28 fevereiro, 2011

Vêm aí Os Incontornáveis de Banda Desenhada

É já na próxima Quarta-feira, dia 2 que irá começar a sair a nova colecção semanal de bd do jornal Público intitulada de “Incontornáveis de Banda Desenhada”.
 
São no total 12 álbuns em capa mole, na sua quase maioria com história duplas, com o preço unitário de €7,40, e que abrange variados géneros de um bom lote de autores da bd franco-belga.

São vários os motivos de interesse que incidem sobre esta colecção. A variedade das séries e personagens representados. A publicação de vinte e três histórias inéditas em Portugal. Os fechos de colecções, o início de novas séries e as continuações de séries que pareciam esquecidas no tempo.

Tomem lá nota sff:



 
Dia 2/03 - Volume 1 - ‘VALÉRIAN E LAURELINE’ de Christine e Mézières
- Nas Imediações do Grande Nada
- O AbreTempo

Dia 9/03 - Volume 2 - ‘O GATO DO RABINO’ de Joann Sfar
- O Bar-Mitzvá
- O Malka dos Leões
- O Êxodo

Dia 16/03 - Volume 3 - ‘XIII MISTERY’ de R. Meyer e X. Dorison e P. Berthet e Corbeyran
- O Mangusto
- Irina

Dia 23/03 - Volume 4 - ‘ADÈLE BLANC-SEC’ de Tardi
- O Sábio Louco
- Demónio

Dia 30/03 - Volume 5 - ‘O BUDA AZUL’ de Cosey
- Tomo 1
- Tomo 2

Dia 06/04 - Volume 6 - ‘I.R.$.’ de Vrancken e Desberg
- A Via Fiscal
- A Estratégia Hagen

Dia 13/04 - Volume 7 - ‘MURENA’ de Dufaux e Delaby
- O Melhor das Mães
- Os que Vão Morrer…

Dia 20/04 - Volume 8 - ‘MAX FRIDMAN’ de V. Giardino
- Rapsódia Húngara

Dia 27/04 - Volume 9 - ‘EM BUSCA DO PÁSSARO DO TEMPO’ de Le Tendre e Loisel e Lidwine e Aouamri
- O Meu Amigo Javin
- O Livro dos Deuses Antigos

Dia 04/05 - Volume 10 - ‘LARGO WINCH’ de Philippe Francq e Jean Van Hamme
- A Fortaleza de Makiling
- A Hora do Tigre

Dia 11/05 - Volume 11 -‘O VAGABUNDO DOS LIMBOS’ de Godard e Ribera
- A Fissirmá de Musky
- O Tempo dos Oráculos

Dia 18/05 - Volume 12 - ‘O ASSASSINO’ de Jacamon e Matz
- A Dívida
- Laços de Sangue

O "+" desta colecção:
Destaco a aposta em histórias inéditas e o facto da colecção ter sido aproveitada para (finalmente) concluir a série Valerian com os dois álbuns em falta, e continuar outras que entre nós tinham ficado paradas no tempo (Murena, Largo Winch, Em Busca do Pássaro do Tempo, Vagabundo dos Limbos). Sobre Largo Winch – nota: sou grande apreciador - devo acrescentar que só a sua inclusão nesta colecção já é uma excelente notícia, porque tal significa que (finalmente) deixou de pertencer ao catálogo da malfadada Gradiva, editora que tão a maltratou. O diptico agora a publicar retoma onde havia sido interrompida. Relativamente a Murena aplaudo a decisão de estar prevista igualmente a edição em capa dura (pela FNAC) porque os anteriores álbuns foram publicados neste formato. Uniformidade aprecia-se. Estou curioso relativamente a títulos como I.R.$. ou O Gato do Rabino.

O "-" desta colecção:
Não sou grande apreciador destas colecções salteadas. Da sopa que é a mistura de várias colecções numa só e as consequências que daqui resultam. O melhor (ou pior) exemplo é o que se vai passar com Valerian. Uma excelente série que fica agora completa com a publicação de um álbum… duplo que reúne os tomos 19 e… 21. Faz algum sentido publicar duas histórias não seguidas num formato que não respeita em nada os anteriores álbuns da série? Coloca-se a questão: o volume 1 dos Incontornáveis arruma-se antes ou depois do álbum 20 da série Valerian? Pela colecção que é Valerian merecia um melhor final, em álbuns individuais de preferência em capa dura. Uniformidade aprecia-se. Uma palavra para o XIII Mistery. Não desgosto deste spin-off mas pergunto se não se justificava primeiro a conclusão da série original XIII?

23 fevereiro, 2011

Moura 2011 - Concurso BD & Cartune

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Notas a reter:
  • Concurso aberto a artistas portugueses ou estrangeiros
  • Três categorias a concurso: banda desenhada, tiras bd e cartune
  • Tema do concurso livre
  • Data limite para envio dos trabalhos: 25 de Março de 2011
  • Prémios monetários para os melhores trabalhos em cada categoria
  • Contacto para informações adicionais: 285 250 400

22 fevereiro, 2011

Às Quintas Falamos de BD

Encontros de 5

O Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI) na Amadora vai dar inicio a um ciclo de encontros mensais designado de Às Quintas Falamos de BD. Uma iniciativa que terá sempre lugar todas as últimas quintas-feiras de cada mês dos meses de Fevereiro a Maio, sempre às 21h00 nas instalações do CNBDI. O primeiro encontro é já na próxima Quinta-feira, dia 24.

Na Quinta-feira será também aproveitada para a apresentação, por parte de Luís Salvado, da obra E TUDO FERNANDO BENTO SONHOU, de João Paulo de Paiva Boléo, livro realizado a partir da investigação feita para a exposição comemorativa do centésimo aniversário de Fernando Bento, que esteve patente ao público no 21º AmadoraBD.

O convite está feito… apareçam!

21 fevereiro, 2011

Lançamentos Turma da Mónica

Continuando na senda de novos lançamentos, estão disponíveis este mês as novidades do universo Turma da Mónica. A lista das revistas lançadas no mercado português em Janeiro/Fevereiro é a que se segue:

Mónica nº 43
Cebolinha nº 43
Cascão nº 43
Magali nº 43
Chico Bento nº 43
Saiba Mais Turma Mónica nº 34
Almanaque Mónica nº 22
Almanaque Cebolinha nº 22
Almanaque Cascão nº 22
Ronaldinho Gaúcho nº 43
Turma da Mónica Parque nº 43
Turma da Mónica Jovem nº 25

Almanaque Turma Astronauta nº 7
Colecção Histórica Turma Mónica nº 18
Grande Almanaque Turma Mónica nº 8

16 fevereiro, 2011

Lançamentos, lançamentos e lançamentos

Preparam-se duas mãos-cheias de de novidades de banda desenhada para os próximos meses. A saber:

  • Novidades BookSmile
É amanhã que estará à venda o novo livro Scott Pilgrim e a Tristeza Infinita, o terceiro volume da BD criada por Bryan Lee O’Malley. Depois do lançamento em simultâneo dos dois primeiros volumes, Scott Pilgrim Na Boa Vida (volume 1) e Scott Pilgrim Contra o Mundo (volume 2), durante o festival Amadora BD em Novembro passado, temos agora a continuação desta série de culto.

Sinopse da editora:
«O novo amor de Scott Pilgrim, Ramona Flowers, tornou-lhe a vida um pouco mais complicada. Ela tem sete ex-namorados maléficos que estão a aparecer, um por um, para o desafiarem a ganhar o direito de estar com ela.
E o ex-namorado n.º 3, Todd Ingram, chega com uma surpresa extra: a sua actual paixão é o antigo amor da vida de Scott Pilgrim! Envy Adams despedaçou o coração de Scott há um ano e meio. Agora está de volta, com a sua banda de art-rock maléfico, The Clash At Demonhead.
Ela quer que a banda de Scott faça a primeira parte do seu concerto, dentro de dois dias – tempo mais do que suficiente para Scott lutar com Todd, esquecer a Envy, fazer a Ramona feliz, esquivar-se aos avanços de ex-namoradas descontroladas e ensaiar o novo alinhamento. Certo?»


  • Novidades ASA
A editora ASA prepara-se para lançar ainda durante este mês o quarto álbum da série Borgia, de Jodorowsky e Manara, intitulado Tudo é Vaidade que encerra esta colecção.

Sinopse da editora:
A expedição a Itália do Rei Carlos VIII de França termina em Nápoles com o afogamento do soberano nas lavas incandescentes do Vesúvio. Liberto do compromisso sacerdotal pelo seu pai, César Bórgia sonha reconquistar o país…

Mais lançamentos deste mês, prendem-se com reedições de Tintin e Lucky Luke, e aguarde-se a todo o momento que os dois volumes de Corto Maltese em capa dura, já anunciados no ano passado, Sob a Bandeira dos Piratas e Longínquas Ilhas do Vento, cheguem finalmente aos escaparates das livrarias.

Adicionalmente há novidades sobre a série Murena, onde está a prevista a edição de três volumes ao longo deste ano, sendo que dois deles, os equivalentes aos volumes 3 e 4 da série original serão publicados em Abril próximo, em formato álbum duplo em capa mole - integrado na nova colecção do jornal Público “Os Incontornáveis” - e em capa dura à venda nas lojas da FNAC. O quinto volume estará agendado para Maio deste ano.


  • Vêm aí Os Incontornáveis de Banda Desenhada
A nova colecção de banda desenhada do Público em parceria com ASA terá a designação de Os Incontornáveis de Banda Desenhada.
Será composta por 12 álbuns com histórias duplas ou triplas, que abarcará diversos estilos e autores da bd franco-belga.
Com inicio a 2 de Março, esta nova colecção que publicará, histórias e aventuras de Valerian, Largo Winch, I.R.$ ou Vagabundo dos Limbos, entre outros, tem como grande mérito o de apresentar quase na sua totalidade histórias ainda inéditas em Portugal, de recuperar séries esquecidas, de fechar séries, de iniciar novas séries. Portanto uma colecção a reter. Mas sobre esta matéria ainda falarei mais lá para diante.

Boas Leituras!

07 fevereiro, 2011

Programação da Bedeteca de Beja para Fevereiro

Com a extinção da Bedeteca dos Olivais, a Bedeteca de Beja fica como a última do seu género existente em Portugal. E se antes este pólo de cultura já mostrava bastante activo, tendo o seu ponto alto no Festival de BD de Beja, promete agora avançar com uma programação mensal vasta abrangendo as mais variadas áreas, desde de exposições, apresentações, conversas, sessões de cinema, oficinas, etc.
A partir de agora darei, mensalmente, conta aqui no blogue destas iniciativas, começando já com a programação para ao mês de Fevereiro:

BeD_Beja-Fev
  • EXPOSIÇÕES
No Reino do Terror
De 11 de Fevereiro a 11 de Março
Exposição bibliográfica de revistas de terror, da Tales from the Crypt (anos 50) à Zona Negra.
Galeria de Exposições Temporárias da Ala Esquerda (1º andar).
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.

Cor - 15 Ilustradores Portugueses
De 14 de Fevereiro a 14 de Março
Exposição de serigrafia com André Letria, Alex Gozblau, André Carrilho, Bernardo Carvalho, Daniel Lima, Filipe Abranches, João Fazenda, Miguel Rocha, Maria João Worm, Nuno Saraiva, José Manuel Saraiva, Pedro Burgos, Tiago Albuquerque, Tiago Manuel e Susa Monteiro.
Exposição comemorativa dos 15 anos da Casa da Cerca, Almada, produzida pelo Centro Português de Serigrafia.
Cafetaria.
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.

Carlos Páscoa
De 19 de Fevereiro a 19 de Março
Exposição de banda desenhada e ilustração.
Galeria de Exposições Temporárias Principal (1º andar - Centro).
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.
Inauguração da exposição e conversa com o autor, dia 19 de Fevereiro, às 18h00.

  • MONTRA DE FEVEREIRO
Gambuzine
De 1 a 28 de Fevereiro
A montra deste mês debruça-se sobre o fanzine Gambuzine, fundado em 1999. Como nos diz Teresa Câmara Pestana, autora de banda desenhada e editora, o Gambuzine, surgiu da necessidade de “ (…) prolongar o gozo alcançado com os solozines Aqui Babilónia (1995) e Continuamos aqui (1996), versão portuguesa de Hier Babylon, editado em 1995 com grande sucesso no burgo punk de Hannover”. O Gambuzine notabilizou-se por editar em território português, e em primeira mão, grandes nomes da banda desenhada alemã “alternativa”, aos quais se juntaram autores eslovenos, espanhóis, finlandeses, franceses, italianos, neo-zelandeses e portugueses (com destaque para a própria Teresa Câmara Pestana).
Depois de 16 números a atormentar a banda desenhada “bem comportada” o Gambuzine continua a dar especial ênfase à crítica política e social, que são também a sua imagem de marca. No Gambuzine, voltando a citar Teresa Câmara Pestana, só “ (…) não há bd’s racistas, sexistas e fascizóides”.
De 3ª a 6ª das 14h00 às 17h30 e das 19h30 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.

  • CONVERSAS
Conversas sobre Cinema e Banda Desenhada, por Véte
Dia 4, sexta-feira, às 21h30
Todas as primeiras sextas-feiras de cada mês a Bedeteca têm a honra e o prazer de receber as conversas de Véte sobre cinema e banda desenhada. A não perder!

O Universo do Terror, por Hélder Castilho
Dia 25, sexta-feira (podia ser dia 13…), às 21h30
Apreciador de cinema e banda desenhada, autor de contos de terror, Hélder Castilho vem falar-nos d’O Universo do Terror, na Bedeteca. Uma sessão verdadeiramente assustadora!

  • CINEMA DE ANIMAÇÃO
Traços do Japão – Sessões de Anime, da NCreatures
Dia 18, sexta-feira, às 21h30
Todas as terceiras sextas-feiras do mês passamos um filme de anime, aqui na Bedeteca, com a parceria da NCreatures. Em breve anunciaremos o título deste mês… O filme será apresentado por Paulo Monteiro

  • OFICINAS
Ouriço-do-Mar – Oficina de Banda Desenhada
Todas as terças-feiras, das 19h30 às 20h30
Para autores entre os 8 e os 12… A entrada é livre.

Toupeira – Oficina de Banda Desenhada
Todas as quintas-feiras, das 19h30 às 20h30
Para autores a partir dos 13 anos… A entrada é livre.

  • CLUBES
Lemon Studio – Clube de Mangá
Todas as quintas-feiras, das 16h00 às 18h30

Magic The Gatering – Clube de Magic
Todos os Sábados das 15h00 às 20h00

  • SUGESTÃO DA BEDETECA PARA FEVEREIRO
Livros do Mês
La Ascensión del Gran Mal (Edição em castelhano) de David B.
Conhecida por “Grande Mal”, a epilepsia é uma doença que provoca alterações temporárias graves a nível motor, sensorial, psíquico e neurovegetativo. O francês David B. relata nesta obra em 6 volumes a sua relação com o irmão, minado pelo “Grande Mal”, e a forma como lidou com o fantasma da doença ao longo dos anos. La Ascensión del Gran Mal (edição em castelhano, traduzida do francês) é uma obra intimista, por vezes dolorosa, mas também um enorme exercício de coragem por parte do autor, que expõe a público todos os seus medos e obsessões com a enfermidade do irmão. David B., que esteve em Beja em 2007, por ocasião da exposição realizada com o seu trabalho, durante o III Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, é considerado como um dos mais importantes autores de banda desenhada da actualidade. La Ascensión del Gran (6 volumes) foi publicado pelas Ediciones Sinsentido, entre 2001 e 2007.

  • NOTÍCIAS
Este mês criámos o Conselho Consultivo da Bedeteca de Beja, do qual farão parte vários críticos, estudiosos, divulgadores, autores e leitores de banda desenhada. O objectivo do Conselho é constituir um “núcleo duro” que possa dar pistas sobre vários assuntos, reunindo, ao mesmo tempo, sensibilidades muito diferentes.

O fanzine Venham + 5 n.º 6 (2009), da Bedeteca de Beja, foi nomeado pelos VIII Troféus Central Comics na categoria de Melhor Fanzine. A história “O Infeliz Destino de Sebastião Salvador”, de Susa Monteiro, publicada no mesmo fanzine, foi nomeada na categoria de Melhor Curta. Para conhecer os outros nomeados, prazos para a votação, local da entrega dos prémios, etc., basta consultar o portal Central Comics...

Este ano o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja realizar-se-á entre 28 de Maio e 12 de Junho. A organização avança a bom ritmo e os autores presentes estão praticamente todos confirmados… Alberto Varanda e Loustal são dois dos muitos autores com exposições patentes.

  • NAS ESCOLAS
O mês passado, e apesar do frio, estivemos na Escola Mário Beirão, em Beja. Este mês vamos estar na Escola D. Manuel I e no Liceu Diogo de Gouveia, também em Beja. E ainda daremos um “pulinho”ao Externato António Sérgio, em Beringel. Para falar de banda desenhada, claro…

BEDETECA DE BEJA
BIBLIOTECA / GALERIA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS / NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA / NÚCLEO DE CARTUNE, ILUSTRAÇÃO E CINEMA / NÚCLEO DE TRABALHO / ESPAÇO INTERNET / LOJA / EDIÇÕES / ARQUIVO DE ORIGINAIS / OFICINAS / CLUBES / PROGRAMA DE OFERTAS / EXPOSIÇÕES PARA ITINERÂNCIA

05 fevereiro, 2011

Lançamento ASA: Armazém Central, vol. 3 - Os Homens

Está aí, com a chancela da ASA, o terceiro volume da série «Armazém Central», escrita por Régis Loisel e desenhada por Jean-Louis Tripp, com o título «Os Homens».
 
A continuação da história de uma pequena comunidade rural de uma aldeia no Quebeque nos anos 20, centrada na figura da viúva Maria, dona do armazém que dá o nome à série.
 
Depois dos dois primeiros volumes, «Marie» e «Serge», respectivamente, o retomar desta série que parecia já esquecida no tempo, é um bom começo de ano para a ASA e uma boa noticia para os leitores portugueses apreciadores de boa banda desenhada. 
 
OS HOMENS
No fim do Inverno, os madeireiros da aldeia regressam finalmente a Notre-Dame-des-Lacs e descobrem que Serge, um estranho para eles, é muito apreciado pelos habitantes que ficaram na aldeia. Como vão eles aceitar a “intromissão” deste homem que foi recolhido por Marie?
 
Ficha técnica:
OS HOMENS - Armazém Central, Volume 3
Argumento e desenho de Loisel e Tripp 
Capa dura, formato 227x302mm, cores, 80 págs.
ISBN: 9789892310053
PVP: € 15,95
Edição ASA
 

26 janeiro, 2011

A edição de BD em França durante 2010

Li agora, a propósito do inicio do festival de Angoulême, um artigo no jornal Público que fala sobre a edição de BD em França. Numa entrevista ao jornal, Gilles Ratier, secretário-geral da Associação de Críticos e Jornalistas de Banda Desenhada, autor do relatório anual sobre o estado da edição de BD em França, afirma que 2010 foi um ano de ouro. Sustenta esta tese nos números que apresenta, e que revelam bem a grandeza deste sector por terras francófonas: 299 editores de BD; 5165 livros de BD publicados em 2010 dos quais 3811 são novidades; 68 revistas especializadas em BD; mais de cem títulos (102) com uma tiragem superior a 50 mil exemplares; 1446 autores a viver (ou a tentar viver) exclusivamente da banda desenhada. Tudo isto, conforme refere, num ano onde não saiu nenhuma novidade Astérix ou Titeuf que, só por si, representam vários milhões de álbuns a mais. Impressionante não?
Os interessados na leitura completa do artigo é favor clicarem aqui.

A edição de BD em França durante 2010

Li agora, a propósito do inicio do festival de Angoulême, um artigo no jornal Público que fala sobre a edição de BD em França. Numa entrevista ao jornal, Gilles Ratier, secretário-geral da Associação de Críticos e Jornalistas de Banda Desenhada, autor do relatório anual sobre o estado da edição de BD em França, afirma que 2010 foi um ano de ouro. Sustenta esta tese nos números que apresenta, e que revelam bem a grandeza deste sector por terras francófonas: 299 editores de BD; 5165 livros de BD publicados em 2010 dos quais 3811 são novidades; 68 revistas especializadas em BD; mais de cem títulos (102) com uma tiragem superior a 50 mil exemplares; 1446 autores a viver (ou a tentar viver) exclusivamente da banda desenhada. Tudo isto, conforme refere, num ano onde não saiu nenhuma novidade Astérix ou Titeuf que, só por si, representam vários milhões de álbuns a mais. Impressionante não?
Os interessados na leitura completa do artigo é favor clicarem aqui.

25 janeiro, 2011

Imagem do dia: Fim do Quarteto Fantástico

RIP Tocha

O fim já estava anunciado há já algum tempo. No final da história “3”, um dos quatro heróis que compunham o Quarteto Fantástico ia morrer. Assim, foi hoje revelado pela editora Marvel (e já não deve ser novidade para ninguém), que Johnny Storm, o Tocha Humana é o herói que morre na edição n.º 587 de Fantastic Four, com saída prevista para as bancas amanha. Na verdade a morte de um super-herói já não é nada de novo na banda desenhada americana, desperta no máximo alguma curiosidade, vende mais algumas edições e como no mundo destes super-heróis nada é definitivo acredito que já se entrou em contagem decrescente para o regresso do Tocha Humana!

23 janeiro, 2011

Votações para os VIII Troféus Central Comics

Encontram-se a decorrer as votações para a escolha dos vencedores dos prémios 2010 do portal Central Comics. Assim, até ao próximo dia 17 de Fevereiro, toda a comunidade bedéfila pode escolher os seus favoritos, elegendo assim, nas várias categorias a concurso, aqueles que considera terem sido os melhores de 2009. Este é um pormenor importante em ter em atenção, porque apesar da votação decorrer em 2011, para escolha dos vencedores do prémios de 2010, o que está a concurso é todo o trabalho produzido ao longo do ano de 2009. Para melhor ajudar a relembrar o que de + relevante aconteceu ao longo de 2009, podem sempre pesquisar aqui.

A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 2 de Abril, pelas 17h00 na Exponor em Matosinhos.

Fica o convite ao voto, porque aqui ao contrário de outras eleições, aqui não é necessário sair à rua. Para mais informações e acesso ao boletim de voto cliquem aqui.

17 janeiro, 2011

Portugal 25 Anos Depois

O simples anúncio que o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) vai fazer amanha, nas suas instalações no Cais do Sodré, a apresentação pública de uma edição comemorativa do 25º aniversário da entrada de Portugal na União Europeia, não teria à partida para mim qualquer interesse, até porque me assumo como um eurocéptico. No entanto por se tratar de uma publicação que se apresenta no formato de banda desenhada justifica a sua divulgação aqui.

Trata-se de uma pequena brochura. intitulada Portugal 25 Anos Depois, da autoria dos portugueses Rui Alves, Teresa Cardia e António Valjean, que tem como ideia base o de explicar aos mais jovens o que mudou em Portugal nos últimos 25 anos por força da nossa integração em 1 de Janeiro de 1986 na então Comunidade Europeia.
Ao longo de 12 páginas, uma história simples que decorre ao longo de uma conversa entre um avô e os seus netos durante uma viagem de carro entre Trás-os-Montes e Lisboa, é aproveitada para apresentar um Portugal diferente, europeu, como resultado de profundas transformações e alterações com impacto nas mais diversas áreas como a educação, o ambiente, a saúde, a segurança alimentar, os serviços, moeda única, etc, revela-se um registo bastante eficaz.

A titulo de curiosidade refiro que já não é a primeira vez que a União Europeia, por intermédio de qualquer um dos seus organismos, utiliza como o suporte de banda desenhada como um meio privilegiado de comunicação, tendo já publicado em língua portuguesa o álbum Águas Perigosas, numa edição do Parlamento Europeu.

As duas bandas desenhadas referidas anteriormente, podem ser obtidas gratuitamente, em formato digital, através dos seguintes links:

- Portugal 25 Anos Depois
- Águas Perigosas

Portugal 25 Anos Depois

O simples anúncio que o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) vai fazer amanha, nas suas instalações no Cais do Sodré, a apresentação pública de uma edição comemorativa do 25º aniversário da entrada de Portugal na União Europeia, não teria à partida para mim qualquer interesse, até porque me assumo como um eurocéptico. No entanto por se tratar de uma publicação que se apresenta no formato de banda desenhada justifica a sua divulgação aqui.

Trata-se de uma pequena brochura. intitulada Portugal 25 Anos Depois, da autoria dos portugueses Rui Alves, Teresa Cardia e António Valjean, que tem como ideia base o de explicar aos mais jovens o que mudou em Portugal nos últimos 25 anos por força da nossa integração em 1 de Janeiro de 1986 na então Comunidade Europeia.
Ao longo de 12 páginas, uma história simples que decorre ao longo de uma conversa entre um avô e os seus netos durante uma viagem de carro entre Trás-os-Montes e Lisboa, é aproveitada para apresentar um Portugal diferente, europeu, como resultado de profundas transformações e alterações com impacto nas mais diversas áreas como a educação, o ambiente, a saúde, a segurança alimentar, os serviços, moeda única, etc, revela-se um registo bastante eficaz.

A titulo de curiosidade refiro que já não é a primeira vez que a União Europeia, por intermédio de qualquer um dos seus organismos, utiliza como o suporte de banda desenhada como um meio privilegiado de comunicação, tendo já publicado em língua portuguesa o álbum Águas Perigosas, numa edição do Parlamento Europeu.

As duas bandas desenhadas referidas anteriormente, podem ser obtidas gratuitamente, em formato digital, através dos seguintes links:

- Portugal 25 Anos Depois
- Águas Perigosas

16 janeiro, 2011

Tinta nos Nervos – Banda Desenhada Portuguesa

Não são muito os eventos associados à divulgação da banda desenhada realizados em Portugal e se excepcionarmos os festivais – Amadora, Beja e este ano Moura – então a realidade é praticamente um deserto. Neste sentido, já é meritória a exposição “Tinta nos Nervos – Banda Desenhada Portuguesa” comissariada por Pedro Moura e que se encontra aberta ao público no Museu Colecção Berardo (no CCB) em Belém.

Trata-se de uma mostra que abrange 41 artistas portugueses, numa estranha mistura de traços e desenhos que se diferenciam claramente, resultado de experiencias e de formas singulares de fazer banda desenhada. Grande parte dos autores presentes nesta mostra caracterizam-se por desenvolverem um trabalho designado “de alternativo” ou “de autor” que circula em ambientes pequenos e fechados ao público em geral e logo de difícil conhecimento e reconhecimento. Tenho sempre dificuldade em entender este tipo de projectos, até porque julgo que a satisfação máxima que um autor poderá desejar para o seu trabalho será o seu reconhecimento público. Assim verdade é que não conhecendo muitos dos autores representados, a análise crítica que faço perante grande parte da obra exposta nesta mostra reduz-se a um singelo “gosto” ou “não gosto”.

Se são estes trabalhos que reflectem a tendência da BD actual e elevam a banda desenhada portuguesa para outros níveis não sei, até porque pessoalmente teria optado por incluir outros nomes com diferentes tipo de registos, retirados da nova vaga de autores portugueses, que são porventura até mais comerciais confesso, mas que aqui só releva em termos de valoração qualitativa do trabalho efectuado, porque os considero como os mais representativos do melhor que se faz por cá. Mas reconheço que reflectir numa exposição limitada por condicionantes, como por exemplo o tempo ou o espaço, não sei se foi o caso, um universo quase ilimitado, onde muitas vezes os critérios de selecção se norteiam por gostos pessoais, torna-se difícil de obter consensos.

Não obstante, da minha visita fiquei satisfeito por visualizar algumas pranchas originais do livro nunca antes editado “A Agência de Viagens Lemmings” de JC Fernandes, ou o humor incisivo do trabalho de Nuno Saraiva ou ainda com o desenho magnífico de Vitor Mesquita, entre outros, sem qualquer surpresa. Mas para quem se interessa pelo meio, a visita ainda que possa não ser muito estimulante, torna-se bastante interessante pela diversidade. A entrada é gratuita.

A lista dos autores presentes nesta exposição é a que se segue:
Alice Geirinhas, Ana Cortesão, André Lemos, António Jorge Gonçalves, Bruno Borges, Carlos Botelho, Carlos Pinheiro, Carlos Zíngaro, Cátia Serrão, Daniel Lima, Diniz Conefrey, Eduardo Batarda, Filipe Abranches, Isabel Baraona, Isabel Carvalho, Isabel Lobinho, Janus, João Fazenda, João Maio Pinto, José Carlos Fernandes, Jucifer (Joana Figueiredo), Luís Henriques, Marco Mendes, Marcos Farrajota, Maria João Worm, Mauro Cerqueira, Miguel Carneiro, Miguel Rocha, Nuno Saraiva, Nuno Sousa, Paulo Monteiro, Pedro Burgos, Pedro Nora, Pedro Zamith, Pepedelrey, Rafael Bordalo Pinheiro, Richard Câmara, Susa Monteiro, Teresa Câmara Pestana, Tiago Manuel e Victor Mesquita.

14 janeiro, 2011

Leitura: The Walking Dead Vol. 1 - Dias Passados

 
Em 2010, um dos títulos que mais me entusiasmou em termos de leituras de banda desenhada foi sem dúvida The Walking Dead (TWD). E descobrir este universo desenvolvido por Robert Kirkman, vencedor de um Eisner Award, tem sido viciante.

Em TWD acompanhamos a história de Rick Grimes, um ajudante de xerife de uma localidade nos arredores de Atlanta (EUA) que depois de acordar de um estado de coma, na cama de um hospital, é confrontado com uma nova realidade: o mundo lá fora encontra-se dominado pelos mortos, melhor, por mortos-vivos. Tudo o que conhecia desapareceu em consequência de uma brutal epidemia, cuja origem não nos é relatada, mas que afectou grande parte da população humana transformando-a em zombies, que vagueiam agora sem destino um pouco por todo o lado, movidos por um instinto animal na procura de carne humana. Restam apenas pequenas bolsas de sobreviventes que lutam agora pela vida num mundo sem lei nem ordem. Rick luta para proteger a família (mulher e filho) ao mesmo tempo que conduz um grupo de sobreviventes na busca por um lugar seguro para viver. Em síntese, TWD apresenta-nos a visão de um mundo dominado pelos mortos, onde os vivos que ainda subsistem são obrigados a começar a viver, numa luta constante pela sobrevivência. Retrata a natureza humana e aborda a complexidade de que se revestem as relações humanas de uma forma exemplar numa análise critica de como o próprio ser humano se relaciona com os seus, com uma constante necessidade de criar e quebrar regras, num tempo onde os conceitos morais de certo ou errado ou de vida e de morte mudam conforme as circunstâncias.

A Devir lançou em finais do ano passado o primeiro volume de TWD – “Dias Passados”, no formato trade paperback (TPB) similar à edição publicada lá fora, que reúne os seis primeiros comics originalmente publicados em 2003 nos EUA pela Image Comic. Devo dizer que aplaudo a opção da editora portuguesa em manter o título original da série The Walking Dead, e não se aventurar numa qualquer tradução que certamente desvirtuaria um duplo significado que título original em inglês encerra em si. Porque à medida que nos embrenhamos na leitura desta aventura – devo dizer que a ideia que se segue não deriva deste primeiro volume mas de uma leitura mais avançada em que eu me encontro (volume 5) – apercebemo-nos que a designação de “walking deads” talvez não se aplique exclusivamente aos mortos-vivos como inicialmente se poderia supor, mas também aos sobreviventes, até porque à medida que avançamos na leitura tomamos consciência que nenhuma personagem está a salvo e que todos os vivos encontram-se irremediavelmente condenados, à excepção (ou talvez não) de Rick Grimes.

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Neste primeiro volume, começamos por estabelecer uma ligação à história. Assistimos ao acordar de Rick para a nova e perigosa realidade. Há sua busca e reencontro com a família. À apresentação do grupo e ao surgimento das primeiras tensões. Rick divide-se entre o seu papel de pai e marido e a obrigação que sente em garantir a protecção do grupo. Enquanto para Lori, a sua mulher, o reencontro é acompanhado por um sentimento de culpa. Todo o ambiente que rodeia o grupo afecta-o e isso traz consequências.

A fluidez na leitura de TWD resulta porque estamos perante um argumento genial que desenvolve uma linha narrativa com grande intensidade, liberta de “amarras e que segue caminhos lógicos. Mas é na exploração eficaz das reacções humanas que a narrativa explode. Quer seja originada pelas situações de tensão latente e de conflito existentes no grupo que se vai formando, derivadas das diferentes personalidades de cada elemento, que evoluem naturalmente para estados de confronto ou pela exposição do pior da natureza humana que nem sempre deriva da exposição a situações extremas. Certo é o suspense dado pela incerteza dos acontecimentos que cada nova página nos reserva.

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A arte sempre num registo a preto-e-branco tem, no seu primeiro volume, a assinatura de Tonny Moore. Autor de traço simples que se torna bastante eficiente pela dinâmica que imprime nas sequências de acção, destacando-se também pela boa caracterização no desenho dos mortos-vivos. Só assina os seis primeiros números que compõem este volume sendo posteriormente substituído por Charlie Adlard.

TWD é uma excelente aposta da Devir, que eu já tinha incluído como uma das minhas melhores leituras do ano de 2010. Agora o sucesso desta colecção em Portugal passa pela publicação não muito espaçada dos restantes volumes. Até porque não havendo cá, o leitor certamente procurará lá fora.

The Walking Dead - Dias Passados
Autores: Robert Kirkman e Tony Moore
Volume 1, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Novembro de 2010



12 janeiro, 2011

Lançamento: Rip Kirby - Volume 1


Estão de regresso a Portugal as aventuras de Rip Kirby de Alex Raymond. A editora Bonecos Rebeldes acaba de lançar o primeiro volume, que reúne as tiras de jornais publicadas cronologicamente entre 4 de Março e 2 de Novembro de 1946, corresponde a três aventuras. Num formato idêntico ao já experimentando com a colecção do Príncipe Valente, esta nova edição, a primeira de uma colecção prevista colecção de 13 álbuns, peca pelo seu elevado preço de venda (€ 25) face ao número de páginas publicadas (56 páginas). De resto foi um matar saudades de um clássico que li e reli nas páginas do saudoso Mundo de Aventuras.


06 janeiro, 2011

Imagem do dia: Sin City 6

Sin City 6

É o primeiro (grande) lançamento do ano. A Devir acaba de editar mais um volume (o sexto) da colecção SIN CITY de Frank Miller. Contas feitas e fica apenas a faltar mais um volume para a série ficar integralmente publicada em português em formato trade paperback. Muito bom. Hoje o meu serão vai ser copos, balas & gajas!

05 janeiro, 2011

O ESTADO DA ARTE EM 2010

Ano Velho. Terminado torna-se recorrente fazer um balanço e elaborar listas do melhor que passou. Pessoalmente gosto de fazer este exercício. Em síntese, destacar o + relevante e fechar as contas. Assim, começando, e bedéfilamente falando, em 2010 publicou-se bem e variado. Continuou-se pelo caminho de mais novidades e menos reedições.
 
 A ASA fazendo justiça ao rótulo de maior editora nacional encerra o ano com 81 títulos publicados, onde nas contas da sua responsável, se incluem 33 novidades franco-belga. Muito bom foi algumas das principais séries foram publicadas em simultâneo com a edição francesa. Pessoalmente, foi um prazer ao longo do ano ter leitura tão diversificada como Animal’z, Borgia (volumes 2 e 3), Bouncer (O Fascínio das Lobas), Spirou (A Invasão dos Zorcons), Lucky Luke (contra Pinkerton), Blacksad, Escorpião ou as conclusivas partes de A Maldição dos trinta denários (de Blake e Mortimer) e da Teoria do Grão de Areia. De Corto Maltese, teve início com , uma colecção a cores que só peca pelo seu preço elevado. Da já habitual parceria da ASA com o jornal Público resultou a reedição dos 16 álbuns de Alix (em capa mole) anteriormente publicados entre nós pelas Edições 70 e a colecção completa de Gaston em 19 álbuns de capa dura. Mas sobre Alix, devo dizer que a reedição mais interessante, não foi a do Público mas antes aquela promovida pela FNAC, limitada a 300 exemplares por álbum, em capa dura com lombada a encarnado. Convenhamos que ficam bastante melhor na prateleira junto dos outros álbuns já anteriormente publicados pela ASA. Ainda no capitulo das reedições, tivemos o regresso de Tintin, agora num formato de invenção portuguesa, pouco apelativo e bastante mais reduzido que o espectável e tradicional em franco-belga. Há quem diga que é marketing eu acho que foi um disparate! Uma palavra para a linha mangá da ASA, com as novidades Astroboy e DragonBall, mas só para informar que começaram a ser publicadas por cá, até porque personagens algo infantis em livros de bolso que se lêem de trás para a frente não me convencem. Continuando ainda com editoras e publicações, falo agora de regressos. Começo pela VitaminaBD. Muito discreta ao longo do ano, desperdiçou escandalosamente o regresso de Hermann a Portugal para o Festival de BD de Beja, e acabou por publicar, no último trimestre do ano, dois álbuns deste autor. O esperado regresso de Bernard Prince no álbum Ameaça sobre o Rio, onde o virtuoso Hermann domina com mestria o desenho e as cores, enquanto o argumento de Yves ainda está longe de substituir o de Greg, e o mais recente da série Jeremiah - O Gatinho morreu onde também a qualidade do desenho se sobrepõe ao argumento. Outro regresso que se saúda, é o da Devir. Após alguns ameaças, voltou ao mercado nacional de BD, abrindo logo as hostilidades com o 5º volume da série Sin City - Valores Familiares, uma aposta sempre ganha, como aliás se confirma pelo facto do 6º volume Copos, Balas & Gajas já se encontrar à venda no momento em que escrevo estas linhas. Depois destaco o início da publicação da poderosa e viciante série The Walking Dead. Saiu o 1º volume Dias Passados e a verdade é que o meu mundo bedéfilo ficou muito mais bem preenchido depois da leitura desta invasão de mortos-vivos. Para 2011 quer-se (quero) mais desta nova Devir. Outra editora que dá igualmente pequenos passo mas seguros é a Kingpin Books. Prima pelas boas práticas. Abriu o ano com publicação da segunda parte de A Formula da Felicidade. No 21º Amadora BD apostou em Murphy Gordon e reuniu o lançamento do excelente Off-Road com a presença do autor americano. Fechou com uma edição de coleccionador de CAOS. E em ano de crise (quem diria) surgiu uma nova editora a apostar na edição de BD. Falo da Booksmile, que à boleia da estreia cinematográfica da adaptação, lançou os dois primeiros volumes Scott Pilgrim de Bryan Lee O’Malley. A série lá fora é já um culto, cá não tem como falhar!
 
Em termos de autores nacionais publicados, a grande surpresa vai para o surpreendente As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy (edição Tinta-da-China) de Filipe Melo e Juan Cavia. Um argumento de cinema adaptado para a banda desenhada (costuma ser ao contrário) transforma-se num sucesso de vendas que já vai em 3ª edição, é vencedor do prémio de “Melhor Argumento para Álbum Português” no 21º Amadora BD, surge um convite para os autores publicarem uma curta história na edição comemorativa do 25º aniversário da editora americana Dark Horse, dá origem a um segundo volume a caminho (lá para Março)… ainda subsistem dúvidas sobre a qualidade deste material? Lá por fora, autores nacionais como Filipe Andrade, Nuno Plati ou João Lemos são sinónimos de qualidade e começam a ser publicados com regularidades nos comics americanos da editora Marvel. E falar em autores é também falar da Zona. Projecto já em velocidade cruzeiro e mais três novas revistas – Zona Fantástica, Zona Gráfica e Zona Negra 2.
 
Sobre Festivais, decorreu em Junho a 6º edição do FIBDB, um festival - cujo Director Paulo Monteiro tornou-se igualmente autor de BD com a sua 1ª obra O Amor Infinito que te tenho e Outras Histórias publicada pela Polvo - que ganhou por mérito próprio lugar no calendário dos eventos obrigatórios, não só pelo leque de grande qualidade dos autores estrangeiros convidados e este ano foram, entre outros, para além do referido Hermann, os gémeos brasileiros Gabriel Bá e Fábio Moon, Fábio Civitelli, Rufus Dayglo e Niko Henrichon, mas também pelo ambiente muito próprio e hospitaleiro, inclusive da própria cidade de Beja, que nos faz sentir convidados em vez de visitantes. Em suma, um FIBDB não se perde! 
 
Depois em Outubro tivemos a 21ª edição do Amadora BD. Uma referência obrigatória em Portugal. O festival deste ano decorreu sob o signo do Centenário da Republica. Um associação pouco feliz na medida em que em nada beneficiou o festival. A República foi um tema insípido. As publicações patrocinadas pela Comissão do Centenário não saíram tempo do festival. A divulgação do evento foi escassa. Faltaram grandes nomes da BD para ocuparem os três fins-de-semana. E nem mesmo a elevada qualidade das mostras, e acrescento que a dedicada à “Teoria do Grão de Areia” de Schuiten e Peeters elevou o conceito de exposição para um nível bastante elevado, foi suficiente para levar público até ao Fórum da Brandoa. Ficou uma edição que serviu sem dúvidas para tirar ilações!
 
Pessoalmente e aqui no blogue, ao fim de 5 anos de existência, ultrapassei finalmente (ufa!) a marca das 100 entradas/ano, fechando com um total de 112 notas. O n.º de visitantes ultrapassou também a redonda marca dos 100.000. E até porque o meu exercício de síntese já vai longo, finalizo com o top 5 daquelas que considero terem sido as minhas melhores leituras do ano. Claro que havia outras publicações igualmente merecedoras de integrarem este top, mas a vida é feita de escolhas e a minha lista é voluntariamente e obrigatoriamente reduzida. Assim, são estes os meus preferidos de 2010: 
 

- Lucky Luke contra Pinkerton (ASA) 

- Off-Road (KINGPIN)

 - The Walking Dead, vol. 1 - Dias Passados (DEVIR)

- As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy (TINTA-DA-CHINA) 

- A Teoria do Grão de Areia – Vol. 2 (ASA)

 Ficam os votos para 2011 de boas leituras!