Capa: Revista Peter Parker: Homem-Aranha 27, formato comic book, editora Devir, 2002
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11 setembro, 2009
Capas de BD: World Trade Center
Capa: Revista Peter Parker: Homem-Aranha 27, formato comic book, editora Devir, 2002
09 setembro, 2009
Agenda Bedéfila para Setembro
- O mês começou (dia 1) com mais uma reedição da colecção das aventuras de Asterix. A primeira entrega foi composta por dois álbuns. Aproveitando talvez os ventos da comemoração do 50º aniversário do irredutível gaulês, a Salvat, propõe uma colecção de 36 livros, num formato mais reduzido que o franco-belga e num preço mais caro do que já tenho visto nas edições da Meribérica. Só mesmo para distraídos!
- Logo no dia seguinte (dia 2) a parceria ASA/Público deu inicio a uma nova colecção, outra reedição está claro, com a publicação do álbum “A rapariga no tombadilho”, da excelente série “Os Passageiros do Vento” de François Bourgeon. A vantagem desta colecção é que permite que poupemos à leitura os já velhinhos álbuns da Méribérica.
- Dia 4, aproveitando a realização do festival de Cinema de Terror Motelx, foi apresentado o fanzine "Zona Negra", um projecto colectivo que reúne pequenas histórias de terror assinadas por vários autores portugueses.
- Entretanto hoje (dia 9) saiu o 2º álbum (“O Pontão”) da colecção.
- Dia 13, começa em Viseu, o XVI Salão Internacional de BD, que decorrerá naquela cidade até dia 26.
- No dia 14, a Planeta deAgostini, fará a distribuição em bancas de jornais da 2ª estatueta, desta vez com a figura do “Super-Homem”. Da minha parte, dispenso!
- Na Quarta, dia 16, sai o 3º álbum (“A Feitoria de Judá”) da série “Os Passageiros do Vento”.
- Para dia 17, está previsto a chegada às bancas do quase-inédito álbum “BRK” dos portugueses Filipe Pina e Filipe Andrade, numa edição da ASA. Anuncia-se em duas edições, sendo que uma dela se mostra mais luxuosa. Aguarda-se para saber se o conteúdo justifica o preço.
- Dia 23, sai o 4º álbum (“A Hora da Serpente”) da série “Os Passageiros do Vento”.
- Também no dia 23 ficará a faltar precisamente um mês para o inicio do 20º FIBDA. Aguarda-se com expectativa a apresentação pública do evento. Logo se verá se o programa de festas (com autores incluídos) estará à altura do acontecimento.
- Dia 28 é dia da distribuição da 3ª estatueta da colecção Planeta deAgostini, desta vez com a figura do “Joker”. A comprar!
- Dia 30, sai o mui difícil de arranjar 5º álbum da colecção “Os Passageiros do Vento”, intitulado “Ébano”.
- Após a partida em falso, também se espera a todo o momento durante o presente mês, o surgimento da (nova) Devir. Está mais que anunciado o lançamento da continuação de “Sin City” de Frank Miller. Aguardemos pois, até porque paciência não nos falta!
- Entretanto encontra-se a decorrer até ao final do mês, o prazo para a participação no concurso de BD subordinado ao tema “O Grande Vigésimo” no âmbito do 20º FIBDA. Os potenciais interessados podem tomar conhecimento do regulamente e obter a respectiva ficha de inscrição através daqui.
02 setembro, 2009
Colecção «Passageiros do Vento»
30 agosto, 2009
Figuras de colecção
Apesar de gostar deste tipo de colecção, a verdade é que nunca me aventurei, até porque as peças mais interessantes tem uma correspondente proporção no respectivo preço de venda, já para não falar no mercado de importação ao qual teria de recorrer ou ao espaço de exposição que iria necessitar. No entanto, comprei a primeira figura desta colecção, o Batman. O preço de lançamento de €2,99 é desde logo convidativo. A estatueta apresenta-se num tamanho mínimo razoável. A pintura tem algumas falhas mínimas aceitáveis Vem ainda acompanhada de um fascículo bastante completo sobre a personagem do Batman, que fala das histórias clássicas em BD, dos principais adversários e dos “bat-objectos”. Nota positiva.
As restantes figuras da colecção tem o contra de nem todas as personagens retratadas serem do meu agrado e o preço elevado (acho!) de €6,99 para a 2ª figura e € 11,99 em diante. Certamente que optarei por uma colecção selectiva, com particular incidência nas figuras do universo Batman.
26 agosto, 2009
Tarantino e rm Guéra e Inglourios Basterds
24 agosto, 2009
Séries Incompletas: Storm
The Chronicles of the Deep World
1. The Deep World (1978) (argumento de Philip 'Saul' Dunn)
2. The Last Fighter (1979) (argumento de Martin Lodewijk)
3. The People of the Desert (1979) (argumento de Dick Matena)
4. The Green Hell (1980) (argumento de Dick Matena)
5. The Battle for Earth (1980) (argumento de Dick Matena)
6. The Secret of the Nitron Rays (1981) (argumento de Dick Matena)
7. The Legend of Yggdrasil (1981) (argumento de Kelvin Gosnell)
8. City of the Damned (1982) (argumento de Kelvin Gosnell)
9. The Creeping Death (1982) (argumento de Don Lawrence)
The Chronicles of Pandarve (argumento de Martin Lodewijk)
10. The Pirates of Pandarve (1983)
11. The Labyrinth of Death (1983)
12. The Seven of Aromater (1984)
13. The Slayer of Eriban (1985)
14. The Hounds of Marduk (1985)
15. The Living Planet (1986)
16. Vandaahl the Destroyer (1987)
17. The Twisted World (1988)
18. The Robots of Farseid (1990)
19. Return of the Red Prince (1991)
20. The Von Neumann Machine (1993)
21. The Genesis Equation (1995)
22. The Armageddon Traveler (2001)
23. The Navel of the Double God (2007)
24. Marduk's Springs (2009)
“Storm” em Portugal
1. O Mundo das Profundezas, Amigos do Livro, 1981
2. O Último Campeão, Amigos do Livro, 1981
Apesar de na altura ter ficado “pendurado” na leitura pela não publicação dos restantes álbuns, tive recentemente tive a felicidade de adquirir a colecção brasileira, em formato revista da Editora Abril Jovem, composta por dez números, que inclui a primeira parte da série e a primeira aventura da segunda parte:
1. Destino: o Desconhecido, Abril Jovem, 1989
2. A Última Fronteira, Abril Jovem, 1989
3. O Povo do Deserto, Abril Jovem, 1989
4. A Floresta Infernal, Abril Jovem, 1989
5. A Reconquista da Terra, Abril Jovem, 1990
6. O Segredo de Nitron, Abril Jovem, 1990
7. A lenda de Yggdrasil, Abril Jovem, 1990
8. A Cidade dos Condenados, Abril Jovem, 1990
9. Morte Lenta, Abril Jovem, 1990
10. Os Piratas de Pandarve, Abril Jovem, 1990
Assim com conhecimento de causa, só poderei falar da primeira parte, As Crónicas do Mundo das Profundezas (e desculpem-me aqui a tradução literal…). Storm no regresso a uma Terra diferente, procura respostas para tentar perceber o que aconteceu ao seu mundo e à raça humana. Assim, toda a narrativa decorre entre paisagens exóticas e civilizações perdidas, onde o primitivo se mistura com o tecnológico, onde se cruzam estranhos povos e fantásticas criaturas. Ainda que, quase sempre cada aventura corresponda a uma edição, a verdade é que assumindo uma linha narrativa contínua, o argumento revela por vezes alguma incoerência e insuficiência, mas nada que comprometa a estrutura da série.
Fica então aqui recuperada do esquecimento, mais uma série incompleta, que merecia bem mais que os dois álbuns por cá publicados.
17 agosto, 2009
Black Box Syndycate
Gorada que foi a publicação do segundo volume das Black Box Stories, ficam as imagens em Black Box Syndycate. Passem por lá!
13 agosto, 2009
O próximo "Passageiro" do Público
Boas leituras!
10 agosto, 2009
As minhas BD preferidas #8: Buddy Longway
Falo de um western que nos dá uma visão da riqueza dos primeiros anos da conquista do Oeste americano. Dentro deste contexto os espaços abertos e livres são indissociáveis desses anos, pelo que o autor (neste caso, em simultâneo, argumentista e desenhador) Derib promove a apresentação de cenários onde a natureza em estado bruto e selvagem, seja a floresta, a montanha ou a planície, são a constante geradora da riqueza estética da história. Trata-se também de uma história de relações e sentimentos humanos entre culturas diferentes, donde sobressai a assumida admiração do autor pela tribo índia “sioux”. Na narrativa é visível a defesa do modo de vida índio, através da promoção da sua cultura e tradição, ainda que curiosamente as aventuras tenham como personagem principal um não-indio.
É assim que surge Buddy Longway - que dá o nome à série - a figura central de uma saga familiar por onde passam todas as linhas de força da narrativa. Longway é um caçador de peles e um explorador, que por opção vive de forma pacífica em harmonia com a natureza, numa área situada no estado do Missouri. Um dia salva uma jovem índia, Chinook de seu nome, da tribo “sioux”, com quem mais tarde vem a casar e constituir família. E é aqui que Derib rompe com convenções. É no dia-a-dia, no envelhecimento e no desfecho trágico desta relação familiar, que somos convidados pelo autor para ser leitores atentos desta série composta por um total de vinte álbuns.
Derib escreve argumentos simples e fluidos, utilizando referências típicas do Oeste americano para criar as suas aventuras. O desenho é vigoroso e bastante agradável, compondo por vezes planos bastante originais. Tudo isto contribui para um western bem estruturado, de leitura fácil, composto por personagens bastante humanas, sólidas e realistas quer seja pela opção do autor no envelhecimento destas, quer seja pelo destino final que o autor lhes reservou.
“Buddy Longway” em Portugal
As aventuras de Buddy Longway surgiram em Portugal através da revista Tintin, tendo a primeira aventura (“O Inimigo”) sido publicada entre Abril (#876) e Junho de 1976 (#904). Ao todo, foram publicadas através desta revista um total de nove aventuras da série. Encontram-se também registos de aventuras nas revistas Selecções Tintin e Mundo de Aventuras.
Em formato álbum, e até à data, encontram-se publicados nove aventuras, distribuídos por três editoras – Livraria Bertrand, Editorial Futura e Asa/Público (álbum duplo). Deixo então aqui a lista dos álbuns publicados em Portugal, respeitando a cronologia original:
1. Chinook, Livraria Bertrand, 1978
2. O Inimigo, Livraria Bertrand, 1978
3. Três Homens passaram, Livraria Bertrand, 1979
4. Sozinho, Livraria Bertrand, 1980
5. O Segredo, Livraria Bertrand, 1981
6. O Alce, Editorial Futura 1, 1988
7. O Inverno dos Cavalos, Editorial Futura 2, 1989
13. O Vento Selvagem, Asa/Público 11, 2009
14. O Manto Negro, Asa/Público 11, 2009
Sites relacionados:
- Buddy Longway [link]
As minhas BD preferidas #8: Buddy Longway
Falo de um western que nos dá uma visão da riqueza dos primeiros anos da conquista do Oeste americano. Dentro deste contexto os espaços abertos e livres são indissociáveis desses anos, pelo que o autor (neste caso, em simultâneo, argumentista e desenhador) Derib promove a apresentação de cenários onde a natureza em estado bruto e selvagem, seja a floresta, a montanha ou a planície, são a constante geradora da riqueza estética da história. Trata-se também de uma história de relações e sentimentos humanos entre culturas diferentes, donde sobressai a assumida admiração do autor pela tribo índia “sioux”. Na narrativa é visível a defesa do modo de vida índio, através da promoção da sua cultura e tradição, ainda que curiosamente as aventuras tenham como personagem principal um não-indio.
É assim que surge Buddy Longway - que dá o nome à série - a figura central de uma saga familiar por onde passam todas as linhas de força da narrativa. Longway é um caçador de peles e um explorador, que por opção vive de forma pacífica em harmonia com a natureza, numa área situada no estado do Missouri. Um dia salva uma jovem índia, Chinook de seu nome, da tribo “sioux”, com quem mais tarde vem a casar e constituir família. E é aqui que Derib rompe com convenções. É no dia-a-dia, no envelhecimento e no desfecho trágico desta relação familiar, que somos convidados pelo autor para ser leitores atentos desta série composta por um total de vinte álbuns.
Derib escreve argumentos simples e fluidos, utilizando referências típicas do Oeste americano para criar as suas aventuras. O desenho é vigoroso e bastante agradável, compondo por vezes planos bastante originais. Tudo isto contribui para um western bem estruturado, de leitura fácil, composto por personagens bastante humanas, sólidas e realistas quer seja pela opção do autor no envelhecimento destas, quer seja pelo destino final que o autor lhes reservou.
“Buddy Longway” em Portugal
As aventuras de Buddy Longway surgiram em Portugal através da revista Tintin, tendo a primeira aventura (“O Inimigo”) sido publicada entre Abril (#876) e Junho de 1976 (#904). Ao todo, foram publicadas através desta revista um total de nove aventuras da série. Encontram-se também registos de aventuras nas revistas Selecções Tintin e Mundo de Aventuras.
Em formato álbum, e até à data, encontram-se publicados nove aventuras, distribuídos por três editoras – Livraria Bertrand, Editorial Futura e Asa/Público (álbum duplo). Deixo então aqui a lista dos álbuns publicados em Portugal, respeitando a cronologia original:
1. Chinook, Livraria Bertrand, 1978
2. O Inimigo, Livraria Bertrand, 1978
3. Três Homens passaram, Livraria Bertrand, 1979
4. Sozinho, Livraria Bertrand, 1980
5. O Segredo, Livraria Bertrand, 1981
6. O Alce, Editorial Futura 1, 1988
7. O Inverno dos Cavalos, Editorial Futura 2, 1989
13. O Vento Selvagem, Asa/Público 11, 2009
14. O Manto Negro, Asa/Público 11, 2009
Sites relacionados:
- Buddy Longway [link]
04 agosto, 2009
O regresso de Asterix
A opção por “curtas” no 34º álbum da colecção, é talvez a melhor forma para se fazer a passagem do “testemunho”, uma vez que a idade não perdoa - Uderzo já conta com 82 anos - e já provocou os seus danos nesta última aventura. Com a venda dos direitos sobre a personagem ao grupo francês Hachette e com a autorização de Uderzo para continuar as aventuras de Asterix após a sua morte, fica assim assegurada a sobrevivência deste herói, que com novos autores, poderá porventura recuperar um rumo e um ritmo humorístico que se havia perdido com a morte de Goscinny.
Pessoalmente, nos casos em que o autor não decide matar expressamente o seu herói (e aqui cito o caso de Derib/Buddy Longway, personagem sobre a qual aqui falarei um destes dias) concordo que a obra deve sobreviver aos seus autores, pelo que considero esta decisão de Uderzo como um acto bastante generoso para com o público bedéfilo. Asterix pela sua popularidade e universalidade merece pelo menos mais 50 anos de existência. Chamo aqui os exemplos de Lucky Luke (por Achdé e Gerra), Spirou (por Morvan e Murena) ou Blake e Mortimer (Y. Sente e Juillard) só para citar alguns, onde o respeito pela obra original se concretizou em novas e muito bem conseguidas aventuras.
02 agosto, 2009
Depois das férias...
Relativamente ao pequeno quiz sobre o autor do desenho que publiquei aqui, dou os parabéns ao Filipe que acertou no nome do autor: Hermann. A imagem foi retirada do álbum “Verão de ‘57” (publicação pela Vitamina BD).
Então até já!
Depois das férias...
Relativamente ao pequeno quiz sobre o autor do desenho que publiquei aqui, dou os parabéns ao Filipe que acertou no nome do autor: Hermann. A imagem foi retirada do álbum “Verão de ‘57” (publicação pela Vitamina BD).
Então até já!
23 julho, 2009
Leitura: Lance
A “obra” é a colecção integral, em formato grande, de “Lance”, um clássico das tiras de quadradinhos publicadas nos jornais americanos em meados da década de 50, da autoria de Warren Tufts (1925-1982) argumentista e desenhador da série. A edição em português é o fruto do trabalho do editor Manuel Caldas, que depois do seu afastamento do projecto Príncipe Valente (ler aqui e aqui) se propôs editar integralmente todas as pranchas dominicais, publicadas entre 1955 e 1960, devidamente restauradas. E é todo o trabalho de restauração das pranchas originais que dá um brilho especial a esta colecção. O segundo de quatro tomos previstos, da editora Libri Impress, acaba de chegar agora às bancas.
É verdade que esta personagem Lance, ou melhor, Lance Saint Lorne, tenente do 1º Regimento de Dragões da cavalaria do exército americano é praticamente um perfeito desconhecido entre nós, não obstante algumas das suas aventuras sido publicadas nas saudosas revistas “Cavaleiro Andante” e “Mundo de Aventuras” (eu próprio, apesar de eventualmente ter lido algumas das suas histórias, sobretudo no MA, a verdade é só aquando da publicação do primeiro álbum desta colecção, em 2007, é que retive o nome).
A série é um puro western clássico, que recria com mestria uma época histórica, a do inicio da conquista do Oeste americano em meados do século XIX. Num universo rico de referências, acompanhamos as aventuras de Lance, um corajoso e temerário tenente, na sua conduta como militar nas difíceis relações com os índios, nas suas relações de amizades e nos seus amores.
No primeiro álbum, que abrange as aventuras publicadas entre Junho de 1955 e Setembro de 1956, a narrativa decorre sempre debaixo de muita acção, sucedendo-se as situações de confronto. As histórias são contadas sob a forma de ilustração com o texto narrativo no rodapé da vinheta. Em termos de desenho, reflecte os melhores anos da colecção. ”Os primeiros dois anos de Lance revelam realmente um labor apaixonado” – prefácio do editor. O desenho beneficia bastante da história ter sido concebida para ocupar a totalidade de uma página inteira de jornal, inspirada no modelo do Príncipe Valente. É verdade que para o leitor, a acção parece algo estática, mas em compensação o desenho é um regalo para a vista. Com espaço e tempo (a periodicidade de publicação era semanal) Warren Tufts criou magníficas pranchas que deslumbram não só pelo traço elegante e extremamente realista de personagens e paisagens mas também pelas espantosas cores aplicadas.
No segundo álbum, que inclui o período Outubro de 1956 a Outubro de 1957, assistimos a desenvolvimentos na vida pessoal de Lance. Nesta edição, verifica-se a inclusão de tiras diárias (por opção do editor). Isto acontece porque Tufts, por pressão dos jornais, no inicio de 1957, viu-se obrigado a criar uma tira diária, a preto e branco, para além da habitual prancha dominical a cores. Ainda que as tiras permitam um maior desenvolvimento da narrativa, para além do facto do autor ter acrescentado balões para as falas das personagens, o que dita uma nova dinâmica na leitura, a verdade é que esta pressão ditou uma perda de qualidade nas pranchas dominicais. “O excesso de trabalho matara para sempre a paixão que animara Tufts até ao inicio de tira diária” – prefácio do editor.
Em resumo, manifesto aqui a minha admiração por esta magnífica colecção, que beneficia do selo de qualidade que o empenho e a paixão do editor Manuel Caldas imprime aos seus projectos. IMPERDÍVEL!
Lance
Autor: Warren Tufts
Volume 1 (de 4), cores, formato grande, capa mole
Editora: Livros de Papel, 1ª edição de Dezembro de 2007
Volume 2 (de 4), cores, formato grande, capa mole
Editora: Libri Impress, 1ª edição de Março de 2009
A minha nota:
20 julho, 2009
Chegada à LUA!
Faz hoje 40 anos que chegamos à Lua! ”Um pequeno passo para o Homem…” nas imortais palavras de Neil Armstrong, comandante da missão Apollo 11, cuja tripulação era ainda constituída ainda pelos astronautas Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, que aos comandos do módulo lunar Eagle se tornou no primeiro homem a pisar solo lunar. A conquista deste objectivo mais que o simbolismo associado, representou o coroar de uma década de grandes avanços tecnológicos e de enormes progressos científicos.
Contudo, quinze anos antes da conquista humana, através da banda desenhada, no álbum “Explorando a Lua” (1954), já Tintin tinha pisado a Lua. Hergé, um homem visionário e com uma enorme paixão pela ciência, tinha dotado o “seu” prof. Girasol com os conhecimentos e os meios necessários, ainda que com bastante humor à mistura e soluções com bases cientificas como por exemplo o facto do foguetão ser movido a energia nuclear, para tornar possível esta extraordinária aventura, sendo notável a antecipação bastante realista de um feito que só seria alcançado bastantes anos depois.
Fica então aqui a sugestão de leitura do álbum “Rumo à Lua” (publicado em Portugal) para celebrar o “... salto gigantesco para a Humanidade”.
15 julho, 2009
O Diabo dos Sete Mares - parte 2
Esta segunda e conclusiva parte deste "Diabo" manteve as características da primeira parte. Não se assiste a grandes desenvolvimentos, mas apenas o desenrolar dos vários caminhos tomados pelas numerosas personagens centrais, em direcção ao ambicionado tesouro do pirata Robert Murdoch. Mas nem assim a leitura se tornou menos confusa. A morte de mais de metade dos intervenientes não foi suficiente para se assistir a uma diminuição da “multidão”, uma vez que todos eles logo regressaram à vida, desta vez sob a forma de “mortos-vivos”. Considero mesmo que a introdução de zombies e as referências ao Diabo tornaram esta segunda metade inverosímil. Depois temos um desfecho sem muito sentido, numa ilha com um vulcão à beira da erupção. Bastante inconclusivo. Já não há finais felizes. Resta-nos então o desenho de Hermann, que é mesmo a grande mais-valia do álbum (e desta colecção). Suave na construção dos cenários e na captação da atmosfera, que através de uma escolha fantástica de cores, proporciona ao leitor excelentes imagens.
Temos assim, numa boa edição em capa dura, uma história pouco conseguida (ponto fraco) suportada por um magnifico desenho (ponte forte), pelo que a avaliação individual que faço do álbum é igual à avaliação global que faço da aventura completa, ou seja, fico-me pela nota média.
O Diabo dos Sete Mares - Parte 2
Autores: Hermann (desenho) e Yves H. (argumento)
2º Volume, cores, capa dura
Edição: VitaminaBD, 1ª edição de Março de 2009
A minha nota:
12 julho, 2009
Aviso à navegação...
PS Já agora aceitam-se palpites sobre o nome do autor do magnífico desenho reproduzido em cima que ilustra este texto.
Aviso à navegação...
PS Já agora aceitam-se palpites sobre o nome do autor do magnífico desenho reproduzido em cima que ilustra este texto.
06 julho, 2009
Leituras: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1
A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1
De Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
Editora ASA, Edição de Maio de 2009
Nota de leitura:
EXCELENTE (5 em 5)
02 julho, 2009
#6 BERNARD PRINCE: A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran
Com histórias publicadas originalmente entre 1977 e 1978, este álbum recorda-nos uma das mais interessantes séries de aventuras criadas na banda desenhada franco-belga, até os seus autores, primeiro Hermann e depois Greg, também responsáveis pela excelente série “Comanche”, decidirem seguirem outros caminhos.
Terminada a leitura, deixo aqui as minhas impressões sobre estas duas aventuras:
Na primeira história “A Fortaleza das Brumas” (é dela a excelente imagem que ilustra a capa do álbum) tudo se desenrola sob um jogo de enganos. Começa quando um misterioso Sr. Smith “contrata” Bernard Prince para intermediar a libertação da sua filha. O pagamento do resgate de um milhão de dólares em diamantes é o mote para uma aventura passada nas montanhas, onde o aparecimento de uma curiosa personagem de nome Koubhak influenciará decisivamente o desfecho da história. O argumento de Greg revela-se aqui bastante habilidoso, manipulando todas as personagens, que com excepção dos nossos heróis, assumem papeis que não os seus. A arte de Hermann mostra-se bastante apurada, sendo expressiva nas personagens e autêntica no desenho da paisagem seca onde decorre praticamente toda a acção.
A segunda história “Objectivo Cormoran”, passada no sul de França, na costa dos milionários, Bernard Prince e os seus companheiros são envolvidos num estranho plano que tem como objectivo assassinar um rico empresário com ligações á máfia. Numa narrativa com personagens bem estruturados, diálogos bem construídos, e como convêm cheia de acção, sucedem-se os volte-faces no desenrolar da história, cujo desfecho termina com um sacrifico final inesperado. Mais uma vez, Hermann domina, não só em termos gerais, com as suas paisagens em vários planos a revelarem-se grandes imagens, mas também ao nível do detalhe, não se inibindo no desenho de cenas de violência.
Em resumo, excelente leitura de duas grandes histórias de aventuras, ainda que pessoalmente tenha gostado mais da segunda. Aproveito para deixar aqui a sugestão de publicação em álbum do inédito “A Fornalha dos Condenados” correspondente ao n.º 7 da colecção original que cairia muito bem, numa eventual segunda série destes “Clássicos da Revista Tintin”.
Aguardo agora com expectativa Buddy Longway (álbum nº 11 da colecção).
Bernard Prince A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran
Autores: Greg e Hermann
Álbum nº 6 Colecção “Clássicos da Revista Tintin”, Cores, Capa mole
Editora: ASA/Público, 1ª edição de Junho de 2009
A minha nota: