30 agosto, 2009

Figuras de colecção

A Planeta deAgostini lançou agora, de venda em quiosques e afins, uma colecção de 50 pequenas figuras de chumbo baseadas nos super-herois do universo DC Comics.

Apesar de gostar deste tipo de colecção, a verdade é que nunca me aventurei, até porque as peças mais interessantes tem uma correspondente proporção no respectivo preço de venda, já para não falar no mercado de importação ao qual teria de recorrer ou ao espaço de exposição que iria necessitar. No entanto, comprei a primeira figura desta colecção, o Batman. O preço de lançamento de €2,99 é desde logo convidativo. A estatueta apresenta-se num tamanho mínimo razoável. A pintura tem algumas falhas mínimas aceitáveis Vem ainda acompanhada de um fascículo bastante completo sobre a personagem do Batman, que fala das histórias clássicas em BD, dos principais adversários e dos “bat-objectos”. Nota positiva.

As restantes figuras da colecção tem o contra de nem todas as personagens retratadas serem do meu agrado e o preço elevado (acho!) de €6,99 para a 2ª figura e € 11,99 em diante. Certamente que optarei por uma colecção selectiva, com particular incidência nas figuras do universo Batman.

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26 agosto, 2009

Tarantino e rm Guéra e Inglourios Basterds

À primeira vista poderia dizer-se que qualquer referência ao novo filme de Quentin Tarantino não teria qualquer sentido em ser publicada aqui nas notas porquanto se trata de um filme de guerra inspirado numa antiga fita italiana da década de 70 e não uma qualquer adaptação de uma obra de banda desenhada publicada. Mas por outro lado este que vos escreve é um grande admirador da obra do sacana do realizador de Inglourious Basterds. Acontece que numa acção de marketing, Tarantino enviou para a Playboy o guião de uma das cenas do filme. A revista aproveitou e convidou o autor R.M. Guera para ilustrar o texto. O resultado é o universo Tarantino em BD, publicado na edição americana da Playboy. 
 
A arte é muito boa, os diálogos ricos em ironia e há alguma violência (só uma página). Em baixo reproduzo as seis páginas da história.Numa inversão de costumes, o cinema foi adaptado à banda desenhada. O filme ante-estreia hoje em Portugal, e eu vou lá estar. 
 

 



24 agosto, 2009

Séries Incompletas: Storm

Começo por esclarecer os leitores que o texto que se segue não trata da personagem mutante Tempestade (Storm em inglês) da Marvel. Trata-se antes da fantástica banda desenhada de ficção científica, criada pelo autor inglês Don Lawrance, para uma editora holandesa, sobre as aventuras de Storm, um astronauta enviado para investigar uma estranha mancha vermelha existente na superfície do planeta Júpiter, mas que ao ser apanhado no meio de uma tempestade espacial é transportado no tempo, regressando à Terra numa época distante e diferente daquela que conhecia. A civilização ruiu, os oceanos desapareceram e o planeta é agora um mundo hostil. Storm, um terrestre que se caracteriza pela sua coragem e bravura, começa então uma luta pela sobrevivência. Logo na primeira aventura conhece Carrots, uma ruiva que se tornará a sua companheira ao longo da série, e que é sem dúvida uma das ruivas mais sexy’s alguma vez desenhadas para banda desenhada.

Ao longo de 25 anos, não obstante a participação de vários argumentistas ao longo da série, todos os álbuns da colecção até ao n.º 22, foram desenhados por Don Lawrance. A série encontra-se dividida em duas partes:

The Chronicles of the Deep World
1. The Deep World (1978) (argumento de Philip 'Saul' Dunn)
2. The Last Fighter (1979) (argumento de Martin Lodewijk)
3. The People of the Desert (1979) (argumento de Dick Matena)
4. The Green Hell (1980) (argumento de Dick Matena)
5. The Battle for Earth (1980) (argumento de Dick Matena)
6. The Secret of the Nitron Rays (1981) (argumento de Dick Matena)
7. The Legend of Yggdrasil (1981) (argumento de Kelvin Gosnell)
8. City of the Damned (1982) (argumento de Kelvin Gosnell)
9. The Creeping Death (1982) (argumento de Don Lawrence)

The Chronicles of Pandarve (argumento de Martin Lodewijk)
10. The Pirates of Pandarve (1983)
11. The Labyrinth of Death (1983)
12. The Seven of Aromater (1984)
13. The Slayer of Eriban (1985)
14. The Hounds of Marduk (1985)
15. The Living Planet (1986)
16. Vandaahl the Destroyer (1987)
17. The Twisted World (1988)
18. The Robots of Farseid (1990)
19. Return of the Red Prince (1991)
20. The Von Neumann Machine (1993)
21. The Genesis Equation (1995)
22. The Armageddon Traveler (2001)
23. The Navel of the Double God (2007)
24. Marduk's Springs (2009)


“Storm” em Portugal

Quando há uns anos atrás comprei dois álbuns (ver imagem acima) de uma desconhecida editora chamada “Amigos do Livro Editores", desconhecia por completo que eram os únicos que se encontravam editados em Portugal:

1. O Mundo das Profundezas, Amigos do Livro, 1981
2. O Último Campeão, Amigos do Livro, 1981

Apesar de na altura ter ficado “pendurado” na leitura pela não publicação dos restantes álbuns, tive recentemente tive a felicidade de adquirir a colecção brasileira, em formato revista da Editora Abril Jovem, composta por dez números, que inclui a primeira parte da série e a primeira aventura da segunda parte:

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1. Destino: o Desconhecido, Abril Jovem, 1989
2. A Última Fronteira, Abril Jovem, 1989
3. O Povo do Deserto, Abril Jovem, 1989
4. A Floresta Infernal, Abril Jovem, 1989
5. A Reconquista da Terra, Abril Jovem, 1990
6. O Segredo de Nitron, Abril Jovem, 1990
7. A lenda de Yggdrasil, Abril Jovem, 1990
8. A Cidade dos Condenados, Abril Jovem, 1990
9. Morte Lenta, Abril Jovem, 1990
10. Os Piratas de Pandarve, Abril Jovem, 1990

Assim com conhecimento de causa, só poderei falar da primeira parte, As Crónicas do Mundo das Profundezas (e desculpem-me aqui a tradução literal…). Storm no regresso a uma Terra diferente, procura respostas para tentar perceber o que aconteceu ao seu mundo e à raça humana. Assim, toda a narrativa decorre entre paisagens exóticas e civilizações perdidas, onde o primitivo se mistura com o tecnológico, onde se cruzam estranhos povos e fantásticas criaturas. Ainda que, quase sempre cada aventura corresponda a uma edição, a verdade é que assumindo uma linha narrativa contínua, o argumento revela por vezes alguma incoerência e insuficiência, mas nada que comprometa a estrutura da série.

Mas é a expressiva e magnifica arte de Don Lawrance que merece um grande destaque. Dono e senhor de um traço extremamente realista, não só no desenho de personagens mas também na concepção e captação de todo o ambiente e atmosferas de mundos perdidos, do mais bárbaro ao mais tecnológico, e na aplicação e tratamento de cores, que confere uma riqueza estética única a esta série. Foi este o factor que me chamou a atenção para esta colecção, quando há uns anos atrás comprei dois álbuns editados em Portugal e que foi agora confirmada com a leitura da edição brasileira. Don Lawrance era um artista excepcional.

Fica então aqui recuperada do esquecimento, mais uma série incompleta, que merecia bem mais que os dois álbuns por cá publicados.

17 agosto, 2009

Black Box Syndycate

Apresenta-se como um blog de autores de BD “para mostrar trabalhos, levantar o véu sobre alguns livros “em construção” e para dar conta da apresentação de livros e da presença em exposições, festivais de BD e livrarias” e é o novo sítio de José Carlos Fernandes, Luís Henriques, Manuel Garcia Iglésias e Roberto Gomes.

Gorada que foi a publicação do segundo volume das Black Box Stories, ficam as imagens em Black Box Syndycate. Passem por lá!

13 agosto, 2009

O próximo "Passageiro" do Público

Terminada que está a colecção «Clássicos da revista Tintin», o jornal Público de novo em parceria com a editora ASA, prepara-se para lançar, já a partir do próximo dia 2 de Setembro (uma Quarta-Feira), uma nova colecção de BD.

A nova aposta é a colecção completa da magnífica série «Os Passageiros do Vento», escrita e desenhada por François Bourgeon, já anteriormente publicada em Portugal pela Meribérica.

Tratando-se de uma reedição, a única novidade desta colecção prende-se com a publicação do inédito 6º e último(?) álbum, cujo lançamento em França está previsto para Setembro próximo.

Para quem não conhece é uma excelente oportunidade de poder comprar a colecção completa de uma das melhores histórias da BD franco-belga; para quem conhece e já possui a colecção na sua bedeteca, fica como consolo a novidade da publicação do álbum inédito.

Boas leituras!


10 agosto, 2009

As minhas BD preferidas #8: Buddy Longway

Depois de alguns(!) meses (bem, na verdade passaram-se dois anos…) após a publicação do último texto relacionado, retomo agora uma das rubricas deste blogue, de BD’s preferidas, para escrever aqui sobre um western diferente daqueles que tradicionalmente estamos habituados a ler, onde invariavelmente a figura do cowboy se sobrepõe a todas as outras.

Falo de um western que nos dá uma visão da riqueza dos primeiros anos da conquista do Oeste americano. Dentro deste contexto os espaços abertos e livres são indissociáveis desses anos, pelo que o autor (neste caso, em simultâneo, argumentista e desenhador) Derib promove a apresentação de cenários onde a natureza em estado bruto e selvagem, seja a floresta, a montanha ou a planície, são a constante geradora da riqueza estética da história. Trata-se também de uma história de relações e sentimentos humanos entre culturas diferentes, donde sobressai a assumida admiração do autor pela tribo índia “sioux”. Na narrativa é visível a defesa do modo de vida índio, através da promoção da sua cultura e tradição, ainda que curiosamente as aventuras tenham como personagem principal um não-indio.

É assim que surge Buddy Longway - que dá o nome à série - a figura central de uma saga familiar por onde passam todas as linhas de força da narrativa. Longway é um caçador de peles e um explorador, que por opção vive de forma pacífica em harmonia com a natureza, numa área situada no estado do Missouri. Um dia salva uma jovem índia, Chinook de seu nome, da tribo “sioux”, com quem mais tarde vem a casar e constituir família. E é aqui que Derib rompe com convenções. É no dia-a-dia, no envelhecimento e no desfecho trágico desta relação familiar, que somos convidados pelo autor para ser leitores atentos desta série composta por um total de vinte álbuns.
Derib escreve argumentos simples e fluidos, utilizando referências típicas do Oeste americano para criar as suas aventuras. O desenho é vigoroso e bastante agradável, compondo por vezes planos bastante originais. Tudo isto contribui para um western bem estruturado, de leitura fácil, composto por personagens bastante humanas, sólidas e realistas quer seja pela opção do autor no envelhecimento destas, quer seja pelo destino final que o autor lhes reservou.

“Buddy Longway” em Portugal
As aventuras de Buddy Longway surgiram em Portugal através da revista Tintin, tendo a primeira aventura (“O Inimigo”) sido publicada entre Abril (#876) e Junho de 1976 (#904). Ao todo, foram publicadas através desta revista um total de nove aventuras da série. Encontram-se também registos de aventuras nas revistas Selecções Tintin e Mundo de Aventuras.

Em formato álbum, e até à data, encontram-se publicados nove aventuras, distribuídos por três editoras – Livraria Bertrand, Editorial Futura e Asa/Público (álbum duplo). Deixo então aqui a lista dos álbuns publicados em Portugal, respeitando a cronologia original:

1. Chinook, Livraria Bertrand, 1978
2. O Inimigo, Livraria Bertrand, 1978
3. Três Homens passaram, Livraria Bertrand, 1979
4. Sozinho, Livraria Bertrand, 1980
5. O Segredo, Livraria Bertrand, 1981
6. O Alce, Editorial Futura 1, 1988
7. O Inverno dos Cavalos, Editorial Futura 2, 1989
13. O Vento Selvagem, Asa/Público 11, 2009
14. O Manto Negro, Asa/Público 11, 2009

Sites relacionados:
- Buddy Longway [link]

As minhas BD preferidas #8: Buddy Longway

Depois de alguns(!) meses (bem, na verdade passaram-se dois anos…) após a publicação do último texto relacionado, retomo agora uma das rubricas deste blogue, de BD’s preferidas, para escrever aqui sobre um western diferente daqueles que tradicionalmente estamos habituados a ler, onde invariavelmente a figura do cowboy se sobrepõe a todas as outras.

Falo de um western que nos dá uma visão da riqueza dos primeiros anos da conquista do Oeste americano. Dentro deste contexto os espaços abertos e livres são indissociáveis desses anos, pelo que o autor (neste caso, em simultâneo, argumentista e desenhador) Derib promove a apresentação de cenários onde a natureza em estado bruto e selvagem, seja a floresta, a montanha ou a planície, são a constante geradora da riqueza estética da história. Trata-se também de uma história de relações e sentimentos humanos entre culturas diferentes, donde sobressai a assumida admiração do autor pela tribo índia “sioux”. Na narrativa é visível a defesa do modo de vida índio, através da promoção da sua cultura e tradição, ainda que curiosamente as aventuras tenham como personagem principal um não-indio.

É assim que surge Buddy Longway - que dá o nome à série - a figura central de uma saga familiar por onde passam todas as linhas de força da narrativa. Longway é um caçador de peles e um explorador, que por opção vive de forma pacífica em harmonia com a natureza, numa área situada no estado do Missouri. Um dia salva uma jovem índia, Chinook de seu nome, da tribo “sioux”, com quem mais tarde vem a casar e constituir família. E é aqui que Derib rompe com convenções. É no dia-a-dia, no envelhecimento e no desfecho trágico desta relação familiar, que somos convidados pelo autor para ser leitores atentos desta série composta por um total de vinte álbuns.
Derib escreve argumentos simples e fluidos, utilizando referências típicas do Oeste americano para criar as suas aventuras. O desenho é vigoroso e bastante agradável, compondo por vezes planos bastante originais. Tudo isto contribui para um western bem estruturado, de leitura fácil, composto por personagens bastante humanas, sólidas e realistas quer seja pela opção do autor no envelhecimento destas, quer seja pelo destino final que o autor lhes reservou.

“Buddy Longway” em Portugal
As aventuras de Buddy Longway surgiram em Portugal através da revista Tintin, tendo a primeira aventura (“O Inimigo”) sido publicada entre Abril (#876) e Junho de 1976 (#904). Ao todo, foram publicadas através desta revista um total de nove aventuras da série. Encontram-se também registos de aventuras nas revistas Selecções Tintin e Mundo de Aventuras.

Em formato álbum, e até à data, encontram-se publicados nove aventuras, distribuídos por três editoras – Livraria Bertrand, Editorial Futura e Asa/Público (álbum duplo). Deixo então aqui a lista dos álbuns publicados em Portugal, respeitando a cronologia original:

1. Chinook, Livraria Bertrand, 1978
2. O Inimigo, Livraria Bertrand, 1978
3. Três Homens passaram, Livraria Bertrand, 1979
4. Sozinho, Livraria Bertrand, 1980
5. O Segredo, Livraria Bertrand, 1981
6. O Alce, Editorial Futura 1, 1988
7. O Inverno dos Cavalos, Editorial Futura 2, 1989
13. O Vento Selvagem, Asa/Público 11, 2009
14. O Manto Negro, Asa/Público 11, 2009

Sites relacionados:
- Buddy Longway [link]

04 agosto, 2009

O regresso de Asterix

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Para comemorar o 50º aniversário de Asterix, o seu co-criador Albert Uderzo encontra-se, surpreendentemente digo eu, a preparar o regresso do irredutível gaulês, com a publicação de um novo álbum, anunciado como “o maior banquete festivo já preparado pelos irredutíveis gauleses”, composto por curtas histórias inéditas, com lançamento mundial, Portugal incluído, agendado para 22 de Outubro próximo (em pleno FIBDA, acrescento).

A opção por “curtas” no 34º álbum da colecção, é talvez a melhor forma para se fazer a passagem do “testemunho”, uma vez que a idade não perdoa - Uderzo já conta com 82 anos - e já provocou os seus danos nesta última aventura. Com a venda dos direitos sobre a personagem ao grupo francês Hachette e com a autorização de Uderzo para continuar as aventuras de Asterix após a sua morte, fica assim assegurada a sobrevivência deste herói, que com novos autores, poderá porventura recuperar um rumo e um ritmo humorístico que se havia perdido com a morte de Goscinny.

Pessoalmente, nos casos em que o autor não decide matar expressamente o seu herói (e aqui cito o caso de Derib/Buddy Longway, personagem sobre a qual aqui falarei um destes dias) concordo que a obra deve sobreviver aos seus autores, pelo que considero esta decisão de Uderzo como um acto bastante generoso para com o público bedéfilo. Asterix pela sua popularidade e universalidade merece pelo menos mais 50 anos de existência. Chamo aqui os exemplos de Lucky Luke (por Achdé e Gerra), Spirou (por Morvan e Murena) ou Blake e Mortimer (Y. Sente e Juillard) só para citar alguns, onde o respeito pela obra original se concretizou em novas e muito bem conseguidas aventuras.

02 agosto, 2009

Depois das férias...

retomo esta actividade de bedéfilo-bloguista para aqui ir dando conta das novidades no mundo da BD em Portugal. Entretanto no período que passou, encontro alguma matéria para falar nos próximos dias, nomeadamente sobre o anunciado regresso de Asterix, sobre a colecção do Público, que publicou duas histórias inéditas de Buddy Longway, sobre a adaptação cinematográfica de Jonah Hex , um western pouco conhecido entre nós, mas do qual sou grande apreciador e ainda sobre o 20º FIBDA… (ok sobre esta última estava a brincar, não há novidades!).

Relativamente ao pequeno quiz sobre o autor do desenho que publiquei aqui, dou os parabéns ao Filipe que acertou no nome do autor: Hermann. A imagem foi retirada do álbum “Verão de ‘57” (publicação pela Vitamina BD).

Então até já!

Depois das férias...

retomo esta actividade de bedéfilo-bloguista para aqui ir dando conta das novidades no mundo da BD em Portugal. Entretanto no período que passou, encontro alguma matéria para falar nos próximos dias, nomeadamente sobre o anunciado regresso de Asterix, sobre a colecção do Público, que publicou duas histórias inéditas de Buddy Longway, sobre a adaptação cinematográfica de Jonah Hex , um western pouco conhecido entre nós, mas do qual sou grande apreciador e ainda sobre o 20º FIBDA… (ok sobre esta última estava a brincar, não há novidades!).

Relativamente ao pequeno quiz sobre o autor do desenho que publiquei aqui, dou os parabéns ao Filipe que acertou no nome do autor: Hermann. A imagem foi retirada do álbum “Verão de ‘57” (publicação pela Vitamina BD).

Então até já!

23 julho, 2009

Leitura: Lance



É indiscutível que o presente ano tem ficado marcado pelo lançamento de banda desenhada em português de grande qualidade. E é neste campo, que a obra de que a seguir vou falar merece um destaque especial.

A “obra” é a colecção integral, em formato grande, de “Lance”, um clássico das tiras de quadradinhos publicadas nos jornais americanos em meados da década de 50, da autoria de Warren Tufts (1925-1982) argumentista e desenhador da série. A edição em português é o fruto do trabalho do editor Manuel Caldas, que depois do seu afastamento do projecto Príncipe Valente (ler aqui e aqui) se propôs editar integralmente todas as pranchas dominicais, publicadas entre 1955 e 1960, devidamente restauradas. E é todo o trabalho de restauração das pranchas originais que dá um brilho especial a esta colecção. O segundo de quatro tomos previstos, da editora Libri Impress, acaba de chegar agora às bancas.

É verdade que esta personagem Lance, ou melhor, Lance Saint Lorne, tenente do 1º Regimento de Dragões da cavalaria do exército americano é praticamente um perfeito desconhecido entre nós, não obstante algumas das suas aventuras sido publicadas nas saudosas revistas “Cavaleiro Andante” e “Mundo de Aventuras” (eu próprio, apesar de eventualmente ter lido algumas das suas histórias, sobretudo no MA, a verdade é só aquando da publicação do primeiro álbum desta colecção, em 2007, é que retive o nome).

A série é um puro western clássico, que recria com mestria uma época histórica, a do inicio da conquista do Oeste americano em meados do século XIX. Num universo rico de referências, acompanhamos as aventuras de Lance, um corajoso e temerário tenente, na sua conduta como militar nas difíceis relações com os índios, nas suas relações de amizades e nos seus amores.

No primeiro álbum, que abrange as aventuras publicadas entre Junho de 1955 e Setembro de 1956, a narrativa decorre sempre debaixo de muita acção, sucedendo-se as situações de confronto. As histórias são contadas sob a forma de ilustração com o texto narrativo no rodapé da vinheta. Em termos de desenho, reflecte os melhores anos da colecção. ”Os primeiros dois anos de Lance revelam realmente um labor apaixonado” – prefácio do editor. O desenho beneficia bastante da história ter sido concebida para ocupar a totalidade de uma página inteira de jornal, inspirada no modelo do Príncipe Valente. É verdade que para o leitor, a acção parece algo estática, mas em compensação o desenho é um regalo para a vista. Com espaço e tempo (a periodicidade de publicação era semanal) Warren Tufts criou magníficas pranchas que deslumbram não só pelo traço elegante e extremamente realista de personagens e paisagens mas também pelas espantosas cores aplicadas.

No segundo álbum, que inclui o período Outubro de 1956 a Outubro de 1957, assistimos a desenvolvimentos na vida pessoal de Lance. Nesta edição, verifica-se a inclusão de tiras diárias (por opção do editor). Isto acontece porque Tufts, por pressão dos jornais, no inicio de 1957, viu-se obrigado a criar uma tira diária, a preto e branco, para além da habitual prancha dominical a cores. Ainda que as tiras permitam um maior desenvolvimento da narrativa, para além do facto do autor ter acrescentado balões para as falas das personagens, o que dita uma nova dinâmica na leitura, a verdade é que esta pressão ditou uma perda de qualidade nas pranchas dominicais. “O excesso de trabalho matara para sempre a paixão que animara Tufts até ao inicio de tira diária” – prefácio do editor.

Em resumo, manifesto aqui a minha admiração por esta magnífica colecção, que beneficia do selo de qualidade que o empenho e a paixão do editor Manuel Caldas imprime aos seus projectos. IMPERDÍVEL!

Lance
Autor: Warren Tufts
Volume 1 (de 4), cores, formato grande, capa mole
Editora: Livros de Papel, 1ª edição de Dezembro de 2007
Volume 2 (de 4), cores, formato grande, capa mole
Editora: Libri Impress, 1ª edição de Março de 2009

A minha nota:

20 julho, 2009

Chegada à LUA!

Rumo à Lua

Faz hoje 40 anos que chegamos à Lua!Um pequeno passo para o Homem…” nas imortais palavras de Neil Armstrong, comandante da missão Apollo 11, cuja tripulação era ainda constituída ainda pelos astronautas Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, que aos comandos do módulo lunar Eagle se tornou no primeiro homem a pisar solo lunar. A conquista deste objectivo mais que o simbolismo associado, representou o coroar de uma década de grandes avanços tecnológicos e de enormes progressos científicos.

Contudo, quinze anos antes da conquista humana, através da banda desenhada, no álbum “Explorando a Lua” (1954), já Tintin tinha pisado a Lua. Hergé, um homem visionário e com uma enorme paixão pela ciência, tinha dotado o “seu” prof. Girasol com os conhecimentos e os meios necessários, ainda que com bastante humor à mistura e soluções com bases cientificas como por exemplo o facto do foguetão ser movido a energia nuclear, para tornar possível esta extraordinária aventura, sendo notável a antecipação bastante realista de um feito que só seria alcançado bastantes anos depois.

Fica então aqui a sugestão de leitura do álbum “Rumo à Lua” (publicado em Portugal) para celebrar o “... salto gigantesco para a Humanidade”.

15 julho, 2009

O Diabo dos Sete Mares - parte 2

Com a publicação do segundo álbum do díptico "O Diabo dos Setes Mares", conclui-se a inédita incursão do multifacetado autor belga Hermann no género "piratas das caraíbas". Não teve sorte. O argumento escrito pelo seu filho Yves H., padece de pontos altos que toda uma história de piratas podia proporcionar. Faltam por exemplo belas batalhas navais ou grandes combates de que eram férteis estes tempos, para os quais a arte de Hermann estaria certamente à altura do que seria exigível.

Esta segunda e conclusiva parte deste "Diabo" manteve as características da primeira parte. Não se assiste a grandes desenvolvimentos, mas apenas o desenrolar dos vários caminhos tomados pelas numerosas personagens centrais, em direcção ao ambicionado tesouro do pirata Robert Murdoch. Mas nem assim a leitura se tornou menos confusa. A morte de mais de metade dos intervenientes não foi suficiente para se assistir a uma diminuição da “multidão”, uma vez que todos eles logo regressaram à vida, desta vez sob a forma de “mortos-vivos”. Considero mesmo que a introdução de zombies e as referências ao Diabo tornaram esta segunda metade inverosímil. Depois temos um desfecho sem muito sentido, numa ilha com um vulcão à beira da erupção. Bastante inconclusivo. Já não há finais felizes. Resta-nos então o desenho de Hermann, que é mesmo a grande mais-valia do álbum (e desta colecção). Suave na construção dos cenários e na captação da atmosfera, que através de uma escolha fantástica de cores, proporciona ao leitor excelentes imagens.

Temos assim, numa boa edição em capa dura, uma história pouco conseguida (ponto fraco) suportada por um magnifico desenho (ponte forte), pelo que a avaliação individual que faço do álbum é igual à avaliação global que faço da aventura completa, ou seja, fico-me pela nota média.

O Diabo dos Sete Mares - Parte 2
Autores: Hermann (desenho) e Yves H. (argumento)
2º Volume, cores, capa dura
Edição: VitaminaBD, 1ª edição de Março de 2009

A minha nota:

12 julho, 2009

Aviso à navegação...

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É um ritual que sucede todos os anos. Este que vos escreve parte estrada fora para um destino de praia. Com data-valor a partir de hoje e até ao fim do mês. Vou mas deixo o blogue activo. Preparei uma série de pequenos textos bedéfilos sobre as minhas ultimas leituras, que agendei para irem sendo “libertadas” (se o Blogger não falhar!) ao longo destas três semanas. Obviamente que a divulgação de novidades ou respostas aos comentários ficam para depois. Fiquem sintonizados e até já. Boas leituras!

PS Já agora aceitam-se palpites sobre o nome do autor do magnífico desenho reproduzido em cima que ilustra este texto.

Aviso à navegação...

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É um ritual que sucede todos os anos. Este que vos escreve parte estrada fora para um destino de praia. Com data-valor a partir de hoje e até ao fim do mês. Vou mas deixo o blogue activo. Preparei uma série de pequenos textos bedéfilos sobre as minhas ultimas leituras, que agendei para irem sendo “libertadas” (se o Blogger não falhar!) ao longo destas três semanas. Obviamente que a divulgação de novidades ou respostas aos comentários ficam para depois. Fiquem sintonizados e até já. Boas leituras!

PS Já agora aceitam-se palpites sobre o nome do autor do magnífico desenho reproduzido em cima que ilustra este texto.

06 julho, 2009

Leituras: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1

Neste primeiro tomo, não há respostas. Fica apenas montado o cenário: a cidade de Brusel. Na narrativa, personagens e histórias sem ligação aparente são introduzidas num enredo surrealista requintado. O sr. Abeels vê aparecer misteriosamente dentro de sua casa pedras de peso igual; a D. Kristin Antipova, mãe de dois filhos, de forma inexplicável vê a sua casa inundada diariamente por areia; o Sr. Maurice, chefe de cozinha, vai perdendo peso todos os dias sem emagrecer. Tudo num lento começo, de soma de pequenas coisas, que vai evoluindo, transformando um mundo aparentemente tranquilo, numa situação deliciosamente caótica.

Graficamente, as imagens de grandes esplendores arquitetónicos tão características de álbuns anteriores, dão aqui lugar a pequenos espaços urbanos – o apartamento, o restaurante, etc. A arte de Schuitten é excelente, transformando os desenhos em quase gravuras. Um jogo de cores é uma das particularidades deste álbum. Ainda que trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – a utilização de uma terceira cor, um branco puro que caracteriza os fenómenos sobrenaturais, que embora não seja distinguido pelas personagens da história, não deixa indiferente o leitor, pela atmosfera que cria, fazendo com que o desenho ultrapasse a sua natureza meramente ilustrativa.

Achei todo o álbum de leitura viciante. Chegado ao fim e fico na expectativa de saber mais. Ainda que não ponha em causa a qualidade do álbum, não posso deixar de fazer os seguintes reparos à edição:
- o dialogo entre Senhora Von Rathen e o Comissário na página 66, saiu trocado;
- a “tradução” do nome da personagem na página 91 parece-me completamente descabida: Tónio?!

A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1
De Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
Editora ASA, Edição de Maio de 2009


Nota de leitura:
 EXCELENTE (5 em 5)


02 julho, 2009

#6 BERNARD PRINCE: A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran

O sexto volume da colecção “Clássicos da Revista Tintin” dedicado a Bernard Prince, distribuído no passado dia 24 de Junho com jornal Público, foi muito bem-vindo. Afinal Hermann é um dos meus autores preferidos.

Com histórias publicadas originalmente entre 1977 e 1978, este álbum recorda-nos uma das mais interessantes séries de aventuras criadas na banda desenhada franco-belga, até os seus autores, primeiro Hermann e depois Greg, também responsáveis pela excelente série “Comanche”, decidirem seguirem outros caminhos.

Terminada a leitura, deixo aqui as minhas impressões sobre estas duas aventuras:

Na primeira história “A Fortaleza das Brumas” (é dela a excelente imagem que ilustra a capa do álbum) tudo se desenrola sob um jogo de enganos. Começa quando um misterioso Sr. Smith “contrata” Bernard Prince para intermediar a libertação da sua filha. O pagamento do resgate de um milhão de dólares em diamantes é o mote para uma aventura passada nas montanhas, onde o aparecimento de uma curiosa personagem de nome Koubhak influenciará decisivamente o desfecho da história. O argumento de Greg revela-se aqui bastante habilidoso, manipulando todas as personagens, que com excepção dos nossos heróis, assumem papeis que não os seus. A arte de Hermann mostra-se bastante apurada, sendo expressiva nas personagens e autêntica no desenho da paisagem seca onde decorre praticamente toda a acção.

A segunda história “Objectivo Cormoran”, passada no sul de França, na costa dos milionários, Bernard Prince e os seus companheiros são envolvidos num estranho plano que tem como objectivo assassinar um rico empresário com ligações á máfia. Numa narrativa com personagens bem estruturados, diálogos bem construídos, e como convêm cheia de acção, sucedem-se os volte-faces no desenrolar da história, cujo desfecho termina com um sacrifico final inesperado. Mais uma vez, Hermann domina, não só em termos gerais, com as suas paisagens em vários planos a revelarem-se grandes imagens, mas também ao nível do detalhe, não se inibindo no desenho de cenas de violência.

Em resumo, excelente leitura de duas grandes histórias de aventuras, ainda que pessoalmente tenha gostado mais da segunda. Aproveito para deixar aqui a sugestão de publicação em álbum do inédito “A Fornalha dos Condenados” correspondente ao n.º 7 da colecção original que cairia muito bem, numa eventual segunda série destes “Clássicos da Revista Tintin”.

Aguardo agora com expectativa Buddy Longway (álbum nº 11 da colecção).

Bernard Prince A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran
Autores: Greg e Hermann
Álbum nº 6 Colecção “Clássicos da Revista Tintin”, Cores, Capa mole
Editora: ASA/Público, 1ª edição de Junho de 2009

A minha nota:

28 junho, 2009

Super-Heróis em DVD

Talvez para ajudar a combater a crise, alguns periódicos portugueses, socorrem-se de uma super-ajuda.

O semanário SOL, na sua última edição, de Sexta passada, oferece para os mais pequenos, o DVD “Homem de Ferro” em versão animada (ver imagem).

O jornal Público vai dar inicio a uma colecção de filmes em DVD, a partir do próximo dia 3 de Julho, intitulada colecção "Super-Heróis". Assim, durante 15 semanas, todas as Sexta-Feiras, serão distribuídos com este jornal, com um preço adicional que varia entre € 3,95 e € 7,95, os quatro primeiros filmes de Batman, a trilogia do Homem-Aranha (de Sam Raimi), os cinco filmes do Super-Homem (incluindo Super-Homem, O Regresso, de Bryan Singer) e os três primeiros filmes da saga dos X-Men.

Ainda que alguns destes filmes deixem muito a desejar, nomeadamente os Batman’s de Joel Schumacher, temos outros que foram grandes sucessos de bilheteira, caso dos filmes do Homem-Aranha (que se encontram no TOP 5 das mais rentáveis adaptações de uma personagem de BD ao cinema). Uma iniciativa interessante, que se adivinha de algum sucesso, pelos preços de venda. Uma chamada de atenção para o 3º DVD da colecção – “Superman” de Richard Donner, que virá acompanhado de um livro de BD, do qual até data desconheço pormenores.

27 junho, 2009

O Estranho Caso do Livro Fantasma “Um Boi sobre o Telhado”


No seguimento do que foi aqui comentado, revelo o episódio sobre a publicação do segundo volume da Black Box Stories (BBS), como de um lançamento anunciado pela Devir se passou para uma edição rara da Sétima Dimensão, que traduz bem a forma como é tratada a BD portuguesa em Portugal.

Tudo começa, quando a editora Devir na posse de todo o material (textos e desenhos) da autoria de José Carlos Fernandes e Roberto Gomes, respectivamente agendou para lançamento na 35ª Feira do Livro do Funchal, que decorreu no passado mês de Maio, o novo álbum das BBS “Um Boi sobre o Telhado”.

Foi então que a Livraria Sétima Dimensão se disponibilizou para organizar o lançamento, tendo preparado os convites aos autores, a logística, agendadas as entrevistas nos meios de comunicação social, marcado sessões de promoção, etc. Tudo parecia correr bem quando chegada a altura do Feira se aperceberam que afinal…. não havia livro! Simplesmente, e sem qualquer explicação, a Devir nem publicou o livro nem se dignou a avisar os autores, os organizadores, enfim os interessados.

Para salvar então a face perante a organização da Feira, Roberto Macedo Alves, da Sétima Dimensão, preparou com o autor Roberto Gomes, em dois dias, uma pequena edição sobre os bastidores de todo o processo de criação que esteve na base do conto “Um Boi sobre o Telhado”. É assim oferecida ao leitor uma inédita viagem ao interior do autor, de forma a perceber o porquê das escolhas gráficas que conduziram ao resultado final. Escusado será dizer que esta interessante edição foi objecto de uma tiragem limitadíssima destinada à feira e que rapidamente esgotou. E assim "Um Boi sobre o Telhado" atingiu o estatuto de livro fantasma, ou seja, um livro que praticamente ninguém viu!

Quanto à possivel edição do segundo volume das BBS, pergunto se depois disto alguém ainda acredita que a Devir existe?


PS Para os interessados, refiro que o magnifico conto que dá o nome ao livro pode ser encontrado no volume 18 da colecção “Série Ouro - Os Clássicos da BD”, dedicado a José Carlos Fernandes, que foi distribuído com o jornal “Correio da Manhã” em Outubro de 2005.

24 junho, 2009

Lançamento ASA: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1


A imagem acima reproduz o magnífico desenho da capa do 10º álbum, na colecção original, da série «As Cidades Obscuras». Intitulado «A Teoria do Grão de Areia – tomo 1», numa edição ASA, é amanha distribuído juntamente com o Jornal Público (com um preço adicional de € 17,50).

Sinopse desta história:
Constant Abeels colecciona pacientemente uma série de pedras de igual peso que aparecem misteriosamente em diferentes divisões do seu apartamento. Num prédio vizinho, uma mulher, mãe de dois filhos, verifica que, da mesma forma, acumula grandes quantidades de areia. Um pouco mais longe, Maurice, o patrão e chefe de cozinha de um restaurante, descobre que perde peso sem, contudo, emagrecer. Com o passar dos dias, estes estranhos fenómenos continuam a suceder-se sem que se consiga encontrar solução.

Inédito em Português, este álbum é a primeira parte de uma história cuja conclusão será apenas publicada no próximo ano. Apresentando-se num formato italiano, disposição horizontal, pouco comum no género franco-belga, o álbum vem acompanhado por uma caixa dura arquivadora que facilitará a sua arrumação na vertical.

«As Cidades Obscuras» é um universo que a dupla François Schuiten e Benoît Peeters tem vindo a criar desde 1982, que se traduz, até à data, num total de 11 álbuns publicados, tendo ganho inclusive diversos prémios. A narrativa da série desenvolve-se em redor de espaços urbanos dotados de grandes esplendores arquitectónicos, que se assumem invariavelmente como protagonistas das histórias.

Em Portugal, as Cidades Obscuras são dignas de figurar na rubrica «séries estupidamente incompletas» deste blogue. A colecção, que com esta edição da ASA, conhece a sua 4ª editora, não obstante todo o interesse demonstrado ao longo do tempo pela publicação da série, a verdade é que estão ainda por editar os álbuns correspondentes aos n.º 4 e 9 (na sua cronologia original).

A colecção «As Cidades Obscuras» é composta pelos seguintes álbuns (com a indicação dos editados em português):

# O Arquivista, Meribérica, 2003

  1. As Muralhas de Samaris, Witloof, 2003
  2. A Febre de Urbicanda, Edições 70, 1987
  3. A Torre, Edições 70, 1989
  4. La route d'Armilia – INÉDITO
  5. Brussel, Meribérica, 1993
  6. A Menina Inclinada, Meribérica, 1999
  7. A Sombra de um Homem, Meribérica, 2000
  8. A Fronteira Invisível – Tomo 1, Witloof, 2002
  9. La frontière invisible - 2 – INÉDITO
  10. A Teoria do Grão de Areia – tomo 1, ASA, 2009
  11. A Teoria do Grão de Areia – tomo 2 (a publicar em 2010)


Boas leituras!