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27 janeiro, 2021

Próximas publicações

 
Não obstante estes tempos incertos, algumas editoras vão revelando as suas intenções editoriais para o corrente ano, como é o caso da ARTE DE AUTOR, das poucas que editou em Janeiro, e que agora divulgou o seu plano para o 1º semestre de 2021.
 
Percebe-se que a ideia é de uma novidade por mês, o que me parece certo. A começar logo pelo segundo volume de «O Castelo dos Animais» (já lançado este mês). «Duke» e «Spaghetti Bros» são duas séries das quais teremos a sua continuação. E para os muitos leitores, que aquando do edição do álbum duplo que reunia os volumes 4 e 5 da série «Armazém Central», perguntavam se a editora iria recuperar os volumes anteriores, a resposta chega em Março com a (re)ediçao do primeiro volume «Marie». E mais, os volumes 2-3 e 6-7 estão previstos para o 2º semestre do ano.
 
Para Maio, teremos «Léna» numa edição integral que reúne os três álbuns já publicados em França, e o último título, «Apesar de tudo» traz-nos de novo Jordi Lafebre, o desenhador da série «Verões Felizes», e que aqui se estreia como autor completo. Digamos que caem todos muito bem numa boa bedeteca.
 
Outra editora que igualmente revelou o seu plano editorial, foi A SEITA. E se tenho a sensação que este ano será um "ano de westerns" (já sabem que foi aqui que leram primeiro), esta editora dá um forte contributo para tal.
 
A começar porque teremos o inicio daquela que será pela grande novidade que será uma colecção de álbuns «Tex» em formato franco-belga. O volume que marca a entrada do Ranger no catalogo da editora tem como titulo «A Chicotada» e conta com o argumento de Pasquale Ruju e desenhos de Mario Milano. O segundo volume da colecção, «O Homem das Pistolas de Ouro» assinado por Pasquale Ruju e desenhado por r.m. Guéra encontra-se igualmente previsto para este semestre.
 
Continuando com westerns, em Abril recebemos de braços abertos, «Procura-se Lucky Luke» o novo álbum de Mathieu Bonhomme (a capa, mais uma vez, está belíssima). Continuando nos franco-belgas, que já se sabe é uma das forte aposta da editora para este ano, teremos também «Drácula de Bram Stoker», uma adaptação do clássico literário, pelo autor Georges Bess.
 
Na colecção Aleph vai entrar «O Detective e o Caçador» uma saga em dois volumes e que reúne Dampyr e Dylan Dog, duas das mais populares personagens da Casa Bonelli.
 
Também não faltará BD portuguesa, com «Umbigo do Mundo» o primeiro volume da série de ficção-cientifica, assinado por Penim Loureiro e Carlos Silva. Para fechar o semestre, segue-se mais adaptação de um dos grandes textos universais, «Apocalipse: O Livro da Revelação de São João», adaptado à BD por dois grandes dos fumetti italianos, Alfredo Castelli e Corrado Roi.

Chamo só a atenção que alguns estes lançamentos poderão eventualmente sofrer alguns atrasos face ao previsto, motivado pelo estado de emergência a que o país se encontra sujeito.
 

09 junho, 2023

Notas finais sobre a 18º edição do Beja BD!

Para fechar a edição deste ano do Beja BD fica aqui o registo da minha passagem pelo festival. É uma peregrinação anual que recomendo. Pelo menos uma vez na vida. Porque feita a experiência é quase impossível não a querer repetir. Um bom ambiente, um excelente programa, fantásticos autores e magnificas exposições. Destas, este ano, José Ruy (Lendas Japonesas), Pedro Massano (A Conquista de Lisboa), Rúben Pellejero (Corto Maltese) e Ricardo Leite (Em Busca do Tintim Perdido) encheram-me as medidas, mas confesso que todo o material e os originais da série Duke (ed. Arte de Autor) do Hermann deixaram-me deslumbrado (estou cheio de “inveja da boa” do colecionador português a quem pertencem).
 
Mas esta 18º edição valeu pelos autores brasileiros.
 
Começo por Paulo Borges. A convite do Paulo Monteiro, tive o prazer de o apresentar no festival. Artista da Disney, autor de vários traços, confessou que chegou a desenhar os X-Men de manhã  para o mercado americano de comics e o Zé Carioca à tarde para o mercado brasileiro de gibis. Trouxe o seu livro Bilhetes. Um projeto que desenvolveu e que envolveu vários artistas brasileiros. Confesso que gostei bastante da premissa. Não se trata de apenas um livro de banda desenhada, mas sim um convite para um jogo entre a obra e o leitor, em que este é convidado para um exercício de dedução e lógica. Seis bilhetes com curtas mensagens são revelados logo de início ao leitor. São seis bilhetes para seis histórias, mas nunca saberemos a que história é que corresponde cada um deles. Estes serão os catalisadores de acontecimentos nas narrativas. Cabe ao leitor, após uma leitura tenta, interpretar as situações e fazer a correspondência. Uma fórmula simples e aparentemente inesgotável. O Paulo Borges foi de um simpatia e disponibilidade incríveis, e o seu Morcego Verde foi dos desenhos mais solicitados na sessão de autógrafos.
 
Seguiu-se o Ricardo Leite. Veio cá apresentar e fazer o lançamento da edição portuguesa do seu Em busca do Tintin perdido (ed.  A Seita). Mais que um livro é uma pura declaração de amor à 9ª arte. Fiquei deliciado com a sua apresentação. A sua história de vida, a busca por um sonho, a homenagem aos grandes nomes da banda desenhada mundial, as explicações sobre as múltiplas referências incluídas na narrativa, conquistou todos os presentes na audiência. O livro, a apresentação mais a exposição foi uma trilogia perfeita. 
 
O programa do festival foi vasto, mas deixo aqui uma palavra sobre um projecto que é para seguir com atenção. Os autores montaram uma banca, distribuíram prints e prestaram-se à conversa. Marketing simples e eficaz. Trata-se da adaptação para banda desenhada do livro Mundo Maravilhoso, uma obra de ficção assinada por Rui Cordeiro. O argumento é da responsabilidade de João Marques e o desenho de Fernando Lucas. Uma adaptação dividida em três volumes, e o primeiro com lançamento previsto até ao final do corrente ano. Apresentado como uma utopia distópica despertou-me a curiosidade. E gostei da parte gráfica. O livro comprei-o para o ler nos próximos tempos. Antes da BD. 
 
Pode parecer tudo perfeito, mas existem duas situações menos positivas, que podem (e devem) ser revistas e melhoradas pelo Paulo Monteiro e a seu equipa:

A primeira prende-se com a sessão de autógrafos. É sabido que é um dos pontos altos do festival, e um dos mais participados. O problema é que temos mais de 40 autores convidados para uma única sessão de hora e meia (das 18h00 às 19h30). Facilmente se percebe que a oferta encontra-se manifestamente desajustada para a procura. Facto: a duração da única sessão de autógrafos do festival é curta para a qualidade e quantidade dos autores presentes. Não sendo possível prolongar os autógrafos para muito depois das 19h30 de Sábado, a alternativa seria começar um hora mais cedo ou agendar uma segunda sessão para o Domingo de manhã. Fica a sugestão!

A segunda situação prende-se com os chamados concertos desenhados. Uma boa iniciativa do festival dar uma banda sonora aos desenhos, mas será que tem de ser com o volume no máximo?? No final do dia, o espaço exterior da Casa da Cultura, com as suas tasquinhas e esplanadas convida ao convívio entre os visitantes do festival, e uma oportunidade única de conversas com autores e editores que dificilmente encontraremos noutro local,  mas que rapidamente se torna inviável quando ali ao lado se encontra uma coluna a "bombar" decibéis acima do que seria esperado, e eu diria mesmo do permitido por lei aquela hora. As conversas tornam-se gritarias e o espaço muito pouco aprazível e desconfortável. Devo dizer que de ano para ano, observo que enquanto o volume sobe, a esplanada esvazia-se. Deixo já a minha solidariedade para com o autor de serviço João Sequeira que esteve a bombardeado na noite de Sábado. Assim, cada vez fazem menos sentido estes concertos no âmbito do festival!
 
Não obstante, mais uma bela edição, em que regressei bastante satisfeito e de mala cheia, e já é um lugar-comum dizer que Beja recebe bem e oferece o melhor festival de banda desenhada realizado em terras lusas
 
Até para o ano!
 
Ficam algumas fotos da 18ª edição para mais tarde recordar!
 
Abertura da 18º edição do festival de BD de Beja
 
Piso 0 da Casa da Cultura 


 
Panorâmica das exposições no Piso 0 da Casa da Cultura
 
 
 
 
 
 
Zanzim na sessão de autógrafos
 
Paulo Borges, Ricardo Leite e Rubén Pellejero
 
 
 
Autores do Mundo Maravilhoso
 

05 janeiro, 2019

Uma Antevisão de 2019

Chegados a 2019. Espera-se (mais) um excelente ano de boas edições em Portugal. A julgar pelas várias noticiais que já circulam, aconselho a começarem já a arranjar “espaço” nas vossas bedetecas. Peguem nas vossas carteiras e preparem-se para a viagem.

Começo pela aquela que é provavelmente a editora preferida dos bloggers portugueses. E não faltam razões para isso, a começar pela excelente comunicação. Já adivinharam a editora? Pois é, a G.FLOY acabou de revelar o seu plano para dominar o mercado... brincadeira, é apenas o plano editorial para o 1º semestre de 2019. São “só” 23 novidades previstas e não inclui aqui ainda os três lançamentos de autores portugueses em co-edição com a ComicHeart. Se considerarmos que em 2018 lançou um total de 32 edições, percebemos que este é um ano ambicioso para a editora.

A primeira novidade da G.FLOY, que também é a primeira novidade de 2019, já se encontra em distribuição pela bancas: «Ms Marvel – Vol. 2: Geração Perdida».

Ainda para este mês temos:
- Jessica Jones vol. 1: Sem Limites (Janeiro)
- Southern Bastards vol. 4: Tê-los no Sítio (Janeiro)
- Indeh: Uma História das Guerras Apache (Janeiro ou Fevereiro)

Depois nos meses seguintes:
- Harrow County vol. 5: Abandonado (Fevereiro)
- Tony Chu vol. 10: Cabidela de Galo (Fevereiro)
- Kick-Ass vol. 1 (Millarworld) (Fevereiro, talvez)
- Tony Chu vol. 11: As Últimas Ceias
- Outcast vol. 5 (volume duplo)
- My Heroes Have Always Been Junkies
- Criminal vol. 1 (volume duplo)
- The Wicked + The Divine vol. 3: Suicídio Comercial
- Reborn (Millarworld)
- Uncanny X-Force vol. 4: Execução Final
- Descender vol. 3: Singularidades
- Imortal Punho de Ferro vol. 4: O Punho de Ferro Mortal
- Gideon Falls vol. 1: O Celeiro Negro
- Saga vol. 9
- Deadpool: Morte aos Clássicos!
- Black Magick vol. 1: Despertar
- Wolverine Arma X vol. 2: Demente na Mente
- Astonishing X-Men Livro Dois
- Jessica Jones vol. 2: Os Segredos de Maria Hill

Pessoalmente aguardo com alguma impaciência poder ler «Indeh» (o western sempre o western...), «Kick-Ass» (o meu guilty-pleasure), o sempre bom «Southern Bastards», e depois mais os «Chew's», os «Saga's»... e mais uns tantos para descobrir.


A ASA é outra editora que também vai já abrir o seu ano. À boleia da estreia cinematográfica do novo filme de animação do irredutível gaulês, intitulado «Asterix e o Segredo da Poção Mágica», teremos este mês a respectiva adaptação para banda desenhada. E a 24 de Outubro o novo e 38º álbum da colecção original. Mais desta editora para 2019 é a nova colecção resultante da parceria com o jornal Público. Trata-se da Colecção Spirou por Franquin. Toda a «fase Franquin», entre histórias inéditas, já publicadas ou esgotadas, numa colecção de 11 álbuns. Antes que surjam todas as perguntas, sobre este assunto é tudo o que posso adiantar por agora. Entretanto consta também por aí que o Luís Louro já está a trabalhar no segundo (ou será o quarto?) volume de «Watchers». Se tudo correr bem é para descobrir em 2019.


Também para Janeiro a DEVIR já anunciou as suas "continuações". A partir do dia 20 podemos encontrar nos escaparates das livrarias o 14º volume de «Assassination Classroom» e o 2º volume de «My Hero Academy». Sobre as dúvidas «Lazarus» e «Paper Girls» disse-me um passarinho que vai haver boas novidades este ano. Chega meia-palavra? Adicionalmente, relembrava aqui que a editora no ano passado tinha anunciado como novidade «O Gourmet Solitário», de Jiro Tanigushi, na colecção Tsuru. Uma vez que não chegou a acontecer em 2018 espera-se portanto para 2019. E depois ainda há mais «One-Punch Man», «Tokyo Ghoul», «Blue Exorcist»...


Também agora em Janeiro, a ARTE DE AUTOR dá um ar da sua graça trazendo a segunda e conclusiva parte da história biográfica do pintor italiano «Caravaggio» pelo mestre Milo Manara. Em Janeiro, a editora francesa Lombard lança o terceiro volume de «Duke». Por cá também o esperamos. Ainda durante o 1º semestre, teremos «As Célticas» o quarto volume da colecção p/b de Corto Maltese, e mais o volume 3 de «Drunna» do mestre Serpieri. Mais novidades desta editora são os dois álbuns da série Agatha Christie. O primeiro volume teve o seu lançamento no último AmadoraBD. O segundo volume, «Miss Marple - Um Cadáver na Biblioteca» terá o seu lançamento em Maio a tempo do Festival de Beja e o terceiro volume desta colecção, «Os Beresford - Mister Brown» está previsto para o festival Amadora BD em Outubro.


Outra editora que também promete "abanar as águas" em 2019 é a ALA DOS LIVROS muito por culpa do seu anúncio da publicação integral de «Comanche» da dupla Greg/Hermann, em versão a preto e branco. O primeiro volume deve ser lançado ainda durante o 1º semestre.


E continuando em "modo western" temos a POLVO que acaba de lançar os dois primeiros volumes da nova colecção «Universo Tex» que centra as aventuras nas personagens do universo do famoso ranger. Estes dois volumes terão a sua distribuição comercial em Fevereiro. Depois da surpresa que foi «Colecção Bonelli» no ano passado, espera-se que seja agora o inicio da publicação regular por cá das aventuras da Sergio Bonelli Editore.



Outra novidade bastante aguardada para 2019 é «O Outro Lado de Z». Com o selo da KINGPIN, conta com o talento de Nuno Duarte (o mesmo de «A Fórmula da Felicidade» ou «O Baile») na escrita e com a arte da Joana Mosi (a mesma de «Altemente» e «Nem Todos os Cactos tem Picos») no desenho. Falava-se do seu lançamento para Dezembro mas vai acontecer agora em 2019. Outro livro da editora também previsto será «Mindex» de Fernando Dórdio (o mesmo de «Elixir da Eterna Juventude») e Pedro Cruz(?).

Relativamente a outras editoras, é espectável que a GRADIVA lance «Darwin - A bordo do Beagle» dando assim seguimento à «Colecção Descobridores», que nos trouxe o interessante «Magalhães» no ano passado.

Uma grande incógnita é a LEVOIR relativamente à sua parceria com o jornal Público. Ainda não houve noticias depois dos últimos volumes da «Colecção Vertigo». Esperamos é pela edição do terceiro ciclo de «Y The Last Man», com a publicação dos quatro últimos volumes desta colecção.

E sobre lançamentos é tudo o que se me oferece dizer por agora. Ainda haverá muitas novidades no "segredo dos deuses" e muitas surpresas a serem negociadas. O que é certo é que em 2019 não chegaremos nem perto do números de 2018, mas estimo um número de lançamentos a rondar entre as 150 e 200 novidades.

Boas leituras!


Relativamente aos nossos festivais de Banda Desenhada, já temos datas.

Assim a época bedéfila inicia-se na cidade dos estudantes com o COIMBRA BD de 7 a 10 de Março. Já há cartaz (ver imagem ao lado) e tem anunciado o primeiro autor convidado: Étienne Schréder (o mesmo de «O Segredo de Coimbra»).

O XV Festival Internacional de Beja vai acontecer entre 31 de Maio e 16 de Junho. O seu director, o Paulo Monteiro, irá fazer a apresentação da edição deste ano durante o 416º encontro da «Tertúlia BD de Lisboa» que se irá realizar no próximo dia 8.

A edição da Comic Con Portugal 2019, que agora se realiza no Passeio Marítimo de Algés, está marcada para 12 a 15 de Setembro. Por agora ainda pouco mais se sabe.

O Festival Amadora BD que este ano se prepara para comemorar a sua 30ª edição, a realizar-se será previsionalmente entre 26 de Outubro e 10 de Novembro.

A seu tempo irei aqui dando conta das novidades sobre estes eventos.


03 fevereiro, 2024

As belas novidades que prometem em 2024

Aos poucos e poucos as editoras nacionais vão revelando as novidades em que se encontram a trabalhar e que prometem merecer a nossa melhor atenção durante o presente ano. Temos tido nos últimos anos magnificas edições, e para 2024, a julgar pela amostra, a fasquia promete manter-se alta. Pessoalmente estou bastante expectante com alguns destes lançamentos - quer pela temática, quer pelos autores - e hoje trago aqui algumas destas belas edições, das que já foram anunciadas para os próximos meses (algumas das capas apresentadas são de edições estrangeiras):
 
 

«A Estrada» trata-se da adaptação do romance de ficção do escritor americano Cormac McCarthy e traz-nos de volta Manu Larcenet, o responsável pela magnifica adaptação para banda desenhada de O Relatório de Brodeck (Ala dos Livros, 2021). Assume agora nova responsabilidade ne adaptação e desenho deste conhecido livro que nos traz a perigosa jornada de um pai e do seu filho num mundo pós-apocalíptico. Aguarda-nos mais um mergulho profundo na condição humana. A edição será da Ala dos Livros e não se espera menos que mais uma poderosa edição. Diz-se que já se encontra na gráfica. O seu lançamento acompanha a edição francesa.

«Brigantus» é a nova aventura de Hermann que aos 85 anos não dá sinais de querer parar. Depois de Duke (Arte de Autor, 2017-2023) o cenário muda completamente, e a dupla Hermann / Yves H. trazem-nos agora uma história com contornos históricos, passada na antiga Escócia aquando das conquistas romanas. A sobrevivência de uma legião romana na luta contra os Pictos promete trazer-nos uma narrativa e um registo sangrento. Trata-se do primeiro volume de uma mini-série. A edição será da Arte de Autor e o lançamento por cá está já previsto para final do corrente mês.

 

As biografias gráficas foram uma tendência na edição portuguesa do ano passado. Em 2024 continuam a ser. Encontram-se anunciadas mais duas, e por coincidência de dois grandes nomes do cinema. A primeira, «As Guerra de Lucas» não engana. A biografia de George Lucas, um visionário que mudou a história do cinema, e um mergulho nos bastidores pouco conhecidos das filmagens da saga Star Wars, assinado por Laurent Hopman e Renaud Roche. Como diriam os ingleses é um "must have" para quem como eu adora o universo Star Wars. A edição portuguesa está a cargo da Ala dos Livros.

Continuando na cena dos realizadores, está prevista o lançamento de outra biografia de outro grande nome do cinema de Hollywood: Quentin Tarantino. Quem gosta de bom cinema gosta de Tarantino. Os seus filmes são absolutamente memoráveis, pelas cenas icónicas, pela riqueza dos diálogos, pelas personagens fascinantes. «Quentin por Tarantino» é o livro que nos traz a vida e carreira destes realizador, as suas ideias, as suas influências, o seu método. A edição é da ASA com data de lançamento para Março.

 

«Águias de Roma VI». Continuando por Roma Antiga temos o há muito aguardado sexto álbum da colecção Águias de Roma da autoria de Enrico Marini. Desde 2016 que esperamos para ver a violência o seu traço no confronto entre os dois irmãos, Marco e Arminio, na famosa Batalha da Floresta de Teutoburgo, que conforme já sabemos pelos livros da História foi trágica para as legiões romanas. E quem esperava que fosse o último álbum da série engana-se porque o autor já revelou que se encontra a trabalhar no sétimo volume com lançamento previsto para Outubro deste ano. A edição portuguesa deste sexto álbum está  assegurada pela ASA. Data de lançamento ainda não anunciada.

«O Mundo sem fim» é uma reflexão gráfica assinada pela dupla francesa Jean-Marc Jancovici e Christophe Blain que aborda um dos maiores problemas com que se confronta actualmente a Humanidade: o aquecimento global. Mais que uma banda desenhada é um livro didático que pretende chamar a atenção sobre as questões da energia e da crise climática. Traz o selo do álbum mais vendido no mercado francês em 2022. Por cá terá a edição da Ala dos Livros com lançamento para este mês.


Hora dos Lobos. Uma coincidência nestas duas novidades que partilham no título o nome deste animal. O primeiro, «A morte do Lobo» é uma bela surpresa que marca o regresso ao mercado português de um talentoso autor nacional, Luís Diferr que tem trabalhado no mercado francófono. Foi o próprio autor que o anunciou nas redes sociais. Recordo que o seu ultimo álbum publicado por cá foi Portugal (ASA, 2010), que integrava a série histórica As viagens de Löis imaginada por Jacques Martin.  Este A morte do Lobo é o primeiro (de dois álbuns) que contam a história de Kallilea, a Amazona. A edição é da Ala dos Livros. Sem data de lançamento anunciada.

«O Lobo» da autoria de Rochette chega-nos bem cotado, O autor questiona o lugar do homem na face do reino animal, através de uma história onde um grande lobo branco e um pastor que se enfrentam até ao limite. Deste mesmo autor já tinha cá sido editado O Expresso do Amanhã (Levoir, 2020) integrado na VI série da colecção de novelas gráficas. A edição deste O Lobo é da Arte de Autor com lançamento previsto para este mês.

 

02 junho, 2023

Começa hoje o XVIII Festival de BD de Beja

Inaugura mais logo por volta das 21h00, na Casa da Cultura de Beja, a 18ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que eu carinhosamente abrevio para BEJA BD. E é já neste primeiro fim-de-semana que a loucura saudável da tribo bedéfila se instala naquela bela e pacata cidade alentejana. Basicamente serão dois dias a desfrutar do ambiente do melhor festival de banda desenhada nacional da actualidade.
 
O programa do BEJA BD já se sabe, é sempre preenchido, vasto e diversificado. São 17 as exposições patentes, soma-se a presença de mais de 40 autores entre nacionais e internacionais, um sábado e domingo preenchidos com apresentações e lançamentos, sessão de autógrafos, conversas, concertos desenhados e ainda a presença de várias dezenas de editoras e editores numa feira do livro. Todo o programa pode ser tudo consultado aqui.

Lista de autores presentes
Álvaro Santos | Anabel Colazo | André Morgado | André Pereira | António Moura Santos | Carlos Páscoa | Carlos Rocha | Carlos Ruas | Carlos Sêco | Diniz Conefrey | Diogo Campos e Hugo Teixeira | Ferreira Fernandes e Nuno Saraiva | Filipe Abranches | Filipe Duarte | Joana Estrela | João Amaral | João Pinto | João Sequeira | Luís Louro | Luís Moreira | Marco Fraga da Silva | Maria João Worm | Miguel Jorge | Miguel Rocha | Patrícia Costa | Paulo Airosa | Paulo Borges | Paulo J. Mendes | Pedro Massano | Pedro Morais | Pedro Moura | Phermad | Ricardo Baptista | Ricardo Leite | Rita Alfaiate | Rúben Pellejero | Sílvia Mota e Carlos Rafael | Xavier Almeida | Zanzim 

Entre as presenças internacionais, destacaria o do espanhol Rúben Pellejero, um dos autores responsáveis pelo regresso de Corto Maltese, e ainda ontem falei aqui dele; do francês Zanzim, desenhador de Pele de Homem; do brasileiro Ricardo Leite que vem cá lançar o seu Em busca do Tintin perdido, uma fantasia autobiográfica onde o autor presta homenagem a todos aqueles grandes autores que fizeram despertar "o seu desejo adormecido de desenhar quadrinhos". Entre os nacionais, teremos o Luís Louro que fará reaparecer o seu Corvo III e o Álvaro que fará o lançamento do seu magnum opus, Porra voltei!, apresentada pelo autor como uma "telenovela gráfica sobre JC no século XXI". Tudo promete!
 
Exposições na Casa da Cultura:
ANABEL COLAZO – Espanha
ANDRÉ PEREIRA – Portugal
CARLOS PÁSCOA – Portugal
HERMANN – DUKE – Bélgica
JOANA ESTRELA – Portugal
JOSÉ RUY – LENDAS JAPONESAS – Portugal
MAURÍCIO DE SOUSA – A TURMA DA MÓNICA – Brasil
PATRÍCIA COSTA – Portugal
PAULO BORGES – Brasil
PEDRO MASSANO – Portugal
PEDRO MOURA E JOÃO SEQUEIRA – COMO FLUTUAM AS PEDRAS – Portugal
RICARDO BAPTISTA – Portugal
RICARDO LEITE – Brasil
RÚBEN PELLEJERO – Espanha
TENTÁCULO – Portugal
TOUPEIRA – Brasil/Inglaterra/Portugal
ZANZIM – França