20 julho, 2006

Civil War

De regresso. Bem mais ou menos, estou dependente do estado de humor do meu computador. Para já está a funcionar. Mas falemos de coisas importantes. Já vêm um bocado fora de tempo, mas não posso deixar de falar na novidade bedefila que maior impacto me causou no período pós-férias.


Havia necessidade? Afinal o Homem-Aranha é um dos meus personagens preferidos.

À primeira vista parece-me o fim do Homem-Aranha. Agora que se revelou publicamente faz algum sentido voltar a andar mascarado? Sempre desconfiei destes grandes eventos, tanto da Marvel como da DC, e esta Civil War (CW) também não me inspira confiança. Sei bem que o objectivo final é o $$$ e para isso pouco interessa se a natureza das personagens é desvirtuada, mas haja limites e bom senso!

No ínicio desta história (CW), as necessidades invocadas para o registo dos super-heróis e dos super-vilões são ridiculas e no primeiro número apenas achei interessante a posição de confronto assumida pelo Capitão América, mas agora depois da revelação do Homem-Aranha, confesso que a história piorou em todos os sentidos. As primeiras consequências, os processos legais têm tanto de estúpido como de absurdo. Pergunto só se não bastava ao Homem-Aranha registar-se sem se revelar publicamente? Gostava de saber com o irão resolver esta trapalhada?

Lá continuarei a acompanhar toda esta “tanga”, via Amazing, com esperança que no final desta história, um "passe de mágica" volte a colocar tudo como era, ou seja, antes antes de CW!!!

Haja paciência para estas invenções!!!

17 julho, 2006

Aviso à navegação...

É só para dizer que este blogue NÃO acabou! Promete retomar a sua actividade normal assim que o computador recupere da insolação que apanhou e dê sinais de vida!!!

10 junho, 2006

Novo "Sin City"

São estas as primeiras imagens de ”Sin City – Balas, Garotas e Bebidas" de Frank Miller, o novo volume que a Devir se prepara para lançar no final do mês……… no Brasil. Por cá, continuamos à espera de melhores dias!!!

09 junho, 2006

Notas Soltas

- (regresso!) Começo por destacar o regresso do BDjornal, após a interrupção por um mês para balanço. O Jorge Machado-Dias anuncia no seu blogue, que a partir do próximo dia Sábado, 10 de Junho, o BDjornal (2º ano) já pode ser comprado, por exemplo, no Stand da Devir da Feira do Livro em Lisboa. Felizmente que o projecto não morreu!!!

- (novidade!) O jantar comemorativo do 21º aniversário da Tertúlia BD de Lisboa, uma iniciativa do incansável Geraldes Lino, que de forma ininterrupta se reúne todos os meses na primeira Terça–Feira do mês, foi aproveitado por Daniel Maia para fazer a apresentação do novo site Tertúlia BDzine (TBDZ), um sitio que para além de dar a conhecer o fanzine de BD, serve também de arquivo para consulta on-line, para além de ser um local de discussão através do fórum. Resumindo e parafraseando o autor, "uma tertúlia virtual"! Para aceder ao TBDZ basta clicar aqui!

- (desabafo!) Chegados a Junho e apesar de constar no press-release das novidades na banda desenhada agendadas para Maio, as Edições ASA continua sem publicar “Dust”, o último do “Blueberry”! Está mal!!!

- (critica!) A Devir continua sem dar sinais de vida (ou de morte). Não há comunicados oficiais da editora, não há publicações novas. Que se lixem os leitores assíduos cujas colecções ficaram incompletas. Que se lixem aqueles que gostam do José Carlos Fernandes. Raios partam as “evoluções”!!!

- (partida!) mais dois dias e este autor dá férias aos seus leitores e vai de férias três semanas!!!

06 junho, 2006

"24h # Volta a Portugal em BD"

Acabei de receber e ler as “24h Volta a Portugal em BD”, uma iniciativa inédita da responsabilidade das edições DrMakete, que através de um original desafio lançado a autores portugueses, conseguiu reunir vários estilos e tendências do panorama da BD portuguesa. O resultado foi um livro de Banda Desenhada com 24 histórias diferentes, em 24 horas em 24 locais diferentes.
Confesso que fiquei surpreendido pelo excelente resultado final. Excluindo o "mestre" JCF, temos grandes talentos. Pena é, que por falta de apoios, a iniciativa se tenha ficado por um livro único com uma tiragem limitadíssima (300 ex.) até porque autores e material não deve faltar por esse país fora.
Espero que tenha sido lançada a semente, até porque a “nossa” Banda Desenhada bem precisa de divulgação!

Entre todas as histórias, as minhas três preferidas vão para “Matosinhos” de Nuno Sarabando/Hugo Jesus, “Vilamoura” de José Carlos Fernandes e “Olhão” de Rocha. Excelentes traços e humor q.b.

Também aqui fica aqui o meu agradecimento à DrMakete pelo exemplar que me enviaram.

31 maio, 2006

Ainda a propósito dos troféus Central Comics

No seguimento de vários comentários deixados ao post “Vencedores dos troféus Central Comics” de 30 de Maio, entro aqui numa saudável discussão sobre os mesmos. Considero que apesar dos “Sin Citys” e ”A Pior Banda Mundo” editados, a DEVIR, no ano passado, poucas edições teve que justificasse o prémio como a “Melhor Editora” com 39% dos votos(!), antes pelo contrário, os dedos das duas mãos não chegavam para contar os lançamentos errantes. A minha primeira escolha tinha sido a editora LIVROS DE PAPEL pela sua arriscada e bem sucedida aposta de qualidade no “Príncipe Valente”. Também desconfio do segundo lugar da VITAMINA BD, porque até considero alguns dos lançamentos da editora ASA bastante superiores, nomeadamente “Bouncer, “O Vôo do Corvo” ou “Blacksad”. Também não nos podemos esquecer que o papel de uma editora não se limita à edição mas também inclui a promoção de banda desenhada, e a ASA, trabalhou bem nesta área, nomeadamente através dos convite feitos a importantes autores para participarem no FIBDA. Quanto a Frank Miller, perante a short-list a concurso na final, acho que os prémios foram bem entregues, apesar de preferir como "Melhor Desenho" o trabalho de Juanjo Guarnido em "Blacksad 3 – Alma Vermelha". Enfim, gostos!

30 maio, 2006

Nova revista de BD

Chega agora ás bancas e chama-se HL Comix. “O HL deriva de herpes labial que quando se apanha é para a vida e assim espero que o mesmo aconteça com a HL Comix”. É assim que é anunciada pelo seu autor (Derradé) esta loucura: uma revista de BD, Humor e Cultura Alternativa. Convenhamos que não deixa de ter uma certa razão, afinal estamos a falar de uma revista portuguesa de bd. Assim, bimestralmente, nas bancas de todo o país, são 36 páginas b&w e capa a cores por apenas 2 €. Caem bem estas iniciativas, nem que sirvam para abanar as “águas estagnadas” do panorama bedéfilo português. Ao novo projecto em prol da banda desenhada, os votos de maior sucesso! Amanhã já vou ver se a descubro numa banca perto de mim!

A acompanhar a revista, o seu autor criou um blogue onde anuncia as novidades no que respeita à HL Comix. É só clicar aqui.

Vencedores dos Troféus Central Comics

Realizou-se no passado Sábado, a entrega dos IV Troféus Central Comics, numa iniciativa do portal Central Comics, cuja participação dos leitores de banda desenhada é fundamental. Numa análise sintética dos resultados, direi que a votação, pautada pelo equilíbrio, destacou desde logo José Carlos Fernandes (2 prémios) e de Frank Miller (3 prémios) como os autores nacional e estrangeiro, respectivamente, preferidos dos leitores. Gostei do troféu para a “Melhor Edição de Bancas” atribuído ao “BDJornal” (a minha escolha) e confesso que fiquei surpreendido com a escolha, de novo, da Devir como “Melhor Editora” (quanto mais me bates…). Quanto ao Daniel Maia como autor do “Melhor Desenho Nacional” é merecido, mas é pena não existir actualmente nenhuma publicação de carácter regular com a sua arte. Face ao panorama bedefilo em Portugal, em especial no que se refere ao ano de 2005, penso que melhores opções não havia.

Segue-se a lista completa dos vencedores deste ano, nas várias categorias:

- Melhor Editora Devir – 39% dos votos

- Melhor Álbum Nacional Série Ouro – José Carlos Fernandes (Correio da Manhã) - 39%

- Melhor Argumento Nacional José Carlos Fernandes ("O Depósito de Refugos Postais") – 36%

- Melhor Desenho Nacional Daniel Maia (Sketchbook #1) – 45%

- Melhor Álbum Estrangeiro Frank Miller’s 300 (Norma) – 34%

- Melhor Argumento Estrangeiro Frank Miller (Sin City) – 31%

- Melhor Desenho Estrangeiro Frank Miller ("300") – 27%

- Melhor Álbum de Tira ou Prancha Cómica/Cartoon/Caricatura Estrangeira Mutts 3 – Mais Coijas! (Devir) – 44%

- Melhor Álbum de Tira ou Prancha Cómica/Cartoon/Caricatura Nacional "Há Vida em Markl" (Gradiva) – 33%

- Melhor BD Curta/Cartoon/Tira Cómica Nacional Não Publicada em Álbum Arquivo 20 - Marte 2205 – 29%

- Melhor Edição de Bancas "BDJornal" – 34%

- Melhor Edição de Investigação/Especializada "Tintim – O Sonho e a Realidade" (Verbo) – 31%

27 maio, 2006

76ª Feira do Livro de Lisboa

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Assim que passar esta hora de calor, tenciono dar um salto até à Feira do Livro. Apesar de constituir um palco privilegiado para novos lançamentos, a verdade é que no que respeita à banda desenhada é raro isso acontecer. O normal é mesmo as editoras aproveitarem a feira para escoar stocks, mas nem sempre a preços de feira. Para hoje, segundo o site oficial da feira, são estes os livros do dia (não sei a que preços):

Edições Devir:
- “A Grande Matança”, de Frank Miller
- “O Depósito de Refugos Postais”, de José Carlos Fernandes

Asa Editores:
- “Capturem um Marsupilami”, de Franquin

O que eu gostava era ser surpreendido com o lançamento de “Dust” por parte da Asa ou os lançamentos de "A Agência de Viagens Lemming" ou o primeiro volume do projecto “Black Box Stories” ou ainda o sexto volume da “A Pior Banda do Mundo" por parte da editora Devir. Segundo o portal BDesenhada.com, o autor José Carlos Fernandes, vai estar presente hoje numa sessão de autógrafos entre as 16h e as 19h30 no stand da Devir. Poder ser que haja novidades, senão lá terei de me contentar com “dois dedos de conversa” e mais um autógrafo. Certa é a minha passagem pelos stands de alfarrabistas. No ano passado comprei a bons preços (negociados) colecções completas de banda desenhada. É eventualmente o único sitio da feira onde gasto dinheiro a comprar bd. Pode ser que este ano repita a dose!

24 maio, 2006

A 24 horas de X-Men 3

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Estreia amanhã (finamente!) "X-Men 3". Correm uns zuns-zuns por ai que se trata “apenas” do melhor filme da saga. Quero acreditar que sim! Não só porque se trata de uma adaptação de uma banda desenhada (e os riscos de descaracterização que isso comporta) mas também porque significa que depois do abandono de Bryan Singer (“Superman Returns” oblige) o projecto ficou bem entregue, senão melhor, a Brett Ratner. Também se fala neste filme como o último da série. No futuro, a aposta passa pelo desenvolvimento da personagem Wolverine. O que me parece bastante mais interessante.
O argumento de “X-3” baseia-se na descoberta de uma ‘cura’ para os mutantes e na escolha destes: abdicarem dos seus poderes e terem uma vida normal ou continuarem mutantes e serem perseguidos. Os pontos de vista opostos do Professor Xavier e de Magneto resultam numa guerra aberta, amplificada pelos poderes descontrolados de Fénix Negra (a ressuscitada Jean Grey). A luta pelo direito à diferença é o mote para “X-Men 3: O Confronto Final”. E a avaliar pelos sete minutos de duração deste trailer está prometida muita acção e muita destruição. Já só faltam 24 horas! Corre por ai o aviso importante para não sair da sala antes dos créditos finais… (quem avisa….)

06 maio, 2006

Imagem do dia: Férias

As minhas BD preferidas #6: Calvin & Hobbes

Era uma vez uma criança e o seu tigre de peluche. Poderia ser este o início para uma das mais divertidas histórias em tiras de banda desenhada que alguma vez li (e continuo a reler). A criança chama-se Calvin e têm 6 anos e o seu companheiro é um tigre de peluche chamado Hobbes e as suas aventuras imaginárias têm a extraordinária capacidade de sintetizar toda a lógica de um universo infantil, bem construído onde não falta nenhuma das suas referências, desde dos pais até à professora, passando pela ama e pelos colegas da escola, desde dos monstros debaixo da cama, até às naves espaciais, passando pelos dinossauros e pelas viagens no tempo, onde as todas as situações são possíveis e a filosofia infantil prevalece. É um universo com que facilmente nos identificamos, que nos contagia, delicia e principalmente nos faz rir.

Todo este trabalho é fruto do génio de Bill Watterson, um desenhador americano avesso a entrevistas e fotografias, onde o desenhos e os diálogos são o reflexo perfeito, em forma de humor, dessa mistura inocente de sentimentos que é a infância. Uma das principais características que mostra a genialidade do autor, é o pormenor das expressões faciais das várias personagens quando confrontados com as variadas situações. Simplesmente delicioso!

Infelizmente, Bill Watterson deixou de desenhar as histórias de "Calvin & Hobbes" em 1996, na sequência de desentendimentos com a editora, detentora dos direitos de publicação da sua obra, tendo a última tira inédita sido publicada em 31 de Dezembro de 1995. Apesar disso, as aventuras de "Calvin & Hobbes" continuam ainda a ser publicadas e republicadas em jornais de todo o mundo, sendo que em Portugal, as tiras diárias destas personagens são asseguradas pelo jornal “Público”, desde do seu inicio.

“Calvin & Hobbes” em Portugal:

Em Portugal, as aventuras de "Calvin & Hobbes" foram introduzidas pelo jornal "Público", desde da sua primeira edição, com a publicação de uma tira diária na última página. Actualmente, as aventuras completas de "Calvin & Hobbes" podem ser encontradas nos 17 álbuns publicados pela editora Gradiva. A saber:

- "Páginas de Domingo"
- "CALVIN & HOOBES - A última antologia"
- "O Indispensável de CALVIN & HOBBES"
- "O Essencial de CALVIN & HOBBES"
- "É Um Mundo Mágico"
- "Há Tesouros por toda a parte"
- "Patabéns, CALVIN E HOBBES"
- "O Tigre Assassino Ataca de Novo"
- "Que Dias Tão Cheios!"
- "O Ataque dos Demónios da Neve"
- "Progresso Científico...Uma Treta!"
- "A Noite da Grande Vingança"
- "Monstros de Outro Planeta"
- "Viva o Alasca!"
- "Plácidos Domingos"
- "Há Monstros Debaixo da Cama?"
- "CALVIN & HOBBES"

Recomendo sem reservas esta banda desenhada, garantindo que o dinheiro gasto na sua compra é devolvido pelo prazer que retiramos da sua leitura.

Sites de consulta:

- Gradiva [link]
- Tiras publicadas no jornal Público [link]
- Página não-oficial de "Calvin & Hobbes" em portugês [link]

02 maio, 2006

Cinco Sugestões De Leitura 3

O desafio aqui deixado é simples. Dar cinco sugestões de leitura de revistas ou álbuns de banda desenhada. Desta vez, foi o Blog da Utopia que alinhou e as sugestões dos seus (dois) autores podem ser lidas aqui e aqui.

01 maio, 2006

BDjornal

Maio. Este mês o BDJORNAL não sai para as bancas.

Com a publicação do seu n.º 12 no mês de Abril de 2006, o BDjornal fez um ano de existência. Atente-se que se trata de uma publicação que só trata de Banda Desenhada, pelo que a sua duração foi um feito notável. Nas palavras do seu director Jorge Machado-Dias, irá agora sofrer uma necessária reestruturação, visível a partir do n.º 13 que sairá em apenas em Junho. O jornal reduzirá o seu formato, aumentará o número de páginas, de 32 para 48, das quais 16 a cores, passará (temporariamente) de mensal a bimestral e o preço subirá de €2,00 para €3,00.

Eu, confesso-me um comprador/leitor/coleccionador do BDjornal desde do seu início. Isto porque o considero um projecto válido que veio colmatar, e bem, um espaço que se encontrava vazio no que se refere à divulgação da temática da BD em Portugal. Afinal trata-se da única publicação regular onde podemos ler sobre reportagens de festivais bedéfilos, entrevistas a editores e a autores, uma secção de criticas, novos lançamentos e pequenos apontamentos bedéfilos. Apresentava ainda um caderno destacável de BD inteiramente produzida por autores portugueses. A colaboração de várias pessoas, ligadas à BD, entre os quais alguns autores de blogues, enriqueceu o projecto e fizeram do BDjornal uma referência.

No entanto, não posso deixar de emitir algumas considerações sobre as mudanças anunciadas. A primeira passa logo pela periodicidade. Espero que esteja redondamente enganado, mas a passagem a bimestral parece-me que “mata” a publicação. Em dois meses, "muita água corre debaixo da ponte". A título de exemplo, a reportagem sobre os acontecimentos do II Festival Internacional de Beja de BD só poderá ler lida em Junho. Uma eventual reportagem sobre os lançamentos nas Feiras do Livro de Lisboa ou Porto só poderá ser lida em Agosto. Convenhamos, a principal mais-valia do jornal, a actualidade da informação, desaparece. A própria natureza do projecto e, atente-se ao título, fica afectada.

Depois temos que das 48 páginas anunciadas, 32 serão só de banda desenhada. Não que não goste de ler BD e descobrir novos autores, mas o que procurava no BDjornal desaparece. O jornal informativo dá lugar a uma nova revista de banda desenhada, quiçá concorrente directa da SKETCHBOOK. Num mercado de reduzida dimensão como o português, não vejo a racionalidade disto.

Pela entrevista que Machado Dias deu ao BDesenhada.com percebo perfeitamente que são questões económicas e de distribuição que forçam estas mudanças, mas também parece-me que o caminho a seguir também não é este. Não pelo aumento do preço de capa, porque até concordo - afinal o que são 3 ou mesmo 4 euros por mês por um produto único? - mas pelas razões atrás referidas.

Preferia que as alterações se centrassem em termos qualitativos, no conteúdo da informação, na existência secções fixas (por exemplo de entrevistas a autores, criticas de novos lançamentos), na criação de novas rubricas (por exemplo a criação de um espaço para anúncios para compra e venda de BD), etc. Afinal é o próprio director do jornal que afirma que existe material suficiente para garantir edições mensais.

Como leitor, resta-me esperar que o meu pessimismo vá dar uma volta, e que as anunciadas alterações resultem, que as vendas melhorem e que o JORNAL volte rápido e em força e, se possível na periodicidade mensal!

27 abril, 2006

Cinco Sugestões De Leitura 2

Para além do leitor Grimlock, que deixou as suas sugestões na caixa de comentários, também o blogue Área BD resolveu responder ao desafio lançado e através dos seus autores divulgou as suas cinco sugestões de leitura. Estas podem ser lidas aqui e aqui.

FIBDA'2006 (1)

O Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA) reunirá em Outubro autores «periféricos» da Nona Arte criada além das fronteiras franco-belgas e norte-americanas, revelou à Lusa o director do evento, Nelson Dona.

«A Banda Desenhada franco-belga e norte-americana tem uma importância incontornável, mas há o resto do mundo que queremos dar a conhecer».

Sob o lema «17 graus periféricos e o resto do mundo», o FIBDA decorrerá entre 20 de Outubro e 5 de Novembro em vários espaços da cidade.

«Tendo em conta a situação periférica de Portugal e da própria cidade da Amadora, a ideia é que todas as periferias juntas consigam criar uma centralidade», defendeu Nelson Dona.

O objectivo é apresentar autores inéditos no FIBDA, resultado de um trabalho de pesquisa que começou o ano passado e está na fase de negociação entre a organização do evento e autores e comissários.

A FIBDA contará com uma exposição sobre a BD portuguesa contemporânea, concebida a pensar na itinerância pelo país, e exposições de BD Lusófona, da América Latina, da Ásia, África e da Europa não-francófona.

A intenção de divulgar «a BD do Mundo» foi sublinhada à Lusa pelo vereador com o pelouro da Cultura, António Moreira, que anunciou também a compra de espólio do autor Eduardo Teixeira Coelho.

«As negociações com a família para a compra de um conjunto muito significativo de pranchas, que vão juntar-se à grande colecção que já temos, estão praticamente concluídas», afirmou o autarca.

As actividades do FIBDA vão desdobrar-se em dois núcleos de exposições, o maior dos quais formado pelo Fórum da Amadora e a estação de metro, e o segundo distribuído pela Galeria Artur Bual, Casa Roque Gameiro e Recreios da Amadora.

24 abril, 2006

Cinco Sugestões De Leitura 1

Aproveito a ocasião da comemoração do Dia Mundial do Livro, para lançar aqui um desafio a toda a comunidade nacional bedéfila, para que apresentem, nos seus blogues cinco sugestões de leitura, da sua preferência, seja de uma revista ou álbum, nacional ou estrangeiro, mas obrigatoriamente de banda desenhada e acrescentar um pequeno texto sobre a escolha. A ideia é contagiar os leitores para a descoberta de outros autores, outras personagens. Confesso que a ideia não é original, mas sim adaptada de uma iniciativa do blogue (espanhol) La Carcel de Papel. Mas as boas ideias copiam-se. :)

Assim, numa escolha nem sempre fácil, aqui ficam as minhas cinco sugestões de leitura:

OK Corral” de Charlier/Giraud da Meribérica. A acreditar no press-release da editora Asa, divulgado aqui e a série “Blueberry”, após prolongada ausência, está finalmente de regresso a Portugal. Com o novo álbum “Dust” a ser publicado em Maio, recomendo a leitura do álbum que o antecedeu e se possivel todos os anteriores, ou não fosse esta série, a minha banda desenhada preferida.





Murena” de Jean Dufaux/Philippe Delaby da Edições Asa. Uma das mais agradáveis surpresas que tive este ano. A acção passa-se na Roma Antiga e no meio de intrigas palacianas e bastante veneno assistimos à ascensão de Nero a Imperador. Com um desenho sóbrio e um argumento baseado em acontecimentos históricos, é uma colecção a descobrir e a acompanhar com bastante interesse. Brevemente dedicarei um post a esta colecção.




V for Vendetta” de Alan Moore/David Lloyd da Vertigo. Um clássico da banda desenhada internacional que infelizmente ainda se encontra inédito em Portugal. Leiam o livro e aproveitem para ver o filme, baseado na obra, que ainda se encontra em exibição numa sala de cinema perto de si.







Vincet e Van Gogh” de Gradimir Smudja da Witloof. Van Gogh, numa noite em Arles, salva a vida de um misterioso gato chamado Vincent. Este é o ponto de partida de um álbum que é uma deliciosa mistura de desenhos e cores, que constitui um prazer para a visão, ou não fosse esta banda desenhada uma homenagem ao pintor Van Gogh e à pintura impressionista. Altamente recomendável.






Calvin & Hobbes” de Bill Waterson numa qualquer edição da Gradiva. As aventura e desaventuras de Calvin e do seu tigre de peluche Hobbes nas provavelmente mais belas e as mais bem-humoradas tiras de todos os tempos. De leitura obrigatória porque são horas de puro prazer. "Calvin & Hobbes" são mesmo as próximas personagens objecto de referência na secção das "Minhas BD preferidas".

19 abril, 2006

IV Troféus Central Comics


Encontra-se a decorrer até ao próximo dia 7 de Maio, o processo de votação final da IV edição dos Troféus Central Comics. Com base nos resultados da primeira fase, foram agora elaboradas “short-lists” para cada uma das categorias, sendo estes os nomeados:

MELHOR EDITORA
Asa
Bizâncio
Devir
Gradiva
VitaminaBD

MELHOR ÁLBUM NACIONAL
Borda d´Água – O Tempo das Papoilas (Rui Brito Edições)
LX Comics 17 - Metamorfina (Bedeteca de Lisboa)
Menino Triste 2 - Os Livros (Ciber Extratus)
Pior Banda do Mundo 5 - O Depósito de Refugos Postais (Devir)
Série Ouro: José Carlos Fernandes (Correio da Manhã)

MELHOR ARGUMENTO NACIONAL
João Mascarenhas (Menino Triste 2 - Os Livros)
José Abrantes (Morgana e o Poço Misterioso)
José Carlos Fernandes (Pior Banda do Mundo 5 - O Depósito de Refugos Postais)
Miguel Mocho (LX Comics 17 - Metamorfina)
Miguel Rocha (Borda d´Água – O Tempo das Papoilas)

MELHOR DESENHO NACIONAL
Daniel Maia (Sketchbook #1)
Eliseu "Zeu" Gouveia (Cloudburst - Dilúvio Mortal)
José Carlos Fernandes (Pior Banda do Mundo 5 - O Depósito de Refugos Postais)
Miguel Rocha (Borda d´Água – O Tempo das Papoilas)
Ricardo Cabral (Blast/Blazt)

MELHOR ÁLBUM ESTRANGEIRO
Arrowsmith - A Guerra da Magia (Devir)
Blacksad 3 - Alma Vermelha (Asa)
Frank Miller's 300 (Norma)
Loki (Devir)
Série Ouro: Arte de Taniguchi (Correio da Manhã)

MELHOR ARGUMENTO ESTRANGEIRO
Enki Bilal (Trilogia Nikopol)
Frank Miller (Sin City)
Grant Morrison (Série Novos X-Men)
Neil Gaiman (Sandman 2 - Nocturnos)
Will Eisner (A Conspiração - A História Secreta dos Protocolos Sábios de Sião

MELHOR DESENHO ESTRANGEIRO
Alberto Breccia (Mort Cinder - Olhos de Chumbo)
Civiello (Semente da Loucura 4 – O Rei sem Coração)
Esad Ribic (Loki)
Frank Miller (300)
Juanjo Guarnido (Blacksad 3 - Alma Vermelha)

MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICS/CARTOON/CARICATURA ESTRANGEIRA
Baby Blues 16 - 100% Papá (Bizâncio)
Mutts 3 - Mais Coijas! (Devir)
Red & Rover 2 - Cauda e Efeito (Gradiva)
Wood & Stock - Psicodelia e colesterol (Devir)
Zits 9 - Fossa Nova (Gradiva)

MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICA/CARTOON/CARICATURA NACIONAL
António - Traços Continuos (Assírio & Alvim)
Cartoons do Ano 2004 (Assírio & Alvim)
Cravo e Ferradura (Gradiva)
Há Vida em Markl (Gradiva)
VII PortoCartoon – Humor e Sociedade (Asa)

MELHOR BD CURTA/CARTOON/TIRA CÓMICA NACIONAL NÃO PUBLICADA EM ÁLBUM
Arquivo 20: Marte 2205 (de Cris Lou/ J. Mascarenhas/ G. Travado, em Tertúlia BDzine especial)
Barba e Cabelo (de Luís Afonso, em A Bola)
Bartoon (de Luís Afonso, em O Público)
Bedéfilos Irredutíveis (de Nelson Santos, em BDJornal)
O Careto (de Ricardo Cabral, em Blazt #1)

MELHOR EDIÇÃO DE BANCAS
BDJornal
Blazt
Homem-Aranha
Obras-Primas Disney
Ultimate Homem-Aranha

MELHOR EDIÇÃO INVESTIGAÇÃO/ESPECIALIZADA
Catálogo Fibda 2005 (CNBDI)
Catálogo Salão Lisboa 2005 (Bedeteca de Lisboa)
Corto Maltese no Público (Público)
Hugo Pratt – O Desejo de ser Inútil (Relógio d´Água)
Tintim - O Sonho e a Realidade (Verbo)

O processo de votação é simples, basta passar por aqui e votar nos eleitos. Participem!

15 abril, 2006

Adapatção de "V de Vingança"

Em exibição nas salas portuguesas, encontra-se a adaptação ao cinema de “V for Vendetta”, no original de 1982, uma ‘graphic novel’ de Alan Moore (argumento) e David Lloyd (desenho), ainda inédita em Portugal. Realizado num registo simples, bem conseguido, o filme respeita o espírito mas não a forma, da obra que lhe dá o nome. “V de Vingança” (na tradução feita para português), produzido pelos irmãos Wachowski (de “Matrix”), simplifica a bd, principalmente porque omite as referências à anarquia, ideologia sempre presente na obra original. A vingança impera. O filme, contando com um conjunto de excelentes interpretações, entre os quais se destaca Natalie Portman/"Evey" e Hugo Weaving/"V", triunfa ao conseguir condensar uma história com uma forte carga politica e manter ainda assim, a identidade da obra original, o que cria um filme que vale por si só. 
 
 
A acção desenrola-se numa Londres, centro de um regime totalitário onde as liberdades individuais estão condicionadas, e onde um misterioso personagem solitário usando uma máscara de Guy Fawkes (personagem verídica, conspirador que no dia 5 de Novembro de 1605, tentou fazer explodir o edifício do Parlamento inglês), identificado como “V”, desencadeia uma série de acontecimentos tendo em vista o derrube do regime pelos cidadãos. Apesar de espectacular, o filme funciona como um bom complemento da história em banda desenhada, mas claramente não a substitui. As minhas estrelas: 4 em 5
Pagina oficial do filme [link]

14 abril, 2006

Spider-Man by James Cameron


Em 1992, um jovem realizador e fã do mais famoso personagem da Marvel, chamado James Cameron pegou numa caneta e escreveu um argumento para um filme do Homem-Aranha. O entusiasmo era tão grande, que inclusive foi desenhado um storyboard completo. Mas questões envolvendo direitos de autor, impediram que este projecto avançasse e quando resolvidas, a realização do filme foi entregue a outro realizador. Fica para a história uma boa estória, que incluía o Homem-Areia e o Electro como os “vilões de serviço”. O argumento e o storyboard originais podem agora ser lidos aqui. Recomendo uma leitura!

13 abril, 2006

Atchim!!!

Cuidado! As imagens que se seguem contem linguagem capaz de ferir as susceptibilidades de alguns leitores...eheheh
Image hosting by Photobucket

(recebida por e-mail de autor desconhecido)

09 abril, 2006

As minhas BD preferidas #5: XIII

XIII aliás Jason Mullway aliás Jason Mac Lane aliás Jason Fly aliás Seamus O'Neil aliás Kelly Brian aliás Alan Smith aliás Jake Shelton aliás Steve Rowland aliás Ross Tanner aliás Jed Olsen aliás John Fleming aliás Hugh Mitchell aliás Karl Meredith aliás Reginald Wesson aliás "El Cascador” são as identidades de um herói, amnésico e dotado de qualidades atléticas impressionantes que o desenhador William Vance ("Blueberry") e o argumentista Jean Van Hamme ("Thorgal", "Blake e Mortimer") têm desenvolvido, de forma espectacular devo acrescentar, desde do início da sua publicação em 7 de Junho de 1984 na revista "Spirou”.

Um assassinato presidencial, uma conspiração, uma organização sinistra e um homem sem memória é o fio condutor desta banda desenhada franco-belga, que nos leva a acompanhar as longas e intrincadas diligências do herói em busca do seu passado e da sua identidade pessoal. Conhecido por XIII (treze) devido a uma tatuagem em numeração romana no pescoço, terá aparentemente pertencido a um departamento ultra-secreto de um serviço de contra-espionagem. É essa circunstância que explica a feroz perseguição de que é alvo por parte de múltiplas instâncias de poder, tanto civis como militares.

A excelente narrativa das histórias, onde segredos se escondem atrás de segredos, aliada à notável galeria de personagens que se cruzam na vida do herói, traduzem-se numa excelente obra de qualidade reconhecida, onde na sua edição original, em francês, a colecção já atingiu os 17 álbuns publicados.

“XIII” em Portugal

A editora Meribérica publicou, de forma bastante irregular, entre 1988 e 2004, um total de nove álbuns da série, sendo “Por Maria” o último título publicado. Os álbuns publicados em Portugal são os seguintes (entre parentesis o ano de publicação):

- “O Dia do Sol Negro” (1988)
- “Para Onde Vai o Índio” (1989)
- “Todas as Lágrimas do Inferno” (1990)
- “SPADS” (1997)
- “Alerta Vermelho” (1998)
- “O Dossier Jason Fly” (1999)
- “A Noite de 3 de Agosto” (2003)
- “Treze Contra Um” (2004)
- “Por Maria” (2004)

Actualmente, depois do desaparecimento da Meribérica, desconhece-se a quem pertence os direitos de publicação, pelo que se aguarda por novidades, com a esperança que esta excelente série não fique incompleta em Portugal. Para já fica feita a apresentação de uma das melhores colecções da banda desenhada franco-belga da actualidade e uma das minhas preferidas.

Sites de consulta:

- site oficial de XIII [link]
- site não-oficial de XIII [link]

03 abril, 2006

II Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja

O Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja volta a tomar conta da planície, desta vez entre os dias 8 e 29 de Abril, com a sua segunda edição.
 
Agora com a particularidade de ter alargado os seus limites. Além da Casa da Cultura, que constitui o núcleo principal do evento, o Festival espraia-se pelas Casa das Artes - Museu Jorge Vieira e pelo Museu Regional de Beja.
 
E estende a sua programação paralela ao Teatro Municipal Pax Julia. No total repartem-se pela cidade 11 exposições individuais e 3 exposições colectivas.
 
Uma vista de olhos pelo programa do festival e permite-me destacar a presença de numerosos autores de banda desenhada para novos lançamentos e sessões de autógrafos.
 
Todas e quaisquer informações podem ser obtidas através no site oficial do festival [link].

02 abril, 2006

DVD "Sin City": edição coleccionador

Já se encontra disponível em venda directa no mercado português, o dvd na edição coleccionador do filme “SIN CITY - A Cidade do Pecado” baseado na graphic novel com o mesmo de Frank Miller, que se surge na ficha técnica creditado como realizador. O filme não se trata de uma adaptação de uma bd ao cinema, mas sim a adaptação do cinema à bd. É provavelmente a mais fiel transposição de sempre de uma banda desenhada.

Editado em caixa metálica, contem dois discos cheios de interessantes extras relacionados com a produção do filme, todos legendados em português. A edição portuguesa traz incluído com o dvd, uma pequena publicação (formato livro de bolso 12x18) que inclui a história de três páginas “O Cliente Tem Sempre Razão”, que foi utilizada como cena de abertura do filme, originalmente publicada em Portugal na extinta revista Comix.

Lamentável é o facto da editora, a LNK, não ter considerado incluir nesta edição, a versão alargada do filme (com 147 minutos), tendo optado antes pela versão “cinema”, aqui creditada com 119 minutos. Também não se compreende o porquê de no primeiro disco (com o filme) o som ser DD 5.1 e no segundo disco (com os episódios separados) apenas DD 2.0. Mesmo assim, apesar da edição nacional se encontrar abaixo do patamar de qualidade da edição americana - SIN CITY: Recut & Extended Edition - o filme é digno de figurar na videoteca de qualquer bedéfilo que se preze, afinal trata-se de pura banda desenhada “em movimento”. Resta-me referir que a minha cópia custou € 21,95 na FNAC, mas posteriormente já encontrei à venda por € 20,50 na Valentim de Carvalho.

01 abril, 2006

“Ideias Feitas Em Lugares Comuns”

(Re)nasceu um novo blogue dedicado à banda desenhada. O seu autor, que anteriormente já havia feito uma incursão na blogosfera com os “Meus Trabalhos”, regressa de novo, desta vez com um novo blogue. “Ideias Feitas Em Lugares Comuns” é o novo sítio de José Abrantes, autor nacional de banda desenhada, com 30 de anos de carreira – foi-lhe dedicada uma exposição no FIBDA’05 - que promete “regularmente apresentar ideias, estudos e apontamentos sobre bandas desenhadas, filmes e outras artes”. Ao novo blogue, já com link aqui na coluna do lado direito, e ao seu autor, os votos de muita inspiração para escrever e para desenhar!

"Spider-Man 3": ACTUALIZAÇÃO

Afinal a fotografia do novo uniforme negro do Homem-Aranha, que corria na internet e foi aqui publicada, revelou-se uma "montagem" de uma imagem retirada do filme "Spider-Man 2". Apesar de falso, considero que o uniforme proposto tinha um excelente aspecto, e na minha opinião, até podia ser tomado em consideração para o novo filme do Aranha. Afinal os fans têm sempre razão ou não?

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31 março, 2006

“Spider-Man 3”

Nos últimos dias, tem circulado na internet em sites especializados, boatos acerca do novo filme do Homem-Aranha. O primeiro, que causou grande excitação, trata de um suposto resumo do argumento oficial do filme. Apesar de não existir qualquer confirmação oficial, não deixa de apresenta uma certa coerência com o pouco que ainda se sabe. Confiram lá:

“No “Spider-Man 3” surgirão uma série de novos vilões e uma nova mulher entrará na vida de Peter Parker. Com o seu segredo agora revelado quer a Mary Jane quer a Harry Osborn, Peter tem que enfrentar as consequências das suas acções e a sua nova vida em conjunto com Mary Jane, depois de estes terem finalmente consolidado uma relação. Relação essa que trouxe uma série de resultados negativos, como o fúria do chefe de Peter, que parece determinado a fazer da vida deste um inferno, por causar problemas emocionais ao seu filho. Quem não ajuda é um jovem repórter de investigação chamado Eddie Brock, que Jameson contratou para descobrir a razão que levou Mary Jane a deixar o seu filho pelo Peter - quais os segredos do Parker?
Ao mesmo tempo, um prisioneiro evadido que se encontra escondido numa praia remota, é apanhado num acidente radioactivo e transforma-se numa criatura de areia capaz de mudar de aparência. As investigações de Peter ao passado deste "Homem de Areia", leva-o ao encontro de duas coisas que lhe vão inevitavelmente mudar a vida. A primeira é uma rapariga chamada Gwen Stacy, filha do novo chefe da polícia da cidade, que se apaixona por Peter. A outra, é uma substância negra, encontrada no local de um acidente, que se funde com o fato do Peter, e lhe dá novas habilidades.
As coisas complicam-se quando Harry Osborn, determinado a vingar a morte do seu pai, se equipa com uma nova variante do fato do Green Goblin, e faz equipa com o "Homem de Areia", provocando o caos, no qual várias vidas são perdidas, incluindo a de pessoas muito perto de Peter. A substância negra separa-se dele, e junta-se a Brock para formar algo inteiramente novo - uma criatura diferente de qualquer uma que ele enfrentou até agora. Um "Venon" que ele talvez não consiga parar.”

(via Cineblog)

Outro boato tem a haver com a fotografia acima publicada. Verdadeira ou falsa, digo-vos já que eu a acho a proposta para o novo uniforme excelente!!!

A estreia oficial do filme está marcada para o longínquo dia de 4 de Maio de 2007 e as novidades oficiais e a contagem decrescente podem ser acompanhadas aqui [site oficial]!

29 março, 2006

A capa que faltava...

A editora Marvel deve estar surpreendida e, confesso que eu também, com o inesperado e aparente sucesso que o novo uniforme do Homem-Aranha está a ter. A revista Amazing Spider-Man # 529, onde o Homem-Aranha aparece pela primeira vez com o seu absurdo e disparatado novo uniforme, esgotou a primeira e a segunda impressão.
Assim, como não há duas sem três, a editora resolveu fazer uma terceira edição, recuperando desta vez, a capa desenhada por Mike Wieringo para a saga The Other. Assim, para juntar à vasta colecção de uniformes, aqui e aqui, desta vez teremos o absurdo e disparatado unifome Aranha de Ferro!!!

O Porto tem mais um monumento...

Com a inauguração marcada para o próximo 1 de Abril, está uma nova loja de BD na cidade do Porto. Situada na Rua das Doze Casas, número 22, segundo parece, a loja física é o culminar de um sonho de Hugo Jesus, actual administrador do site Central Comics. Segundo o press release recebido, a nova loja, com o nome de Central Comics (só podia!!!) procura ser "uma real alternativa a lojas já existentes na cidade e no país, proporcionando preços competitivos (a par do que já vem sendo habitual através da loja on-line) e também uma vasta gama de produtos, que para além dos comics e livros, também inclui artigos de merchandising, decoração exclusiva, design de moda, importações, novidades e muito mais".
A abertura desta nova loja parece contrariar a crise aparentemente instalada no mercado bedéfilo português, pelo que seguem desde já aqui os votos de um próspero futuro. Também fica desde já agendada uma visita numa das minhas próximas idas à Inbicta!!!

23 março, 2006

IV Troféus CentralComics

O portal CentralComics já está a organizar os seus troféus. Na sua IV edição, os “Troféus CentralComics” destinam-se a reconhecer os autores e editores portugueses que fizeram ou lançaram banda desenhada na nossa língua durante o ano de 2005. O que se destaca nestes troféus é o facto de serem abertos ao público, ou seja, são os leitores de bd que escolhem os nomeados a escrutínio final. Aqui revela-se uma excelente oportunidade para os bedéfilos de dizerem de "sua justiça" relativamente ao que se tem vindo a publicar no nosso mercado. Não sei, se estes troféus dizem alguma coisa às "nossas" editoras, mas mensagem fica dada.

As categorias a concurso são:

- MELHOR EDITORA
- MELHOR ÁLBUM NACIONAL
- MELHOR ARGUMENTO NACIONAL
- MELHOR DESENHO NACIONAL
- MELHOR ÁLBUM ESTRANGEIRO
- MELHOR ARGUMENTO ESTRANGEIRO
- MELHOR DESENHO ESTRANGEIRO
- MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICA/CARTOON/CARICATURA ESTRANGEIRA
- MELHOR ÁLBUM DE TIRA OU PRANCHA CÓMICA/CARTOON/CARICATURA NACIONAL
- MELHOR BD CURTA/CARTOON/TIRA CÓMICA NACIONAL NÃO PUBLICADA EM ÁLBUM
- MELHOR EDIÇÃO DE BANCAS
- MELHOR EDIÇÃO INVESTIGAÇÃO/ESPECIALIZADA

O processo de votação já começou. Mais informações, detalhes das publicações a concurso e boletim de voto podem ser encontrados aqui. Eu já votei e o leitor?

21 março, 2006

Novo portal de BD

Inaugurado hoje, o BDesenhada.com é um novo portal português sobre a Banda Desenhada que se produz a nível mundial. Segundo os seus mentores, entre os quais se encontram os autores do Blog da Utopia, este projecto visa preencher “a lacuna de não existir nenhum portal nacional com entrevistas, criticas e notícias da 9ª arte além fronteiras”. Não sei se o nascimento deste portal mata o blogue, mas sem dúvida, que é um projecto bastante ambicioso, o que vêm contribuir para enriquecer a comunidade bedéfila portuguesa on-line, que começa a contar com um número assinalável de sítios de interesse. As boas-vindas e os votos de maior sucesso!

17 março, 2006

Aparte

Por motivos técnicos (uma configuração mal executada) os últimos comentários a este blogue encontravam-se "suspensos". Não fosse um alerta do amigo Ferrão e a situação ameaçava eternizar-se. Desde já o meu agradecimento. Penso que agora a situação já está normalizada. Caros visitantes, o bar está aberto, desculpem..... a caixa de comentários está aberta!!!

15 março, 2006

A bd que estou a ler no momento...

Há uns meses atrás numa feliz pesquisa na Internet, descobri uma colecção com as aventuras completas de Torpedo. "Torpedo Obra Completa" de Jordi Bernet e E.S. Abuli é uma edição de luxo da espanhola Glenat. Já aqui tinha falado desta banda desenhada. Cinco estrelas!!! Actualmente, no topo da minha pilha de bd em leitura, tenho os cinco volumes que compõem essa colecção. Cansado de esperar que alguma editora portuguesa se decidisse publicar, optei pelos originais em espanhol e pelo excelente serviço de encomendas da FNAC (Cascais). Tirando os comics americanos, é a primeira vez que compro bd em lingua estrangeira. Começo a acreditar que a importação de bd será uma tendência (minha) para se manter!!!

12 março, 2006

Breve reflexão sobre a politica editorial da Devir!

O seguinte texto reflecte uma opinião pessoal de um leitor e coleccionador de banda desenhada, que assenta os seus pressupostos, na observação do mercado (não disponho de números) e da leitura que faço do que é escrito em publicações, fóruns de discussão e sites da Internet sobre o assunto.

O recente anúncio semi-oficial (não se encontra nada no site oficial da Devir) que José de Freitas (da Devir) fez no BDJornal de Fevereiro de 2006, relativamente ao cancelamento das edições regulares da Marvel não me surpreendeu. Afinal este desfecho já era esperado. A “evolução” estava em marcha: primeiro os atrasos, depois os adiamentos até que finalmente chegaram os cancelamentos.

Aparentemente, os cerca de mil leitores/compradores mensais não eram suficientes para a viabilização dos títulos. Diz José de Freitas que precisavam de mais de 3000!!!! No entanto, refere (e passo a citar) que “existem alguns títulos com vendas regulares e constantes, que apesar de não atingirem grandes números não representam no entanto grande risco. A maioria dos títulos da Marvel entra nessa categoria”. Pergunta: então porquê o cancelamento?

Curiosamente o anúncio dos cancelamentos coincide com os lançamentos do mês de Janeiro/Fevereiro, onde títulos como “Talismã”, “Freaks”, “Inumanos” ou “30 dias de noite” que me parecem destinados a um público-alvo bastante restrito. Pergunta: será que cada uma destas histórias venderá os 2000 e tal exemplares necessários para justificar a sua publicação?

A Devir propõe agora trocar as várias revistas regulares por um “volume mensal de 120 a 144 páginas”. Pergunto se um volume-um peronagem ou um volume-vários personagens? Eu coleccionador confesso dos títulos do “Homem-Aranha” não me agrada nada fazer uma colecção que não seja inteiramente dedicada a este personagem. Muito provavelmente, a minha relação de coleccionador das revistas da Devir morreu com o n.º 34 do Homem-Aranha!

De registar, que pelo meio, um grupo de leitores da Devir revolveu fazer uma contra-evolução, ou melhor, uma (r)evolução. Apesar de pessoalmente não concordar com o modelo proposto (flip), não posso deixar de aplaudir esta iniciativa, que apesar de aparentemente condenada ao fracasso, não deixou de exprimir o descontentamento dos leitores com as recentes politicas editoriais da Devir.

A Devir que durante alguns anos se mostrou como uma das mais dinâmicas produtoras de banda desenhada em Portugal, começa agora a dar os primeiros sinais de fraqueza. Na minha opinião, algumas situações contribuíram para o actual estado de coisas, senão vejamos:

- A Devir nos últimos anos dedicou-se a “inundar” o mercado de títulos, sendo que muitos deles foram histórias únicas, sem continuidade, de personagens e autores pouco conhecidos. Provavelmente muitos destes títulos não atingiram o limiar da sobrevivência. A aposta em super-herois conhecidos do grande público de forma a consolidar a sua base de leitores foi preterida por apostas no desconhecido. O resultado está à vista. Agora fala-se em “canibalização de títulos”!!!

- a Devir nunca seguiu a mesma linha na publicação de histórias nas revistas regulares. A título de exemplo, a revista “Homem-Aranha” nunca seguiu uma linha de continuidade. Ora publicava histórias da “Marvel Kinghts” ora da “Spectacular Spider-Man” ora da “Amazing Spider-Man”. Obviamente que histórias soltas não fidelizam leitores!!!

- a Devir descuidou um aspecto importante em qualquer publicação desta natureza: a falta de publicidade no interior das revistas. Confesso que nunca percebi porque numa revista com 50 páginas, não existia publicidade. A mim não me chocava nada, ter algumas páginas de publicidade inseridas no meio da revista, aliás, a exemplo do que fazem as editoras americanas, tanto a Marvel como a DC, nos seus títulos, se isso ajudasse a suportar os custos de publicação e manter viável a revista.

- a Devir nunca apostou em produtos complementares como incentivo à compra. Por exemplo, a criação de uma colecção de bonecos, cuja entrega acompanharia a revista, tal como se passa agora em França com a colecção “Marvel Super Heroes Figurine Collection”.

- a Devir lamenta-se que em 2006 não há filmes para potenciar as vendas de bd. Sugestão: e que tal aproveitar a estreia nas salas de cinema de “Uma História de Violência” e de “V de Vingança” para publicar as bandas desenhadas com o mesmo nome, que apesar de serem clássicos da banda desenhada, continuam incrivelmente continuam inéditos em Portugal?

E já agora, José Carlos Fernandes um dos autores portugueses que mais vende, afirma em entrevista, que o volume 6 da "Pior Banda do Mundo" (pronto há dois anos) será provavelmente lançado em Outubro deste ano. Se as coisas estão más, porquê Outubro e não em Junho, aproveitando a realização das Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, que tem sempre uma ampla divulgação nos meios de comunicação social? E porque não aproveitar as feiras e o novo livro, para a reedição do esgotadíssimo volume 2 “O Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante”?

Muito sinceramente, espero que a Devir continue por muitos e muitos anos a publicar bd no mercado português. Mas depois disto, não sei que caminho vai tomar, só sei que que eu não iria por aí, porque a continuar assim, respondo já ao apelo de José de Freitas para comprar banda desenhada, com uma pergunta: qual banda desenhada?

26 fevereiro, 2006

As minhas BD preferidas #4: Batman

Foi a leitura da extinta ‘Revista dos Super-Heróis’, uma publicação da Agência Portuguesa de Revistas que me despertou o gosto por uma das mais interessantes personagens do universo da banda desenhada americana: o BATMAN, o Homem-Morcego.

Criado pelo desenhador Bob Kane (1916-1998), o visual deste novo super-herói foi inspirado em heróis da época, tais como o "Zorro" ou "The Shadow". A sua primeira aparição dá-se em Maio de 1939, na história “The Case of the Chemical Syndicate” publicada então na edição n.º 27 da revista “Detective Comics” da editora National Publications, actualmente DC Comics.

BATMAN é super-heroi humano. Desprovido de quaisquer poderes especiais, faz uso das técnicas de luta que aprendeu com vários professores, para se assumir como um justiceiro que combate o crime em Gotham City, a coberto da noite, seu território por excelência. É também da noite o animal cujo símbolo adoptou, o morcego, que lhe confere assim através da imagem (capa e máscara) uma identidade misteriosa, sinistra e simultaneamente aterradora.

BATMAN é o alter-ego de Bruce Wayne, um fútil playboy milionário, que vive constantemente em conflito consigo próprio, atormentado pela recordação do assassinato dos pais num assalto – que assistiu quando jovem. Jurando vingar a morte dos pais, faz a promessa de combater o crime, criando assim uma nova identidade, o Homem-Morcego. A tecnologia fornecida pelas indústrias Wayne, permite-lhe dispor dos meios suficientes para desenvolver as suas actividade de investigação e luta contra o crime. Actua muitas vezes à margem da lei, movido por um sentido de justiça muito próprio, contando para isso com a complacência do Comissário James Gordon, um dos seus principais aliados, o apoio de Robin, um parceiro que já teve várias identidades – primeiro Dick Grayson, depois Jason Todd e actualmente Tim Drake – e a cumplicidade de Alfred Pennyworth, o mordomo da Mansão Wayne.

No universo de BATMAN, a galeria de criminosos é extremamente rica em personagens trágicos, psicopatas fascinantes, que interagem bem com toda a loucura que rodeia Gotham City. Entre todos, destaca-se obviamente Joker. Estreou-se na edição 1 da revista "Batman" e é talvez a mais genial de todas as personagens. É tambem a mais perigosa e seguramente a mais imprevisível. Joker assume a representação pura do mal. Goza do estatuto de inimigo natural de BATMAN, por ter morto(*) um Robin e colocado Barbara Gordon (a filha do Comissário Gordon) numa cadeira de rodas. O facto de BATMAN nunca ter feito ‘justiça pelas próprias mãos’, permitindo que Joker continue a espalhar sua insanidade pelas ruas de Gotham City, entra em linha de conta com o natural equilíbrio existente no mundo dos super-herois: um super-vilão por oposição a um super-heroi, a dicotomia Bem/Mal. Depois somam-se criminosos como Ra's Al Ghul (um génio da medicina imortal, líder de uma organização criminosa internacional conhecida como Liga dos Assassinos, cujo sonho é dizimar parte da população mundial de forma a restabelecer o equilíbrio no planeta), Enigma (um criminoso obcecado por charadas), Duas-Caras (um ex-procurador que após ter sofrido um ataque com ácido, enlouqueceu e desenvolveu uma dupla personalidade assente no conceito de dualidade), Pinguim, Espantalho, Hera, Bane (destaca-se por ter sido dos poucos que conseguiu derrotar o BATMAN), Black Mask (o actual senhor do crime em Gotham City) e mais recentemente surgiu Hush, entre outros.

* Em 1986, numa controversa decisão da editora DC Comics, que envolveu os próprios leitores que podiam participar através de uma votação via telefone no desfecho final, assistimos à morte de Robin/Jason Todd às mãos do Joker, numa das mais violentas sequências em banda desenhada, no desenho de Jim Aparo e publicada na história “Death in the Family” (Batman #426-429). Mas recentemente a história “Hush” (Batman #608-619), somos confrontados com o aparecimento de um novo criminoso em Gotham City, que dá pelo nome de Red Hood. Mais tarde revela-se como sendo o ‘falecido’ Jason Todd!!! Confusos? A DC promete explicar como afinal Jason Todd não morreu, na edição “Batman Annual #25" com data prevista de lançamento para Março deste ano.

Apesar dos seus altos e baixos, a renovação constante da personagem e do seu universo, através da criação de histórias como “Death in the Family”, “Batman: Ano Um”, “O Regresso do Cavaleiro das Trevas”, “Piada Mortal”, “The Long Halloween, “O Homem que Ri” ou ”A Queda do Morcego”, complementado com o sucesso da aposta no (re)lançamento de Homem-Morcego no cinema, com “Batman Begins” (2005), contribuiu para o desenvolvimento e enriquecimento de BATMAN no mundo da banda desenhada, consolidando como um herói de longevidade, na medida em que o comic "Batman" é o único de publicação mensal regular, que nunca foi objecto de qualquer interrupção, desde do seu primeiro número.

Actualmente em Portugal, não existe qualquer revista que publique regularmente as aventuras de BATMAN. O pouco que existe, vêm da Devir que, episodicamente, publica uma história completa e pouco mais. Felizmente, para mim, que há muito que compro o original americano. Garanto todos os meses a minha dose de aventuras. Deixo agora aqui, em jeito de ‘memória futura’, o historial de todas as publicações de BATMAN em língua portuguesa.

"BATMAN" em Portugal:

- A estreia das aventuras de BATMAN em Portugal, aconteceu em Janeiro de 1972, através de tiras publicadas nas páginas do já desaparecido jornal Diário Popular.

- No formato de revista, a primeira publicação dá-se no "Jornal do Cuto", com uma história dividida em oito fascículos, do número 158 ao 166.

- Entre 1982 e 1986, surge a colecção “A Revista dos Super-Herois” da Agência Portuguesa de Revistas, com um total de 42 números, onde Batman alternava com as aventuras do Super-Homem.

- entre 1995 e 1997, inicia-se a fase da Abril/ControlJornal, que adoptou o formato brasileiro e publicou a revista “Liga da Justiça e Batman”, numa colecção com um total de 26 números.

- seguiu-se “Batman (1ª série)", com 19 números publicados; Batman (2ª série)" com 45 números e “Batman Vigilantes de Gotham City”, também numa colecção com 45 números.

- regista-se ainda a publicação de diversos números únicos e mini-séries, tanto da Abril/ControlJornal como da Meribérica.

- a partir do ano de 2000, a editora Devir deu início à publicação (irregular) da colecção “Clássicos Batman” (num total de 5 volumes, até à data) que inclui algumas das melhores histórias de Batman, nomeadamente a fase Frank Miller. Posteriormente também deu inicio à colecção “Universo DC”, actualmente com oito números publicados, onde se destaca o arco “Batman: Silêncio” da dupla Jeph Loeb-Jim Lee.

- em 2004, na colecção “Os Clássicos da Banda Desenhada” do Correio da Manhã, o volume n.º 16 é inteiramente dedicado a Batman.

- em 2005, Batman é de novo escolhido para integrar a colecção ”Série Ouro” do Correio da Manhã, no volume n.º 2.

- a edição em álbuns de luxo da história “Kingdom Come”, com desenhos de Alex Ross e argumento de Mark Waid, pela editora Vitamina BD.

Sites de consulta:

- Site oficial da DC Comics [link]
- The Dark Knight [link]
- Site oficial do filme "Batman Begins" [link]

23 fevereiro, 2006

Traços da personalidade bedéfila

Aproveito a corrente do amigo Ferrão para regressar a este espaço (e espero que com maior assiduidade do que nos últimos tempos) e escrever sobre cinco “traços da (minha) personalidade bedéfila”. A tarefa não se mostrou dificil, afinal estou a falar de uma das minhas maiores paixões. Então aqui fica o meu perfil:

1) Tal como o Ferrão, também sou extremamente obsessivo com o estado de conservação da minha colecção de bd. E não são raras as vezes que já comprei segundos álbuns/revistas por considerar que o estado de conservação dos primeiros não se encontra em conformidade. Só para arquivo dos comics gasto ‘fortunas’ em comprar acessórios, nomeadamente “plastic bags”, “backing boards” e caixas de cartão para arquivo. Os álbuns, mais faceis de artumar, encontram-se devidamente alinhados nas prateleiras. À conta desta obsessão a pilha de repetidos começa-me já a ocupar algum espaço. Mal tenha tempo e paciência....eBay!

2) Capas alternativas. Pode parecer “doença” mas a verdade é que sou “viciado” em capas alternativas. Para todas as minhas colecções de comics americanos, procuro adquirir todas as capas alternativas que sejam editadas. Se assim não fôr, a minha consciência não dorme descansada: a colecção está incompleta! A única limitação é o facto de ser um vício caro. Eu que o diga, sobretudo com a recente história “The Other” do Homem-Aranha!!!

3) Gosto enorme em perder-me em feiras de rua e alfarrabistas, à procura de álbuns e revistas de bd antigas. Ultimamente tenho-me dedicado a reconstruir a minha colecção de bd, que com o tempo se perdeu. Mas como é extraordinário que a visão de uma capa de um antigo “Mundo de Aventuras”, desperte em mim memórias dos meus 15, 16 anos.

4) A criação de listas de todas as minhas aquisições de bd. São folhas e folhas de Excel, mas tenho um registo actualizado de toda a minha colecção de bd e ao preço de custo.

5) Desenhos autografados. São “Monas Lisas” para mim. Não me importo de passar algumas horas em filas para conseguir um. Os que tenho guardo-os religiosamente. Para mais tarde emoldurar.

Seguindo a lógica e pedido desculpa por algum convite repetido, passo a “batata quente” aos seguintes bedéfilos, escolhidos da lista aqui do lado:

Mania dos Quadradinhos
Divulgando Banda Desenhada
Ler Comics

24 janeiro, 2006

No Omolete

pode ser lida uma entrevista com José Carlos Fernandes, datada de 24 de Janeiro mas que conforme se pode entender pelo seu conteúdo, foi realizada no ano passado.

“Fitas” de 2006

Depois de no ano passado termos sido bem tratados no que a adaptações de bd ao cinema diz respeito, leia-se o perfeito “Sin City” e o excelente “Batman Returns” (não considero na excelência os filmes “Fantastic Four” e “Constantine”), o ano de 2006 promete (aparentemente) mais qualidade. Para já, da minha parte, aguardo com bastante expectativa, as seguintes “fitas”, todas com estreia marcada para o 1º semestre de 2006:

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Sites oficiais:

22 janeiro, 2006

Actualizações

Deixo aqui o registo das quatro novas entradas aqui da coluna do lado direito. Como não podia deixar de ser estes novos sítios “só falam de bd”. Passem por lá!

19 janeiro, 2006

O ESTADO DA ARTE EM 2005

 
Escrevo tarde mas nunca é tarde para se fazer balanços. O tema justifica, o balanço do ano de 2005. Um ano marcado pelo marasmo que tomou conta do panorama bedéfilo português. Parece-me ter lido algures, que se publicaram mais títulos em 2005 do que em anos anteriores, mas a sensação que fica é de grande vazio!
 
Com o fecho da editora MERIBÉRICA, os principais títulos de bd franco-belga publicados em Portugal, pelo menos os meus preferidos, ficaram, aparentemente, sem editora, o que se traduziu em mais um ano sem novas aventuras de Blueberry ou XIII. A ASA, agora na condição da maior editora nacional de banda desenhada, aposta, infelizmente, em reedições ou títulos soltos. Bem, lembrava que há mais bd para além de Asterix ou Lucky Luke!
 
A DEVIR continua errante. Aposta demasiado na diversidade e os principais títulos ressentem-se tornando-se publicações irregulares. Obviamente nota negativa. O tão anunciado projecto "Evolução" desapareceu, provavelmente nas rotativas de uma gráfica, sem que deixasse perceber do que se tratava. As restantes editoras são praticamente marginais apenas com lançamentos esporádicos. Actualmente o mercado nacional está em lenta agonia!
 
A pedra no charco foi mesmo aquela que eu considero como a melhor publicação do ano: a saga do Príncipe Valente de Harold Foster numa edição da LIVROS DE PAPEL. Uma aposta arrojada, não só pelo compromisso da publicação integral da obra (cerca de 22 volumes), como pela qualidade do papel (excelente) e pelo próprio formato pouco habitual do livro (27cm x 35cm), mas uma aposta ganha! Uma autêntica lufada de ar fresco no que respeita a publicações. Uma valente colecção, sem dúvida a melhor publicação de 2005!
 
Também em termos de publicações, não posso deixar de citar e atribuir uma menção honrosa a um projecto que nasceu durante o ano intitulado BD Jornal. Conta entre os seus colaboradores, com alguns autores de blogues bedéfilos e veio preencher um vazio que existia no mercado português. Mas sobre este jornal dedicarei uma nota exclusiva nos tempos mais próximos. 
 
Destaco também José Carlos Fernandes, não só pela sua simpatia e disponibilidade, mas também pela seu enorme talento e capacidade de trabalho. Não só teve um excelente ano de 2005, que culminou com a publicação de um volume, da colecção Série Ouro do Correio da Manhã, inteiramente dedicado à sua arte, como se avizinha outro excelente ano em 2006. Aguardo com expectativa a publicação da "A Agência de Viagens Lemming"", do primeiro volume do projecto “Black Box Stories” e do sexto volume da “A Pior Banda do Mundo". Manterá o título de melhor autor português da actualidade.
 
No que respeita a eventos, o FIBDA continua em morte assistida! Apesar da ligeira melhoria relativamente a 2004, sente-se a falta de entendimento entre editoras e organização, ao que acresce a aposta em autores pouco conhecidos do grande público, a péssima localização do festival, a fraca divulgação do evento, que tudo somado se reflecte na escassa afluência do público. A continuar assim, e o projecto FIBDA fica com os dias contados. Depois, temos um Salão de Lisboa a esbanjar dinheiro e um Salão do Porto que tornou virtual!
 
Resumindo, tirando alguns episódios e iniciativas, a regra tem sido deixar o tempo correr sem que nada aconteça. Muito pouco para um mercado que se pretendia cheio de histórias aos quadradinhos! 
 

13 janeiro, 2006

BD infantil no CNBDI

Aqui fica a divulgação do anúncio (recebido via e-mail) de uma exposição de Banda Desenhada infantil feita por autores portugueses, organizada pelo Centro Nacional de BD e Imagem (CNBDI):

“Em Traços Miúdos”, é a exposição que o Centro Nacional de BD e Imagem propõe a partir do dia 19 de Janeiro. Pedro Leitão, José Abrantes e Ricardo Ferrand mostram que há banda desenhada infantil em Portugal.


Durante quatro meses, esta mostra de banda desenhada infantil terá como público alvo os mais novos estando, desde já, previstas iniciativas de animação, como a Hora do Conto, baseada numa das histórias expostas.

A exposição, a inaugurar no dia 19 de Janeiro, pelas 19 horas, será dividida em dois núcleos distintos: o primeiro, que pretende abordar a importância e a história da banda desenhada infantil em Portugal, reunirá autores como Sérgio Luís, Tiotónio, Fernando Bento, ETC, Cottinelli Telmo, Stuart Carvalhais, José Ruy, Augusto Trigo e outros nomes importantes no panorama da BD nacional, nomeadamente infanto-juvenil. Neste primeiro núcleo, será dada, ainda, relevância às publicações que, a partir dos anos 20, fizeram as delícias da juventude. Quanto ao segundo nível, estarão expostos originais de Pedro Leitão, Ricardo Ferrand e José Abrantes, três dos mais importantes autores de BD Infantil portuguesa.
Neste último núcleo, além dos quadros, o espaço estará vocacionado, igualmente, para as actividades e brincadeiras que o CNBDI irá propor aos mais novos.

A exposição estará mais vocacionada, como referido, para um público mais novo. Assim, para marcação de visitas, as escolas interessadas devem contactar o CNBDI, através dos seguintes meios: 214998910 (telefone) ou bd.amadora@netcabo.pt (correio electrónico).

Horário da exposição: de 2ª a 6ª feiras, das 9.30h às 12h e das 14h às 17h.

10 janeiro, 2006

Tintim

A primeira nota bedéfila de 2006 serve para recordar que no longínquo dia de 10 de Janeiro de 1929 (faz hoje 77 anos), o mundo da banda desenhada conheceu um dos seus mais famosos personagens: Tintim e o seu inseparável cão Milou. A primeira aparição aconteceu nas páginas do n.º 11 do Le Petit Vingtiéme, um suplemento juvenil do jornal belga de inspiração católica Le Vingtiéme Siécle, com a publicação do primeiro episódio das aventuras de “Tintim no País dos Sovietes”. Seguiram-se mais 22 aventuras, interrompidas com a morte do seu autor, Hergé, em 1983.