26 agosto, 2010

Chegam novas estatuetas... agora da Marvel

Sai hoje para as bancas uma nova colecção de figuras de chumbo, desta vez, inspirada na vasta galeria de heróis e vilões do universo Marvel. E dentro deste universo, quem melhor figura para abrir as hostilidades, que não o Homem-Aranha (ver imagem). À semelhança da colecção DC, as estatuetas são baseadas nos desenhos dos melhores artistas, são pintadas à mão, blá, blá, blá, vem acompanhadas de um fascículo que explica todos os detalhes da personagem, a periodicidade é quinzenal, são no total 60 entregas o que atira o final da colecção lá para Dezembro de 2012 e o custo desta primeira figura é de apenas € 2,99 (promocional), sendo que a segunda figura custará € 6,99 e as restantes € 11,99. Para informação mais detalhada queiram clicar aqui.
Da minha parte tenciono adquirir algumas, alguns super-herois e principalmente os vilões. Começo logo pela manhã em busca do aracnídeo, porque aqui na minha zona as estatuetas voam logo das bancas!

20 agosto, 2010

Novidades, novidades, novidades...

Preparem-se! Nos meses que faltam até ao final do corrente ano, haverá para os bedéfilos leitores de franco-belga, BD como há muito que já não estávamos habituados. É verdade que este ano se tem revelado bastante generoso, mas o que se avizinha e em tão curto espaço de tempo é fartura. A responsável pelo departamento de BD da ASA, Maria José, revelou num acto de grande generosidade, num fórum de discussão na internet, o que para aí vêm. E a tomar com o certo os lançamentos nacionais quase em simultâneo com as edições francesas, permite calendarizar, mais semana menos semana, as seguintes datas para as novidades (entre parêntesis coloco a data de lançamento em França):

Assim, em Setembro temos logo a abrir o novo Spirou intitulado “Alerta aos Zorcons” (dia 03/09), corresponde ao n.º 51 da série, o que não deixará de provocar um buraco na colecção portuguesa, uma vez que o último cá publicado corresponde ao 49º “Spirou em Tóquio”. Ficou a promessa que o buraco será tapado. Para meados do mês, seguir-se-á o bastante esperado Blacksad 4 - “O inferno, o silêncio” (17/09) da dupla espanhola Canales e Guarnido e ainda início da (re)publicação das aventuras de Tintin (atente-se que não escrevi Tintim) com a edição dos dois primeiros álbuns desta nova colecção.

Em Outubro está previsto o novo Lucky Luke, que em Portugal terá o título de “Lucky Luke contra Pinkerton” (15/10) ,da excelente dupla Achdé e Gerra, que tão bem tem tomado conta da herança de Morris.

Chegados a Novembro, temos a continuação do "Escorpião" com a publicação do 6º álbum desta colecção. O segundo volume das aventuras de Blake e Mortimer, “A Maldição dos 30 denários” será publicado em França a 26/11. Por cá penso que só mesmo em 2011 ou talvez não!

A juntar a isto tudo, espera-se que Vitamina BD lance os álbuns, que até chegaram já a ser anunciados através de newsletter, da colecção Jeremiah, o intitulado “O gatinho morreu” que é apresentado como um álbum carregado de tensões e dúvidas que poderão abalar a relação entre os protagonistas da série, Kurt e Jeremiah, e ainda o novíssimo “Bernard Prince” que regressa após longa ausência,

Entretanto, todas as Quartas-feiras e até 10 de Novembro, juntamente com o jornal Público continua a publicação da colecção completa de Gaston.

Pergunto se haverá carteira que aguente?

17 agosto, 2010

Fim da Linha

O título deste texto fui rouba-lo ao blogue do João. Transmite bem o sentimento de algo que está em andamento e é bruscamente interrompido. Trata-se daquelas notícias que nenhum bedéfilo gosta.

Depois de ter aqui divulgado aquela que acreditava ser a edição nacional do ano, cujo lançamento estava anunciado para o próximo Amadora BD, venho agora dizer que o projecto “RES PUBLICA” está oficialmente terminado sem cumprir com o seu destino, isto é, chegar à mão dos leitores portugueses de BD.

Confesso que fui apanhado de surpresa, até porque tinha grandes expectativas, não só pela qualidade que acreditava que o álbum teria, mas também porque conheço pessoalmente todos os intervenientes. Sobre o motivo para este desfecho, cada autor apresenta as suas nos respectivos blogues (ver aqui e aqui) e eu, na qualidade de bedéfilo, só tenho a lamentar a não edição do álbum, apesar de considerar que há direitos que são inalienáveis.

Hoje é o dia de eleger o álbum “RES PUBLICA” como a não edição nacional do ano!

 

15 agosto, 2010

Desenhos autografados (17): Halloween Blues

Halloween Blues

Neste regresso dos "desenhos autografados", depois das férias, deixo um obtido na edição do ano passado do AMADORA BD, e que representa bem aquela que foi uma das mais agradáveis surpresas do festival: a mostra colectiva de autores polacos, que revelou o grande talento destes autores praticamente desconhecidos entre nós..

A imagem feminina retratada é uma das personagens principais da série “Halloween Blues”, uma BD inédita em Portugal, e os seus autores são um casal polaco, com os impronunciáveis nomes de Zbiniew Kasprzak e Grazyma Kasprazak, que foram uns dignos representantes da BD polaca e que mostraram bem a sua arte: ele no desenho, ela na pintura.
 
Vamos esperar que a edição deste ano do Amadora BD continue a proporcionar-nos excelentes descobertas como esta.

13 agosto, 2010

Uma Aventura no Alentejo

Cartaz Expo BD - Aventura Alentejo

É amanhã, ali para os lados do Alqueva, a uns doze quilómetros da barragem, mais quilómetro menos quilómetro, na cidade de Moura, que é inaugurada, por volta das 18H, mais minuto menos minuto, uma exposição de Banda Desenhada portuguesa intitulada "Uma Aventura no Alentejo" e composta pelos trabalhos dos seguintes autores: César Évora, Mário Teixeira, Pedro Ribeiro Ferreira, Derradé, Álvaro, Pedro Alves, Hermínio Felizardo, Belisário, João Vasco Leal, André Oliveira, Zé Oliveira, RoD!, Nuno Duarte, Eduardo Welsh, Andreia Rechena, Varella, Petra Marcos, Carlos Rico e Luís Afonso.
Por volta das 21H, está prevista uma sessão de caricaturas e desenhos ao vivo pela mão dos autores presentes, no pátio da Livraria “Ao Sabor do Vento”.

Fica o convite. Apareçam!

11 agosto, 2010

A Teoria do Grão de Areia - Tomo 2

Teoria Grão Areia 2

Uma das boas leituras deste ano, não só pela expectativa criada pelo álbum anterior, mas também porque espero a presença dos seus dois autores no Festival de BD da Amadora a decorrer em Outubro próximo, é o segundo tomo de “A Teoria do Grão de Areia” (ed. ASA) de Schuiten e Peeters.

Recuperando a história, em 784, num universo paralelo ao nosso, a cidade de Brusel é assolada por inexplicáveis fenómenos. Mary Von Rathen, a menina de “A Rapariga Inclinada” (ed. Meribérica) é contratada como consultora, e perdida em toda aquela atmosfera caótica, procura respostas. Neste segundo e conclusivo álbum, o avanço da areia e das pedras e o surgimento de outros novos fenómenos colocam em risco a existência da própria cidade. Mary Von Rathen percebe que a presença de dois novos estrangeiros (Bugtis) na cidade pode ser a chave do problema.

Com uma narrativa fantasiosa e fluída, a história encontra aqui a sua conclusão. O que começou por ser um inofensivo grão de areia, coloca agora em risco o equilíbrio de uma cidade. Esta ideia torna-se interessante pelos paralelismos que se podem estabelecer a partir daqui. Pessoalmente, gosto particularmente da ideia subjacente de equilíbrio e que toda uma acção tem necessariamente uma consequência ou reacção. E conforme nos apercebemos, os danos na cidade provocados pelos estranhos fenómenos resultam de acções/intervenções da cidade de Brusels. É verdade que nem todas as questões obtêm aqui a sua devida resposta, mas isto também porque as arquitecturas deste mundo permanecem naturalmente obscuras.

Graficamente, o desenho de Shuitten é exemplar. Trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – caracteriza o ambiente da cidade de Brusels e permite depois criar inteligentemente um contraste, com o branco luminoso que caracteriza os estranhos fenómenos. A opção pelo formato italiano, com as pranchas dispostas horizontalmente, permite a utilização de uma maior área de desenho da vinheta, o que valoriza bastante a riqueza do traço deste autor, que pode ser observada nos detalhes, como por exemplo na arquitectura dos edifícios, e aqui um destaque para a designada Maison Autrique, ou na definição dos personagens intervenientes.

Uma palavra final para a edição, conforme referido em formato italiano, a exemplo do que sucedeu com o tomo um, que vem igualmente acompanhada de uma caixa com lombada, ricamente ilustrada, que permite a arrumação ao álbum na vertical junto dos restantes álbuns da série.

Relacionado com este álbum , ler também:
A Teoria do Grão de Areia - Tomo 1

A Teoria do Grão de Areia – Tomo 2
Autores: Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
11º álbum da série “As Cidades Obscuras”, preto e branco, capa mole
Editora: ASA, 1ª edição de Maio de 2010

A minha nota:

09 agosto, 2010

21º Amadora BD: Concurso de BD e do Cartoon

Informo que já se encontram abertas as inscrições para o 21º concurso de Banda Desenhada inserido no Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada ‘2010, a decorrer na cidade da Amadora entre os dias 22 de Outubro e 7 de Novembro. O regulamento e a respectiva ficha de inscrição podem ser obtidos directamente aqui.

A grande novidade deste ano é a abertura de um novo escalão, designado de A+ que permite a participação de autores com idade superior a 30 anos, sem BDs publicadas em álbum e que nunca tenham sido premiados pelo festival.

Igualmente encontram-se abertas as inscrições para o 19º concurso de Cartoon, também inserido no Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada ‘2010. O link para o regulamento e ficha de inscrição é o mesmo indicado anteriormente. E também aqui existe uma nova categoria, designada de C+ para autores maiores de 30 anos sem Cartoons publicados na imprensa e que nunca tenham sido premiados pelo Amadora BD.

Principais pontos a reter:
- O tema do concurso de ano, como não podia deixar de ser, é “A República”.
- A data limite para entrega dos trabalhos no CNBDI é o dia 15 de Setembro de 2010 até às 17:00 horas.

A todos os autores participantes, os votos de muita inspiração e transpiração divididas em partes iguais.

04 agosto, 2010

Capa do Dia

Maldição 30 denários_tomo2
 
Esta é a capa do novo álbum das aventuras de Blake & Mortimer que conclui a história “A Maldição dos Trinta Denários”. Um desenho bastante mais apelativo do que o do primeiro tomo, que certamente exibia aquela que terá sido a pior capa da colecção B&M. O lançamento deste novo álbum para terras francesas está previsto para Novembro. Por cá espera-se até 2011, mas quase com a garantia que existirá uma segunda capa alternativa e exclusiva, como aliás tem sido hábitos nos últimos lançamentos destes heróis.

Regresso

De regresso! Obrigado a todos os que por aqui passaram. Bem, na verdade eu fisicamente regressei mas a vontade de fazer alguma, inclusive neste blogue, é que ainda por lá ficou. Farta preguiça. Sobre o que interessa, tenho lido alguma BD. O segundo tomo d’A Teoria do Grão de Areia foi das primeiras compras que fiz quando cheguei a Lisboa. Depois tenho “experimentado” o universo Tex Willer. E Gaston Lagaffe também tem sido uma deliciosa leitura. E descobri ainda uma edição manhosa do Homem-Aranha, vendida em quiosques, e que é um autêntico atentado. Até arrepia. Mas sobre tudo isto e mais falarei a seu tempo aqui nas notas bedefilas. Para já e em jeito de comemoração do 5º aniversário das notas feitos no passado dia 31 de Julho, o próximo passo é o inicio de uma renovação aqui do sítio. Claro que isto tudo é para se ir fazendo. A emissão segue dentro de momentos...

Regresso

De regresso! Obrigado a todos os que por aqui passaram. Bem, na verdade eu fisicamente regressei mas a vontade de fazer alguma, inclusive neste blogue, é que ainda por lá ficou. Farta preguiça. Sobre o que interessa, tenho lido alguma BD. O segundo tomo d’A Teoria do Grão de Areia foi das primeiras compras que fiz quando cheguei a Lisboa. Depois tenho “experimentado” o universo Tex Willer. E Gaston Lagaffe também tem sido uma deliciosa leitura. E descobri ainda uma edição manhosa do Homem-Aranha, vendida em quiosques, e que é um autêntico atentado. Até arrepia. Mas sobre tudo isto e mais falarei a seu tempo aqui nas notas bedefilas. Para já e em jeito de comemoração do 5º aniversário das notas feitos no passado dia 31 de Julho, o próximo passo é o inicio de uma renovação aqui do sítio. Claro que isto tudo é para se ir fazendo. A emissão segue dentro de momentos...

11 julho, 2010

Desenhos autografados (16): Anya

Varanda

O desenho de hoje é da autoria do português Alberto Varanda, autor de BD que vive há bastantes anos radicado em França. Dono de um traço muito expressivo e dinâmico, parte do seu trabalho tem sido desenvolvido em colaboração com a dupla de autores que assina com o pseudónimo de Ange, e alguns desses álbuns foram já publicados entre nós, como a série “Bloodline” (ed. Meribérica) e o 1º volume de “Paraíso Perdido” (ed. VitaminaBD).
Para conhecerem melhor este autor convido a visitarem o seu site oficial.
O desenho autografado Anya, uma das personagens de Paraíso Perdido, foi feito a aguarela e obtido, aquando da participação de Varandas, na 1ª e única edição do BD Fórum, um evento singular que em Maio de 2003, durante 3 dias reuniu em Lisboa um número considerável de grandes autores internacionais de BD, com a particularidade de todos eles terem álbuns publicados em Portugal.
Como nota final, fica a informação que Varanda é um dos nomes confirmados para o Festival Internacional de BD de Beja do próximo ano.

05 julho, 2010

Bouncer - “O Fascínio das Lobas”

Finalmente a ASA lembrou-se que existia Bouncer! Cinco anos depois, está de regresso esta excelente série da BD franco-belga com a assinatura da dupla Jodorowsky/Boucq. Passada no Oeste americano, depois de terminada a Guerra Civil Americana, Bouncer é western sangrento, e conta a história de um pistoleiro que desempenha as funções de segurança no Infierno Saloon em Barro-City, uma pequena cidade do Oeste Americano. Um pormenor é que Bouncer, o pistoleiro, perdeu o braço direito na sua juventude.

O álbum agora publicado, “O Fascínio das Lobas” é o quinto álbum desta colecção. Deixo o aviso que é importante ter presente os eventos anteriores. É que neste álbum assistimos ao desfecho de todos os acontecimentos relacionados com a origem de Bouncer e com o último dos mistérios que envolve a cidade de Barro-City. É o fim do ciclo de vingança do índio White Elk, o ultimo sobrevivente da tribo dos Nacaches, que teve inicio no tomo 3 – “A Justiça das Serpentes”. Na verdade em todo o álbum são histórias de vingança que se cruzam. Com a chegada à cidade de Antoine Grant, filha do antigo carrasco de Barro-City, um anjo negro da morte, que vem cobrar uma divida de sangue, percebe-se logo que tudo converge para o desenlace final, com o fecho dos ciclos.

Jodorowsky, como é do seu timbre, consegue captar o leitor mantendo a acção num ritmo alucinante e intenso. A narrativa é equilibrada. É verdade que o velho Oeste era um sítio duro para se viver, mas Bouncer é particularmente violento. Boucq ilustra essa impressão de forma soberba. A planificação nas situações de confronto é excelente. As vinhetas largas substituem as tiras na prancha. O desenho de Boucq é caracterizado por um traço limpo, bem definido e realista. Aliás, Boucq utiliza muito a expressividades dos rostos das personagens em vinhetas únicas, para transmitir emoções. O desenho ganha vida e movimento. Da minha parte, confesso admirador do trabalho desta dupla de autores.

Resta-me dizer que a edição cartonada da ASA está ao nível das anteriores, ou seja, muito boa.

Bouncer – O Fascínio das Lobas
Autores: Jodorowsky (argumento), Boucq (desenho)
Tomo 5 da colecção "Bouncer", cores, cartonado
Editora: ASA, 1ª edição de Junho de 2010

A minha nota:

04 julho, 2010

Desenhos autografados (15): Bouncer

Bouncer

O desenho de hoje é da autoria do francês François Boucq. Com vários álbuns já publicados entre nós (A Mulher do Mágico, Boca do Diabo, Face da Lua), destaco sobretudo o seu trabalho na série Bouncer, um magnifico western, cujo desenho aqui apresentado retrata a personagem principal que dá o nome à série. Boucq tem sido visita regular no Amadora BD, tendo estado presente na edição do ano passado, onde este desenho foi obtido.

30 junho, 2010

O senhor que se segue é... Gaston Lagaffe

Com a publicação do 16º álbum – O Cavalo de Tróia – terminou hoje a colecção Alix pela mão da parceria ASA/Público. Rei morto, rei posto diz o dito popular e é já a partir da próxima semana, dia 7 de Julho – Quarta-feira, que temos uma nova colecção nas bancas, desta vez dedicada ao desconcertante e mandrião GASTON LAGAFFE, personagem criada por André Franquin, que personifica na perfeição o conceito de anti-herói.

A colecção é composta por 19 álbuns em capa dura com desenho exclusivo para Portugal. O primeiro volume tem o preço de lançamento de € 2,50, sendo os restantes vendidos ao preço de € 6,40.

De referir que depois de Os Passageiros do Vento e de Alix esta colecção é a 3ª colecção a ser publicada de uma lista de 10 que foram inicialmente apresentadas pelo jornal Público para votação dos leitores.

Pessoalmente, das séries propostas, Gaston não é daquelas mais me entusiasme, mas atendendo ao facto de se publicar a colecção completa em capa dura a um preço bastante acessível, para além de comprar a colecção vou ter igualmente de comprar espaço!

TÍTULOS DA COLECÇÃO GASTON:

1. Os arquivos do Lagaffe
2. Gafes em barda
3. Gafes de um fanfarrão
4. Festival de broncas
5. O escritório vai abaixo
6. Calinadas do Calinas
7. Mais Gafes do Lagaffe
8. Gafes às rajadas
9. De gafe em gafe
10. O ás das argoladas
11. O descanso do trapalhão
12. Engenhocas do Lagaffe
13. Um bronco do piorio
14. Gafes, argoladas e trapalhadas
15. É só broncos!
16. Tabefes para o Lagaffe
17. Gafes atrás de gafes
18. Resmas de Gafes
19. Cuidado com o Lagaffe



27 junho, 2010

Desenhos autografados (14): O soldado

 
O autor do desenho de hoje é Jorge Miguel, talvez, mais conhecido pelos seus excelentes trabalhos no campo da ilustração de muitos dos livros escolares e não só que por aí circulam. Mas para além de ilustrador, o Jorge Miguel é também autor de banda desenhada, tendo já publicado o álbum “Camões De Vós não Conhecido nem Sonhado?” (Plátano Editora), preparando-se agora para lançar “Res Publica”. Durante um recente jantar em Beja, tive a oportunidade de lhe perguntar fazia com os originais dos desenhos que fazia. Respondeu-me que os deitava fora. Manifestei que teria todo o gosto em ficar com alguns desses trabalhos. Solícito enviou-mos pelo correio. O desenho acima publicado é uma ilustração para o conto "O soldado que foi para o céu" que faz parte da compilação "Contos tradicionais do povo português" escrita pela pena de Teófilo Braga.

25 junho, 2010

Manuel Caldas apresenta “Os meninos Kin-der”

O editor Manuel Caldas continua o seu laborioso trabalho de recuperação, restauração e publicação de clássicos da banda desenhada, conforme já várias vezes foi referenciado neste blogue (ver aqui, aqui e aqui). O seu novo lançamento, cuja apresentação aqui faço (a imagem é da capa) é (mais) um bom exemplo disso.

Manuel Caldas propõe-nos agora “Os meninos de Kin-der”, um álbum de 40 páginas, que reúne as pranchas desenhadas por Lyonel Feininger, um ilustre desconhecido pintor, talvez para a grande maioria de nós (eu incluído), que viveu entre 1871 e 1956, e que foram publicadas nas páginas de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World.

Deixo aqui a síntese de introdução, feita por Rúben Varillas:

A banda desenhada, na sua evolução histórica, viu-se sujeita a um paradoxo digno de figurar nos anais da historiografia artística: chegou à pós-modernidade sem ter passado pela modernidade. No entanto, muito antes da pós-modernidade houve um período de ensaio, busca e experimentação, um momento em que estiveram prestes a abrir-se muitas portas (que afinal acabaram por ficar entreabertas): algo similar ao que noutros meios artísticos se reuniu sob a etiqueta de As Vanguardas. Na banda desenhada, nas mesmas datas em que a pintura, a escultura ou a literatura estavam em plena convulsão criativa, apareceu uma série de artistas dispostos a fazer arte com as vinhetas e a situá-las ao nível artístico desses outros veículos mais sérios, digamos assim.
Foram poucos e ousados. E Lyonel Feininger foi o menos reconhecido (e por consequência menos apreciado). O artista menos autor de banda desenhada, menos prolífico, menos ortodoxo desses primeiros tempos. As escassas pranchas que realizou constituem uma verdadeira aventura visual: nem chegou a um ano. Tempo suficiente, afinal de contas, para demonstrar que os bem sucedidos expressionismo e cubismo que começavam a inundar as telas da Europa também tinham lugar nas páginas dos jornais norte-americanos. Mas, apesar de não ter alcançado o triunfo que merecia pela sua faceta de autor de banda desenhada, Feininger obteve um aceitável reconhecimento como pintor daquelas mesmas correntes de vanguarda que atrás mencionamos.
Curiosamente, ao longo de toda a sua produção pictórica posterior, Feininger manteve muitas das constantes estilísticas que já tinha antecipado na banda desenhada. Nas suas pinturas expressionistas e numerosas xilogravuras encontramos arquitecturas oblíquas, edifícios angulosos e paisagens tão violentamente deformados como os que apareceriam nas páginas de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World.

Feiniger nunca deixou de estar em contacto com a Vanguarda, primeiro graças à sua já referida adscrição estética e artística ao movimento expressionista alemão (e às suas posteriores influências cubistas) e mais tarde com a sua entrada na Bauhaus, sendo o responsável pela oficina de impressão e o único membro da escola que esteve nela desde o início até ao encerramento.
A edição que têm nas mãos é uma homenagem a Feininger e à sua obra, ao seu virtuosismo gráfico, ao seu inteligente emprego da cor e à audácia infinita deste autor eternamente encolhido na sombra do reconhecimento. O trabalho levado a cabo no restauro das páginas de jornal de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World (incluem-se duas pranchas representativas desta série no presente volume) faz-nos redescobrir a obra de Feininger e mostra-no-la com uma nitidez gráfica como nunca antes foi possível vê-la. Graças ao restauro e ao grande formato, ressurgem os mares e condensam-se as nuvens, elevam-se majestosos os edifícios nova-iorquinos nas margens do rio Hudson, recortam-se diáfanos os perfis angulosos das suas personagens sobre os barcos e demais engenhos motorizados que percorrem as páginas. Ressurge, afinal, o talento de um desenhador de histórias aos quadradinhos adiantado para a sua época, um dos que poderiam ter mudado definitivamente a história da banda desenhada.

Esta edição, que terá um preço de venda de € 22, ainda não tem data marcada de distribuição pelas livrarias, mas encomendas podem ser feitas directamente através da página do editor.

Manuel Caldas apresenta “Os meninos Kin-der”

O editor Manuel Caldas continua o seu laborioso trabalho de recuperação, restauração e publicação de clássicos da banda desenhada, conforme já várias vezes foi referenciado neste blogue (ver aqui, aqui e aqui). O seu novo lançamento, cuja apresentação aqui faço (a imagem é da capa) é (mais) um bom exemplo disso.

Manuel Caldas propõe-nos agora “Os meninos de Kin-der”, um álbum de 40 páginas, que reúne as pranchas desenhadas por Lyonel Feininger, um ilustre desconhecido pintor, talvez para a grande maioria de nós (eu incluído), que viveu entre 1871 e 1956, e que foram publicadas nas páginas de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World.

Deixo aqui a síntese de introdução, feita por Rúben Varillas:

A banda desenhada, na sua evolução histórica, viu-se sujeita a um paradoxo digno de figurar nos anais da historiografia artística: chegou à pós-modernidade sem ter passado pela modernidade. No entanto, muito antes da pós-modernidade houve um período de ensaio, busca e experimentação, um momento em que estiveram prestes a abrir-se muitas portas (que afinal acabaram por ficar entreabertas): algo similar ao que noutros meios artísticos se reuniu sob a etiqueta de As Vanguardas. Na banda desenhada, nas mesmas datas em que a pintura, a escultura ou a literatura estavam em plena convulsão criativa, apareceu uma série de artistas dispostos a fazer arte com as vinhetas e a situá-las ao nível artístico desses outros veículos mais sérios, digamos assim.
Foram poucos e ousados. E Lyonel Feininger foi o menos reconhecido (e por consequência menos apreciado). O artista menos autor de banda desenhada, menos prolífico, menos ortodoxo desses primeiros tempos. As escassas pranchas que realizou constituem uma verdadeira aventura visual: nem chegou a um ano. Tempo suficiente, afinal de contas, para demonstrar que os bem sucedidos expressionismo e cubismo que começavam a inundar as telas da Europa também tinham lugar nas páginas dos jornais norte-americanos. Mas, apesar de não ter alcançado o triunfo que merecia pela sua faceta de autor de banda desenhada, Feininger obteve um aceitável reconhecimento como pintor daquelas mesmas correntes de vanguarda que atrás mencionamos.
Curiosamente, ao longo de toda a sua produção pictórica posterior, Feininger manteve muitas das constantes estilísticas que já tinha antecipado na banda desenhada. Nas suas pinturas expressionistas e numerosas xilogravuras encontramos arquitecturas oblíquas, edifícios angulosos e paisagens tão violentamente deformados como os que apareceriam nas páginas de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World.

Feiniger nunca deixou de estar em contacto com a Vanguarda, primeiro graças à sua já referida adscrição estética e artística ao movimento expressionista alemão (e às suas posteriores influências cubistas) e mais tarde com a sua entrada na Bauhaus, sendo o responsável pela oficina de impressão e o único membro da escola que esteve nela desde o início até ao encerramento.
A edição que têm nas mãos é uma homenagem a Feininger e à sua obra, ao seu virtuosismo gráfico, ao seu inteligente emprego da cor e à audácia infinita deste autor eternamente encolhido na sombra do reconhecimento. O trabalho levado a cabo no restauro das páginas de jornal de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World (incluem-se duas pranchas representativas desta série no presente volume) faz-nos redescobrir a obra de Feininger e mostra-no-la com uma nitidez gráfica como nunca antes foi possível vê-la. Graças ao restauro e ao grande formato, ressurgem os mares e condensam-se as nuvens, elevam-se majestosos os edifícios nova-iorquinos nas margens do rio Hudson, recortam-se diáfanos os perfis angulosos das suas personagens sobre os barcos e demais engenhos motorizados que percorrem as páginas. Ressurge, afinal, o talento de um desenhador de histórias aos quadradinhos adiantado para a sua época, um dos que poderiam ter mudado definitivamente a história da banda desenhada.

Esta edição, que terá um preço de venda de € 22, ainda não tem data marcada de distribuição pelas livrarias, mas encomendas podem ser feitas directamente através da página do editor.