupo tinha procurado refugio (ver volume anterior Segurança na Prisão).

Não avançando muito no desenvolvimento da história principal, poderá pensar-se que este “intervalo” na acção, onde o autor opta por se focar nas relações entre os vários elementos do grupo de Rick, mostra alguma fragilidade na narrativa. Na verdade, e muito pelo contrário, este capitulo, chamo-lhe assim, revela-se importante na história por ser extremamente revelador.

O principal destaque neste volume vai para o aparecimento de uma das personagens femininas mais interessantes que surgiram em banda desenhada: Michonne. Misteriosa e de natureza solitária e fechada, a sua aparição logo nas primeiras páginas causa impacto. Armada de uma katana e acompanhada por dois mortos-vivos que traz acorrentados – mais tarde vimos a saber tratar-se do seu namorado e do melhor amigo deste. O caminhar na sua companhia permitiu-lhe sobreviver de ataques. Quando salva Otis, um dos elementos do grupo, de um ataque de zombies, revelando uma enorme perícia com a sua espada, é-lhe aberta as portas da prisão e a sua entrada no grupo de Rick.
Feitas as apresentações, é a integração e  acção de Michonne no grupo que faz libertar as fortes emoções e discórdias contidas que ferem o ambiente dentro da prisão. A própria liderança e as opções de Rick são postas em causa e o auge acontece num brutal confronto físico entre este e Tyronne. E todo o magnifico trabalho gráfico de Adlard dá uma maior expressão a toda esta tensão.
O Desejo do Coração expõe assim, com bastante violência física e emocional, a forma como o grupo se organiza perante uma nova realidade. E é desta forma que este capítulo acaba por marcar o ponto de viragem. Rick apercebe-se que o mundo tal como o conheciam desapareceu e nada volta a ser como dantes. O bem e o mal confundem-se agora. A moralidade desapareceu. E a sobrevivência pode passar pela necessidade de matar, tanto os mortos (ameaça conhecida)… como os vivos (nova ameaça).


Pessoalmente achei excelente este capitulo. Trouxe dimensão às personagens. Os dilemas morais de Rick que colidem com as suas opções, a raiva de Tyresse e a presença de Michonne dão força para os desenvolvimentos que se seguem. Que venha o Governador, desculpem... o próximo volume.


The Walking Dead - O Desejo do Coração
Autores: Robert Kirkman e Charlie Adlard
Volume 4, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Novembro de 2012




E para quem teve a paciência de me acompanhar até aqui, deixo uma "curta", como extra não incluído no livro, que conta a história de Michonne e a sua transformação em sobrevivente do apocalipse zombie. Boas leituras!

MICHONNE'S STORY





05 janeiro, 2013

Leitura: Comprimidos Azuis

Foi uma das minhas últimas leituras de 2012, e devo dizer que fiquei bastante agradado com Comprimidos Azuis, de Frederik Peeters, da Devir. É o mais recente bom exemplo de um género que ganhou espaço na edição de banda desenhada em Portugal. Na onda de novelas gráficas autobiográficas, Comprimidos Azuis é um diário pessoal, ilustrado a preto-e-branco, num desenho solto a pincel, simples mas expressivo, onde encontro algumas semelhanças com o traço de Craig Thompson.

O autor descreve uma poderosa experiência de vida. São quatro os intervenientes na história. Um deles é invisivel, mas está sempre presente ao longo da narrativa. Trata-se do vírus VIH. Elemento central da história, faz o papel de figura desencadeadora de emoções como a paixão, o medo, a angustia, a punição, a raiva numa escalada até à redenção. Cati é uma jovem mãe divorciada por quem Fred (o autor usa pseudónimos), se apaixona. Cati é seropositiva. O seu filho menor também o é. Toda a narrativa é feita pelo olhar de Fred. Nunca conheceremos o estado de espírito de Cati. Apenas aos pensamentos e as interpretações de Fred. O surgimento da figura do rinoceronte branco no consultório médico é poderosa e bastante elucidativa da angustia e a ignorância perante uma doença silenciosa. A linguagem visual de Peeters é quase perfeita.

De leitura fluída, Comprimidos Azuis é uma obra convincente, acessível, onde o tom bem-humorado de alguns momentos de vida ajudam a desmistificar, sem dramas, o vírus VIH, transformando-o como parte integrante de um quotidiano real. Recomendo a leitura!



Comprimidos Azuis
Autor: Frederik Peeters
Álbum único, preto e branco, capa dura
Editora: Devir, Biblioteca da Alice, edição de Dezembro de 2012

A minha nota:

29 novembro, 2012

LEITURA: Operação Mar Verde

Definitivamente um dos temas mais fracturantes da nossa História - a guerra colonial - está de regresso à banda desenhada nacional. Miguel Peres e João Amaral abriram as “hostilidades” com o recente Cinzas da Revolta (edição ASA). Depois parece que o novo trabalho de Vítor Mesquita, no qual se encontra presentemente a trabalhar, também versa sobre o tema.

E finalmente chegou-me às mãos o novo álbum Operação Mar Verde (edição Caminhos Romanos) da autoria de A. Vassalo, que foi uma das minhas leituras de fim-de-semana.

O autor é um veterano de guerra e na temática da guerra, em particular da guerra colonial em banda desenhada. O blogue BDBD, numa entrevista recentemente publicada, apresenta uma pequena bibliografia, e nela encontramos publicações relacionadas. Pessoalmente lembro-me da revista Comandos ao Ataque - Mamassuma, com uma história pura e dura de enaltecimento às nossas forças especiais, que agora associo ao autor.

António Vassalo, ou Vassalo de Miranda como também assina, regressa agora com um capitulo da nossa história recente verdadeiramente fantástico. Baseada em factos verídicos, descreve uma das mais bem elaboradas e mais bem sucedida operação militar, levada a cabo pelo exercito português, durante a guerra colonial, justamente designada com o nome de código Operação Mar Verde. Esta tinha vários objectivos. Desde da destruição de lanchas-torpedeiras e instalações militares do inimigo até à libertação de 26 compatriotas nossos, que se encontravam detidos numa prisão da Guiné Conakri.

Um pequeno grupo de tropas bem treinadas. Uma operação militar secreta clandestina nunca reconhecida oficialmente. Uma invasão de um pais africano governado por um ditador. Prisioneiros de guerra esquecidos numa prisão. Herois e traidores. São os ingredientes mais que necessários para o argumento de uma boa história de guerra.

E o autor proporciona-nos, numa narrativa assumidamente descritiva e num registo sóbrio a preto e branco, uma boa leitura. Peca contudo por saber a pouco. Todo o desenvolvimento é demasiado rápido, não explorando devidamente todo o potencial que a história oferece. Os principais intervenientes directos  diluem-se na acção, destacando-se apenas a figura do Comandante Alpoim Calvão, mentor da operação. Existe o delicioso pormenor de apanhar um taxi para verificar no terreno o evoluir da operação. Mas mais que criar uma grande história em banda desenhada, retira-se a intenção do autor, sempre fiel ao seu registo de enaltecimento dos "nossos", de prestar uma justa homenagem ao exercíto português e ao Comandante Alpoim Calvão. E o objectivo, legitimo, é claramente alcançado.

E apesar de curto, deu-me um enorme prazer ler este álbum. Pelo conhecimento que trouxe. E porque sabe bem confirmar o "nobre povo e nação valente" que somos.

Operação Mar Verde
Autor: António Vassalo
Álbum único, preto e branco, capa mole
Editora: Caminhos Romanos, edição de 2012

A minha nota:

25 outubro, 2012

Leitura: O Hobbit

Um dos mais oportunos lançamentos da Devir este ano é, sem dúvida, o álbum O Hobbit. A adaptação gráfica do conhecido conto de JRR Tolkien que antecede a trilogia conhecida de O Senhor dos Anéis apresenta-se numa edição de excelência. Nova encadernação em capa dura, uma diferente ilustração na capa e num formato maior se comparado com a 1ª edição lançada em 2002. Em termos do interior não tenho meio de comparação (não possuo a edição anterior), mas posso dizer que na edição actual o trabalho de cores apresenta-se muito bom.

O Hobbit conta a fantástica história como o hobbit Bilbo Baggins, juntamente com mais 13 anões, embarca numa atribulada viagem cheia de perigos, para bastante além do seu mundo, para resgatar um magnífico tesouro guardado pelo terrível dragão Smaug ou então de forma muito resumida é a "incrível história como Bilbo Baggins descobriu o anel".
Como desfrutei do prazer do livro antes de me aventurar na leitura em banda desenhada (lá para Dezembro segue-se a "oportunidade" do filme), posso afirmar que esta espantosa narrativa de coragem e amizade tem uma adaptação, da responsabilidade Charles Dixon e Sean Deming, perfeita para banda desenhada pela fidelidade que apresenta. Muito me agrada que assim tenha sido feito, porque a riqueza do universo de Tolkien, nos diálogos e nas descrições narrativas, não poderia ter outro tratamento, muito à semelhança como, por exemplo, Peter Jackson fez e muito bem no cinema.
Ao nível do desenho, a arte de David Wenzel mostra-se extremamente capaz do desafio. Todos os espaços narrativos estão completos, num desenho realista e atento aos detalhes. O seu traço dá forma no nosso imaginário às imagens que criamos a partir da leitura do livro, revelando que absorveu toda a caracterização que é feita dos ambientes e sobretudo das personagens criadas por Tolkien. E o melhor reflexo disto são as grandes semelhanças que encontramos entre o desenho de Wenzel e as figuras de Gandalf e sobretudo do "precious" Gollum no fantástico cinema de Peter Jackson.

Esta edição da Devir mostra-se assim em linha com as grandes edições em Portugal de banda desenhada, tornando-se imprescindível para quem simultaneamente se mostra grande admirador da obra de Tolkien.

O Hobbit
Autoria de JRR Tolkien, adaptação de Charles Dixon e Sean Deming e desenho de David Wenzel
Álbum único, cores, capa dura
Editora: Devir, 2ª edição de Junho de 2012

A minha nota:

29 setembro, 2012

Leitura: The Walking Dead vol. 3 - Segurança na Prisão

Estão de regresso os mortos-vivos! A DEVIR acaba de lançar o terceiro volume da coleção, apanhando assim boleia da estreia na televisão da terceira temporada, que em Portugal acontece no próximo dia 17 de Outubro na FOX.

Segurança na Prisão” marca o início de uma nova fase para o grupo de Rick. O caminho, depois de abandonarem a quinta de Hershel, leva-os a uma penitenciária. Apresentando segurança contra o exterior, aparentemente reúne as condições para a sobrevivência. Depois da obrigatória “limpeza” de zombies que a ocupavam, o sítio que outrora representava a condenação é agora, num mundo virado ao contrário, visto como um local de salvação. Mas na prisão, com tudo o que podia funcionar bem, depressa resvala para uma falsa segurança, dado o ambiente de desconfiança que se instala no grupo motivado pela presença de 4 desconhecidos, criminosos que lá permaneceram fechados enquanto o mundo cá fora se transformava.


Kirkman no argumento continua a explorar as emoções humanas até ao limite. Vai aos poucos descascando a humanidade das personagens. Apesar da ameaça zombie estar sempre presente, são as diferentes relações que se estabelecem entre os diferentes indivíduos do grupo o rastilho para a violência que acontece dentro da prisão. A maior ameaça está lá dentro e vem de onde menos se espera. Tyreese é o primeiro a sofrer com isso e o seu comportamento o melhor exemplo da opção de Kirkman. E Rick como líder desta pequena comunidade, visto como alguém, até pelo seu passado, que representa a autoridade, percebe agora, da pior forma, que o mundo mudou, a confiança no próximo pode por em causa a sobrevivência do grupo e talvez a sua. Na sequência de acontecimentos trágicos impõe sanções para quem desrespeita, sendo a justiça servida da forma mais simples que se possa admitir: quem mata morre. E é esta constante subversão das regras que torna a leitura de Walking Dead absorvente.

Charlie Adlard na arte mantem o seu traço único, vibrante e expressivo sobretudo pelos grandes e expressivos planos de situações mais extremas. Torna-se difícil imaginar esta série sem o seu desenho de zombies.


The Walking Dead é assim leitura que se esgota depressa, e agora mais que nunca justifica-se que a Devir edite rapidamente o quarto volume da coleção, porque a terceira temporada televisiva abarca desenvolvimentos e introduz novos personagens que importa aos leitores portugueses desta série rapidamente conhecerem.

The Walking Dead - Segurança na Prisão
Autores: Robert Kirkman e Charlie Adlard
Volume 3, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Julho de 2012

A minha nota:


Relacionado:
- The Walkind Dead vol. 1 - Dias Passados

18 setembro, 2012

LEITURA: O Cavaleiro de Westeros

Os últimos tempos têm sido férteis em óptimas propostas de leitura para os bedefilos portugueses. Felizmente. O livro que agora falo enquadra-se nessa categoria.

Para aqueles que já se encontram familiarizados com todo o universo medieval fantástico criado por George RR Martin, o conto O Cavaleiro de Westeros do mesmo autor, agora editado em banda desenhada, mostra-se um obrigatório complemento da leitura. É-nos dado a conhecer um pouco mais da história dos Sete Reinos, em particular da Casa Targaryen, num período que antecede em cerca de 100 anos os eventos narrados nas Crónicas do Gelo e do Fogo.

A acção decorre durante a dinastia Targaryen, no reinado do rei Daeron II, num torneio medieval, onde Duncan (“Dunk”) um jovem escudeiro, aspirante a tornar-se cavaleiro andante, trava amizade com “Egg” um rapaz fugido da sua família, e vê-se envolvido numa situação de ofensa à Casa Targaryen, com um desfecho que inevitavelmente cobra o seu preço.

Como se podia esperar da escrita de George Martin, temos uma narrativa forte, que se desenvolve em redor de valores como a amizade e a honra, rica em personagens interessantes, evoluindo no ritmo certo, ainda que aqui se mostre limitada pela sua condição de episódio.

A adaptação para banda desenhada da responsabilidade de Ben Avery mostra-se exemplar. A arte de Mike Miller é igualmente bastante eficaz, com destaque para a grande dinâmica do desenho nas sequências de acção, que possibilita uma excelente visualização gráfica de todo um universo das justas e cavaleiros tão presentes nos Sete Reinos.

Este Cavaleiro de Westeros, que inaugura assim os contos “Dunk e Egg” em banda desenhada, constitui uma bela surpresa para os leitores das Crónicas pelos pormenores que revela da história dos Sete Reinos e possibilita a novos públicos que ainda não conhecem Westeros uma boa entrada neste mundo.


Para 2013 a editora Saída de Emergência prepara a continuação desta série, numa história intitulada A Espada Ajuramentada, apresentada em algumas páginas nesta edição como extra.

O Cavaleiro de Westeros
Autoria de George RR Martin, adaptação de Ben Avery e desenho de Mike Miller
Álbum único, cores, capa mole, formato americano
Editora: Saída de Emergência, 1ª edição de Setembro de 2012

A minha nota:






10 julho, 2012

HM 01: Homem-Aranha – Integral Frank Miller

Depois da leitura do livro Homem-Aranha Integral Frank Miller, o que posso dizer sobre o primeiro volume da colecção Heróis Marvel? Gostei bastante do formato. Equivalente ao comic americano, com encadernação em capa dura, recheado com 192 páginas e uma lombada sóbria. Na capa o desenho óbvio do Homem-Aranha, adaptado de uma vinheta de uma das histórias publicadas no interior. Sem extravagâncias esta é uma edição com excelente apresentação.

O livro traz-nos os inícios de Frank Miller como autor quando este era ainda um ilustre desconhecido. São aventuras do Homem-Aranha publicadas originalmente em títulos secundários, entre 1979 e 1981. Seis histórias soltas, retiradas de um contexto, que provoca como se pode observar pelas duas últimas publicadas, “Em terra de cegos…” e “Das cinzas às cinzas!”, a sua publicação incompleta, ainda que com a justificação válida que não foi Frank Miller a termina-la.

Torna-se o problema das edições dedicadas a autores. Deslocadas, as histórias por vezes são insípidas, e algumas apresentam mesmo narrativas pouco interessantes. Aqui ainda temos uma boa galeria de personagens que se cruzam ao longo das páginas. A maior curiosidade vai para o Demolidor, cuja respectiva série o autor assumiria depois desta passagem pelo Homem-Aranha. O que torna agradável de observar é a evolução em dois anos do trabalho de um Frank Miller em início de carreira, mas cuja arte ainda se encontra bastante longe do registo gráfico que o celebrizou, nomeadamente na série Sin City. Não obstante, o seu desenho revela desde logo uma grande agilidade e a sua ocupação das pranchas confere um forte impacto visual nas histórias. Aprecio particularmente as vinhetas na vertical. É esta talvez a mais-valia deste primeiro volume. A publicação em português numa única edição dos primeiros desenhos de Frank Miller. Adicionalmente ainda junta uma galeria de capas desenhadas pelo autor, mas que incompreensivelmente se apresenta incompleta.

Ainda assim este primeiro volume da colecção Heróis Marvel será uma edição mais do agrado de leitores conhecedores e apreciadores do génio de Frank Miller que propriamente um livro destinado ao público em geral.

História publicadas nesta edição:
- Amazing Spider-Man Annual #14: "The Bend Sinister” (traduzido para Retorno Sinistro) • 1980
- Marvel Team-Up #100: "Karma! She Possesses People!" (Karma!) • Dezembro 1980
- Marvel Team-Up Annual #4: "Power Play!" (Jogada decisiva!) • 1981
- Amazing Spider-Man Annual #15:"Spider-Man: Threat or Menace?" (Spider-Man: Perigo ou Ameaça?) • 1981
- Spectacular Spider-Man #27: "The Blind Leading the Blind" (Em terra de cegos...) • Fevereiro 1979
- Spectacular Spider-Man #28: "Ashes to Ashes" (Das cinzas às cinzas!) • Março 1979

A colecção completa das capas assinadas por Frank Miller pode ser vista na bd no sotão!

01 Homem-Aranha – Integral Frank Miller
Autor: Frank Miller
Colecção Heróis Marvel - Volume 01, cores, capa dura, 192 páginas
Edição: Público / Levoir, 1ª edição de Julho de 2012

A minha nota: